Netanyahu afirma que coalizão é estável e que ninguém convocará eleições

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, garantiu nesta quarta-feira (14) que sua coalizão de governo, que depende do apoio de cinco partidos, é “estável” e que não serão convocadas novas eleições, um dia depois de a polícia recomendar que fosse indiciado por acusações de corrupção.

“Quero antes de tudo tranquilizar-lhes. A coalizão é estável. Nem eu nem ninguém vai convocar eleições. Vou continuar trabalhando até o final da minha legislatura”, anunciou o premier em um discurso na inauguração da conferência Muni Expo, no centro de exposições de Tel Aviv.

“Depois de ler as recomendações [policiais], posso dizer que são um documento torto, radical e cheio de buracos como um queijo suíço”, afirmou.

Sobre o Caso 1000, no qual é acusado de solicitar e receber presentes luxuosos do milionário produtor de Hollywood, Arnon Milchen, em troca de favorecer seus interesses com mediação e iniciativas legais, Netanyahu afirmou que ambos trocavam presentes desde muito antes de ser primeiro-ministro.

“O relatório da polícia infla os valores, tudo para chegar a uma soma incrível de dinheiro”, acrescentou em referência aos 230 mil euros que os investigadores asseguram que recebeu ao longo dos anos em charutos, champanhe, roupas e joias.

“Ignoram que eu não ajudei Milchen, mas atuei contra ele: rompi o monopólio no seu negócio de compra e venda de peças de carro, quis fechar o Canal 10 [de televisão] que era em parte seu. Como é que o ajudo se também o prejudico? Nem um nem o outro, atuo segundo os meus princípios, a favor de Israel e da sociedade israelense”, destacou.

Netanyahu também se defendeu das acusações no caso 2000, no qual supostamente negociou com o editor do jornal Yedioth Ahronoth, Arnon Mozes, para conseguir uma cobertura favorável em troca de intervir para reduzir a distribuição de um jornal rival, em uma conversa da qual existe uma gravação.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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