Náutico vence clássico e acaba com o sonho do Santa

Nada de conchavos, marmelada ou “arrumadinho”. Contrariando todas as provocações, o Náutico não deu a mínima para o Santa Cruz e venceu o Clássico das Emoções por 3×1, nos Aflitos, na noite deste sábado (24). Não bastasse terminar a primeira fase da Série C em primeiro lugar do Grupo A, com 33, o Timbu ainda aniquilou o sonho do rival em ir às finais da competição e seguir sonhando com o acesso. Os alvirrubros seguem vivos. Ao contrário do Tricolor, que vê a temporada 2019 se encerrar neste mês de agosto.

O início do jogo foi razoavelmente morno. Já classificado, o Timbu não parecia preocupado em atacar os visitantes. Já a Cobra Coral, que poderia até se classificar com um empate – dependendo de outros resultados -, buscava a vitória, ainda que sem muita criatividade. Peça fundamental da equipe nos últimos jogos, o volante Charles era praticamente a única arma coral, com seus potentes chutes de fora da área. Pior para o Santa Cruz, pois o pé direito do meio-campista não estava calibrado neste início de noite.

Do lado dos donos da casa, o Náutico atacava sem muita afobação. Trocava passes em direção à área oponente e as chances surgiam naturalmente. Rafael Oliveira assustou com uma “puxeta”. Pouco depois, Jean Carlos pegou de primeira, de fora da área, mas Anderson defendeu. Aos 30, contudo, os mandantes deram a primeira prova de que não iam aliviar para o Tricolor. Jean Carlos bateu escanteio com precisão. Diego Silva subiu mais do que a defesa e testou para o fundo das redes, abrindo o placar nos Aflitos.

Quem imaginava que a vantagem no placar faria o Náutico puxar o freio de mão se enganou. Nos minutos finais do primeiro tempo, Erick Daltro levantou na área do Santa. Victor Lindenberg cabeceou tirando da área. A bola sobrou para Jean Carlos. Livre e com tranquilidade, o meia alvirrubro ajeitou para a canhota e bateu colocado, sem chances para Anderson. Golaço que deixou o Timbu em situação ainda mais confortável para o segundo tempo. E nem mesmo o 2×0 fez os mandantes diminuírem o ritmo.

Aos quatro minutos da etapa final, Erick Daltro levantou no segundo pau. O volante Jhonnatan, que jogou na linha de ataque do Náutico, subiu mais do que Victor Lindenberg e cabeceou para fazer o terceiro. O Tricolor ainda deu sinais de reação. Augusto roubou de Hereda, limpou o lance e serviu Dudu, que diminuiu o placar, aos sete minutos. O Santa Cruz não se deu por entregue. Contudo, tropeçava nas próprias deficiências e na tranquilidade com o que o Timbu tratava o jogo. No fim, festa alvirrubra e muitos lamentos corais.

FICHA TÉCNICA:

Náutico 3
Jefferson; Hereda, Rafael Ribeiro, Diego Silva e Erick Daltro; Josa, Jiménez e Jean Carlos (Neto Pessoa); Johnnatan, Álvaro (Willian Simões) e Rafael Oliveira (Wallace Pernambucano). Técnico: Gilmar Dal Pozzo

Santa Cruz 1
Anderson; Cesinha (Warley), João Victor, Vitão e Victor Lindenberg; Charles, Everton e Daniel Costa (Guilherme Queiroz); Dudu, Augusto (Celsinho) e Elias. Técnico: Milton Mendes

Local: Aflitos (Recife/PE)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhaes (RJ). Assistentes: Michael Correia e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (ambos do RJ)
Gols: Diego Silva, aos 30 minutos e Jean Carlos, aos 46 do 1ºT. Jhonnatan, aos quatro, e Augusto, aos sete minutos do 2ºT.
Cartões amarelos: Charles (S), Jhonnathan (N)
Público: 9.689 Renda: R$ 213.398,00

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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