Diante de uma multidão que tomou o Pátio do Carmo, no Centro do Recife, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou, na noite do domingo (17): “Ninguém fará com que eu pare de lutar”. O aviso, no palco do Festival Lula Livre, levou ao delírio os milhares de apoiadores que tomaram as ruas próximas.
Acompanhado da namorada, Rosângela Silva, e do candidato petista na última eleição presidencial, Fernando Haddad, Lula repetiu no discurso o tom acusatório e de críticas ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro Sergio Moro feito logo após a saída da prisão, no último dia 8. “A quadrilha neste país foi montada pelo Moro, Dallagnol, Lava Jato. Bolsonaro, por aqueles que me julgaram”, afirmou Lula, que disse: “Eu escolhi ir pra PF porque eu tinha que desmascarar Moro, Lava Jato”.
O discurso foi iniciado por volta das 19h e, basicamente a cada frase do ex-presidente petista, o público grita: “Lula guerreiro do povo brasileiro”. “Tenho certeza que cada minuto de vida que eu terei pela frente será para libertar o país dessa quadrilha de milicianos”, garantiu, minutos depois de haver dito: “Não foi fácil tirar de um cidadão de 74 anos 580 dias de liberdade”.
O discurso durou cerca de vinte minutos. Nesse tempo, além de acusar o Bolsonaro, Moro e a operação Lava Jato, pregou bastante a necessidade de continuar com a luta política – “A luta não acabou. Não há como acabar uma luta porque cada dia nós queremos mais” -, falou como nordestino e garantiu “”Minha canela não é canela de pombo”.
Lula também afirmou que saiu uma melhor melhor da prisão. “Sou um um homem melhor, mais maduro”, afirmou.