Oposição cria ‘força-tarefa’ para acelerar impeachment

Parlamentares da oposição decidiram, nesta terça-feira (29), criar uma “força-tarefa” para monitorar os votos sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. De acordo com a estratégia definida em reunião na liderança do PSC na Câmara, os coordenadores do comitê pró-impeachment em cada estado terão a tarefa de convencer deputados indecisos a apoiarem o afastamento da petista. Coordenador do comitê, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) diz que os oposicionistas acreditam já ter mais que os 342 votos necessários na Câmara para aprovar o processo contra a presidente. A ideia, no entanto, segundo ele, é intensificar o corpo a corpo para aumentar essa margem de segurança.

O grupo pretende pedir ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), que paute a votação em plenário para o dia 14 de abril, uma quinta-feira. De acordo com o ex-líder do DEM, está descartada a possibilidade de o processo ser votado em um domingo, como queria Cunha. “O dia 14 teve boa receptividade entre os parlamentares. Não podemos transformar essa votação em final de Copa do Mundo e levá-la para um domingo. Será um dia histórico, mas a decisão será política”, disse o deputado pernambucano ao Congresso em Foco.

A data de votação é definida pelo presidente da Câmara, mas depende também da contagem dos prazos estabelecidos para a tramitação do processo. Pelo cronograma definido pela comissão do impeachment, a presidente Dilma deverá entregar sua defesa na próxima segunda-feira. Nesse caso, o colegiado poderia votar o parecer do relator, Jovair Arantes (PTB-GO), já no dia 11 de abril. A votação em plenário, assim, ocorreria 48 horas depois.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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