Noronha teve intensa programação natalina e encerra festividades com a queima simbólica da lapinha

O Natal é carregado de simbologia e magia. Luzes, árvores natalinas, cantigas e rituais litúrgicos permeiam a história, o que torna o período diferenciado e renovador. Com isso, o Governo de Pernambuco, através da Administração de Fernando de Noronha, oportunizou aos moradores vivenciar o 1° Ciclo Natalino na ilha, marcado pela valorização cultural e religiosa.

No Dia de Reis, (6), a “Queima da Lapinha” coroou a programação. Trazida pelos jesuítas no século XIX, a tradição simboliza a manjedoura onde nasceu o Menino Jesus e o dia em que ele foi visitado pelos três Reis Magos.

Feita de folhagens secas e incensos, a Lapinha é queimada para consagrar ao fogo esperanças e desejos para o ano que se inicia. Em Noronha, devido aos cuidados com o meio ambiente, a queima foi substituída pelo apagar das luzes natalinas.

“A gente vive em Pernambuco, todo mundo aqui sabe que a gente vive de tradição e de fé. E chegar em Fernando de Noronha, a gente poder encerrar o ciclo natalino fazendo a queima, hoje simbólica, da lapinha, e desligando as luzes para que possamos começar um ano promissor e um futuro ainda mais sustentável para Noronha”, declarou a administradora da ilha, Thallyta Figuerôa.

Carnaval 2024 – No apagar das luzes, a Praça de São Miguel abriu espaço para o novo ciclo. Sombrinhas coloridas e muito frevo anunciaram as folias do carnaval pernambucano. “É um momento para reafirmar o nosso compromisso junto ao Governo do Estado, daquilo que iniciamos em janeiro de 2023, junto com a governadora Raquel Lyra, para trazer, cada vez mais, tudo o que a gente tem em Pernambuco para Fernando de Noronha, que também é Pernambuco”, encerrou a administradora.

Extensa programação – Em parceria com o Corpo de Bombeiro da ilha, a abertura oficial foi marcada pela chegada do Bombeiro Noel, momento ímpar na história da ilha.

Pela primeira vez, crianças e adultos, moradores e turistas se aglomeraram na Praça de São Miguel para vivenciar todo o encantamento do “bom velhinho”, que chegou em carro iluminado. Cerca de 500 brinquedos foram distribuídos em uma noite mágica. Nos dias que seguiram, a programação foi abrilhantada pelo coral infantil com as crianças do Ciei Bem-Me-Quer, sob o comando do professor Elton Felipe, e com a apresentação do tradicional pastoril, criado pela produtora cultural, Dona Nanete, falecida em 2020, atualmente coordenado pela filha.

As cerimônias religiosas receberam espaço especial na programação. Moradores e turistas participaram da Missa do Galo, celebrada pelo padre Wesley Souza, pároco da Igreja Nossa Senhora dos Remédios e, também, do culto evangélico realizado em conjunto pelas igrejas evangélicas Batista e Assembleia de Deus.

“O ciclo natalino veio resgatar o verdadeiro sentido do Natal. Não existe Natal sem o nascimento de Jesus, sem o aniversariante. E a gente veio celebrar o ato mais sublime do Cristianismo, que é o nascimento e a vinda de Jesus. Eu fico muito feliz em ver a praça lotada de cristãos. Falar em Natal é falar em união”, concluiu o superintendente de Turismo, Cultura e Esportes da Ilha, André Portela.