Os danos causados à mulher atleta pelo uso do anticoncepcional oral

Cada vez mais as mulheres vêm procurando outros métodos contraceptivos para evitar o uso de hormônicos sintéticos que compõem os anticoncepcionais orais. Muitas vezes, o anticoncepcional é receitado não apenas para prevenir a gravidez, mas, também, para ajudar a regular o ciclo menstrual, diminuir as cólicas, prevenir a formação de cisto no ovário, reduzir as chances de câncer no útero ou nos ovários, reduzir os sintomas de TPM, entre outros.

A utilização desses contraceptivos pode levar a alguns distúrbios que podem ser prejudiciais ao ganho de massa ou a perca de gordura, dificultando o processo de emagrecimento ou da hipertrofia. Isso ocorre porque o anticoncepcional aumenta a produção de uma proteína chamada SHBG que tem como principal função se ligar e inativar hormônios sexuais, como a testosterona.

A testosterona é um hormônio esteroidal anabólico que está presente no corpo da mulher cerca de 20 a 30 vezes menos que no homem. A queda dos níveis desse hormônio pode causar deficiências como a redução da libido, da energia, alteração do humor e muitos outros fatores. Essa deficiência de testosterona dificulta ainda o processo anabólico, causando o efeito contrário, o que chamamos de catabolismo (dificuldade de manter a massa magra), resultando no aumento maior de gordura e a redução da massa óssea, causando problemas como osteopenia e resultando em uma osteoporose. A osteoporose é uma doença metabólica do tecido ósseo, caracterizada por perda gradual de massa, enfraquecendo os ossos por deterioração da microarquitetura tecidual devido à perda progressiva de elasticidade e homogeneidade, tendo como consequência a diminuição da quantidade óssea, tornando os ossos frágeis e suscetíveis às fraturas.

De acordo com o médico ortopedista e especialista em cirurgia do joelho, Dr. Victor Hugo Costa, a prática esportiva e o não consumo de anticoncepcionais orais são fundamentais para manter a saúde da mulher atleta e evitar riscos de problemas ósseos futuros. “Muitas mulheres passam a tomar este tipo de medicamento sem a informação dos efeitos colaterais e sem explorar outras opções de controle de natalidade que possam ser mais saudáveis e benéficas. Além disso, manter uma rotina de treinos e ter uma alimentação rica em nutrientes é a forma mais prática de evitar os riscos dos anticoncepcionais, uma vez que a prática esportiva aumenta a densidade óssea e alguns alimentos são capazes de devolver o equilíbrio que o corpo precisa para construir a massa magra”, disse.

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