Novo ministro diz que MEC já liberou 60% dos recursos de custeio para a UnB

Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil

O novo ministro da Educação, Rossieli Soares, disse ontem (10) que não houve cortes no orçamento para as universidades federais, e que a Universidade de Brasília (UnB) já recebeu 60% dos recursos de custeio previstos para este ano. Na manhã de hoje, estudantes e servidores da UnB fizeram um protesto em frente ao Ministério da Educação (MEC) para cobrar do governo federal a devolução de recursos obtidos pela própria universidade, por meio do aluguel de imóveis e pela prestação de serviços, repassados ao Tesouro.

“Não houve nenhum corte para as universidades, a UnB inclusive teve aumento de orçamento para 2018, e já foi disponibilizado 60% do orçamento deste ano para custeio. Temos grandes práticas de gestão e tenho certeza de que a UnB vai olhar para o lado e vai conseguir seguir com o orçamento que está planejado por eles e garantido pelo Ministério da Educação”, disse o ministro, após a cerimônia de posse no Palácio do Planalto.

Rossieli explicou que a negociação do orçamento é feita com os reitores, por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Segundo ele, pode haver outra negociação sobre o orçamento das universidades ainda este ano. “Até setembro teremos outra janela para observar como se comporta o orçamento e aí podemos voltar a conversar”.

Segundo ele, um grupo de manifestantes da UnB foi recebido por técnicos do MEC para negociar. “Uma equipe técnica explicou absolutamente todas as situações de orçamento. Estamos abertos à continuidade do diálogo, desde que seja diálogo e não agressividade como a gente viu na manifestação”, ressaltou o ministro.

Continuidade

Ao tomar posse, Rossieli disse que pretende dar continuidade às agendas já em implementação no MEC, especialmente a Base Nacional Comum Curricular para o ensino médio, que está em análise no Conselho Nacional de Educação. O ministro disse que devem ser realizadas cinco audiências públicas para debater o documento e que a expectativa do governo é aprovar no CNE até o fim do ano.

“É um período importante para o debate e a construção daquilo que a gente quer para os nossos jovens. Essa é uma etapa que precisa de uma grande transformação, que começou com a reforma e que continua com a Base”, disse.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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