Tradicional Maior Fogueira do Mundo volta a ser realizada nesta terça (28)

Na 33ª edição, a Maior Fogueira do Mundo voltará a ser realizada em Caruaru, nesta terça-feira (28), véspera de São Pedro. Com mais de 12 metros de altura, a fogueira será acesa em uma festa que contará com o Trio Tabajara, quadrilha Molecodrilha, Banda de Pífanos Alvorada e o batalhão de bacamarteiros 139.

A madeira utilizada é proveniente de podas feitas pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos nos últimos meses. A festa vai ser realizada na Praça Dom Vital, em frente ao Convento dos Capuchinhos, no bairro Divinópolis, a partir das 19h. As apresentações começam logo após a celebração da missa na Igreja do Convento.

Serviço:

Maior Fogueira do Mundo

Quando? 28 de junho, terça-feira
Onde? Praça Dom Vital, bairro Divinópolis
Horário? A partir das 19h

Prefeitura de Caruaru divulga serviços que funcionarão no Dia de São Pedro

Em cumprimento ao Calendário Anual de Feriados 2022, a Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Administração (SAD), informa que não haverá expediente para os servidores municipais nesta quarta-feira (29), Dia de São Pedro. Na data, apenas os serviços essenciais estarão sendo oferecidos por algumas secretarias da PMC.

Confira, abaixo, as atividades das pastas em atuação, bem como os horários de funcionamento de alguns espaços públicos no feriado.

Secretaria de Política para Mulheres: Plantão do Centro de Referência da Mulher Maria Bonita (acolhimento de mulheres vítimas de violência) pelo telefone: 98384-4310.

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos: Plantão do auxílio funeral pelos telefones 98384-2410 e 98384-3756, bem como atendimento à população em situação de rua no Acolhimento Adulto, que fica na Rua Alferes Jorge, Bairro Indianópolis.

Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras: Operação tapa-buracos sendo realizada pela cidade.

Secretaria de Serviços Públicos e Sustentabilidade: Os parques urbanos funcionarão das 6h às 19h, bem como o Parque Natural Professor João Vasconcelos Sobrinho (Serra dos Cavalos), das 7h às 16h. A coleta de lixo, assim como as manutenções de iluminação pública e do Rio Ipojuca acontecerão normalmente.

Saúde: Hospitais, UPAs e Samu estarão funcionando normalmente, e haverá vacinação, das 8h às 18h, nas tendas da Via Parque. Os serviços ofertados no Polo da Saúde Zefinha Parteira também se mantêm em operação. Já os serviços ambulatoriais nas Unidades Básicas de Saúde, nos Centros de Saúde e nas AMEs não serão realizados na data. A tenda de testagem de Covid-19 do Centro de Saúde Ana Rodrigues também não terá expediente.

Monte do Bom Jesus: Funcionamento das 8h às 22h.

Via Parque: Funcionamento das 6h às 22h.

Ceaca: Aberta normalmente.

Casa Rosa: Horário das 11h às 17h.

Prefeitura de Caruaru oferece curso gratuito de Monitoramento em Rede Social

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH) da Prefeitura de Caruaru, juntamente com a Instituição de Consultoria Elife, abre as inscrições para mais uma turma do curso de Introdução ao Buzzmonitor, Monitoramento de Redes Sociais.

O curso é gratuito e os interessados podem se inscrever até o dia 05 de julho. Após as 60 primeiras inscrições o formulário será fechado e não será mais possível acessá-lo, mesmo que ainda esteja dentro do prazo. A capacitação tem como público-alvo jovens com idades entre 16 e 28 anos.

Ao todo, serão ofertadas 40 vagas e a seleção será por meio da escolha das 40 melhores redações. A realização da redação acontecerá no dia 08 de julho, pela manhã e a tarde. O resultado será divulgado no dia 14 de julho e as aulas terão início no dia 18 do mesmo mês.

“Oferecer um curso de aprendizagem para jovens é fundamental, principalmente com uma empresa séria, como a Elife. O resultado é super positivo e os alunos podem ser inseridos no mercado de trabalho. Tivemos um jovem de 16 anos e uma jovem de 17 que se destacaram na turma passada. E eles se tornaram monitores/as voluntários e, hoje, são jovens aprendizes na Elife e estarão estagiando nas novas turmas”, explicou a gerente de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Joana Figueirêdo.

O curso será ministrado de forma virtual, pela plataforma do grupo Elife. Nela os alunos poderão acessar, tanto a plataforma da Universidade Buzz, como também a plataforma de monitoramento, da empresa Elife.

Também será possível cursar as aulas no laboratório de informática do Centro Integrado de Direitos Humanos (CIDH), localizado na Avenida da República, 557, Divinópolis.

O curso terá duração de dois meses.

Link para inscrição: http://tiny.cc/Buzzmonitor

Tradicional Maior Fogueira do Mundo volta a ser realizada nesta terça (28)

Na 33ª edição, a Maior Fogueira do Mundo voltará a ser realizada em Caruaru, nesta terça-feira (28), véspera de São Pedro. Com mais de 12 metros de altura, a fogueira será acesa em uma festa que contará com o Trio Tabajara, quadrilha Molecodrilha, Banda de Pífanos Alvorada e o batalhão de bacamarteiros 139.

A madeira utilizada é proveniente de podas feitas pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos nos últimos meses. A festa vai ser realizada na Praça Dom Vital, em frente ao Convento dos Capuchinhos, no bairro Divinópolis, a partir das 19h. As apresentações começam logo após a celebração da missa na Igreja do Convento.

Serviço:

Maior Fogueira do Mundo

Quando? 28 de junho, terça-feira
Onde? Praça Dom Vital, bairro Divinópolis
Horário? A partir das 19h

Véspera e Dia de São Pedro têm piseiro, axé e variações do forró no São João de Caruaru

A semana menos esperada do São João de Caruaru chegou. Isso porque essa é a reta final dos festejos, que iniciaram no dia 4 de junho. Quase 500 apresentações já foram registradas nos 24 polos espalhados pelo município. Nesta terça (28) e quarta (29), véspera e Dia de São Pedro respectivamente, são quase 60 atrações em oito polos.

Na terça (28), o forró começa ao meio-dia no Alto do Moura. Passam nomes conhecidos dos pernambucanos, como Jucélio Vilela, Cristina Amaral e Fabiana Pimentinha. Apresentações de dança, quadrilhas, forró pé de serra, declamação de poesia e teatro podem ser encontradas nos polos da Estação Cultural, no centro. No Pátio do Forró, tem estreia e tem veterano. O baiano Léo Santana e o caruaruense Davi Firma voltam aos palcos do Maior e Melhor São João do Mundo, enquanto que o pernambucano de Ouricuri, Zé Vaqueiro, traz seu piseiro pela primeira vez para a festa.

No Dia de São Pedro (29), é a vez de se despedir da edição 2022 do Alto do Moura, que registrou recorde de público e mostrou, mais uma vez, que é o polo queridinho de quem gosta de curtir o São João durante o dia. Quem fica com a responsabilidade de encerrar este ano é o Trio Café com Leite, Domingos Acioly e o sanfoneiro André Julião e os caruaruenses Douglas Leon e Petrucio Amorim. A festa continua no Polo Casa Rosa e demais polos da estação ferroviária. O Pátio promete mais um dia de multidão e encontro de gerações. Sobem ao palco, a partir das 18h30, o grupo com 50 anos de história, Quinteto Violado, a banda Magnatas do Forró e os cantores Wesley Safadão e Geraldinho Lins. Os shows vão até as 2h.

Exposição – A Estação Cultural abriga, pela primeira vez, além dos espaços já conhecidos, a Exposição Forró Feito de Barro, composta por mais de 40 peças de grandes artesãos do Alto do Moura, como Manoel Eudócio e Severino Vitalino. Compõem a exposição elementos típicos do São João, como o trem do forró, o maior cuscuz do mundo, a quadrilha junina, os trios pé-de-serra, bandas de pífanos, santos juninos, entre outros. Todo o acervo exibido na mostra faz parte do Museu do Barro Espaço Zé Caboclo. A entrada é gratuita.

A estimativa é que cerca de R$ 300 milhões girem a economia da cidade e que mais de 3 milhões de pessoas visitem Caruaru durante todo o período junino. O São João de Caruaru segue até o dia 2 de julho. Pela festa, passam, ainda, Walkyria Santos, Batista Lima, Raí Saia Rodada, Eliane e as ex-BBB’s Naiara Azevedo e Juliette.

Abaixo, segue a programação completa de todos os polos.

TERÇA – 28/JUN

Polo Alto do Moura
12h – Trio Fole de Ouro
13h20 – Jucélio Vilela
15h – Cristina Amaral
16h40 – Fabiana Pimentinha

Polo Casa Rosa
13h – Trio Arupemba
15h – João Filho

Polo Juarez Santiago
17h – Novo Milênio
18h40 – Pereira do Acordeon
20h20 – Trio Se Vira nos Trinta
22h – Trio Genilza do Acordeon
23h40 – Bau dos Oito Baixos

Polo do Repente e Alpendre Onildo Almeida
19h30 – Oficina de barro com Edilene Vitalino
20h – Repentistas: João Lourenço e Hipólito Moura
21h – Cia. De Dança Flávio Barbosa
21h50 – Quadrilha Pernas pra Circulá
22h30 – Quadrilha Junina Brincantes do Sertão

Polo Camarão e Polo das Quadrilhas
19h – Intervenção Cultural LGBTQIA+
21h – Cia. De Dança Valdeck Farias
21h30 – Banda Segnus
23h – Forró Cigano
0h30 – Edilene Lira

Pátio do Forró
20h – Davi Firma
22h – Zé Vaqueiro
0h – Léo Santana

QUARTA – 29/JUN

Polo Alto do Moura
12h – Trio Café com Leite
13h20 – Domingos Acioly e André Julião
15h – Petrúcio Amorim
16h40 – Douglas Leon

Polo Casa Rosa
12h – Lucas Borba
13h40 – Banda Capital Nordestina
15h30 – Thayse Dias

Pôr do Sol no Monte
17h – Rivo Trio
18h20 – Neemias Wanderley

Polo Infantil
17h – Recreação com Turma da Kika
17h – Oficina de pintura expressionista com Dani Guerreiro
19h – Arraial do ZTheus

Polo Juarez Santiago
17h – Trio Nós Todos
18h40 – Trio Luz do Candeeiro
20h20 – Trio Floresta
22h – Trio Vai Hoje
23h40 – Ricarte e Rivaldo

Polo do Repente e Alpendre Onildo Almeida
17h – Forró em vinil com Nino do Rap
18h – Cinema Mostra Caruaru – exibição de curta caruaruense
19h – Declamadores: Professor Urbano, Naldo Venâncio e Nerisvaldo Alves
20h – Trio Forró Quentão com participação especial de Marcos Sales
22h – Ori Cia. De Dança
23h – Quadrilha Brincantes do Sertão

Polo Camarão e Polo das Quadrilhas
19h – Floro Junior
20h15 – Kaká Kantarelle
21h30 – Erick Moreira
23h – Carlinhos Bala
0h30 – Kelly Souza

Pátio do Forró
18h30 – Quinteto Violado
20h30 – Magnatas do Forró
22h30 – Wesley Safadão
0h30 – Geraldinho Lins

Inscrições para o Sisu começam nesta terça-feira

Começam hoje (28) as inscrições para o segundo processo seletivo de 2022 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Os candidatos às vagas que serão oferecidas pelas instituições públicas de ensino superior deverão ficar atentos porque o prazo é curto, e terminará no dia 1º de julho.

A consulta para as vagas neste segundo processo seletivo teve início no dia 15, por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Para acessá-lo, clique aqui.

Por meio da consulta, é possível visualizar as vagas ofertadas por modalidade de concorrência, cursos e turnos, instituições e localização dos cursos. Também é possível acessar a íntegra do documento de adesão de cada uma das instituições que aderiram ao Sisu.

O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação (MEC) no qual as instituições públicas de educação superior, sejam elas federais, estaduais ou municipais, oferecem vagas a serem disputadas por candidatos inscritos em cada edição da seleção.

Exigência

Para participar do Sisu será exigido do candidato que tenha realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição de 2021, obtido nota superior a zero na prova de redação e não tenha participado do Enem na condição de treineiro.

O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 6 de julho. A matrícula ou registro acadêmico devem ser feitos de 13 a 18 de julho. Já o prazo para os interessados manifestarem interesse em participar da lista de espera será de 6 a 18 de julho.

Os candidatos são selecionados para as opções de cursos indicados no ato de inscrição, de acordo com a melhor classificação de nota obtida na edição mais recente do Enem, que, nesta edição, será a de 2021.

Irã apresenta pedido para ingressar no Brics

VI Cúpula do Brics é realizada com segurança máxima em Fortaleza (CE)( Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Irã quer se tornar membro do grupo de economias emergentes conhecido como Brics. Segundo o Ministério das Relaçõesw Exteriores do país, a adesão ao bloco, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, “resultaria em valores agregados para ambos os lados”.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a Argentina também se candidatou para fazer parte do grupo. Autoridades argentinas não puderam ser contactadas de imediato para comentar.

O presidente da Argentino, Alberto Fernández, que está atualmente na Europa, reiterou nos últimos dias seu desejo de que a Argentina se junte ao Brics.

“Enquanto a Casa Branca pensava sobre o que mais poderia desligar, proibir ou estragar no mundo, a Argentina e o Irã se candidataram para entrar no Brics”, disse Zakharova no aplicativo de mensagens Telegram.

Há muito tempo, a Rússia vem pressionando para forjar laços mais estreitos com a Ásia, a América do Sul e o Oriente Médio, e intensificou esforços recentemente para resistir às sanções impostas pela Europa, os Estados Unidos e outros países por causa de sua invasão à Ucrânia.

Nessa segunda-feira (27), os Estados Unidos e outras nações ocidentais prometeram apoio inabalável à Ucrânia, após 28 civis terem sido mortos em diversos ataques russos, incluindo um com mísseis contra um shopping center lotado.

A Rússia nega ter como alvo civis no que chama de “operação militar especial” para desarmar a Ucrânia e protegê-la de fascistas. A Ucrânia e seus aliados no Ocidente dizem que a guerra é um ato de agressão sem provocação.

Volkswagen dá férias coletivas por falta de semicondutores

Fábrica da Volkswagen no Brasil.

Desde esta segunda-feira (27), a fábrica de São Bernardo do Campo da Volkswagen do Brasil, na região metropolitana de São Paulo, concederá 10 dias de férias coletivas aos funcionários, em razão falta de semicondutores, conforme confirmou a empresa.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que 3 mil trabalhadores terão em férias coletivas em função da falta de peças e componentes eletrônicos para finalizar a produção dos veículos. Os metalúrgicos ficarão fora da fábrica até 7 de julho. A montadora não informou o número de funcionários envolvidos.

De acordo com informações do sindicato, a crise dos semicondutores tem diversos fatores, mas que para o setor automobilístico o principal é a disponibilidade restrita de fabricação dos componentes para o setor por parte de fornecedores. Ainda segundo a entidade, essa é uma crise bem ampla que envolve fatores geopolíticos, logística, pandemia e até fatores climáticos, e já vem de no mínimo três anos.

A montadora já havia colocado cerca de 2,5 mil metalúrgicos em coletivas no mês de maio por problemas na cadeia de fornecimento de peças. Dados do sindicato dão conta de que a empresa conta com cerca de 8,2 mil trabalhadores na planta de São Bernardo, sendo 4,5 mil na produção.

O coordenador-geral da representação do sindicato na Volkswagen, José Roberto Nogueira da Silva, avalia que a falta de componentes tem impactado não só o ramo automotivo, mas todo setor industrial brasileiro. “Este é um problema que vem afligindo não só a indústria automobilística. Toda a indústria nacional vem sendo impactada. Isso acaba atingindo diretamente os trabalhadores. A falta de política industrial e de desenvolvimento no país tem causado a desestruturação da cadeia produtiva nacional”, disse, em nota.

Segundo Silva, um acordo vigente na montadora, negociado entre sindicato e a empresa, dá aos trabalhadores tranquilidade em relação aos empregos. “É muito importante neste momento termos um acordo de longo prazo que prevê situações como esta que vem perdurando a muito tempo. O acordo dá previsibilidade para trabalhadores se organizarem e também para a empresa pensar o futuro da planta”.

Petrobras reinicia processo de venda de três refinarias

Edifício sede da Petrobras

A Petrobras anunciou o reinício, nesta segunda-feira (27), dos processos de venda de três refinarias. Fazem parte do pacote a Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, e Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, bem como os ativos logísticos integrados a elas.

Os documentos com as principais informações sobre os ativos e os critérios de elegibilidade para a seleção de participantes estão disponíveis na página da Petrobras, no link Resultados e Comunicados. As etapas subsequentes dos processos de venda dessas três refinarias serão informadas oportunamente ao mercado.

O plano de desinvestimento em refino da Petrobras representa, aproximadamente, 50% da capacidade de refino nacional, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado, e considera a venda integral dos seguintes ativos: Refinaria Abreu e Lima (RNEST), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), Refinaria Landulpho Alves (RLAM), Refinaria Gabriel Passos (REGAP), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), bem como os ativos logísticos integrados a essas refinarias.

As operações estão em consonância com a Resolução nº 9/2019 do Conselho Nacional de Política Energética, que estabeleceu diretrizes para a promoção da livre concorrência na atividade de refino no país, e integram o compromisso firmado pela Petrobras para a abertura do setor de refino no Brasil.

Preconceito afeta produção de dados sobre LGBTI+

Parada gay

Reivindicação histórica do movimento de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais (LGBTI+), a produção de dados oficiais sobre essa população deu um passo inédito neste ano, com a divulgação da primeira contagem populacional de homossexuais e bissexuais na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Dia do Orgulho LGBTI+, comemorado hoje (28), ativistas e pesquisadores explicam que, apesar desse avanço, a subnotificação mostra o longo caminho de luta contra os temores e estigmas que levam essas pessoas, muitas vezes, a  esconderem sua identidade. 

Divulgada em maio, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) contabilizou 2,9 milhões de homossexuais e bissexuais no Brasil. Na própria apresentação dos dados, o IBGE pediu cautela ao interpretar a informação. “A gente não está afirmando que existem 2,9 milhões de homossexuais ou bissexuais no Brasil. A gente está afirmando que 2,9 milhões de homossexuais e bissexuais se sentiram confortáveis para se autoidentificar ao IBGE como tal”, disse a analista Nayara Gomes, em entrevista coletiva.

O instituto apontou principalmente o estigma e o preconceito por parte da sociedade como fatores que podem fazer com que as pessoas não se sintam seguras em declarar a própria orientação sexual. O IBGE também ponderou que a falta de familiaridade da população com os termos usados na pesquisa pode ter contribuído para a subnotificação.

Professor do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e representante do Conselho Regional de Psicologia no Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, Pedro Paulo Bicalho considera que qualquer dado produzido sobre a população LGBTI+ sempre estará sujeito à subnotificação, enquanto o contexto social incluir violências e estigmas contra a diversidade de identidades de gênero e de orientações sexuais.

“Para conseguir fazer uma pesquisa em que não haja subnotificação e em que a gente consiga entender quem são, como são e como vivem todas as pessoas LGBTI+, teríamos que fazer isso em uma sociedade livre de LGBTIfobia, que não é a nossa. Acredito que não será a nossa geração, em que pesem todos os esforços e lutas sociais para que isso possa diminuir”,  afirma Bicalho. “O máximo que a gente consegue é uma pesquisa sobre pessoas que se reconhecem LGBTI+”.

O pesquisador explica que esse obstáculo deve ser encarado como contexto para interpretar os dados, e não como motivo para que não sejam coletados. “Não quer dizer que não devemos continuar insistindo, só que precisa ser muito bem construído”.

O psicólogo defende que um ponto importante é estabelecer relação de confiança da pesquisa com a população LGBTI+, para que ela acredite na finalidade do estudo e no aproveitamento dos dados para produzir uma vida melhor.

“Mesmo entre as pessoas que se reconhecem LGBTI+, passa por uma relação de confiança falar sobre isso, então, um tipo de pesquisa como essa precisa ser muito bem preparada. Esse Estado que chega à casa das pessoas e pergunta quem elas são precisa fazer isso de forma que essa pessoa confie e entenda para que está dando a informação. Passa também, acrescenta o pesquisador, por uma relação de confiança que não é só entre entrevistador e entrevistado, mas também em relação ao país em que se vive. Se o LGBTI+ não consegue entender que esse país tem vontade política de produzir políticas públicas sobre nós, será muito complicado”.

Visibilidade

A presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, Keila Simpson, também acredita que um trabalho de treinamento das pessoas envolvidas em pesquisas como a PNS e o Censo poderia criar um clima mais acolhedor para que os entrevistados respondam sobre questões como a identidade de gênero e a sexualidade.

“O próprio IBGE pode procurar consultores e consultorias de pessoas que trabalham com o assunto, têm essa experiência e que vão ajudar a achar o melhor caminho para fazer essas perguntas”, avalia. “Um elemento importante é fazer formação, contratar pessoas com traquejo nesse universo e que possam tratar com humanidade os que vão responder à pesquisa”.

Apesar dos estigmas e violências, Keila defende que há, mesmo assim, grande número de LGBTI+ disposto a responder pesquisas de órgãos oficiais para ajudar na produção de dados. “Quando a gente vê uma parada LGBTI+, as pessoas que estão ali querem visibilidade. Elas não iriam se ocultar de responder a um Censo do IBGE”.

Enquanto deu o primeiro passo para produzir dados oficiais sobre homossexuais e bissexuais, a PNS ainda deixou de fora a população transexual, já que nenhuma pergunta sobre identidade de gênero foi incluída no estudo. Sem dispor de informações oficiais em temas como trabalho, saúde e segurança pública, a Antra – Associação Nacional de Travestis e Transexuais – é uma das organizações não governamentais que se engajou na produção dos próprios dados e divulga anualmente o Dossiê de Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiras. O trabalho é parecido com o realizado pelo Grupo Gay da Bahia, que produz relatórios anuais sobre casos de assassinatos de LGBTI+ noticiados pela imprensa.

“O que a Antra faz é mexer em uma temática que, se a gente não jogar luz, ela não vai existir”, afirma Keila,. Ela conta que a associação não tem recursos para contratar pesquisadores e depende de voluntários e ativistas para que o estudo possa ser lançado todo dia 29 de janeiro, quando é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Trans.

Censo

A falta de mais dados faz com que as demandas dessa população não sejam contempladas como poderiam, argumenta o diretor de políticas públicas da Aliança Nacional LGBTI+, Cláudio Nascimento, que esteve à frente do programa estadual Rio Sem Homofobia.

“É necessário ter política focalizada para a população LGBTI+? Sabemos que sim, mas não temos dados para confirmar essa informação e garantir, nos próximos anos, um conjunto de políticas públicas que possam mudar essa realidade. É muito grave que hoje exista um apagão de dados oficiais no Brasil que interfira de maneira estratégica na produção de políticas para a comunidade LGBTI+”.

Cláudio Nascimento considera que um passo importante nesse sentido teria sido a inclusão de perguntas no próximo Censo que pudessem gerar mais dados, ainda que possivelmente subnotificados.

“A inclusão da população LGBTI+ no Censo vai além de saber quantos somos. É preciso qualificar a análise da inclusão ou não da população LGBTI+ em diversas políticas, como acesso à educação, saúde, nível de emprego, formação profissional, condições de moradia”, afirma. “Quando foi incluído o quesito cor/raça, observou-se, no primeiro momento, grande subnotificação, porque não existiam campanhas e havia pouca capacitação das equipes do IBGE. Com o tempo, campanhas e capacitação, houve uma mudança enorme e mais de 50% se declaram pretos e pardos hoje. A mesma coisa é com os LGBTI+. Num primeiro momento, pode ser que ocorra subnotificação, mas é um passo importante”.

Após ação civil pública do Ministério Público Federal, a inclusão de perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero no Censo chegou a ser determinada pela Justiça Federal do Acre no início deste mês, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região derrubou a liminar ao atender a um recurso da Advocacia Geral da União (AGU). O IBGE havia argumentado que não é mais possível incluir as questões a menos de dois meses do início das operações do Censo e que, para cumprir a decisão, teria que adiar novamente a realização da pesquisa, que já foi postergada em 2020 e 2021.

Apesar de acatar o pedido, o desembargador federal José Amilcar Machado afirmou na decisão que se baseou em aspectos gerenciais e temporais, considerando que faltam menos de dois meses para a realização da pesquisa, e que não se questiona a necessidade de buscar tais informações. “O cuidado e o esforço dos governantes devem ser amplos e considerar todo cidadão, buscando o atendimento dos seus direitos e a proteção das suas garantias, o que demanda política pública própria devida a essa minoria, sem discriminação alguma.”

De fora do Censo, as questões relacionadas a identidade de gênero e orientação sexual estão previstas pelo IBGE entre os tópicos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), no primeiro trimestre de 2023; da Pesquisa Nacional de Demografia em Saúde (PNDS), prevista para o segundo trimestre de 2023; da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), que deverá ser realizada em 2024; e da próxima edição da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

Dados contra o preconceito

Para o antropólogo e professor do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Sérgio Carrara, a discussão do tema e a produção de dados, ainda que subnotificados, são um avanço. Ele lembra que há menos de 20 anos, institutos de pesquisas classificavam como dado inconsistente a presença de dois adultos do mesmo sexo que declarassem cônjuges.

“O próprio sistema descartava o dado, porque não poderia haver uma relação de tipo conjugal entre pessoas do mesmo sexo. Então, você não só não tinha a informação como, quando ela era fornecida, era eliminada. A gente parte desse momento em que não se tem informação nenhuma, quando se discute a possibilidade de coleta da informação e ela começa a ser feita”.

Carrara também considera que a subnotificação está ligada ao preconceito, mas vê a própria realização das pesquisas como forma de combatê-lo.

“Apenas o fato de colocar a questão já contribui para diminuir o estigma e a discriminação. A pessoa que ouve a pergunta, independentemente da resposta, vai perceber que aquilo pode ser perguntado. Então, o fato de a questão estar no Censo contribui para combater o preconceito, que faz com que as respostas sejam subnotificadas em um primeiro momento”. Para ele, silenciar a questão é colaborar com o preconceito. “Colocar a questão, mesmo sabendo que vai haver subnotificação inicialmente, é importante para que se chegue a um ponto em que a subnotificação não seja tão significativa”.