Covid-19 e Influenza A: boletins diários da Secretaria de Saúde – 01.02.22

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta terça-feira (1°), foram registrados 39.702 casos de Covid-19, sendo 37.692 leves, 301 novos casos e 723 óbitos. Já de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), foram registrados 2.010 casos. Nenhum novo óbito foi registrado hoje.

Foram confirmados também 653 casos para a Influenzavírus A, subtipo H3N2, sendo 595 casos leves e 58 casos graves. Um novo caso foi confirmado hoje. Não há registro de óbito pela doença no município, até o momento.

Fontes:

Ministério da Saúde (e-SUS Notifica, MS – Casos Leves até 31/01/2022)

Cievs PE – Secretaria Estadual de Saúde (Notifica PE – Cievs PE – Casos Graves e Óbitos até 31/01/2022).

Confiança empresarial recua pelo quarto mês consecutivo, diz FGV

A confiança dos empresários recuou 2,5 pontos em janeiro e atingiu 91,6 pontos, em uma escala que vai de 0 a 200. Os resultados acima de 100 indicam confiança. O resultado é o menor nível desde abril de 2021, quando o Índice de Confiança Empresarial (ICE) alcançou 89,6 pontos.

De acordo com os dados divulgados hoje (1°) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador caiu pela quarta vez consecutiva, agora em 3 pontos. O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores abordados pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: indústria, serviços, comércio e construção.

O indicador mostrou ainda uma piora expressiva, em janeiro, nas avaliações sobre a situação atual e nas expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) registrou queda de 4,5 pontos, passando para 91,3 pontos. Trata-se do menor nível desde abril de 2021, quando atingiu 87,8 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 3 pontos, e chegou 91,4 pontos. O resultado é o menor desde março de 2021, quando atingiu 85,2 pontos.

Com estes resultados, os dois índices registram recuos pela terceira vez consecutiva, além de acumularem perda de mais de 8 pontos nesse período e se afastarem do nível de neutralidade de 100 pontos.

Segundo o superintendente de Estatísticas do Ibre Aloisio Campelo Jr, o ICE acumula perdas de 10,9 pontos desde setembro de 2021, em um movimento de queda que começou com a indústria e aos poucos se estendeu a todos os segmentos.

“A confiança do setor de serviços, mais resiliente até o final do ano, foi a que mais caiu em janeiro, sob influência da piora do quadro pandêmico com a chegada da variante Ômicron ao Brasil. Nota-se neste segmento uma queda mais expressiva dos índices que medem a percepção das empresas quanto à situação corrente na comparação com os índices que medem as expectativas, uma tendência típica dos choques provocados pelas ondas da covid-19”, observou.

Campelo Jr acrescentou que as preocupações com este movimento são o nível de empregos e a retomada econômica, que vinha sendo registrada.

“Este resultado preocupa já que os segmentos mais dependentes de consumo presencial empregam muito e somente agora estavam conseguindo retornar a níveis de confiança comparáveis com os do período pré-pandemia”, disse.

O recuo da confiança de todos os setores pesquisados em janeiro aprofundou a tendência observada nos meses anteriores. O Ibre avalia que esse movimento foi influenciado pela piora do quadro sanitário com o aumento do número de casos da Ômicron.

As quedas mais intensas foram registradas na confiança de serviços (-4,3 pontos) e da construção (-3,9 pontos), seguido pela indústria (-1,7 pontos) e comércio (-0,4 pontos). Mesmo com a ligeira queda na margem, o Índice de Confiança do Comércio (Icom) está 15 pontos abaixo do nível neutro de 100 pontos.

Difusão
O resultado de janeiro mostrou ainda que a confiança empresarial subiu em 11 dos 49 segmentos integrantes do ICE. Isso significa um recuo da disseminação frente aos 21 segmentos do mês anterior. “O destaque do mês é o setor da Construção, cuja confiança caiu em todos os 11 segmentos”, completou o Ibre.

Vacinação permitiu geração de empregos, diz Onyx Lorenzoni

O governo registrou a criação de 2,73 milhões de empregos com carteira assinada no ano passado, após uma série de revisões dos dados de 2020, que ficaram negativos. Esse saldo positivo foi resultado da diferença entre 20.699.802 admissões e 17.969.205 demissões ocorridas ao longo de 2021, conforme os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados, ontem, pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Em 2020, após a última atualização da pasta, o saldo negativo ficou em 191.455. As regiões Sudeste e Sul foram as que mais criaram emprego no ano passado, e o estoque de vagas somou 41,2 milhões em dezembro. Já o número de pedidos de seguro-desemprego, que possuem defasagem de 120 dias, somaram 481.481 no último mês de 2021, dado 6,1% abaixo do registrado em novembro.
Na avaliação do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, os dados positivos de 2021 refletem a recuperação da economia no ano passado após o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, devido à pandemia da Covid-19. Apesar das confusões do governo em relação à vacinação infantil, Lorenzoni reconheceu que o avanço da imunização no país teve uma importante contribuição para o saldo positivo na geração de emprego formal. “O Brasil bateu qualquer país europeu e os Estados Unidos, em termos de vacinação, e ela foi importantíssima para a retomada da economia e para a geração de novos empregos de carteira assinada no Brasil”, disse o ministro, ao comentar os dados do Caged, citando os cerca de 150 milhões de brasileiros vacinados no país.

Desaceleração
Apesar do volume de novas vagas em 2021 ser expressivo, analistas alertam para a desaceleração na economia e no mercado de trabalho daqui para frente. Apenas em dezembro, que costuma ser negativo, foram fechados 265.811 postos de trabalho — número acima do esperado pelo mercado. No mês anterior, conforme os dados revisados, o saldo era positivo em 300.182 postos. Já o salário médio das contratações encolheu para R$ 1.793,34, dado 6,1% abaixo do registrado no último mês de 2020. Vale lembrar que esse dado está abaixo da média salarial real computada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de R$ 2.444, no trimestre encerrado em novembro — o menor patamar da série histórica iniciada em 2012.

Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), Daniel Duque reconhece que a criação de vagas no mercado formal em 2021 é bastante positiva. Mas, mensalmente, os números do Caged são atualizados para baixo — e esse dado poderá não ser tão substancial ao longo do ano. “O número mostra recuperação do mercado de trabalho, mas temos que levar em consideração que, em 2020, o governo divulgou um número positivo que, depois, ficou negativo”, observa o analista.

“Houve crescimento da economia em 2021, e o efeito estatístico ocorreu sobre uma base deprimida. Mas já começamos a ver que, como há desaceleração na economia em 2022, os dados do Caged já registraram recuo em dezembro acima das expectativas”, alerta Daniel Duque. Segundo ele, as estimativas do Ibre previam o fechamento 150 mil de vagas em dezembro. Para 2022, o instituto indica taxas de desemprego de dois dígitos e mais perdas do poder de compra do trabalhador.

O economista Arnaldo Lima, diretor de Estratégias Públicas do Grupo Mongeral Aegon (MAG), lembra que os dados do Caged, embora positivos, refletem uma análise parcial do mercado de trabalho, pois os trabalhadores com carteira assinada representam cerca de 40% da população total ocupada, que atualmente soma 95 milhões de pessoas. “Os dados do IBGE e do Caged corroboram para a percepção de melhora gradual do emprego no final de 2021, especialmente por conta da recuperação da atividade econômica, que deve fechar em 4,5%. Mas, para 2022, por conta da desaceleração da economia, o desemprego (atualmente em 11,6%), deverá aumentar”, destaca.

Ação interministerial visa confiscar bens de traficantes, diz ministra

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM/ONU), lança o “Guia de Orientação em Direitos Humanos”, voltado a imigrantes venezuelanos.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves falou hoje (31), em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, sobre os esforços interministeriais contra o tráfico de drogas.

Segundo Damares, o governo planeja reverter bens de traficantes em benfeitorias para centros de atendimento a dependentes químicos. Segundo a ministra, a medida afetará diretamente os traficantes, já que terão posses confiscadas pelo governo. “O tráfico tem que ser interrompido no Brasil”, afirmou Damares

“Eles [traficantes] só vão sentir o peso quando começarem a perder dinheiro de verdade, quando começarem a perder os bens. Isso tem sido, para o outro lado, uma bênção para os grupos que fazem a prevenção às drogas no Brasil”, explicou a ministra.

Damares frisou ainda a relevância da ação de centros de recepção e apoio a dependentes, que serão beneficiados pelo confisco de bens de traficantes. “As comunidades terapêuticas, que estão aí há 70 anos recuperando vidas no Brasil. Elas podem e têm o direito de ter o carro do traficante, usado para viciar o menino, [que] agora vai para a comunidade terapêutica para a gente recuperar este menino”, explicou a ministra.

Agência Brasil

Polícia Federal livra Bolsonaro e abre crise com CPI da Covid

A Polícia Federal concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não cometeu crime de prevaricação no caso das negociações para a compra da vacina indiana Covaxin. O relatório final das apurações foi enviado, ontem, à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), relatora do caso. A conclusão dos investigadores provocou críticas de integrantes da CPI da Covid e do denunciante, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

“Não há correspondência, relação de adequação, entre os fatos e o crime de prevaricação atribuído ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. O juízo de tipicidade, neste caso, sequer pôde ultrapassar o contorno da tipicidade formal. Não há materialidade. Não há crime”, enfatiza um trecho do documento.

Apesar de não apontar crime do chefe do Executivo, o documento assinado pelo delegado William Tito Schuman Marinho tampouco desmente a versão dos irmãos Miranda (leia Memória). “Não há dúvidas, igualmente, de que o deputado federal Luis Miranda e o servidor público Luis Ricardo, na ocasião, levaram ao conhecimento do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, informações que, na visão deles, indicariam a ocorrência de irregularidades”, consta no documento. No entanto, concluiu-se a inexistência de crime de prevaricação, porque, segundo o delegado, comunicar eventuais irregularidades não faz parte do “dever legal”, ou atribuição de um presidente da República.

“Ausente o dever funcional do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, de comunicar eventuais irregularidades de que tenha tido conhecimento — e das quais não faça parte como coautor ou partícipe — aos órgãos de investigação, como a Polícia Federal, ou de fiscalização, não está presente o ato de ofício, elemento constitutivo objetivo imprescindível para caracterizar o tipo penal incriminador”, frisa Marinho. Ele definiu a conduta como algo “próximo de uma ausência do cumprimento de um dever cívico, mas não um desvio de um dever funcional (lê-se legal)”.

A conclusão da PF foi recebida com críticas de congressistas, em especial de ex-integrantes da CPI da Covid. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da comissão, avisou: “Não bastasse desmoralizar as instituições, agora Bolsonaro esculhamba a Polícia Federal. Precisamos tirar esse maloqueiro da Presidência este ano! Vamos pedir a convocação do ministro da Justiça e do diretor da PF para prestar esclarecimentos no Senado”.

Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Bolsonaro cometeu, sim, crime de prevaricação. Delegado de polícia, o parlamentar frisou que o documento tem pouca relevância jurídica. O que deve ser levado é o conteúdo coletado nas investigações, conforme destacou.

“No trabalho policial, o que importa são os fatos identificados. A opinião do delegado sobre o caso não é relevante, posso falar com propriedade. Ou seja, Bolsonaro teve acesso à informação de crime e não tomou providências. Quem vai avaliar se é ou não prevaricação é a Justiça, após manifestação do Ministério Público”, disse.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi relator da CPI, definiu como “estranha” a posição do delegado William Tito Schuman Marinho, uma vez que o próprio investigador afirmou que o presidente soube das supostas irregularidades. “Posição estranha do delegado. Ele confirma a existência do fato, mas enfatiza, na sequência, que não é atribuição do presidente tornar público o crime. É dever, sim, de qualquer um e mais ainda do presidente. A CPI confirmou a prevaricação no detalhe. As conversas com os irmãos Miranda não foram negadas nem pelo Bolsonaro, pelo contrário”, ressaltou.

Autor da denúncia, o deputado Luis Miranda também reprovou a conclusão: “A PF confirma 100% do depoimento do deputado Luis Miranda, porém, apesar de saber das irregularidades, o presidente da República não teria cometido crime ao não fazer nada a respeito das denúncias! Vocês concordam com essa decisão? Sempre defendi e continuarei defendendo a PF, mas discordo dessa vez!”, postou nas redes sociais.

Por sua vez, aliados do governo que integraram a CPI comemoraram o relatório da PF. O senador Jorginho Mello (PL-SC), por exemplo, mencionou o fato nas redes sociais. “Como já prevíamos, o relatório final da PF, encaminhado hoje (ontem) ao STF, concluiu que não foi identificado crime de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso das vacinas da Covaxin”, escreveu.

Já o senador Marcos Rogério (DEM-RO), que ganhou destaque entre os bolsonaristas pela defesa ferrenha do governo na comissão, disse que a PF trouxe à tona o que “todo mundo sabia, menos o G7”. “Lá na CPI, trataram isso como um grande escândalo, que Bolsonaro teria prevaricado. Acusações vazias e sem provas, apenas para atacar a imagem do presidente dentro do jogo pré-eleitoral”, criticou.

Correio Braziliense

MPPE denuncia ex-secretário Pedro Eurico por estupro, perseguição e violência psicológica

O Ministério Público (MPPE) denunciou o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, por mais três crimes cometidos conta a ex-esposa: estupro, perseguição e violência psicológica. A denúncia foi feita na última sexta-feira (28) e divulgada nesta segunda (31).

O acusado já havia sido denunciado no final de 2021, quando sua ex-esposa, a economista Maria Eduarda Marques de Carvalho, o denunciou por violência doméstica. O inquérito foi concluído no dia 10 de dezembro pela Polícia Civil, em que já eram apontados seis crimes, incluíndo descumprimento de medida protetiva, perseguição e lesão corporal.

O MPPE declaou que a nova denúncia diz respeito aos crimes ocorridos em Recife, visto que a denúncia feita no ano passado eram referentes aos fatos ocorridos em Olinda.

Em entrevista, Maria Eduarda declarou que sofreu agressões do ex-secretário desde o começo do seu relacionamento, que durou 25 anos, registrando o primeiro boletim contra o ex-marido já em 2000.

A defesa de Pedro Eurico negou as acusações, afirmando que elas se baseiam apenas nas palavras de Maria Eduarda e desconsideram sua posição sobre os fatos relatados. Advogados do ex-secretário declararam ainda que esperam provar a sua inocência das acusações.

Diario de Pernambuco

Supremo e TSE retomam sessões após recesso

Palácio do Supremo Tribunal Federal na Praça dos Três poderes em Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) abre hoje (1º) os trabalhos de 2022, após período de recesso e férias dos ministros. A cerimônia de abertura está prevista para começar às 10h. A sessão será por meio de videoconferência, devido às restrições de acesso ao público provocadas pela pandemia de Covid-19.

Como é de praxe, a cerimônia deve ser breve e protocolar. Foram convidados o presidente Jair Bolsonaro, os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, e outras autoridades. Não haverá julgamentos durante a sessão solene.

Neste mês, o STF deve julgar recursos envolvendo restrições impostas pela Corte para operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro, validade do prazo de oito anos de inelegibilidade prevista pela Lei da Ficha Limpa, reconhecimento de licença-maternidade de 180 dias a servidores públicos que sejam pais solteiros, além de competência de tribunais de contas estaduais para determinar indisponibilidade cautelar de bens.

TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável pela organização das eleições, também retomará as sessões nesta terça-feira, às 19h. Além do julgamento de ações envolvendo a campanha eleitoral, o tribunal estará nos holofotes devido às mudanças de gestão.

No dia 28 de fevereiro, Luís Roberto Barroso, atual presidente do TSE, será substituído pelo ministro Edson Fachin. Na data, Barroso completará dois anos como membro efetivo e deverá deixar o cargo.

Fachin deve ficar no cargo até agosto, quando também encerrará sua passagem de dois anos como ministro do TSE. O ministro Alexandre de Moraes assumirá então o cargo e estará no comando da Justiça Eleitoral durante as eleições gerais de outubro. Moraes permanecerá no posto até junho de 2024.

Agência Brasil

Conclusão da PF sobre Bolsonaro no caso Covaxin causa reação de membros da CPI da Covid

(FILES) File photo taken on April 14, 2021 of a vial of India’s COVAXIN vaccine against COVID-19 at a public hospital in Villa Elisa, Paraguay. – Brazilian health regulator Anvisa suspended temporarily the clinical trials of India’s Covaxin vaccine against COVID-19 on July 24, 2021, after the Bharat Biotech laboratory broke its agreement with its representative in Brazil, Precisa Medicamentos. (Photo by NORBERTO DUARTE / AFP)

Relatório da Polícia Federal (PF) concluiu que o presidente Jair Bolsonaro não pode ser enquadrado por crime de prevaricação — deixar de agir — quando recebeu denúncia de suspeita de fraude na compra da vacina indiana Covaxin. A CPI da Covid havia proposto o indiciamento de Bolsonaro por esse crime e integrantes da comissão reagiram ao entendimento da PF no caso.

O delegado William Tito Schuman Marinho, autor do relatório, destacou que, entre os deveres funcionais previstos em lei que devem ser observados pelo presidente, não há um que possa enquadrá-lo. Assim, mesmo que Bolsonaro tenha deixado de agir após tomar conhecimento de supostas irregularidades, a conduta “se aproximaria mais de uma ausência do cumprimento de um dever cívico, mas não de um desvio de dever funcional”.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI, anunciou que vai pedir a convocação do ministro da Justiça, Anderson Torres, e do diretor-geral da PF, Paulo Maiurino. Renan Calheiros (MDB-AL), que foi o relator da comissão no Senado, chamou o documento de “esdrúxulo”. No texto enviado à ministra Rosa Weber, relatora do inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), a PF também disse não ser necessário tomar o depoimento do presidente.

Veja em reportagem exclusiva para assinantes, qual a visão do advogado criminalista Celso Vilardi, professor da FGV São Paulo, sobre o assunto. Saiba também o que pensam outros senadores que fizeram parte da CPI da Covid, entre os parlamentares de oposição e aqueles ligados ao governo Bolsonaro, além das suspeitas de irregularidades no caso Covaxin.

Agência O Globo

Secretaria de Saúde divulga novo protocolo de isolamento para casos de Covid-19 em Pernambuco

Após reunião do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação na manhã desta segunda-feira (31), a Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco (SES-PE) anunciou a atualização do protocolo estadual para o afastamento das funções e isolamento para casos positivos de Covid-19. Agora, o isolamento passa a ser de sete dias, para casos assintomáticos e sintomáticos.

Com a mudança, o retorno às atividades após isolamento é recomendado para o oitavo dia, sendo necessário, no entanto, ter pelo menos 24 horas sem sintomas.

Anteriormente, o período recomendado era de 10 dias e mais 24 horas sem sintomas, para sintomáticos, enquanto para assintomáticos, o isolamento já era de sete dias.

De acordo com a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Patrícia Ismael, a decisão do Comitê Técnico tem base nas ações adotadas em outros países e conta com aval dos especialistas membros do grupo.

“Com a mudança no protocolo estadual, Pernambuco passa a igualar os casos sintomáticos e assintomáticos. A partir de agora, os casos positivos para doença, independente da presença de sintomatologia, passam a cumprir o isolamento de 7 dias. É importante deixar todos atentos a necessidade do cumprimento desse protocolo para proteção dos contatos próximos. Para o retorno às atividades cotidianas e de trabalho, este paciente precisa contabilizar pelo menos 24 horas sem sintomas, não sendo necessário realizar novo teste”, explicou.

O médico infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Demétrius Montenegro, fez considerações durante a reunião, sobre o comportamento das variantes da doença, destacando em especial a variante Ômicron, responsável por grande parte das infecções por Covid-19 no mundo atualmente.

“Temos observado que o comportamento virológico da ômicron é mais curto, porém bastante importante, por isso precisamos estar atentos aos sinais e sintomas e a manutenção do isolamento, além do uso de máscara de forma correta”, afirmou o médico.

O Comitê também decidiu pela manutenção do afastamento de alguns profissionais de saúde, que se enquadram em grupos de risco da doença.

“Resolvemos manter as recomendações já vigentes. Os profissionais com obesidade, ou seja, com IMC acima de 40, idosos acima com 70 anos e mais, gestantes e pessoas vivendo com HIV/Aids devem permanecer afastados. Entendemos que estes trabalhadores devem ser protegidos devido às suas condições, ainda mais neste momento de aceleração da circulação da variante ômicron da Covid-19”, disse o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Folhape

TJPE celebra contrato com o Banco do Brasil

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) celebrou, nesta segunda-feira (31/01), contrato com o Banco do Brasil para a realização de depósitos judiciais, precatórios e requisições de pequeno valor (RPVs), pelo prazo de 5 anos, de forma exclusiva. A assinatura do documento foi realizada pelo desembargador Fernando Cerqueira em seu último dia de gestão como presidente do TJPE, no Palácio de Justiça, no Recife, às 10h30. Representaram a instituição bancária a superintendente de varejo em Pernambuco, Ana Paula Matos, o superintendente comercial do Setor Público no Nordeste, Christiano José dos S. Carvalho, e o gerente de negócios do escritório Setor Público, Bruno Vieira. Atualmente no TJPE, o valor total dos depósitos judiciais, precatórios e RPVs é de aproximadamente R$ 4,4 bilhões.

˜Estou muito feliz com a celebração desse contrato com o Banco do Brasil. Em experiência anteriores, essa parceria foi muito exitosa˜, afirmou o desembargador Fernando Cerqueira.

A superintende de varejo, Ana Paula Matos, agradeceu o elogio feito pelo magistrado. “Nós também estamos muito felizes em retomar essa parceria. Para nós, é muito importante manter os clientes satisfeitos˜, declarou.

O superintendente comercial do Setor Público no Nordeste, Christiano José dos S. Carvalho, prometeu prioridade no atendimento das demandas do Tribunal. “Iremos nos dedicar completamente no desenvolvimento de uma solução que atenda a todas as expectativas do TJPE”, disse.

Participaram também da reunião o diretor geral adjunto do Tribunal, Marcel Lima, o secretário de administração Francisco Abreu, o chefe da consultoria jurídica, Emmanuel Plácido, e o diretor financeiro Clisthenes Jose Pereira De Andrade Lima.

Os depósitos judiciais, precatórios e RPVs do TJPE estavam sendo realizados de forma exclusiva na Caixa Econômica Federal. O contrato com o banco estatal chegou ao fim e não houve acordo sobre a renovação.

A proposta do Banco do Brasil foi apresentada pelo Vice-Presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial, Antonio Barreto Junior. “Temos o interesse em participar ativamente na melhoria de serviços aos Tribunais de Justiça por todo o Brasil. Em visita oportuna ao presidente do TJPE, desembargador Fernando Cerqueira, manifestamos toda a disposição do Banco do Brasil em modernizar sistemas e gerar valor para o Tribunal, magistrados, advogados e a sociedade. Nossas instituições são parceiras históricas. Contem sempre com o Banco do Brasil pra tudo que o Tribunal precisar”, afirmou Barreto.