Tacaimbó, localizada no Agreste pernambucano, será a primeira cidade a deixar de lançar seus esgotos no rio Ipojuca após a construção do sistema de esgotamento sanitário, obra iniciada em agosto do ano passado, financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID). Na última quarta-feira (6), a Compesa começou uma nova fase do projeto com o início da obra de instalação de 28 mil metros de redes e ramais de esgoto no município.
O empreendimento, um investimento de R$ 14 milhões, já contabiliza 90% da construção da estação de tratamento, um dos componentes do sistema, e o assentamento de 2,5 quilômetros de emissários de esgoto. A previsão é que o sistema de Tacaimbó comece a operar em dezembro deste ano, beneficiando mais de sete mil pessoas.
O gerente de Programas Especiais da Compesa, Sérgio Murilo Guimarães, destacou os benefícios do saneamento da cidade de Tacaimbó, entre eles a melhoria da qualidade vida da população, a eliminação da necessidade de construção e limpeza de fossas, elevação do valor de venda dos imóveis e a geração de empregos. Entretanto, segundo ele, o maior benefício será a redução em 93,0% do lançamento da carga orgânica da cidade no rio Ipojuca, beneficiando todas as cidades a montante, como, por exemplo, Caruaru, Gravatá e as praias de Ipojuca.
Além da cidade de Tacaimbó, o Programa de Saneamento Ambiental do Rio Ipojuca está desenvolvendo projetos de sistemas de esgotamento sanitário nas cidades de Poção, Sanharó, Belo Jardim, Caruaru, Bezerros, Gravatá, Chã Grande, Primavera e Escada. A ação também prevê a construção de parques ambientais em São Caetano, Caruaru e Bezerros, projetos que trarão benefícios permanentes para os 25 municípios inseridos na Bacia do Rio Ipojuca. “As obras de saneamento são uma construção coletiva que geram benefícios de grande alcance social para geração atual e a futura”, disse Sérgio Murilo Guimarães.