Operação da PF mira doleiros suspeitos de cometerem crimes em quatro estados e nos EUA

Uma operação da Polícia Federal (PF) mira uma organização criminosa composta por doleiros e de atuação internacional. Deflagrada nesta sexta-feira (9), a operação Amphis teve as investigações iniciadas em 2014 e segundo a PF, tem como alvos suspeitos de praticarem crimes como evasão de divisas, manutenção de instituição financeira clandestina, falsidade documental, descaminho e lavagem de dinheiro.

As investigações apontam que a quadrilha era liderada por um grupo criminoso atuante no Recife e em outras capitais do País. Os suspeitos também atuavam no estado da Flórida, nos Estados Unidos.

De acordo com a PF, o grupo movimentou, nos últimos dez anos, mais de R$ 200 milhões. Tais transações eram realizadas através da abertura de contas bancárias com documentos falsos ou em nome de empresas “fantasmas”. Somadas, as penas para os crimes cometidos podem chegar a 29 anos de prisão.

No Recife, três doleiros, cujas identidades não foram divulgadas pela polícia, foram investigados na operação, que contou com a participação de 60 agentes, responsáveis pelo cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão. Além dos mandados, os envolvidos no esquema foram alvo de determinação da Justiça Federal de Recife, que decretou o sequestro de imóveis e veículos e o bloqueio de contas dos investigados e das empresas fantasmas criadas pelo grupo.

Além do Recife, os policiais federais também conduzem as investigações em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, em Goiânia (GO), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo a PF, os 13 mandados de busca expedidos visam coletar materiais, como documentos e arquivos digitais, que serão analisados posteriormente pela equipe de investigação da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF em Pernambuco.

O nome da operação tem origem grega e deriva do prefixo “Amphi”, que significa “os dois lados”. A PF informa que o nome foi escolhido devido ao fato de que os principais alvos utilizam-se de pelo menos duas identidades e ainda por atuarem tanto Brasil, quanto nos Estados Unidos.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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