A pouca incidência de chuvas não é nenhuma novidade para os nordestinos e Caruaru é uma das cidades que vem sofrendo com a falta de água em Pernambuco. Nas comunidades rurais essa situação é ainda mais preocupante e se agrava cada vez mais. Pensando nesta realidade, desde o primeiro semestre, a Prefeitura de Caruaru, Comando Militar do Nordeste e Compesa vêm discutindo estratégias para minimizar esses efeitos. A Operação-Pipa foi uma das medidas adotadas.
De lá para cá muito foi feito. Equipes do Exército e da Defesa Civil realizaram visita in loco, entrevistas, fotografias e marcação de pontos com GPS e submeteram relatório ao Governo do Estado e ao Ministério da Integração Social solicitando projetos e recursos para o município. Em seguida, foi feito o cadastramento das cisternas comunitárias que atenderam aos critérios e serão beneficiadas com o abastecimento de água. Antes do cadastro, os depósitos receberam avaliações para verificar a necessidade de reforma ou manutenção.
Após o trabalho de campo, 50 localidades distribuídas nos quatro distritos foram apontadas como ideais para receber o liquido e serão contempladas com água limpa e tratada, pronta para o consumo. Isso significa dizer que 3.912 pessoas receberão água diariamente nesta 1ª etapa. Mensalmente, cada pessoa receberá 600 litros, o que representa um consumo diário de 20 litros. A distribuição será administrada pela liderança da localidade.
E ontem, 11, após quase seis meses desde o início, os envolvidos nesse projeto estiveram reunidos para apresentar o projeto completo e as comunidades que serão beneficiadas inicialmente. Representantes da Secretaria de Gestão e Serviços Públicos, Exército, Compesa, Ipa e líderes comunitários participaram do encontro.
O trabalho foi concluído e agora chega a vez da última e mais importante etapa: o abastecimento dessas cisternas. “Salientamos que a água que vai preencher as os reservatórios é destinada para beber e cozinhar. Aquelas pessoas que criam animais ou plantam devem utilizar outra água”, explicou o Capitão Juliano, do Exército.
“A chuva é a solução para todas essas dificuldades, mas enquanto ela não cai, trabalhamos medidas paliativas para não deixar de atender as comunidades que tanto precisam”, explicou o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Zé Ailton.