OPINIÃO: Globalização e a desvalorização docente

Por ALEXEI ESTEVES*

Sabe- se que a globalização é um processo por meio da qual todo o planeta está interligado, ou seja, nenhum país consegue viver, atualmente, sem que mantenha relações com outros países, portanto é a partir disso que o presente artigo vem mostrar de forma bem clara e sucinta de que forma se deu o processo de globalização no Brasil,ou seja, a partir de qual momento o Brasil permitiu que outras nações do globo terrestre pudessem entrar em seu território com o intuito de melhorar as relações comerciais entre os mesmos e, como ele se desenvolveu ao longo dos anos. É sabido, também, que o Brasil é um país de diferentes culturas, então, este trabalho vem mostrar também de que forma se da a relação do Brasil com os outros países do globo terrestre, e, de que forma a cultura desses países acabam influenciando o Brasil na formação da sua identidade educacional, como também de que forma a globalização afeta a economia brasileira, pois, com a chegada de grandes multinacionais cresce o número de pessoas que poderão adentrar ao mercado de trabalho, como também muitas outras pessoas correm o risco de serem demitidas, isso se dá porque, com o avanço da tecnologia muitas pessoas não estarão preparadas para um mercado de trabalho que cada vez mais necessita de pessoas capacitadas para desempenhar determinadas funções.

Analisar os limites de uma possível ampliação da introdução de novas tecnologias no ambiente escolar, tanto no que diz respeito à sua gestão como às práticas especificamente educativas, sobretudo tendo em consideração as possibilidades contraditórias de essas mesmas tecnologias poderem agravar ou atenuar as desigualdades educacionais.Pois,é necessário valorizar o salário do professor de forma global,para que este venha a ter condições humanas de construir uma aula melhor.No entanto,sem patrimônio material,que é um redimento justo,não se pode criar um patrimônio imaterial,que é o conhecimento.Portanto o sistema econômico para fazer justiça ao que diz,terá em sua missão iniciar como processo transformador,supervalorizar o trabalho docente.

Estamos vivendo um momento ímpar: a vitória do capitalismo em termos mundiais e o consequente aprofundamento das graves contradições que o acompanham. O contraponto fornecido pelo socialismo real desapareceu e liberou o capitalismo para atuar soberanamente. Marx referindo-se à capacidade criadora da humanidade mantida sob o comando do capital, afirma ser a tecnologia potencialmente muito mais destrutiva na época do capitalismo tardio (a nossa época). Isso se justifica pelo fato de a potência técnica da própria humanidade já estar mais desenvolvida.A previsão de Marx: “Dependendo de quais forças sociais predominem, essa potência técnica expandida pode ser colocada a serviço da liberdade (com a abolição do trabalho físico, cansativo, mecânico e alienado) ou da destruição (com a escalada do desemprego e da guerra)”.

Não é possível avaliar objetivamente o quanto nos damos conta deste dilema e das implicações dele em um mundo que virtualizou de forma sem precedentes o próprio processo de acumulação de riqueza. Estaríamos diante de uma realização cabal das possibilidades capitalistas que anunciariam seu esgotamento ou sua superação? Que opções devem ser construídas diante dos supostos impasses (ou do esgotamento) da modernidade e das propostas pós-modernas? Qual o papel das tecnologias da informação neste contexto? Quais demandas têm sido apresentadas à educação escolar pela reestruturação produtiva, pelas estratégias da política neoliberal e como essas demandas têm se manifestado na profissão docente em meio às crises econômicas (recessão, desemprego, pobreza ampliada, abandono da proteção social etc.)? Estaríamos diante de uma maior intensificação e precarização do trabalho docente? Quais as consequências para a formação do professor e para a sala de aula? Enfim, como podemos pensar o futuro do trabalho docente sem perder a dimensão do momento crucial que estamos vivendo?

Coloca-se à disposição do leitor um conjunto de reflexões que ajudarão a analisar e interpretar a realidade do trabalho docente hoje. Esta é uma tarefa urgente. Não é solução para nossos problemas olharmos para trás e cobrarmos nossos clássicos por não terem se referido ao nosso presente. Eles fizeram a interpretação do seu tempo. Cumpriram sua tarefa. Agora compete a nós (e não a eles) a permanente atualização das categorias, a produção do novo, a interpretação das novas realidades e a luta pela sua transformação.

*Alexei Esteves é professor doutor em educação

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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