Comprometida a cooperar com a reforma administrativa do Governo do Estado, a bancada de Oposição apresentará questionamento, nesta quarta (26), sobre a criação de 133 cargos comissionados, com impacto mensal de R$ 552 mil, no bojo do projeto de lei enviado pelo governador Paulo Câmara (PSB). Segundo o líder do bloco, Silvio Costa Filho (PRB), é salutar a reformulação do secretariado às vésperas do segundo mandato de Câmara, mas criar cargos, diante da crise fiscal, é algo com o que a oposição não compactua.
O levantamento foi feito com base nas informações dadas pelo Governo do Estado, no anexo do PL 2123/18. Segundo o estudo da Oposição, em 4 anos esse valor chegará à R$ 26 milhões, tendo em conta que o Estado já gasta R$ 939 milhões com cargos comissionados e funções gratificadas. Com o valor empenhado durante um ano na criação desses 133 cargos, a soma de R$ 6,5 milhões seria suficiente para construir quatro Upinhas (unidades de pronto atendimento).
Às 10h, a bancada oposicionista irá se reunir para formular uma estratégia de atuação, com o intuito de barrar a criação desse gasto. “Eu acho que o momento, agora, é de cortar despesas, enxugar o tamanho da máquina pública e não estar aumentando cargos comissionados”, afirma Silvio Costa Filho. Procurado, o Governo do Estado não se posicionou.
Folhape