Pedro Augusto
A Polícia Federal, com o auxílio da Polícia Militar de Pernambuco, desencadeou a Operação Raposa, na manhã da última terça-feira (21), nos municípios de Caruaru, São Caetano, Bezerros e Limoeiro, todos na região Agreste. Nela, uma extensa quadrilha envolvida no tráfico de drogas acabou sendo desarticulada com as detenções, até o fechamento desta matéria, de 11 de 13 suspeitos de integrá-la. A operação também foi responsável pelo cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 75 policiais federais, bem como 18 militares participaram da ação de repressão.
A maioria dos envolvidos foi encaminhada até a sede da Delegacia Federal de Caruaru, no Bairro Maurício de Nassau, onde passou pelos procedimentos padrões. Em seguida, eles tiveram o mesmo destino dos demais componentes do bando, que já se encontravam recolhidos em unidades prisionais do Estado. Por exemplo, na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, e na Penitenciária Desembargador Ênio Pessoa, a operação acabou sendo responsável pelo cumprimento de alguns mandados de prisão preventiva.
De acordo com o delegado Márcio Tenório, que esteve à frente das investigações, o grupo desmanchado possuía participação maciça no mercado da droga da região Agreste. “Iniciamos as investigações em julho do ano passado ao identificarmos uma extensa quantidade de entorpecentes presentes em Caruaru. Efetuamos algumas prisões, na época, e na manhã de hoje (última terça-feira), já de posse dos mandados, conseguimos desarticular o restante do bando. Ainda nos encontramos em diligências para realizarmos as detenções dos dois integrantes que ainda estão foragidos. Com sede em São Caetano, essa quadrilha comercializava drogas em vários municípios da região, com destaque para Caruaru”, informou.
Durante a operação foram presos cinco homens e seis mulheres, que já se encontram à disposição da Justiça, em presídios de Pernambuco. Eles responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de armas, cujas somadas, as penas poderão chegar até 20 anos de detenção. “Os líderes dessa quadrilha comandavam as ações criminosas de dentro de presídios e seus comparsas, inclusive, várias mulheres, encontravam-se abastecendo vários pontos de drogas de Caruaru e de municípios da região. Com este trabalho exitoso de repressão, não temos dúvidas de que o mercado da droga sofrerá um baque significativo no Agreste”, finalizou o delegado.