Com novos casos de covid-19, Rio cancela blocos de rua no carnaval

 Blocos fazem a abertura não oficial do carnaval de rua no centro do Rio de Janeiro

A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu cancelar os blocos de rua no carnaval de 2022. A decisão foi tomada levando em conta os dados epidemiológicos, que apontam para um novo aumento de casos de covid-19 após um período de quedas. Representantes de diversos blocos foram informados pelo prefeito Eduardo Paes durante uma reunião na tarde de ontem, terça-feira (4). Em seguida, Paes falou sobre o assunto em uma live.

“O carnaval de rua nos moldes que eram feitos até 2020, já não aconteceu em 2021 e não vai acontecer em 2022. Eu falo aqui como um prefeito que gosta de carnaval, como um cidadão, mas infelizmente a gente não pode fazer”, disse.

Segundo o prefeito, os desfiles no sambódromo estão mantidos, bem como também poderão ocorrer bailes em locais fechados. Um protocolo de controle para o público ainda será detalhado. Estar em dia com a vacinação será um dos pré-requisitos para poder acessar esses eventos. O uso de máscara também será necessário.

“Se podemos ter jogos do Flamengo no Maracanã e jogos do Vasco em São Januário, podemos ter desfile da Portela, da Mangueira, do Salgueiro, da Beija-Flor no estádio do samba que é a Marquês de Sapucaí. Basta que os protocolos adotados para o futebol sejam transferidos. Isso também vale para as festas em espaço fechado, onde você tem como estabelecer controle. O carnaval de rua, pela sua própria natureza e pelo aspecto democrático que tem, gera a impossibilidade de exercer qualquer tipo de fiscalização”, acrescentou Paes.

O cancelamento de eventos de carnaval devido à covid-19 tem se tornado uma realidade em todo o país. Os 29 municípios que fazem parte da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais tomaram essa decisão por unanimidade. O governo da Bahia também desautorizou eventos nas cidades baianas. No estado do Rio de Janeiro, Niterói e Maricá já seguiram o mesmo caminho.

Alternativa
Alguns blocos tradicionais da capital fluminense como a Banda de Ipanema e o Bloco da Preta, que arrastam multidões, já haviam informado que não desfilariam neste ano. Outros aguardavam um posicionamento do poder público, como os 11 vinculados à Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (Sebastiana), uma das entidades presentes na reunião com o prefeito.

O carnaval de rua do Rio de Janeiro mobilizou nos últimos anos em que ocorreu cerca de 450 blocos, demandando uma preparação prévia de diversos órgãos públicos como a Guarda Municipal, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Conlurb), entre outros. Também requer estrutura, por exemplo, para a disponibilização de banheiros químicos.

Através de uma chamada pública, a cerveja Brahma havia fechado um patrocínio de R$39 milhões. Segundo Paes, a empresa Ambev, responsável pela marca, cobrou nas últimas semanas uma decisão definitiva para que houvesse tempo hábil de planejar a eventual montagem da estrutura.

A prefeitura concordou que precisava dar uma resposta e chegou a oferecer uma proposta alternativa à patrocinadora e aos blocos: concentrar em três espaços públicos a apresentação dos blocos, com distribuição gratuita de ingressos, cobrança da comprovação vacinal e testagem prévia. Os locais sugeridos eram o Parque Olímpico, na Barra da Tijuca; o Parque Madureira, na zona norte; e mais um local na zona oeste a ser definido.

A proposta, no entanto, não seduziu representantes dos blocos, que enfatizam a ligação com os territórios tradicionais por onde desfilam. A prefeitura informou estar aberta a contrapropostas que sejam consideradas viáveis.

Aumento dos casos
Segundo o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, o aumento de casos está relacionado com a Ômicron, nova variante do coronavírus causador da covid-19. Ela já vinha se alastrando na Europa desde novembro. Segundo Soranz, a Ômicron se dissemina de forma mais rápida, mas não tem gerado aumento de casos graves.

“Tinha 17 semanas que registrávamos redução dos casos de covid-19. De repente, a gente começa a ter um aumento de novos casos e isso é indicativo de uma nova variante. Toda vez que temos uma nova variante chegando significa que teremos mais casos. Felizmente esses casos não estão gerando aumento de casos graves, óbitos e internações. Claro que isso ainda é precoce, estamos avaliando”, disse.

O secretário enfatizou a importância da terceira dose da vacina. No Rio de Janeiro, ela já foi aplicada em 30,4% da população com 18 anos ou mais. Soranz comentou ainda sobre os riscos de dupla infecção, diante do surto de gripe, que se tornou uma nova fonte de preocupação no início do mês passado. Segundo ele, 17 casos suspeitos de contaminação simultânea de covid-19 e de gripe estão sendo investigados.

“São casos isolados. Não é algo que tenha relevância epidemiológica. Não tem nenhum tipo de característica de que isso será uma regra. Pelo contrário, a epidemia de gripe não existe mais na cidade. Temos 82% a menos de casos do que tínhamos na primeira semana de dezembro”, afirmou.

Saque-aniversário do FGTS de 2022 já está disponível

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Os trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos poucos começam a ter acesso à cota de 2022. As retiradas ocorrem conforme o mês de aniversário do trabalhador. Cerca de 1,3 milhão de cotistas nascidos em janeiro podem fazer o saque desde a última segunda-feira (3).

Criada em 2019 e em vigor desde 2020, essa modalidade permite a retirada de parte do saldo de qualquer conta ativa ou inativa do fundo a cada ano, no mês de aniversário, em troca de não receber parte do que tem direito em caso de demissão sem justa causa. Até agora, cerca de 17,8 milhões de pessoas aderiram ao saque-aniversário.

O período de saques começa no primeiro dia útil do mês de aniversário do trabalhador. Os valores ficam disponíveis até o último dia útil do segundo mês subsequente. Caso o dinheiro não seja retirado no prazo, volta para as contas do FGTS em nome do trabalhador.

Confira o calendário do saque-aniversário em 2022

Mês de nascimento Período de pagamento
Janeiro 3 de janeiro a 31 de março
Fevereiro  1º de fevereiro e 29 de abril
Março  2 de março a 31 de maio
Abril 1º de abril a 30 de junho
Maio  2 de maio a 29 de julho
Junho  1º de junho a 31 de agosto
Julho 1º de julho a 30 de setembro
Agosto 1º de agosto a 31 de outubro
Setembro 1º de setembro a 30 de novembro
Outubro 3 de outubro a 30 de dezembro
Novembro 1º de novembro a 31 de janeiro de 2023
Dezembro 1º de dezembro a 28 de fevereiro de 2023

Adesão

A adesão a esse tipo de modalidade é voluntária e pode ser feita por meio do aplicativo oficial do FGTS, disponível para smartphones e tablets dos sistemas Android e iOS. O processo também pode ser feito no site da Caixa Econômica Federal ou nas agências do banco. Se quiser receber o dinheiro no mesmo ano, o trabalhador deverá optar pelo saque-aniversário até o último dia do mês de nascimento. Caso contrário, só receberá a partir do ano seguinte.

Ao retirar uma parcela do FGTS a cada ano, o trabalhador deixará de receber o valor depositado pela empresa caso seja demitido sem justa causa. O pagamento da multa de 40% nessas situações está mantido. As demais possibilidades de saque do FGTS – como compra de imóveis, aposentadoria e doenças graves – não são afetadas pelo saque-aniversário.

Cuidados

A qualquer momento, o trabalhador pode desistir do saque-aniversário e voltar para a modalidade tradicional, que só permite a retirada em casos especiais, como demissão sem justa causa, aposentadoria, doença grave ou compra de imóveis.

A decisão, porém, exige cuidado. Ao voltar para o saque tradicional, o trabalhador ficará dois anos sem poder sacar o saldo da conta no FGTS, mesmo em caso de demissão. Se for dispensado, receberá apenas a multa de 40%.

Como sacar

Por causa da pandemia de covid-19, a Caixa orienta o resgate por meio do aplicativo FGTS. Nesse caso, o trabalhador pode programar a transferência do dinheiro para qualquer conta em seu nome, independentemente do banco. A operação não tem custo.

As retiradas podem ser feitas nas casas lotéricas e em terminais de autoatendimento para quem tem senha do Cartão Cidadão. Quem tem Cartão Cidadão e senha pode sacar nos correspondentes Caixa Aqui, caso esses estabelecimentos estejam autorizados a abrir. Basta apresentar documento de identificação.

Valores

O valor a que o trabalhador que aderiu ao saque-aniversário tem direito a retirar a cada ano depende do saldo em cada conta do FGTS. Para contas com saldo de até R$ 500, poderá ser retirado 50% do total. A partir daí, o percentual cai, mas será paga um valor fixo adicional, que aumenta conforme o saldo total. O cálculo ocorre da seguinte forma.

Saldo no FGTS Percentual de saque Parcela adicional
Até R$ 500 50% do saldo sem adicional
De R$ 500,01 40% do saldo R$ 50
De R$ 1.000,01 até R$ 5 mil 30% do saldo R$ 150
De R$ 5.000,01 até R$ 10 mil 20% do saldo R$ 650
De R$ 10.000,01 até R$ 15 mil 15% do saldo R$ 1.150
De R$ 15.000,01 até R$ 20 mil 10% do saldo R$ 1,9 mil
Acima de R$ 20.000,01 5% do saldo R$ 2,9 mil

Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira prêmio estimado em R$ 3 milhões

Bilhetes de aposta da mega-sena.

A Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira (5) um prêmio estimado R$ 3 milhões.

As seis dezenas do concurso 2.441 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50

Covid-19 e Influenza A: boletins diários da Secretaria de Saúde – 04.01.22

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta terça-feira (4), foram registrados 36.423 casos de Covid-19, sendo 34.446 leves, 1.977 de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 721 óbitos. A última morte pela doença foi registrada no dia 11 de novembro de 2021.

Foram confirmados também 318 casos para a Influenzavírus A, subtipo H3N2. Nenhum óbito foi registrado pela doença no município, até o momento.

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, devido à necessidade de inclusão de informações referentes ao vírus da iInfluenza A, o boletim diário foi reformulado.

Fontes:

Ministério da Saúde (e-SUS Notifica, MS – Casos Leves até 03/01/2022)

Cievs PE – Secretaria Estadual de Saúde (Notifica PE – Cievs PE – Casos Graves e Óbitos até 03/02/2021).

Jazz e blues voltam a sua casa em Pernambuco com o Garanhuns Jazz Festival

Prefeito Sivaldo Albino

Considerado um dos maiores e melhores festivais de jazz e blues do país, o Garanhuns Jazz Festival volta a ser realizado na Suíça Pernambucana, um local ideal para curtir esse tipo de música devido a uma série de fatores, entre eles, muitos parques naturais, igrejas e praças, para apresentações artísticas e oficinas, além, é claro, da hospitalidade do povo e a beleza da cidade de forma geral.

Em entrevista ao Programa Jornal Vanguarda, da Caruaru FM, o prefeito Sivaldo Albino revelou que, no próximo dia 20, vai realizar um grande evento para divulgar a programação do Garanhuns Jazz.

A expectativa dele é que a rede hoteleira volte ao patamar de 100% de ocupação no período do festival (Carnaval), como sempre acontece no Festival de Inverno (FIG).

Uptown Blues Band

“O festival está voltando este ano para a nossa cidade e vamos fazer um projeto para os próximos anos também. Nossa ideia é reunir artistas locais, nacionais e internacionais”, disse o prefeito. O evento terá a curadoria do músico Giovanni Papaléo e a produção executiva de Jackson Rocha Jr.

“Devido a questões políticas e sem nenhum senso de profissionalismo com o turismo da cidade, o ex-prefeito Izaías Régis não moveu uma palha para manter o jazz em Garanhuns durante sua gestão e, com isso, a festa passou a ser realizada em Gravatá”, revelou.

Por conta da logística e da estrutura, os festivais em Gravatá se resumiam a apresentação de shows, e poucas oficinas eram realizadas para o público e músicos em geral. “De volta a Garanhuns, o evento ganha em qualidade, participação popular e pode, sim, ser chamado de Festival de Jazz & Blues”, afirmou.

Outro fator importante para o Garanhuns Jazz 2022 é a antecipação da divulgação da grade de programação. Nos últimos anos, alguns artistas estavam sendo confirmados praticamente na semana do evento. “Vai ser um grande festival, com segurança total nas questões sanitárias. Todos os protocolos serão seguidos”, finalizou o prefeito.

Campanha Janeiro Branco debate sobre importância do cuidado com a Saúde Mental

O Brasil é considerado um dos países com a maior prevalência de transtornos mentais no mundo. De acordo com um estudo publicado pela Fiocruz em 2020, a sensação frequente de tristeza e depressão afeta 40% da população adulta do país. Em relação aos sentimentos de ansiedade e nervosismo, o índice é ainda maior, atingindo 50% dos brasileiros.

Entre os fatores que dificultam a realização de tratamentos adequados, estão pontos como a falta de informação e os estigmas e preconceitos que envolvem esse tipo de discussão. Para fortalecer estes debates e alertar sobre a importância do cuidado com a saúde mental, foi criada, em 2013, a campanha nacional Janeiro Branco.

“O intuito do Janeiro Branco é fazer com que as pessoas possam priorizar o autoconhecimento e bem-estar, fortalecendo o cuidado de si, tendo melhores condições de lidar com as frustrações e fragilidades emocionais. Muitas vezes as pessoas deixam de ter esse autocuidado e acabam tendo algum adoecimento psíquico, apresentando alguma dificuldade de lidar com as frustrações e perturbações psicológicas que afetam significativamente suas vidas”, explica a psicóloga credenciada ao Cartão Saúde São Gabriel, Andrezza Matias.

Celebrada anualmente, a iniciativa tem sido utilizada para nortear a realização de debates, palestras e workshops temáticos. A escolha do mês foi feita de forma estratégica para aproveitar o momento em que existe um sentimento coletivo de preparação para o início do novo ano, que favorece a introspecção e o autoconhecimento.

“É necessário que haja mais abertura para se falar sobre o assunto e diminuir os estigmas e preconceitos relacionados ao cuidado com a saúde mental; tendo um olhar mais acolhedor e humanizado para as patologias da mente, sendo visto como tão importante quanto as patologias físicas. A terapia pode auxiliar o sujeito a desenvolver habilidades e potencialidades que visam diminuir os impasses vivenciados que limitam sua capacidade criativa de lidar e gerenciar suas emoções”, reforça Andrezza.

A psicóloga aponta, ainda, que outras ações também podem fortalecer o cuidado com a saúde mental e prevenir doenças psicopatológicas, como momentos de relaxamento, atividades físicas e hobbies.

UFPE abre concurso público com 61 vagas para níveis médio e superior

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abre concurso público para cargos do quadro permanente, com 61 vagas, das quais 56 para o Campus Recife e cinco para o Centro Acadêmico do Agreste (CAA). Do total de vagas, 19 são para o nível médio e 42 vagas para o nível superior. As inscrições serão feitas no período de 25 de janeiro a 13 de fevereiro deste ano pela internet (www.cec.ufpe.br). As provas serão aplicadas, exclusivamente, no Recife, no dia 24 de abril de 2022, sendo pela manhã para os candidatos de nível médio, e à tarde para os candidatos aos cargos de nível superior. Para os cargos de nível médio (D), o vencimento básico é de R$ 2.446,96; e para os de nível superior (E), R$ 4.180,66. A taxa de inscrição custará R$ 89 para os cargos de classificação D, e R$ 145 para os cargos de classificação E (nível superior).

Para o Recife, os cargos de nível superior são: assistente social (uma vaga), bibliotecário-documentalista (duas vagas), contador (uma vaga), engenheiro civil (uma vaga), estatístico (duas vagas), farmacêutico (três vagas), fisioterapeuta (duas vagas), fonoaudiólogo (uma vaga), médico pediatra (uma vaga), médico dermatologista (duas vagas), médico geriatra (uma vaga), médico ginecologista (duas vagas), médico de medicina do trabalho (duas vagas), médico veterinário (uma vaga), nutricionista (uma vaga), pedagogo (uma vaga), psicólogo (duas vagas), odontólogo (seis vagas), técnico em Assuntos Educacionais (quatro vagas), terapeuta ocupacional (uma vaga), tecnólogo em Produção Audiovisual (duas vagas) e tecnólogo em Produção Cultural (duas vagas).

A isenção da taxa de inscrição será concedida ao candidato que comprove insuficiência de recursos para arcar com o pagamento e aos doadores voluntários de medula óssea. Serão reservadas às pessoas com deficiência 5% das vagas oferecidas e as que vierem a surgir durante a vigência do concurso, que é de um ano, podendo ser prorrogado por igual período a critério da UFPE. Estão reservadas a negros e pardos 20% das vagas oferecidas e as que vierem surgir durante a vigência do concurso, na forma da Lei nº 12.990/2014.

No edital, estão indicadas as descrições sumárias dos cargos, os conteúdos programáticos das provas objetivas relativos aos conhecimentos básicos e aos conhecimentos específicos, o cronograma do concurso, a ordem das nomeações, e também as normas para as pessoas com deficiência e para os negros e pardos, para atendimento especial e por condição de lactante.

O cronograma do concurso prevê que até o dia 30 de maio de 2002 o resultado final do concurso seja divulgado, devendo a homologação ocorrer até o dia 13 de junho de 2022.

Agreste

Para o Centro Acadêmico do Agreste, são oferecidas quatro vagas para assistente em Administração (nível D) e uma vaga para técnico em Assuntos Educacionais (nível E). Para o Campus Recife, são 15 vagas para cargos de nível D – três para técnico em Enfermagem, seis para técnico em Tecnologia da Informação – Suportes e Redes e seis para técnico em Tecnologia da Informação – Sistemas.

Diario de Pernambuco

Doses para vacina infantil chegam dia 10, mas governo ainda não fechou cronograma

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prevê que as doses da vacina contra a Covid-19 para imunizar crianças entre 5 e 11 anos chegarão ao Brasil e serão distribuídas “a partir de 10 de janeiro”.

“Todos os pais e mães que quiserem vacinar seus filhos terão vacina. Em 10 de janeiro, começam a chegar as doses. Temos doses suficientes”, disse Queiroga, ontem, a jornalistas, na sede do Ministério da Saúde. A pasta ainda não divulgou um cronograma concreto para a imunização do novo grupo de brasileiros. Mais cedo, o ministro tinha dado uma outra previsão e afirmava que as vacinas começariam a chegar e a serem distribuídas “na segunda semana de janeiro”.

“Desde 23 de dezembro foi informado no documento posto em consulta pública que já tínhamos contrato com a Pfizer para fornecimento das doses infantis”, afirmou.

De acordo com o ministro, o Brasil será “um dos primeiros países a distribuir a vacina para crianças que os pais desejem fazer”. A vacinação contra a Covid-19 em crianças está permitida em pelo menos 31 países de quatro continentes. O imunizante já começou a ser aplicado em países como Estados Unidos, Áustria, Alemanha, Chile, China e Colômbia.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos em 16 dezembro passado, após reunião com um grupo de especialistas em imunologia e pediatria. Contudo, o Ministério da Saúde vem postergando a medida e resolveu fazer uma consulta pública aberta para não especialistas sobre a medida, que foi encerrada no último domingo, contrariando especialistas e até o Supremo Tribunal Federal (STF), que pediu explicações sobre o Programa Nacional de Imunização (PNI).

Em 31 de dezembro, Queiroga disse que a imunização do público infantil poderia começar na primeira quinzena deste mês. Quando comentou o assunto, ele afirmou que anunciaria o calendário de vacinação ainda nesta semana, após a consulta pública. Ontem, ele não deu os prazos do cronograma vacinal. Segundo o médico, o tópico da imunização do público infantil está definido “de maneira clara e transparente” e a pasta tem uma “ampla discussão com a sociedade acerca do tema, que é fundamental”. “Disseram que as crianças são depósitos de vírus. Nossas crianças são o futuro do Brasil”, declarou Queiroga.

O país recebeu um lote composto por 1,1 milhão de doses da Pfizer no último domingo (02). Essas doses, porém, não serão utilizadas para a imunização do público infantil, já que a vacina para crianças tem dosagem e composição diferentes daquela utilizada para os maiores de 12 anos. A formulação da vacina para crianças será aplicada em duas doses de 0,2 mL, com pelo menos 21 dias de intervalo entre as doses.

A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e também pelos responsáveis da criança. Para os maiores de 12 anos, o imunizante, que é aplicado em doses de 0,3 mL, tem a tampa de cor roxa.

Apesar do aval da Anvisa para a aplicação da vacina da Pfizer contra o novo coronavírus em crianças de 5 a 11 anos, em dezembro, a polêmica em torno do assunto só aumentou nos últimos dias. A consulta pública recebeu 23.911 participações. Até ontem, no entanto, o órgão não havia divulgado os resultados da medida amplamente criticada por especialistas. O Supremo estendeu até dia 5 o prazo para o governo dar explicações sobre o PNI.

De acordo com o ministro Queiroga, além da consulta, a pasta também pretende realizar, hoje, uma audiência pública, com especialistas “das diversas correntes”. Representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) devem participar da reunião.

No último dia 31, a ministra do STF Cármen Lúcia, atendendo pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), deu um prazo de cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Queiroga prestem informações sobre a consulta pública.

Correio Braziliense

Eleições serão a tônica do ano de 2022

Não há como pensar no que 2022 reserva na política sem pensar nas eleições. Os próximos dez meses serão marcados por fatos que, via de regra, repercutirão nas urnas. No Palácio do Planalto, o ano promete muita pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentará vencer os desafios que vão se impor na reta final do seu mandato em diversas frentes. Cada vez mais ameaçado pelo retorno do ex-presidente Lula (PT) e envolto em um cenário de crises que diminuem, mas não acabam, o mandatário vai precisar conciliar a gestão com a busca por votos.

O desafio da gestão

Para Priscila Lapa, cientista política e professora, o último ano do mandato do presidente e, consequentemente, da sua candidatura à reeleição, pode ser afetado pela pandemia, com questões como uma eventual terceira onda e a continuação da estratégia de “politização da vacinação”, como ocorre com as doses destinadas às crianças.

Ela frisa que toda crise gerada pela pandemia deságua na crise econômica, que exige grande capacidade de gestão. “São variáveis que não se separam, questões atreladas. E quando há o empobrecimento da população, perda da renda, inflação, é preciso acenar pros dois lados, acender uma vela pro mercado, pros investidores, mas, ao mesmo tempo, acenar para a população na base da pirâmide. O desafio de mesclar as duas coisas não é algo trivial e Bolsonaro não é exatamente habilidoso para lidar com tudo isso”, afirma Priscila Lapa.

O desafio do parlamento
Em um provável cenário de instabilidade sanitária e, sobretudo, econômica, o cientista político e professor Antônio Lucena crê que o Legislativo será outro desafio do presidente para 2022, apesar do alinhamento que o chefe do Executivo mantém com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

“Se a economia não tiver um crescimento relativamente robusto nos primeiros trimestres, isso pode ser fatal para a popularidade de Bolsonaro. Com a popularidade em baixa, o Centrão, que é muito fisiológico, sempre mira muito as eleições, pode começar a se descolar do governo, já antevendo uma iminente derrota.

Se isso acontecer, o presidente Jair Bolsonaro terá extraordinária dificuldade de aprovar as coisas, ficará um governo manco”, acrescenta o cientista político.

A polarização desejada

É nesse cenário que o presidente deve chegar às eleições. No recorte de momento, de acordo com as pesquisas mais recentes, a luta de Bolsonaro é para tirar de Lula a chance de vencer no primeiro turno e, com isso, disputar com o ex-presidente petista a preferência do eleitor no segundo turno. Antônio Lucena, porém, pondera que ainda há muito a acontecer ao longo dos próximos 10 meses.

“É sempre importante ressaltar que isso (Lula muito à frente) é uma fotografia de momento. A gente tem que tirar várias fotografias para ver tendência”, frisa. Em meio ao cenário incerto, algo que se aproxima da certeza, na avaliação de Lucena, é a preferência de Lula e Bolsonaro por um grande número de postulantes na disputa deste ano. “O jogo de forças se desenha ao longo do tempo, mas quanto maior for a multiplicidade de candidatos, maior é a tendência de ter a polarização entre Lula e Bolsonaro. Isso favorece os dois de estarem no segundo turno, por conta do eleitorado consolidado que eles têm”, explica.

Terceira via

Lucena considera que o provável terceiro nome para a disputa presidencial seria o do ex-juiz Sergio Moro, no entanto, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro enfrenta resistência significativa de amplos espectros do eleitorado.

“Moro dificilmente vai abarcar o eleitorado da esquerda, que considera ele um perseguidor de Lula, e da extrema direita, que está com Bolsonaro e crê que Moro o abandonou.”

O exemplo de Moro também pode ser levado aos demais postulantes da desejada “terceira via”, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), a senadora Simone Tebet (MDB) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). No entendimento de Priscila Lapa, qualquer um deles terá que “apontar a Lula e Bolsonaro e dizer como se posiciona diante deles”, caso queira se viabilizar.

“Tem espaço para crescimento de um candidato entre uma coisa e outra, mas isso não foge da polarização, pois esse candidato continuará tendo como referência Lula e Bolsonaro e isso por si só constitui um grande desafio. Será uma eleição comparativa”, sublinha Priscila.

Hegemonia
Em Pernambuco, o cenário de momento parece indicar um novo casamento entre o PSB e o PT e a oposição dividida em, ao menos, três candidaturas principais na disputa pelo Governo do Estado: Anderson Ferreira (PL), Miguel Coelho (MDB) e Raquel Lyra (PSDB). Pelo lado socialista, o debate é sobre o perfil do candidato que tentará ser o sucessor do governador Paulo Câmara. Há diversos nomes especulados, seja do perfil “técnico”, caso dos secretários Décio Padilha, Fernandha Batista e José Neto; seja do perfil político, como os deputados Danilo Cabral e Tadeu Alencar.

Para o cientista político e professor, Arthur Leandro, o momento atual não é propício para o “recrutamento” de um nome do secretariado. “Não estamos numa época de manutenção ou aprofundamento de modelo, mas de transição. O governo vai precisar lançar um nome para mostrar à opinião pública os resultados aferidos ao longo dos últimos anos, isso num contexto de crise”, opina.

A principal frente de negociação dos socialistas é com o PT. Em tese, ter o “candidato de Lula” é um trunfo para as eleições deste ano, em Pernambuco. “Não sei se será suficiente para garantir uma vitória do PSB, mas Lula é maior que o PT e que a esquerda em Pernambuco, é natural o PSB querer estar ao lado dele”, aponta Leandro.

Diversas vias
Pelo lado da oposição, a unidade precisa vir, mas no 2º turno, pontua o professor. “De maneira geral, a oposição lançar mais de um nome no 1º turno costuma ser uma boa estratégia. No 1º turno, o eleitor tende a escolher aquele que atende melhor suas expectativas, então quanto mais nomes, a tendência é que o número de votos válidos cresça e a oposição seja beneficiada”. Ele sublinha que o grande desafio do bloco será se viabilizar em “uma eleição que estará muito atenta à disputa nacional”.

Raquel Lyra, por exemplo, terá o PSDB com João Doria como candidato à Presidência, alguém que, até o momento, não parece ter grandes possibilidades de votos, sobretudo em Pernambuco. Já Anderson Ferreira, do PL de Bolsonaro, será o palanque do presidente no Estado, ao que tudo indica.

“A questão que se coloca é como Anderson Ferreora conseguiria construir um palanque estadual viável, já que o fator Bolsonaro numa disputa em Pernambuco, contra Lula, é uma aposta muito arriscada”, diz Arthur Leandro. Ele diz que é necessário esperar para saber como Miguel Coelho se comportará em relação ao cenário nacional, após a saída do senador Fernando Bezerra Coelho do posto de líder do governo Bolsonaro no Senado.

Folhape

Pernambuco registra mais 58 casos e cinco mortes por Covid-19

Pernambuco registrou, nesta segunda-feira (3), mais 58 casos e cinco mortes por Covid-19. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

De acordo com a pasta, entre os casos confirmados nesta segunda, sete, o equivalente a 12%, são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os demais 51 (88%) são casos leves.

Os óbitos notificados ocorreram entre os dias 10 de novembro de 2020 e o último sábado (1º).

Agora, Pernambuco totaliza 646.004 casos confirmados da doença, sendo 55.371 graves e 590.633 leves, e 20.465 mortes pela Covid-19.

Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

Folhape