A região Nordeste do País encerrou 2016 com 103,9 mil beneficiários de planos médico-hospitalares a menos do que começou o ano. A queda, de 1,5%, foi puxada pela Bahia, que perdeu 39,6 mil vínculos (-2,4%) no período analisado. Os números constam na Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que acaba de ser atualizada e está disponível no site www.iess.org.br.
Apesar de a Bahia se destacar pelo número absoluto de vínculos rompidos, dois outros estados perderam, proporcionalmente, mais beneficiários: No Maranhão foram rompidos 22,6 mil vínculos, uma queda de 4,6%; e no Rio Grande do Norte 24,9 mil beneficiários tiveram que deixar seus planos de saúde, retração de 4,7%.
O superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, explica que a variação se deve, em grande parte, ao cenário econômico negativo. “Segundo dados do Caged, foram fechados 179,1 mil empregos formais no Nordeste do País ao longo de 2016. Como os planos coletivos empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas aos seus colaboradores) ainda representam a maior parte dos planos médico-hospitalares no Brasil, é natural que o número de vínculos apresente retração junto com o saldo de empregos formais”, aponta. Carneiro destaca que o ano poderia ter encerrado com uma redução ainda maior no total de beneficiários. “Como o plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e da educação, os beneficiários de planos de saúde, mesmo desempregados, optam por cortar outros gastos antes de romper o vínculo com a operadora.”
Apesar dos números negativos, o Estado do Piauí conseguiu fechar o ano de 2016 com 7,9 mil beneficiários de planos de saúde médico-hospitalar a mais do que encerrou 2015. Alta de 2,7%.
No Brasil, em 2016, 1,4 milhão de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalar deixaram de contar com o benefício. O que representa retração de 2,8%, quase o dobro da constada na região Nordeste do País.
A NAB consolida, a partir de distintas bases de dados da ANS, os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.