O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), que foi indicado pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil),teria se beneficiado do chamado orçamento secreto. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Quando era deputado federal, Juscelino, diz o jornal, destinou R$ 50 milhões em emendas de relator e deste total R$ 16 milhões foram indicados para a cidade de Vitorino Freire (MA), comandada pela irmã dele, Luanna Rezende.
Ainda de acordo com a reportagem, uma soma relevante da verba teria sido utilizada para asfaltar uma estrada que beneficia as fazendas da família. As obras foram executadas por uma empresa que tem acusações de ser comandada por um “laranja”.
O dono real da companhia, Eduardo José Barros da Costa, conhecido como Eduardo Imperador, já havia sido preso – passou poucos dias na cadeia – por pagamento de propinas em obras realizadas na região.
Juscelino Filho, que tem influência no Centrão, passou a ocupar o ministério depois de uma negociação de cargos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que garantiu a aprovação da PEC da Transição e abriu caminho para formar a base no Congresso, que confere governabilidade ao governo. Na época, a indicação dele foi duramente criticada por especialistas.
Lula e seu entorno, durante o período eleitoral, condenaram fortemente o chamado orçamento secreto. A prática foi classificada como criminosa naquela ocasião. As emendas de relator foram extintas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os recursos separados para essa operação voltaram aos ministérios ou foram alocados em emendas individuais. Ainda não há posição dos envolvidos sobre o caso revelado nesta segunda-feira.
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