Covid-19: Brasil registra 22,8 milhões de casos e 620,5 mil óbitos

Usuários do transporte público usam máscara na plataforma e trem da Linha 9 Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM, em Pinheiros.

O Ministério da Saúde divulgou neta quinta-feira (13) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem, desde o início da pandemia, 22,8 milhões de casos confirmados da doença e 620,5 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 21,7 milhões (95,2% dos casos). 

Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 97,9 mil casos e 174 mortes.

O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 4,4 milhões de casos e 155,5 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (2,3 milhões de casos e 56,7 mil óbitos); Paraná (1,6 milhão casos e 40,9 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (1,5 milhão de casos e 36,5 mil óbitos).

Os menores números de casos e óbitos estão no Acre (89.244 e 1.844, respectivamente), Amapá (128.212 e 2.028) e Roraima (131.529 e 2.078)

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 – 13/01/2022/Divulgação/ Ministério da Saúde

Ômicron

A pasta também informou que foram registrados 503 casos de pessoas infectadas pela variante Ômicron, com incidência confirmada em 16 unidades da Federação, com Rio de Janeiro (133) e São Paulo (121) registrando o maior número de casos. Também foram registradas duas mortes, uma em Alagoas e outra em Goiás.

Há 796 casos e duas mortes pela nova variante em investigação.

Confirmado segundo caso de Candida auris em PE

Um cultivo do superfungo Candida auris feito pelo CDC norte-americano.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu a confirmação do segundo caso de Candida auris no país. O “superfungo” foi detectado em um paciente de um hospital em Pernambuco. É o segundo caso confirmado no hospital. Os dois pacientes, um homem de 38 anos e uma mulher de 70 anos, foram isolados no início do mês. No dia 3 de janeiro, a Anvisa foi notificada sobre os casos possíveis de Candida auris, agora confirmados.

De acordo com a Anvisa, o hospital onde os pacientes estão internados estabeleceu medidas de precaução e adotou ações para conter o surto. Além disso, a agência destacou que órgãos de saúde pública foram acionados e ações de vigilância, prevenção e controle foram intensificados.

A Anvisa trata o caso como o terceiro surto do superfungo no país. Segundo a agência, a definição epidemiológica de surto abrange não apenas uma grande quantidade de casos de doenças contagiosas ou de ordem sanitária, mas também o surgimento de um microrganismo novo na epidemiologia de um país ou até de um serviço de saúde. A agência destacou que o fungo significa uma ameaça à saúde global.

Candida Auris
O organismo é chamado de superfungo pela resistência que possui a antibióticos e outras formas de tratamento. De acordo com a Anvisa, o fungo também permanece no ambiente por longos períodos, que podem chegar a meses, e resiste a diversos tipos de desinfetantes.

Por essas razões, casos de infecções pelo fungo trazem risco de surto e demandam monitoramento e medidas de prevenção e controle para impedir a disseminação em outros pacientes.

Conforme nota de alerta da agência, o Candida auris “pode causar infecção na corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades”.

Em outubro de 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) publicou um alerta epidemiológico em função dos relatos de surtos de Candida auris em serviços de saúde da América Latina, recomendando aos Estados-membros a adoção de medidas de prevenção e controle de surtos decorrentes deste patógeno.

No Brasil, o primeiro caso foi registrado em dezembro de 2020 na Bahia. O caso culminou em um surto com 15 casos, resultando em duas mortes. Já em dezembro de 2021, a Anvisa foi notificada de outro caso, também na Bahia, caracterizando o segundo surto.

Assassino de Robert F. Kennedy tem liberdade condicional negada

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, disse nesta quinta-feira que negou liberdade condicional a Sirhan Sirhan, o refugiado palestino que cumpre prisão perpétua pelo assassinato do candidato presidencial dos Estados Unidos Robert F. Kennedy em 1968.

Newsom fez o anúncio depois que um conselho de revisão da Califórnia recomendou em agosto que Sirhan fosse libertado da prisão, sujeito a revisão por um conselho legal e pelo próprio governador. Ele já havia tido a liberdade condicional negada por 15 vezes.

Descrevendo sua decisão em um artigo de opinião no Los Angeles Times, Newsom disse que não concordava com o Conselho de Audiências de Liberdade Condicional que considerou Sirhan, de 77 anos, adequado para liberdade condicional.

“Depois de analisar cuidadosamente o caso, incluindo registros nos Arquivos do Estado da Califórnia, determinei que Sirhan não desenvolveu a responsabilidade e a percepção necessárias para apoiar sua libertação segura na comunidade”, escreveu Newsom.

Sirhan foi condenado por matar Kennedy, de 42 anos, na despensa da cozinha do Ambassador Hotel em Los Angeles em 5 de junho de 1968.

O ataque ocorreu minutos depois que o senador e ex-secretário de Justiça dos EUA fez seu discurso de vitória nas primárias democratas da Califórnia. Kennedy morreu no dia seguinte.

Agência Brasil

Setor de serviços cresce 2,4% em novembro, após dois meses de queda

internet, computador

O setor de serviços cresceu 2,4% na passagem de outubro para novembro, após dois meses de taxas negativas, recuperando a perda acumulada de 2,2%. Com o resultado de novembro, o setor ficou 4,5% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, registrado em fevereiro de 2020, mas está 7,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a recuperação do mês de novembro coloca o setor no maior patamar dos últimos seis anos, igualando-se ao nível de dezembro de 2015. “Das últimas 18 informações divulgadas, na comparação mês contra mês anterior, 15 foram positivas e 3 foram negativas: março, devido à segunda onda de covid-19, e setembro e outubro, por conta de aumentos de preços em telecomunicações e passagens aéreas”, disse, em nota, o pesquisador.

Segundo o IBGE, quatro das cinco atividades pesquisadas avançaram no mês de novembro, com destaque para serviços de informação e comunicação (5,4%), que recuperaram a perda de 2,9% verificada nos dois meses anteriores. Com isso, a atividade se coloca num patamar 13,7% acima de fevereiro de 2020.

“Nessa atividade, sobressai o setor de tecnologia da informação, principalmente os segmentos de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca da internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares e consultoria em tecnologia da informação”, disse Rodrigo Lobo.

O setor de tecnologia da informação cresceu 10,7% de outubro para novembro, maior taxa desde janeiro de 2018 (11,8%), ficando 47,4% acima do patamar pré-pandemia. “Depois do período mais agudo da pandemia, a partir de junho de 2020, o setor mostrou rápida recuperação, acelerando o ritmo de crescimento das receitas. Essas informações positivas são em boa parte explicadas pelo dinamismo das empresas do setor de Tecnologia da Informação, que fornecem serviços para outras empresas”, afirmou o gerente da pesquisa.

Transportes
De acordo com o IBGE, o segundo impacto positivo no índice do novembro veio da atividade de transportes, que cresceu 1,8% e praticamente recuperou a perda de 1,9% observada entre setembro e outubro. Com isso, a atividade está num patamar 7,2% acima de fevereiro de 2020. “Os destaques na área de transportes foram transporte aéreo de passageiros, correio e transporte rodoviário de carga”, informou Lobo.

Com alta de 2,8%, os serviços prestados às famílias representaram o terceiro impacto positivo no mês. “Esta é a oitava taxa positiva seguida, acumulando crescimento de 60,4%, mas ainda insuficiente para voltar ao patamar pré-pandemia. O segmento está operando em nível 11,8% abaixo de fevereiro de 2020”, explicou o pesquisador.

Por outro lado, com queda de 0,3%, os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentam a quarta taxa negativa seguida, acumulando perda de 3,7%.

Regionalmente, 18 das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços entre outubro e novembro de 2021. Entre os locais com taxas positivas, o impacto mais importante veio de São Paulo (4%), seguido por Rio de Janeiro (1,6%), Santa Catarina (3,7%) e Paraná (2,1%). Em contrapartida, o Mato Grosso do Sul (-4,0%) registrou a principal retração em termos regionais.

Atividades turísticas
O índice de atividades turísticas subiu 4,2% frente a outubro, sétima taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 57,5%. O segmento ainda se encontra 16,2% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado.

“Esse índice de atividades turísticas tem um perfil muito semelhante ao perfil dos serviços prestados às famílias, pois muitas das atividades que compõem o indicador vêm desse segmento”, disse o pesquisador.

Dólar tem leve queda e continua no menor valor em dois meses

Em mais um dia de trégua no mercado financeiro, o dólar teve pequena queda e continuou no menor valor desde novembro. A bolsa de valores, que ontem (12) tinha zerado as perdas do ano, caiu após dois dias seguidos de alta.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (13) vendido a R$ 5,53, com queda de 0,1%. A cotação chegou a cair para R$ 5,50 na mínima do dia, por volta das 12h, mas operou perto da estabilidade durante a tarde, à medida que o otimismo no mercado internacional arrefecia.

Este foi o terceiro dia de recuo na moeda norte-americana. A divisa acumula queda de 0,83% nos primeiros dias deste ano.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa fechou aos 105.529 pontos, com queda de 0,15%. O indicador alternou altas e baixas ao longo do dia, mas fechou com perdas, puxado por ações de mineradoras e siderúrgicas, afetadas pela queda no preço internacional do minério de ferro após notícias da China.

Hoje, a incorporadora chinesa Evergrande conseguiu adiar em seis meses o pagamento de títulos em moeda local. Apesar do fechamento do acordo com os credores, predominaram os temores de que outras incorporadoras imobiliárias chinesas, também em dificuldades financeiras, não consigam renegociar as dívidas.

A China é o principal comprador de commodities (bens primários com cotação internacional) do Brasil. A crise no mercado imobiliário tem provocado a desaceleração da economia do país, o que se reflete em quedas na cotação do minério de ferro.

Em relação aos Estados Unidos, o mercado financeiro internacional reagiu bem à divulgação de que a inflação ao produtor da maior economia do planeta caiu de 1% em novembro para 0,2% em dezembro. Os números estão em linha com as expectativas do mercado, reduzindo as pressões para que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) antecipe o aumento de juros ou o fim da compra de títulos em vigor desde o início da pandemia de covid-19.

No entanto, as ações de empresas de tecnologia nos Estados Unidos tiveram queda generalizada durante a tarde, reduzindo o clima de tranquilidade no mercado internacional e pressionando o dólar e a bolsa no Brasil.

Covid-19 e Influenza A: boletins diários da Secretaria de Saúde – 13.01.22

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta quinta-feira (13), foram registrados 36.572 casos de Covid-19, sendo 34.588 leves, 26 novos casos e 721 óbitos. Já de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram registrados 1.984 casos. Não há registro de novos casos de óbitos.

Foram confirmados também 568 casos para a Influenzavírus A, subtipo H3N2, sendo 543 casos leves e 25 casos graves. Nenhum novo
caso foi confirmado hoje. Não há registrado de óbito pela doença no município, até o momento.

Fontes:

Ministério da Saúde (e-SUS Notifica, MS – Casos Leves até 12/01/2022)

Cievs PE – Secretaria Estadual de Saúde (Notifica PE – Cievs PE – Casos Graves e Óbitos até 12/01/2022).

Tite faz primeira convocação do ano para reta final das eliminatórias

O técnico Tite realizou nesta quinta-feira (13) a primeira convocação da seleção brasileira de futebol em 2022. O escrete canarinho terá dois jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo pela frente: Equador, no próximo dia 27, no estádio Casa Blanca, em Quito; e Paraguai, no dia 1º de fevereiro, no Mineirão, em Belo Horizonte.

Na lista de 26 jogadores, o destaque é o desfalque do atacante Neymar, do Paris Saint-Germain (França), que se recupera de uma lesão no tornozelo. O lateral-direito Danilo, da Juventus (Itália), que recentemente voltou a treinar após um mês e meio tratando uma contusão na coxa, também ficou fora. Na comparação com a última convocação de 2021, outra ausência é a do lateral-esquerdo Renan Lodi, do Atlético de Madrid (Espanha).

“O Renan Lodi não pôde ser convocado pela não vacinação [contra a covid-19]. Ele perdeu a oportunidade de concorrer. O Renan não poderia entrar no Equador, pois tomou a primeira dose no dia 10. Respeitamos as leis do país”, explicou Tite, em entrevista coletiva.

Os substitutos do trio são os laterais Daniel Alves e Alex Telles – de Barcelona (Espanha) e Manchester United (Inglaterra), respectivamente – e o atacante Rodrygo, do Real Madrid (Espanha). Além deles, voltaram a ser chamados o goleiro Weverton (Palmeiras) e o meia Bruno Guimarães, do Lyon (França).

“Temos um radar de cerca de 46 atletas. O Bruno Guimarães é um deles. Checamos o momento do atleta. Iniciou muito bem no Lyon, teve uma queda, que é normal de adaptação. Em um segundo momento, ele já se comunica e entende melhor o clube e o país. O Telles da mesma forma. Existe a concorrência no setor”, argumentou, também em coletiva, o auxiliar Cesar Sampaio.

O Brasil já está classificado para o Mundial deste ano, no Catar, mas ainda tem cinco compromissos das Eliminatórias pela frente ocupando as datas-Fifa, que são os períodos voltados a jogos entre seleções. Por enquanto, não há duelos previstos contra equipes de outros continentes – em especial as europeias – na trajetória até a Copa. Apesar disso, Tite vê o Brasil entre os favoritos ao título.

“Eu cito que Brasil, França, Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Argentina, Itália e Espanha estão entre os postulantes. Nenhum deles eu vejo se destacando. É justamente por não jogarmos contra europeus que não dá para dizer se é favorito ou não, pois não há referência. Eu gostaria que jogássemos, mas não dá pelo calendário”, finalizou o treinador.

Os convocados
Goleiros: Alisson (Liverpool-ING), Ederson (Manchester City-ING) e Weverton (Palmeiras);

Laterais: Daniel Alves (Barcelona-ESP), Emerson (Tottenham-ING), Alex Sandro (Juventus-ITA) e Alex Telles (Manchester United-ING);

Zagueiros: Éder Militão (Real Madrid-ESP), Gabriel Magalhães (Arsenal-ING), Marquinhos (PSG-FRA) e Thiago Silva (Chelsea-ING);

Meias: Bruno Guimarães (Lyon-FRA), Casemiro (Real Madrid-ESP), Fabinho (Liverpool-ING), Fred (Manchester United-ING), Gerson (Olympique de Marselha-FRA), Everton Ribeiro (Flamengo), Lucas Paquetá (Lyon-FRA) e Philippe Coutinho (Aston Villa-ING);

Atacantes: Antony (Ajax-HOL), Vinícius Júnior (Real Madrid-ESP), Rodrygo (Real Madrid-ESP), Gabriel Jesus (Manchester City-ING), Matheus Cunha (Atlético de Madrid-ESP), Raphinha (Leeds United-ING) e Gabriel Barbosa (Flamengo)

Fabinho e Lucas Paquetá estão suspensos do jogo contra o Equador.

Matéria alterada às 14h43 para correção do ano no primeiro parágrafo. O correto é 2022, e não 2021.

Setor de serviços cresce 2,4% em novembro, após dois meses de queda

O setor de serviços cresceu 2,4% na passagem de outubro para novembro, após dois meses de taxas negativas, recuperando a perda acumulada de 2,2%. Com o resultado de novembro, o setor ficou 4,5% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, registrado em fevereiro de 2020, mas está 7,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a recuperação do mês de novembro coloca o setor no maior patamar dos últimos seis anos, igualando-se ao nível de dezembro de 2015. “Das últimas 18 informações divulgadas, na comparação mês contra mês anterior, 15 foram positivas e 3 foram negativas: março, devido à segunda onda de covid-19, e setembro e outubro, por conta de aumentos de preços em telecomunicações e passagens aéreas”, disse, em nota, o pesquisador.

Segundo o IBGE, quatro das cinco atividades pesquisadas avançaram no mês de novembro, com destaque para serviços de informação e comunicação (5,4%), que recuperaram a perda de 2,9% verificada nos dois meses anteriores. Com isso, a atividade se coloca num patamar 13,7% acima de fevereiro de 2020.

“Nessa atividade, sobressai o setor de tecnologia da informação, principalmente os segmentos de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca da internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares e consultoria em tecnologia da informação”, disse Rodrigo Lobo.

O setor de tecnologia da informação cresceu 10,7% de outubro para novembro, maior taxa desde janeiro de 2018 (11,8%), ficando 47,4% acima do patamar pré-pandemia. “Depois do período mais agudo da pandemia, a partir de junho de 2020, o setor mostrou rápida recuperação, acelerando o ritmo de crescimento das receitas. Essas informações positivas são em boa parte explicadas pelo dinamismo das empresas do setor de Tecnologia da Informação, que fornecem serviços para outras empresas”, afirmou o gerente da pesquisa.

Transportes
De acordo com o IBGE, o segundo impacto positivo no índice do novembro veio da atividade de transportes, que cresceu 1,8% e praticamente recuperou a perda de 1,9% observada entre setembro e outubro. Com isso, a atividade está num patamar 7,2% acima de fevereiro de 2020. “Os destaques na área de transportes foram transporte aéreo de passageiros, correio e transporte rodoviário de carga”, informou Lobo.

Com alta de 2,8%, os serviços prestados às famílias representaram o terceiro impacto positivo no mês. “Esta é a oitava taxa positiva seguida, acumulando crescimento de 60,4%, mas ainda insuficiente para voltar ao patamar pré-pandemia. O segmento está operando em nível 11,8% abaixo de fevereiro de 2020”, explicou o pesquisador.

Por outro lado, com queda de 0,3%, os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentam a quarta taxa negativa seguida, acumulando perda de 3,7%.

Regionalmente, 18 das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços entre outubro e novembro de 2021. Entre os locais com taxas positivas, o impacto mais importante veio de São Paulo (4%), seguido por Rio de Janeiro (1,6%), Santa Catarina (3,7%) e Paraná (2,1%). Em contrapartida, o Mato Grosso do Sul (-4,0%) registrou a principal retração em termos regionais.

Atividades turísticas
O índice de atividades turísticas subiu 4,2% frente a outubro, sétima taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 57,5%. O segmento ainda se encontra 16,2% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado.

“Esse índice de atividades turísticas tem um perfil muito semelhante ao perfil dos serviços prestados às famílias, pois muitas das atividades que compõem o indicador vêm desse segmento”, disse o pesquisador.

Agência Brasil

Moro tenta avançar na seara evangélica de Bolsonaro

Pré-candidato à Presidência da República, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) tem tentado atrair a confiança da ala evangélica, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o mais recente levantamento do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), para as eleições deste ano, esse segmento está dividido entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo.

Na pesquisa, 34% do grupo religioso disse ter intenção de votar no petista, enquanto 33% afirmaram que optarão por Bolsonaro. O ex-ministro, por sua vez, apareceu apenas com 7% da preferência.

Para tentar reverter a situação, Moro tem promovido encontros com representantes desse eleitorado. O principal interlocutor do ex-juiz é Uziel Santana, fundador e ex-presidente da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure). Ele tem ajudado na coordenação da pré-campanha e apresentado o político do Podemos como um “conservador moderado e democrático”.

No fim do mês passado, Moro se reuniu com o pastor R.R. Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus. Já no último dia 7, dedicou parte de sua agenda na Paraíba ao pastor Estevam Fernandes. “Ouvir e aprender com pessoas de princípios e valores é essencial neste projeto de construir um Brasil mais justo”, escreveu Moro, no Twitter. Ao todo, ele já se reuniu com cerca de 40 líderes evangélicos.

Ainda que parte do segmento demonstre insatisfação com o governo, Bolsonaro ainda é um nome forte no meio por defender os “valores cristãos”. Segundo o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG), mesmo que o eleitorado das igrejas esteja dividido, é “óbvio que o evangélico vai procurar quem defenda seus princípios”.

O parlamentar frisou que o assunto Moro não está sendo discutido pelo partido, do qual é presidente estadual, mas ele mostrou cautela em relação ao pré-candidato. “O meu sentimento é de que há questionamentos quanto a índole dele. Um juiz que quebra as regras, será que ele também não quebrará ao assumir um mandato como presidente? Essa preocupação existe em várias pessoas”, sustentou.

A deputada Dra. Vanda Milani (Solidariedade-AC) foi taxativa: “Não está claro quais são os objetivos de Sergio Moro”. De acordo com a parlamentar, o ex-juiz não possui os valores cristãos e, para ela, a maioria dos evangélicos tende a continuar com Bolsonaro.

“Considerando os valores cristãos, acredito que é Bolsonaro mesmo. O que ele (presidente) vem fazendo poderá ser visto com mais tempo, daqui a dois anos”, disse. “Sobre Moro, eu nem acredito que a candidatura vingue.”

Na avaliação do cientista político André César, sócio da Hold Assessoria, há dois grupos de evangélicos: os históricos, como batistas, presbiterianos, anglicanos e neopentecostais. Segundo o especialista, é este último que está mais dividido. “Bolsonaro começa a enfrentar uma resistência porque Lula chegou e está se colocando como alternativa. Ele ganha espaço, pois as pessoas já o conhecem”, enfatizou.

César destacou que Moro é um desconhecido se comparado a Bolsonaro, que está com a máquina na mão, e Lula, que tem legado. “Moro é um cara novo, muito diferente. Quem quer ser presidente, tem de estar no meio desse eleitorado. O problema é que não vejo como vai fazer isso”, comentou.

Correio Braziliense

Lula usa inflação recorde para atacar Bolsonaro

No momento em que o PT anuncia a intenção de rever a reforma trabalhista e de promover outras mudanças na economia, caso volte ao poder, o pré-candidato do partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsabilizou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo alto índice de inflação em 2021, de 10,06%, o maior desde 2015, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“É importante o povo saber que boa parte da inflação neste país se deve aos preços controlados por um governo irresponsável. Segundo o IBGE, em 2021, a gasolina ficou 47% mais cara; o diesel, 46%; o botijão de gás, 36%”, disse Lula, ontem, pelas redes sociais. “E hoje é 12 de janeiro. O ano mal começou, e o Brasil já enfrenta a primeira alta nos combustíveis de 2022. Já o aumento do salário mínimo (agora, de R$ 1.212), este ano, não vai sequer cobrir a inflação”, acrescentou.

Em resposta às críticas do opositor, Bolsonaro comparou o consolidado da inflação em 2021 com o resultado do pior momento do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2015, o IPCA, índice oficial da inflação, fechou em 10,67%.

“Se eu não me engano, em 2014, 2015, a inflação foi de 10% também. Aponte-me qual crise aconteceu nesses dois anos. Não teve crise nenhuma. Nós tivemos aqui a questão do Covid. Com a política do ‘fique em casa’, a cadeia produtiva sofreu solavancos. E a inflação é uma questão natural”, defendeu-se, em entrevista à Gazeta Brasil.

Nos últimos dias, Lula, apontado pelas pesquisas como favorito na corrida ao Planalto, vem intensificando o debate sobre a economia, no momento em que o governo Bolsonaro colhe péssimos resultados no setor.

O ex-presidente e lideranças do PT têm defendido a revogação da reforma trabalhista, aprovada no governo Michel Temer (MDB), para o caso de vitória do partido nas eleições.

A proposta tem sido criticada por políticos e representantes do mercado. Além disso, causou preocupações ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido), que o PT tenta atrair para ser vice na chapa de Lula.

Ao mesmo tempo, especialistas apontam que a reforma trabalhista não surtiu os efeitos esperados. “Essa é uma discussão atualíssima, tendo ainda mais em vista que, no Brasil, a reforma trabalhista não gerou os milhões de empregos que os defensores disseram que ela geraria”, afirmou o professor José Oreiro, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB).

Correio Braziliense