No Dia da Trabalhadora Doméstica, comemorado nesta quarta-feira (27), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relembrou em suas redes sociais a emenda constitucional nº 72, aprovada no governo de Dilma Rousseff e que garantiu direitos à categoria.
“O Brasil não estava acostumado a ver empregadas serem tratadas com respeito e direitos”, afirmou Lula em sua conta no Twitter.
A data é comemorada hoje em homenagem à Santa Zita, padroeira das empregadas domésticas. Os direitos trabalhistas da categoria, como férias, folga e horas extra, começaram a ser implementados pela Lei Complementar nº 150, de 1º/6/2015, que define como empregado doméstico quem presta serviço de forma contínua, no âmbito residencial do empregador, por mais de dois dias por semana.
Lula afirmou ainda, sobre a emenda, que à época “teve gente que não gostou”. Então deputado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o único membros da Câmara contrário à aprovação da PEC das Domésticas, em 2013. Bolsonaro alegou ao votar que a posição foi tomada por preocupação com a possibilidade de demissões de domésticas por parte dos patrões.
“É um exército de pessoas que vão para a informalidade ou vão para o Bolsa Família. E parece que, para esse governo [Dilma], quanto mais gente no Bolsa Família, melhor”, afirmou Bolsonaro em entrevista à TV Câmara em 2013.
Depois disso, a emenda constitucional nº 72 ampliou os direitos concedidos como registro na carteira de trabalho, vale transporte, salário-mínimo, férias, feriados, e seguro-desemprego.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 92% das pessoas que realizam trabalho doméstico são mulheres, sendo que mais de 65% são mulheres negras.
Correio Braziliense