O processo da Operação Ponto Final está chegando ao fim e, provavelmente, até o final do ano a sociedade já saiba da sentença e se os edis são culpados ou não. Esta semana, a expectativa gira em torno da entrega das alegações finais pela equipe da defesa que tem a coordenação do criminalista Émerson Leônidas. Após essa fase, o processo fica pronto para o veredito final do juiz titular da IV Vara Criminal, Francisco de Assis Morais Júnior.
Nesse processo (Ponto Final 1), dez vereadores são acusados de cobrar suborno para aprovar o projeto do BRT. São eles: Val de Cachoeira Seca (DEM), Evandro Silva (PMDB), Neto (PMN), Jajá (Sem partido), Louro do Juá (SDD) e Eduardo Cantarelli (PSDB), todos membros da oposição, além de Val das Rendeiras (Pros), Sivaldo Oliveira (PP), Pastor Jadiel (Pros) e Cecílio Pedro (PTB), da situação. Este último deixou a banca de advogados que defende os edis, e agora conta com o criminalista Roberto Vasconcelos.
Ao longo de todo o processo, os vereadores se dizem inocentes e afirmam ser ‘vítimas de uma armação’ para acabar com a oposição na cidade. O detalhe é que a Operação atingiu todos os edis que faziam parte do bloco oposicionista. Na época em que a operação foi deflagrada- dezembro de 2013, os edis chegaram a ser presos e afastados do cargo. Conseguiram voltar à vereança, mas foram afastados novamente.
Em decorrência da Ponto Final, a polícia deflagrou a Ponto Final II e, nela, cinco vereadores foram condenados por corrupção ativa e passiva para aprovar uma CPI que tinha como foco fazer uma investigação na aplicação de verbas do Fundeb. O juiz que condenou os edis na Ponto Final II é o mesmo que julga a Ponto Final I.