A Operação Smurf, deflagrada nesta quinta-feira (26), no Agreste de Pernambuco, cumpre nove mandados de busca e apreensão contra a Prefeitura de Alagoinha, empresas e servidores públicos.
A ação foi desencadeada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através do Grupo de Atuação Especializada de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e pela Polícia Militar de Pernambuco.
As ordens judiciais são cumpridas nas cidades de Alagoinha, Pesqueira e Garanhuns.
Segundo o MPPE, o nome da operação vem do método conhecido como “smurfing”, que consiste na modalidade de lavagem de dinheiro em que o agente criminoso dissemina dinheiro fracionado em diversas contas bancárias em variados dias e locais para difundir os recursos e dificultar o rastreio.
As investigações foram iniciadas em 2019 e a operação busca colher documentos e equipamentos para contribuir com a apuração em desfavor dos alvos.
“A operação está sendo realizada em empresas, residências e prédios públicos visando solidar a investigação e trazer mais subsídios que possam confirmar a para a hipótese que está sendo apurada. A investigação ainda está em curso e não descartamos a possibilidade de novas atividades no momento futuro”, comentou o coordenador do Gaeco, o promotor Frederico Magalhães.
Foram apreendidos aparelhos celulares dos indivíduos alvo da operação, cheques, notebook, HDs e pendrives, CPU, documentos e dinheiro.
Os investigados foram notificados para oitava a ser realizada na próxima segunda-feira (30). O não comparecimento poderá configurar crime de desobediência.
Na operação desta quinta-feira, duas pessoas foram conduzidas até a delegacia por portar arma de fogo de forma irregular.
Em contato com a reportagem, o atual prefeito de Alagoinha, Uilas Leal (PSB), afirmou não ter “nada a declarar” sobre a operação por sua gestão não ser o alvo.
“Não é da nossa, gestão. É da gestão anterior à minha. A gente não tem nada a declarar, mas acredito que tudo será esclarecido”, disse, resumidamente.
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