O número de mortos pelo novo coronavírus na China saltou para 722 neste sábado (noite de sexta, 7, no Brasil), superando o total de vítimas na epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), na China continental e em Hong Kong quase vinte anos atrás.
Foram registrados 86 novos óbitos provocados pelo vírus, segundo a comissão nacional de saúde. Quase todas as mortes, com exceção de cinco, foram registradas na província de Hubei, epicentro da epidemia detectada em dezembro.
Em seu boletim diário, a comissão também confirmou outros 3.399 novos casos. Agora, há mais de 34.500 novas infecções confirmadas em todo o país.
A Sars, doença da mesma família do novo coronavírus, matou cerca de 650 pessoas na China continental e em Hong Kong em 2002-2003.
Mais de 120 outras pessoas morreram ao redor do mundo.
A China tem tido dificuldades para conter a disseminação do coronavírus atual, apesar de ter retido cerca de 56 milhões de pessoas na província de Hubei e sua capital, Wuhan.
Outras cidades longe do epicentro também adotaram medidas para manter as pessoas em casa, limitando o número de indivíduos que podem sair.
Além da China, o vírus se espalhou para mais de 20 países, levando as autoridades nacionais a vetar chegadas da China e exortar seus cidadãos a evitar viagens ao gigante asiático. Alguns países recomendaram seus cidadãos a deixarem o país.
Grandes companhias aéreas suspenderam seus voos de e para a China.
E ao menos 61 pessoas a bordo de um navio de cruzeiro ao longo da costa japonesa testaram positivo para o novo coronavírus, deixando milhares de passageiros e tripulantes em quarentena de duas semanas.
AFP