Foram movimentos separados, mas ambos ganharam ressonância ontem. Não foi sem surpresa que o Palácio do Campo das Princesas se deparou com a tese de que o martelo teria sido batido no nome do deputado federal Danilo Cabral para concorrer à sucessão de Paulo Câmara.
A negativa veio rápida, partindo de fontes da sede do Executivo estadual e ainda do presidente do partido em Pernambuco, Sileno Guedes.
A informação de que o líder da bancada federal do PSB teria sido o escolhido e seria anunciado em breve fora publicada pela coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo. Em uma ala do PSB, a leitura do episódio coincidiu com a feita por petistas: alçar um nome e cravá-lo, a essa altura, soou como reação a uma eventual candidatura do senador Humberto Costa, que se lançou de forma mais incisiva esta semana, apostando na chance de ter o próprio governador como candidato ao Senado na chapa.
A suposta definição do nome de Danilo surgiu um dia após o petista, liderança maior do PT no Estado, ter sido recebido por Paulo Câmara, pela segunda vez em quatro dias, como a coluna publicou, ontem, com exclusividade.
A referida conversa se deu sem alarde e, desta vez, na presença do presidente estadual do PT, Doriel Barros.
A agenda anterior, como o próprio senador revelou à Rádio Folha FM 96,7, foi realizada também no Palácio e se deu na última sexta-feira (7).
Fontes de livre trânsito no Governo do Estado observam que, se alguém tinha que se opor ao fato de Humberto se colocar como alternativa para a sucessão, esse alguém seria Paulo Câmara. O detalhe é que o ambiente do governador com o PT seguira tão tranquilo que ele até repetiu o encontro com o petista nesta terça (11).
Daí, uma bolsa de apostas se deu, nas coxias do PSB, de que “a versão Danilo Cabral teria partido de Brasília”. Presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira encontra-se de férias com previsão de retorno, possivelmente, para o dia 15.
Nos bastidores do PSB, se levantara interrogação sobre a origem da notícia. Danilo, que tem nome cotado para concorrer a governador, esteve com Paulo Câmara ontem. Tadeu Alencar, cotado como Danilo por atender a um perfil de político com mandato, demandado por uma ala da legenda, também foi recebido por Paulo ontem.
As conversas se deram no day after da agenda de Paulo com Humberto e Doriel, dia também movimentado por outra variável que não passou batida aos socialistas: começaram a circular adesivos sugerindo como candidato ao Governo do Estado, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio. Os materiais trazem o seguinte slogan: “Pernambuco é Geraldo”. A conferir.
“Pernambuco é Geraldo”
Geraldo Julio, era, originalmente, o nome natural para sucessão. Mas, diante de suas sucessivas negativas e de sua ausência no 15º Congresso estadual da legenda, socialistas passaram a entender que um ciclo se encerrara ali e que nova alternativa precisava ser encontrada sob pena de o tempo, ou a falta dele, jogar contra. Daí, surgiram os nomes de Danilo Cabral e de Tadeu Alencar no cenário, que, agora, conta com Geraldo de volta, ao menos, via sugestivos adesivos em tom de campanha, carregando slogan “Pernambuco é Geraldo”.
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