MEI: projeto de lei pode alterar regras em 2022

Aplicativo Simples Nacional

O projeto de lei 108/2021, em tramitação na Câmara dos Deputados, altera o Estatuto da Micro e Pequena Empresa. Dentre elas, estão o aumento do teto de faturamento do Microempreendedor Individual (MEI), que passaria de R$ 81 mil para até R$ 130 mil, e a possibilidade de contratação de até dois funcionários. Outras mudanças já estão valendo, como é o caso do aumento do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), boleto pago todos os meses pelo MEI.

A justificativa do autor da proposta, senador Jayme Campos (DEM-MT) (https://www.camara.leg.br/noticias/845632-projeto-aumenta-limite-de-faturamento-para-microempreendedor-individual/), é de que as mudanças beneficiarão a economia, ao possibilitar a maior adesão de pessoas ao segmento.

Para o gerente de atendimento personalizado do SEBRAE-DF, Ricardo Robson, a proposta é “positiva”. “Essas mudanças representam um grande avanço, principalmente, no que diz respeito a elevação do limite de faturamento e a possibilidade do MEI contratar até dois funcionários”, ressalta. 

O Igor Yusiasu trabalha há mais de 7 anos na área de produção de conteúdo audiovisual em Salvador (BA). Para ele, empreender no Brasil é um “desafio grande”. “Dois fatores para mim pesam bastante e mostram que é um desafio grande empreender no Brasil – a primeira é a carga tributária, que aqui é muito alta, para poder comprar equipamentos de câmera, lentes de filmagens de fotografia e a segunda é a burocracia, o MEI e o Simples Nacional já vieram para desburocratizar muitas coisas mas ainda tem um passo muito grande para a gente poder chegar no ambiente favorável ao empreendedorismo no Brasil”.

Outra novidade é a inclusão dos caminhoneiros nesse modelo de empresariado. A previsão é que esses trabalhadores já possam se inscrever no MEI a partir de abril, mesmo que o faturamento anual seja maior que o teto das outras categorias. 

DAS

Porém, o MEI já passou por mudanças neste ano. Já está valendo o reajuste no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), boleto pago todos os meses pelo MEI. O valor é calculado de acordo com o ramo de atividade e é feito com base no salário mínimo mais acréscimo de ICMS e ISS. Os reajustes passaram a valer no dia 20 de fevereiro. 

Os novos valores são: 

Comércio ou indústria: R$ 61,60;
Prestação de serviços: R$ 65,60;
Comércio e prestação de serviços: R$ 66,60.

MEI: Renegociação de dívidas
 
As empresas optantes pelo Simples Nacional e os microempreendedores individuais (MEI) têm até 31 de março para renegociar débitos inscritos em dívida da União com até 70% de desconto e prazo de até 145 meses para pagar.

Para saber se tem que regularizar alguma dívida com o Simples Nacional, o microempreendedor deve acionar o site  e verificar a situação do débito e, caso exista, qual ente deverá procurar para pagar ou negociar o montante. Feita a consulta, se a situação for ENVIADO À PFN, significa que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) é responsável pela cobrança; se for TRANSFERIDO ENTE FEDERADO, o débito precisa ser regularizado perante o respectivo Ente. 

Segundo o professor do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário do Distrito Federal – UDF, Deypson Carvalho, alerta para os prazos. “No mês de março de 2022 , ainda existem duas modalidades que estão disponíveis para as empresas optantes pelo Simples Nacional ou para o MEI. São elas: transação de pequeno valor do Simples Nacional e programa de regularização do Simples Nacional. A adesão das modalidades é dia 31 de março, às 19h.”

MEI: Saindo da informalidade
 
Igor conta que saiu da informalidade depois que a fotografia passou de hobby para renda principal. “Eu me regularizei para poder emitir notas, ser fornecedor de grandes empresas e trabalhar com editais que precisam de um tempo mínimo de abertura da CNPJ.”

Ricardo Robson diz que a regularização é um passo importante. “Para o trabalhador, isso representa cidadania empresarial, onde essas pessoas passam a contar com a cobertura previdenciária e ter benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença e a própria contribuição para a aposentadoria por meio da previdência social.”

Fonte: Brasil 61

Dia 8 de março: mulheres ainda buscam o cumprimento de direitos básicos

As mulheres são a maioria da população brasileira, 52,2% do total. Entre os idosos, o percentual aumenta e chega a 56,7%, segundo dados do IBGE. Por outro lado, são as que mais sofrem com o desemprego. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) mostraram que 17,1%  das mulheres estão desempregadas, enquanto 11,7% dos homens estão nessa condição. 

Entre os empregados ainda há disparidade salarial. As mulheres ganham em média 24% a menos que homens mesmo desempenhando funções semelhantes. Uma pesquisa de uma empresa recrutadora revelou que essa diferença é menor entre os mais jovens e em cargos de menor complexidade. 

“A equiparação salarial é uma luta incessante até nós alcançarmos o mesmo patamar. Já que nós exercemos as mesmas funções, temos a mesma capacidade, por que não ganhar o mesmo salário?”, defende a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB, Cristiane Damasceno. Para ela, este Dia Internacional das Mulheres é um momento para pensar nas questões de gênero que movem a sociedade. Para ela, as mulheres de hoje têm grandes desafios para equilibrar a vida profissional e a carreira.

“A gente precisa criar estratégias para que as mulheres possam fazer uma melhor gestão do tempo para poder desenvolver sua carreira”, ponderou Cristiane Damasceno. Segundo ela, a OAB está estudando estratégias para que as advogadas tenham um espaço para cuidado com os filhos, para participação em audiências ou atendimento a clientes. “Como nós sabemos as mulheres é que têm maiores incumbências com essas questões domésticas inclusive com os filhos, isso seria uma forma de ajudá-las a se colocarem de maneira mais efetiva dentro do próprio mercado de trabalho”, argumentou. 

Aprovado projeto que regulamenta retorno de gestantes ao trabalho presencial após vacina

Um longo caminho 

Se a diferença de oportunidades entre homens e mulheres já existe, para a advogada quilombola Josefina Serra, ela é muito mais evidente quando se observa as questões de raça. Uma pesquisa feita pelo Instituto Insper, em 2020, mostrou que o salário médio de um homem branco é 159% maior do que o de uma mulher negra. 

Hoje advogada, Josefina Serra já foi empregada doméstica por muitos anos. Já ocupou cargos políticos em governo estadual e na OAB ligados à igualdade racial. Para ela, a educação é a porta de entrada para a diminuição das desigualdades. “Apesar de hoje a gente ver a popularização dos debates sobre igualdade de gêneros por causa do feminismo e do combate ao machismo, ainda há desigualdades salariais, violência sexual, feminicídio, baixa representatividade política. Isso é evidente. Então, a nossa luta ainda vai continuar durante muito tempo”, diz. 

História 

No dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional das Mulheres. A data foi oficializada pela ONU, em 1975, mas lembra um momento muito anterior quando operárias de uma fábrica em Nova York entraram em greve, em 1857, para reivindicar melhores condições de trabalho. Entre as pautas também estavam a licença maternidade. Elas foram trancadas na fábrica e, devido a um incêndio, 129 morreram. 

Passados 165 anos da tragédia, muitas das pautas levantadas pelas americanas ainda precisam ser alcançadas no mundo. Para marcar a data, movimentos sindicais e sociais planejam manifestações em 40 cidades nesta terça-feira. Além disso, a pauta do Senado será dedicada à votação de projetos que tratam dos direitos das mulheres, como o PL 3.048/2021, que prevê o agravamento de pena de crimes contra a honra caso sejam praticados contra as mulheres. Além do projeto do senador Ciro Nogueira (PP/PI), o PLS 47/2012, que prevê atendimento prioritário às vítimas de violência doméstica em delegacias e hospitais. 

Fonte: Brasil 61

Projetos para conter preço dos combustíveis ganham prioridade no Senado com a Guerra da Rússia e Ucrânia

São Paulo – Posto de gasolina em Pinheiros.

Visando reduzir a alta dos preços de combustíveis, impulsionada pela Guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente do Senado, Rodrigo Pachedo (PSD/MG), confirmou para esta semana a votação dos dois projetos que pretendem conter o aumento dos combustíveis para o consumidor no Brasil.

Os dois projetos  devem ser votados na mesma sessão. O PLP 11/2020 que mexe na cobrança do ICMS tem apoio do governo e deve ser o primeiro a ser discutido e votado. A proposta visa que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne todos os secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal, defina um valor unitário do ICMS para ser cobrado sobre o litro do combustível. No projeto, o ICMS seria cobrado uma vez, ou na refinaria ou na importação do combustíve,l e não mais no final da cadeia de distribuição incidindo em cima de outros impostos. O PLP também amplia o auxílio-gás. A intenção é dobrar o número de casas atendidas hoje, chegando a 11 milhões de famílias.

O vice-líder do governo, senador Carlos Viana (MDB/MG) afirma que o projeto que muda a cobrança do ICMS não está 100% do jeito que o governo gostaria. Mas já é um avanço e deve ser aprovado com facilidade.

“A grande vantagem desse projeto é que os brasileiros deixarão de pagar uma bitributação sobre os combustíveis. Como funciona hoje? O litro do combustível da gasolina sai da refinaria é acrescido IPI, a CID, outras taxas e quando chega na bomba nos estados, o ICMS é cobrado sobre o total. Ou seja, nós pagamos imposto sobre imposto e é claro que isso aumenta o preço e torna a carga tributária muito mais pesada para os contribuintes brasileiros”, destacou o senador.

O outro projeto é o PL 1472/2021. Ele cria a Conta de Estabilização de Preços de Combustíveis (CEP-Combustíveis), que será usada para financiar um sistema de bandas de preços para proteger os motoristas da variação do preço de mercado dos combustíveis. O Governo Federal definirá limites mínimo e máximo para os preços. Quando os preços de mercado estiverem abaixo do limite inferior da banda, os recursos correspondentes à diferença serão acumulados na conta, quando estiverem acima do limite superior, o governo usa os recursos para compensar e manter o preço dentro da margem definida.

O relator dos dois projetos, senador Jean Paul Prates (PT/RN), está confiante na aprovação dos dois projetos que, segundo ele, só juntos podem conter o impacto sobre a alta dos combustíveis.

“Os projetos que nós relatamos e que alteram a forma de cobrança do ICMS, e também criam, principalmente, a conta da estabilização de preço, podem com certeza ajudar o governo brasileiro a enfrentar essa situação de crise dando maior tranquilidade ao consumidor e com efeitos positivos no controle da inflação. Os dois projetos vão ser colocados em votação na próxima semana e eu mantenho a certeza de que eles devem ser aprovados sem maiores problemas. Nós estamos trabalhando desde a última sessão do Senado no constante aperfeiçoamento de relatório de cada um deles. E as mudanças se resumem, por enquanto, a tornar mais clara essa mecânica para todos os cidadãos e cidadãs”, detalhou Jean Paul.

O senador Izalci Lucas (PSDB/DF) acha que está na hora dos governos federal e estaduais arcarem um pouco com essa conta que está explodindo no bolso da população.

“Eu vou votar favorável, porque agora tem o foco no consumidor, não dá para repassar o preço para o consumidor e ele pagar sozinho. Acho que cada um tem que contribuir: Estado, contribuinte e mas também a união tem que pagar por isso”, reclamou Izalci.

A votação dos dois projetos está marcada para a próxima sessão do Senado, que acontece nesta terça-feira. Caso aprovados, os dois projetos voltam para a Câmara dos Deputados.  

Fonte: Brasil 61

Evento gratuito reúne empreendedores para aprender como crescer o CNPJ sem enlouquecer o CPF

O Sindloja Caruaru, em parceria com o Sebrae e o empresário e treinador de empreendedores Macário Moraes, promoverá um evento gratuito, no dia 15 de março, às 19h, no auditório do sindicato, no bairro de São Francisco. Com a temática Crescer sem enlouquecer. Coisa de empreendedor pleno!, o evento vai ajudar empresários a administrar seus negócios sem enlouquecer para alavancar seus empreendimentos. As inscrições podem ser feitas através do link https://forms.gle/6WdTGQ7o6HHQks4J6. Para garantir sua participação no evento, basta apenas levar 2 kg de alimentos para doações no dia da palestra.

Empreender não é um caminho fácil, continuar empreendendo e dedicando todos os esforços pode ser uma tarefa prejudicial, levando muitos empreendedores a desenvolver transtornos mentais devido ao esgotamento adquirido na administração desequilibrada de seus negócios. Segundo uma pesquisa realizada pelo Tropos Lab e a UFMG, na pandemia, cerca de 30% dos empreendedores buscaram apoio psicológico nos últimos anos. Com isso, o cuidado com a saúde mental dessas pessoas deve ser cada vez mais priorizado e estimulado. O evento “Crescer sem enlouquecer. Coisa de empreendedor pleno!” poderá ser acompanhado de forma gratuita por todos os interessados, o conteúdo será uma abordagem prática que integra CORPO, MENTE e ESPÍRITO, desenvolvida por Macário Moraes para ajudar empresários que se sentem escravos de suas empresas a construir metas inovadores e eficazes para seus negócios sem prejudicar suas vidas pessoais.

Macário Moraes, que antes de ter negócios foi executivo e treinou mais de 9 mil empreendedores e gestores no Brasil, foi diagnosticado com síndrome de burnout, venceu a doença e já ajudou dezenas de empresários através de sua mentoria, que é dedicada a empreendedores que buscam atingir suas metas com equilíbrio. “O nosso objetivo é bem mais do que levar a mentoria para os empreendedores, é ajudar a reconhecer a mente, o corpo e o espírito para empreender com equilíbrio e crescer sem enlouquecer. É importante levar essa temática como um movimento para ajudar empreendedores a sair dessa situação que pode prejudicar não só seus negócios, mas sua saúde. Ter o apoio de instituições como o Sindloja Caruaru e o Sebrae é muito importante para difundir esse movimento de empreender com equilíbrio, priorizando seus negócios e saúde mental e física”, explica Macário Moraes, palestrante e criador do Movimento Empreendedor Pleno.

O evento é uma parceria do Sindloja Caruaru com o Sebrae para oferecer subsídio na mentoria desses empreendedores que possuem o objetivo de alavancar seus negócios. “Estamos orgulhosos em fechar uma parceria tão importante, junto com o Sebrae e com Macário Moraes, vamos abrir a mente dos empreendedores com ferramentas valiosas para empreender sem estresse e ainda conseguir lucrar mais. Convidamos todos os pequenos e grandes empreendedores interessados no assunto para assistir à palestra, vivenciar a experiência e aprender de forma prática sobre o empreendedorismo pleno”, completa o presidente do Sindloja Caruaru, Augusto Costa.

SERVIÇO

O que: Evento gratuito “Crescer sem enlouquecer. Coisa de empreendedor pleno!”

*Levar 2kg de alimentos não perecíveis para doações

Quando: 15 de março de 2022, às 19h.

Onde: Auditório Sindloja Caruaru – Av. Leão Dourado, 51 A – São Francisco, Caruaru – PE, 55008-010

Inscrições: https://forms.gle/6WdTGQ7o6HHQks4J6

Calouros iniciam aulas presenciais na Asces-Unita

A Asces-Unita recebeu, nesta segunda-feira(07), todos os estudantes aprovados nos processos seletivos realizados ao longo dos últimos meses, como o Jogo do Seu Futuro, Nota do Enem e Portador de Diploma. Um ciclo cheio de expectativa para os estudantes que aguardavam ansiosamente pelo início das aulas no campus Asces-Unita. Para recepcioná-los, a instituição realizou a aula inaugural, na icônica Praça das Placas, localizada no campus II. Durante o evento, os estudantes serão apresentados aos seus coordenadores, professores, reitores e, claro, aos novos colegas de sala.

Já os estudantes do período diurno serão acolhidos na aula inaugural a ser realizada na manhã deste terça-feira(08), também na Praça das Placas, dentro do Campus II.

Biossegurança é prioridade

A Asces-Unita, através do seu Comitê Gestor, criado especialmente para conduzir as questões sanitárias durante a pandemia da Covid-19, segue rigorosamente todos os protocolos exigidos pelos órgãos competentes, quanto à biossegurança da comunidade circulante dos campi. O uso de máscara facial, que cubra totalmente nariz e boca, é exigido em todos os ambientes da instituição.

Imperdível: Boteco Faaca + BBB22

O Happy Faaca será prolongado, nesta terça (8), até o final do programa BBB22. Quem estiver por lá poderá participar também do bolão do 7º paredão e concorrer a um voucher de desconto.

“A mesa que acertar a porcentagem ou apostar no valor mais aproximado do resultado do eliminado ganhará R$ 100,00 de desconto no consumo”, explicou o gerente do Faaca Caruaru, Jurandir Silva.

Então, que tal chamar a galera para assistir ao 7º paredão do BBB22 no Faaquinha amanhã?

O Faaca fica localizado no Caruaru Shopping. “Estamos seguindo todas as normas de distanciamento social e higienização”, concluiu Jurandir.

Mulheres são mais conectadas, mas acessam menos serviços na internet

Teletrabalho, home office ou trabalho remoto.

A semana começa e os clientes da doceira lida Ribeiro recebem, por meio de lista de transmissão, mensagem motivacional. Foi essa a estratégia adotada quando ela começou a usar a internet nos negócios: “Todos os domingos mandava uma mensagem para começarem a semana bem, mensagens com positividade. E daí vinham sempre três ou quatro encomendas”, conta. 

A proprietária de A Mineira Doceria Gourmet considera a internet importante aliada nas vendas. Agora, as mensagens motivacionais deixaram a lista de transmissão e são postadas no status. Pelas redes sociais, ela recebe atualmente pelo menos 90% dos pedidos.

A internet também é o instrumento de trabalho da empreendedora digital Tayane Andrade, que chega a trabalhar até 14 horas por dia quando precisa executar um projeto. “É um mundo muito rico em questão de conteúdo. Um mundo que dá para trabalhar e se sustentar”, defende.

Tanto Elida quanto Tayane não são regras entre as mulheres brasileiras. Apesar de estarem mais conectadas à internet que os homens, as mulheres ainda usam menos a rede para trabalhar ou para estudar.

A pesquisa Mulheres e Tecnologia – Dados sobre o acesso feminino a Tecnologias da Informação e Comunicação, da plataforma Melhor Plano, mostra que 85% das mulheres de 10 anos ou mais são usuárias de internet. Esse percentual entre os homens é menor, 77%.

Apesar disso, elas usam menos a internet para trabalhar. Em 2020, em meio à pandemia de covid-19, 32,47%, praticamente uma em cada três mulheres, usou a internet para realizar atividades relacionadas ao trabalho. Entre os homens, 44,16% fizeram esse uso.

estudo foi feito a partir dos dados do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação.

Rotina na rede

As redes sociais entraram na rotina de Elida por causa de um cliente. Em Brasília, ela fazia doces e levava para vender nos bares da cidade. Foi quando um cliente a ajudou a criar perfis nas redes sociais. Ela passou então a postar onde estaria fazendo as vendas. Logo, passou a receber encomendas online e a ampliar os negócios, contratando funcionárias para a empresa. Quando veio a pandemia, já estava estabelecida de forma online e isso, segundo ela, foi fundamental.

“A minha mãe dependia de as pessoas comprarem, comerem e gostarem. Hoje, tem essa ferramenta gratuita que é Instagram”, diz Elida, que aprendeu a fazer bolos e doces com a mãe e a avó, que tinham o mesmo ofício.

Se não é possível conquistar os clientes pelo estômago, ela conquista pelos olhos: só posta aquilo “que dá vontade de comer com os olhos”, diz. “Os nossos doces são cem por cento artesanais e feitos diariamente. A gente tira várias fotos. O cuidado que temos é se olhamos a foto e temos vontade de comer. É a primeira coisa. Tem vontade de comer? Se sim, divulgo e, se não, nem divulgo”.

Muito trabalho

Para Tayane também foi fundamental o trabalho online, sobretudo na pandemia. “Essa pandemia não teve coisa boa, mas se tenho alguma coisa a agradecer desse tempo que fiquei em casa é justamente saber que mundo digital existe. É um privilégio”, diz.

Tayane dava aulas de empreendedorismo para mulheres. Com a necessidade de distanciamento social, as aulas passaram a ser online na pandemia. Foi aí que ela percebeu toda a dificuldade enfrentada por outras mulheres, que iam desde a falta de dinheiro para comprar pacotes de conexão, falta de equipamentos a até falta de tempo e de prioridade para se dedicar aos estudos. Como às vezes a família tinha um único celular, “a preferência era de quem trabalhava na rua ou era do marido, nunca dela”, diz.

Quando conseguiam passar muito tempo em frente às telas, se dedicando aos estudos, parecia que estavam fazendo algo errado. “Elas se sentiam um pouco desconfortáveis de passar tanto tempo dedicadas ao negócio porque era estranho e parecia que não estavam fazendo nada. No início, eu mesma me incomodava com isso também e, se não cuidar, até hoje a gente se incomoda porque parece que não está fazendo nada. Mas é tão trabalhosa quanto qualquer outra atividade, às vezes até mais”.

Hoje, Tayane deixou de dar aulas e se dedica ao próprio negócio, em que oferece mentorias e trabalha com marketing digital.

Fora do mercado digital

Segundo a pesquisa, a baixa proporção de mulheres que trabalham na rede pode estar relacionada à alta concentração da população feminina em trabalhos convencionais, que exigem pouco contato com os espaços online. “Talvez uma parte da população feminina ainda esteja concentrada em atividades que não exigem trabalho online, e sim mais presencial, físico, como domésticas ou mesmo cuidando da própria casa”, diz uma das sócias do Melhor Plano, Mariah Julia Alves.

“Grande parte das mulheres tem acesso à internet e isso é bem positivo”, complementa ela. “Mas, esses acessos têm sido usados em funções cotidianas – usam mensagens, chamadas de voz, para assistir vídeos, acessar redes sociais, coisas muito pessoais e que não são relacionadas à educação, ao desenvolvimento profissional”.

A desigualdade está também na formação. O estudo mostra que apenas 19,81% das mulheres entrevistadas revelaram ter feito cursos a distância em 2020. Entre os homens, o percentual foi 22,68%.

“Isso traduz muitas das desigualdades, em todos os aspectos, que nos atingem”, analisa a professora da Universidade de Brasília (UnB) Catarina de Almeida Santos.

“A gente enfrentou grande dificuldade para meninas e mulheres fazerem seus cursos de forma remota, durante a pandemia]. Quando estão em casa, ninguém entende que estão estudando. Muitas vezes, precisam olhar o filho ou são chamadas para fazer outra atividade. A própria infraestrutura domiciliar não possibilita que as mulheres tenham esse tempo e esse espaço”, diz Catarina.

Outras desigualdades

Os dados do Cetic.br mostram que há uma série de desigualdades no acesso à internet no Brasil, entre elas o tipo de equipamento pelo qual se acessa a rede. Homens têm mais acesso a múltiplos dispositivos, enquanto mulheres acessam mais a internet pelo celular, equipamento que tende a limitar algumas funções da rede.

A pesquisa Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros (TIC Domicílios) revela que mulheres negras acessaram a internet exclusivamente pelo telefone celular (67%) em maiores proporções que homens brancos (42%). Por outro lado, elas realizaram transações financeiras (37%), serviços públicos (31%) e cursos (18%) pela internet em proporções bastante inferiores às de homens brancos (51%, 49% e 30%, respectivamente).

“Essa questão de acesso e uso das tecnologias de informação e comunicação foi inserida em contexto social cultural, ou seja, se se está em uma sociedade machista, em que mulheres têm menos oportunidades no offline, isso também vai se traduzir no mundo online”, diz o coordenador da pesquisa TIC Domicílios, Fabio Storino.

Segundo a analista do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), órgão Cetic.br, Javiera Macaya, essa desigualdade de acesso e de oportunidades na internet começa desde cedo. “É preciso ter acessibilidade de gênero, ter acessibilidade considerando questões raciais. Sempre pensar em política pública, em dados, não parar em uma primeira camada de análise, mas incluir outras variáveis que são  importantes, ainda mais no contexto brasileiro”, diz.

Os pesquisadores enfatizam que é preciso garantir o acesso à internet, mas, além disso, a qualidade desse uso para todos, o que inclui equipamentos de qualidade, alta velocidade de conexão.

“Precisamos preparar nossa sociedade para esse mundo cada vez mais digital, pensar em políticas com as quais possamos trabalhar as habilidades digitais necessárias para conseguir a atividade online”, afirma Storino. “Não adianta o governo e as empresas estarem digitais se há uma população que ainda não é digital, que ainda é analógica, que precisa desenvolver certas habilidades. A gente precisa trabalhar tudo isso junto”, acrescenta.

Rússia oferece corredores humanitários de cinco cidades da Ucrânia

A Rússia propôs o estabelecimento de corredores humanitários para permitir que civis deixem cinco cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev, a partir das 9h (horário local) de terça-feira, dependendo da concordância da Ucrânia, informaram agências de notícias russas. Mas a maioria dos corredores seria para a Rússia ou para Belarus, algo que as autoridades ucranianas rejeitaram.

Civis deixando as cidades de Kiev, Chernigov e Kharkiv viajariam para a Rússia, alguns via Belarus, informou a agência de notícias Interfax, citando comunicado de um comitê russo encarregado da coordenação humanitária na Ucrânia.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, rejeitou propostas anteriores para a saída de cidadãos ucranianos para o que ele descreveu como “território ocupado” na Rússia e em Belarus.

As pessoas que deixassem a cidade de Sumy e Mariupol teriam, no entanto, a possibilidade de escolher entre a Rússia ou as cidades ucranianas de Poltava e Zaporizhia, respectivamente, de acordo com o comunicado mencionado pela Interfax.

A Ucrânia recebeu até as 3 da manhã (horário de Moscou) para concordar com os termos, disse a Interfax.

O embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, disse nesta segunda durante reunião do Conselho de Segurança da ONU que a Rússia havia “minado os arranjos” dos corredores humanitários ao insistir que todas as rotas passem pela Rússia ou por Belarus.

Covid-19 e Influenza A: boletins diários da Secretaria de Saúde – 07.03.22

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta segunda-feira (7), foram registrados 45.555 casos de Covid-19, sendo 43.476 leves, 4 novos casos e 736 óbitos. Já de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), foram registrados 2.079 casos. Nenhum novo óbito foi registrado hoje.

Foram confirmados também 657 casos para a Influenzavírus A, subtipo H3N2, sendo 596 casos leves e 61 casos graves. Nenhum novo caso foi confirmado hoje. Não há registro de óbito pela doença no município, até o momento.

*Fontes:*

Ministério da Saúde (e-SUS Notifica, MS – Casos Leves até 06/03/2022)

Cievs PE – Secretaria Estadual de Saúde (Notifica PE – Cievs PE – Casos Graves e Óbitos até 06/03/2022).

Lessa faz visita às obras da nova Delegacia da Mulher de Caruaru

Nesta segunda-feira (07), véspera do Dia Internacional da Mulher, o deputado estadual Erick Lessa realizou uma visita técnica às obras da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Caruaru (DEAM). A estruturação da unidade está sendo feita mediante as emendas parlamentares de Lessa, com recursos da ordem de R$ 785.600,92.

Estiveram na atividade o diretor de Administração Geral da Polícia Civil, Mauro Cabral; o engenheiro civil Dieggo Mariz; o chefe de Departamento do setor de Engenharia da PCPE, Jorge Wanderley; as delegadas Sara e Jimena Gouveia; e a comissária Amanda Lira.

O grupo observou os andamentos das obras no equipamento, que contará com espaços como brinquedoteca, arquivo, cartórios, área verde, auditório, salas de plantão e de atendimento humanizado. A nova sede funcionará na Avenida Portugal, e a expectativa é que as obras sejam finalizadas ainda no primeiro semestre deste ano.

Segundo o deputado, a nova Delegacia representará uma melhor qualidade para a prestação do serviço público. “As obras estão em ritmo acelerado. A unidade vai proporcionar um atendimento com mais respeito, dignidade e justiça para mulheres e meninas vítimas de violência doméstica”, disse. O parlamentar sinalizou que nos próximos dias se reunirá com representantes da Casa Civil para tratar de questões relacionadas à delegacia.

A restruturação da unidade foi uma demanda apresentada pela sociedade civil em uma audiência pública realizada em 2019, sob a coordenação do deputado Erick Lessa. Esse é o primeiro registro de destinação de verba parlamentar estadual para a realização de obras em unidade da Polícia Civil.