MP denuncia delegado e policial civil do Rio por obstrução da Justiça

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o delegado da Polícia Civil, Maurício Demétrio Afonso Alves, e o policial civil Adriano Santiago da Rosa por integrarem organização criminosa voltada à prática dos crimes de obstrução de Justiça e violação de sigilo funcional. 

A denúncia, que deu origem à segunda fase da operação Carta de Corso, realizada na última quarta-feira (22), e à prisão de Adriano, é um desdobramento da primeira fase da ação, realizada em 30 de junho deste ano, quando Maurício e outros policiais civis foram presos. A decisão foi da 1º Vara Criminal Especializada do Estado do Rio de Janeiro.

A apreensão de aparelhos celulares do delegado permitiu a obtenção de novas provas contra Maurício Demétrio, preso por forjar uma operação contra o delegado Marcelo Machado, que investigava a organização criminosa pelos crimes de extorsão contra comerciantes de Petrópolis, na região serrana do Rio. No conteúdo extraído dos aparelhos telefônicos, com autorização judicial, Maurício contava com o apoio de Adriano, lotado no Setor de Inteligência da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial, para obter dados sigilosos de diversas pessoas, com o objetivo de prejudicá-las. Maurício Demétrio foi titular da delegacia especializada.

Segundo o MPRJ, Maurício Demétrio, com a finalidade de prejudicar desafetos, informou ao agente da Polícia Federal Enrico Cortes Villela Delle Piane que um outro delegado, morador de Petrópolis e que havia atuado na Corregedoria da Polícia Civil, traficava drogas em deslocamentos entre a capital e a região serrana. Ele chegou a se encontrar com o agente da PF para repassar os dados que seriam utilizados em uma futura operação para prender o delegado. Após diversas mensagens eletrônicas, sob a alegação de que ele e sua esposa haviam contraído covid-19, Maurício parou de passar informações ao agente.

AInda segundo o MPRJ, além disso, também de maneira ilegal, Maurício determinou que Adriano verificasse dados restritos de inúmeros cidadãos, entre eles autoridades e seus familiares, tendo acesso, inclusive, a informações sobre movimentações bancárias das vítimas, com o objetivo de produzir dossiês.

Agência Brasil tentou contato com a defesa do delegado Maurício Demétrio e aguarda posicionamento.

Raquel Lyra antecipa salário de dezembro dos servidores ativos e inativos do município

A Prefeitura de Caruaru informa que o salário do mês de dezembro dos servidores ativos e inativos do município será efetuado nesta terça-feira (28). A PMC também esclarece que o pagamento do terço de férias dos professores da rede municipal de ensino será realizado junto com o salário deste mês.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 27.12.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta segunda-feira (27), 97,71% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 26 novos casos, 26 pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 115.606 dos quais 44.335 foram através do teste molecular e 71.271 pelo teste rápido, com 34.050 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 80.910.

Também já foram registrados 131.665 casos de síndrome gripal e 14 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 646 casos, 47 pessoas em isolamento domiciliar 11 internamentos.

Prefeitura de Caruaru abre 22 vagas de emprego

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Administração (SAD), está divulgando mais um processo seletivo aberto para preenchimento de postos de trabalho temporários na Secretaria de Saúde. Ao todo, 22 vagas se encontram disponíveis, sendo 18 delas de ampla concorrência, além de quatro para pessoas com deficiência.

Os selecionados atuarão no quadro de manutenção da Saúde. Há vagas para eletricista, encanador, marceneiro, pedreiro, pintor, serralheiro, servente de obras, ajudante de eletricista e auxiliar de encanador. A experiência mínima exigida é de seis meses na função, com remuneração fixa de R$ 1.100, bem como gratificação SUS.

As inscrições podem ser feitas desta terça-feira (28) até o próximo dia 5, por meio do portal: https://www.selecoes.caruaru.pe.gov.br. De acordo com o edital, a seleção será feita através de análise curricular, bem como cada candidato só pode concorrer a uma vaga. Já o resultado preliminar do processo será divulgado no mesmo site e no Diário Oficial do município.

Em caso de dúvidas, os candidatos podem enviar e-mail para o endereço selecoespmc@gmail.com ou entrar em contato pelo telefone (81) 3721-8507 (Ramal 212), horário de atendimento das 8h às 13h.

Corrida para as eleições 2022 mais agressiva: veja o perfil dos 12 pré-candidatos

Decisivo para o futuro do país, 2022 será um ano em que as atenções de grande parte dos brasileiros estarão voltadas para as eleições gerais de outubro, em especial para a disputa que vai decidir quem será o próximo presidente da República. Até o momento, ao menos 12 pré-candidatos estão no páreo, entre os quais o atual titular do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), que concorrerá a um segundo mandato.

Esse número de postulantes é alto. Ele supera os de 1994, 2002, 2006, 2010 e 2014 e empata com 1998. A última disputa presidencial, em 2018, reuniu 13 concorrentes. Já a de 1989, vencida por Fernando Collor, foi a que registrou mais candidatos desde a redemocratização: 22.

A quantidade de pré-candidatos poderia ser ainda maior, se não fossem algumas desistências. Até agora, saíram da disputa o ex-deputado Cabo Daciolo (Brasil 35), o apresentador José Luiz Datena (PSD) e o empresário João Amoêdo, ex-presidente do Novo e um dos fundadores da sigla. Há ainda incerteza sobre o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM).

Até a abertura das urnas, os eleitores serão alvo de uma avalanche de promessas, feitas por políticos que se apresentam como capazes de resolver os principais problemas do país, como a crise econômica, a escalada inflacionária, os altos índices de desemprego e o aumento da pobreza e da fome.

As próximas eleições serão uma prova de fogo para o atual governo, que, até o momento, ainda não conseguiu, sequer, cumprir as promessas feitas em 2018, principalmente o combate à corrupção, a moralização da política e o crescimento econômico.

As últimas pesquisas de intenção de voto apontam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recuperou os direitos políticos após a anulação de vários processos judiciais, como favorito, com uma vantagem considerável sobre Bolsonaro, que está em segundo lugar. O ex-juiz da Lava-Jato Sergio Moro (Podemos) aparece com o terceiro maior índice de preferência, mas está tecnicamente empatado com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Uma das principais discussões neste momento trata da construção de uma terceira via como alternativa à polarização entre Bolsonaro e Lula. Nesse sentido, há uma maratona de negociações entre as forças de centro, mas ainda não foi definido um nome que representará esse espectro político na disputa. O próprio petista, na intenção de se afastar do rótulo de radical, tem buscado aproximação com esse segmento, em articulações que incluem a possível entrada do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que está de saída do PSDB, com o vice da chapa.

Campanha agressiva

A próxima disputa presidencial promete ser palco de embates calorosos, com um teor de agressividade maior que nos pleitos passados. Ela vai reunir personagens que, ao longo de suas carreiras, se cruzaram em situações que os transformaram em desafetos pessoais, muito além da disputa política. Deverão ser de alta tensão, por exemplo, os confrontos eleitorais entre Bolsonaro, Lula, Moro, Doria e Ciro Gomes (PDT).

Para Marcelo Senise, especialista em marketing político e digital, uma possível onda de ataques pessoais, durante a campanha, poderá deixar pouco espaço para discussões de propostas para o país. “Todos eles são muito desafetos um do outro, é uma eleição extremamente polarizada. E nós temos um elemento que todos eles usam de maneira muito forte, que são as plataformas de inteligência artificial, e esses neuro bots (robôs), que são utilizados desde a campanha passada, tendem a acirrar essa situação. Eu acho que o que vai ter menos na campanha é a discussão de propostas, infelizmente, e isso é uma ameaça à democracia”, lamenta Senise.

O professor José Oreiro, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), chama atenção para as transformações vividas pelo país desde a campanha de 2018 e que, segundo ele, vão se refletir na próxima corrida presidencial.

O docente lembra que, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, as denúncias de corrupção continuaram no governo de Michel Temer (MDB), ao mesmo tempo em que a crise econômica não foi debelada.

“Aí a grande bandeira que se levantou na última campanha foi a do combate à corrupção, com o argumento de que os problemas do Brasil eram derivados da corrupção. Como não foi possível ao MDB e ao PSDB surfar nessa onda, quem surfou foi o Bolsonaro, que acabou vencendo as eleições”, descreve Oreiro.

Segundo ele, o que se instalou no país após a posse do atual governo foi a “barbárie”, com o agravamento da crise econômica, o aumento da pobreza, a devastação ambiental, uma cultura de ódio e os números trágicos da pandemia da covid-19. Para o professor da UnB, um discurso de cunho humanista, diante do atual quadro de degradação social do país, tem muito mais chances de vencer as próximas eleições.

“O que se estará discutindo nas eleições de 2022 não é esquerda e direita. É civilização e barbárie. No momento, sucessivas pesquisas comprovam que o candidato mais bem posicionado para derrotar a barbárie é o ex-presidente Lula. Não existe terceira via”, conclui Oreiro.

Os pré-candidatos — perfil e principais bandeiras:

Jair Bolsonaro (PL)

Pré-candidato à reeleição, o presidente da República nasceu em Glicério (SP) e tem 66 anos. Filiou-se recentemente ao PL, partido comandado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, um dos caciques do Centrão. Em termos de popularidade, o presidente tem enfrentado os piores índices desde que tomou posse no cargo. Contribuem para isso os maus resultados na economia e a postura adotada pelo governo durante a pandemia da covid-19. Porém, como o presidente tem o controle da máquina pública, analistas
acreditam que ele ainda pode chegar com fôlego nas eleições de 2022. O recém-lançado Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, é uma das principais apostas do Planalto.

Principais bandeiras

Armamentismo; escolas cívicomilitares; agenda conservadora; defesa da família tradicional.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Atual favorito nas pesquisas de intenção de voto e antagonista de Jair Bolsonaro, o ex-presidente da República nasceu em Garanhuns (PE) e está com 76 anos. Uma das estratégias do petista para voltar ao Palácio do Planalto é formar uma ampla aliança eleitoral. Nas últimas semanas, ganhou visibilidade a aproximação com Geraldo Alckmin, que se desfiliou do PSDB após de 30 anos de tucanato. No momento, Lula lidera a preferência do eleitorado, mas ainda desperta uma forte sentimento antipetista. Persistem na memória do eleitor os escândalos de corrupção e a crise econômica deixada pelo governo de Dilma Rousseff. O ex-presidente defende melhorar a renda dos trabalhadores para reaquecer a economia.

Principais bandeiras

Erradicação da fome e da pobreza; distribuição de renda e crescimento econômico; resgate da imagem do Brasil no exterior.

Sergio Moro (Podemos)

Natural de Maringá (PR), tem 49 anos. É jurista, ex-juiz federal e professor de direito. Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá, concluiu mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná. Especializou-se em crimes financeiros e tornou-se juiz federal em 1996. Após 22 anos de magistratura, aceitou o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. Entre 2019 e 2020, acumulou atritos com o chefe do Executivo. Após deixar o governo, Moro atuou na iniciativa privada. Como juiz federal, Moro ganhou notoriedade por julgar os processos da Operação Lava-Jato. As investigações levaram à prisão o ex-presidente Lula na campanha de 2018. Mas as condenações foram anuladas por tribunais superiores em Brasília.

Principais bandeiras

Combate à corrupção; erradicação da pobreza; retomada do crescimento econômico com geração de emprego e renda.

João Doria (PSDB-SP)

Nascido na capital paulista, é empresário, jornalista e o atual governador de São Paulo. Tem 67 anos. Doria ingressou na política em 2007, ao fundar o Movimento Cansei, em oposição ao governo de Lula. Aos 44 anos, filiou-se ao PSDB. Em 2016, ganhou a disputa para a prefeitura de São Paulo, em primeiro turno. No entanto, em 2018, Doria decidiu interromper o mandato municipal e concorrer a governador, cargo que ocupa atualmente. Em novembro último, foi escolhido pré-candidato do PSDB à Presidência da República. Doria se notabilizou no combate à pandemia. Foi responsável, juntamente com o Instituto Butantan, pelo desenvolvimento da CoronaVac, a primeira vacina contra a covid aplicada no Brasil. Apesar dessas ações, enfrenta alto índice de rejeição do eleitorado.

Principais bandeiras

Erradicação da fome; geração de empregos; privatização de estatais; educação de qualidade.

Ciro Gomes (PDT)

Tem 60 anos e nasceu em Pindamonhangaba (SP). Advogado e professor, iniciou a carreira política aos 18 anos, no movimento estudantil da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. Foi governador do Ceará de 1991 a 1994, ministro da Fazenda em 1994 e da Integração Nacional entre 2003 e 2006 e ocupou o cargo de secretário de Saúde do estado entre 2013 e 2015. Em 2007, foi eleito deputado federal. Concorreu à Presidência por três vezes: 1998, 2002 e 2018. É conhecido por posicionamentos contundentes. Costuma apresentar propostas polêmicas. Em 2018, defendeu a ideia “seu nome fora do SPC” para permitir a retomada da economia. Em 2021, enfrentou desgastes com petistas, que o vaiaram na Avenida Paulista.

Principais bandeiras

Redução de desigualdades; geração de empregos; reindustrialização; reforma educacional.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

Aos 45 anos, o advogado é presidente do Congresso Nacional. Nascido em Porto Velho, é formado em Direito pela PUC Minas, especialista em Direito Penal. Foi o mais jovem Conselheiro Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil, entre 2013 e 2015. Na Ordem, foi presidente da Comissão Nacional de Apoio aos Advogados em Início de Carreira, além de ex-conselheiro estadual e ex-presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-MG. Eleito deputado federal em 2014, foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, cargo exercido pela primeira vez por um deputado em primeiro mandato. Em 2018, foi eleito senador por Minas Gerais com 3.616.864 votos. Em 2021, foi eleito presidente do Congresso Nacional para o biênio 2021/22. Em novembro, filiou-se ao PSD.

Principais bandeiras

Pacificação do país, previsibilidade, estabilidade e desenvolvimento econômico e social.

André Janones (Avante-MG)

Natural de Ituiutaba (MG), é deputado federal e advogado especialista em Direito do Consumidor. Foi militante na região do triângulo mineiro e atuou como advogado em ações de saúde para famílias carentes. Ao longo de 10 anos, foi líder do movimento Por amor a Ituiutaba, que ganhou relevância nas redes sociais da região. Despontou no cenário nacional em 2018, ao atuar como liderança da greve dos caminhoneiros. No mesmo ano, foi eleito deputado federal. Nos três primeiros anos de mandato, destacou-se como um dos congressistas mais populares do país. Bateu recordes de visualizações em suas lives no Facebook e hoje conta com 12 milhões de seguidores. Aos 37 anos, é o pré-candidato mais jovem à Presidência da República.

Principais bandeiras

Renda básica, acesso à saúde universal, desenvolvimento científico e tecnológico.

Simone Tebet (MDB-MS)

Tem 51 anos, nasceu em Três Lagoas (MS), é advogada, professora e senadora da República. É a filha mais velha do ex-senador e ex-presidente do Congresso Nacional Ramez Tebet, falecido em 2006. Iniciou a
trajetória política em 2002 como deputada estadual. Foi duas vezes prefeita e uma vez vice-prefeita da cidade natal. Em 2015, elegeu-se senadora pelo Mato Grosso do Sul. Tebet é líder da Bancada Feminina no Senado e a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça na Casa. Também é a primeira mulher a liderar a bancada do MDB no Senado (2018) e a única pré-candidata à presidência da República. Tebet ganhou notoriedade, ainda, por sua atuação na CPI da Covid.

Principais bandeiras

Combate à fome e à miséria; maior ação do Estado na Saúde e na Educação; reformas estruturantes.

Luiz Felipe d’Ávila (Novo)

Nascido em São Paulo (SP), tem 58 anos. É cientista político, com mestrado em administração pública pela Harvard Kennedy School. Fundou o Centro de Liderança Pública (CLP), organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil. Desde sua fundação, em 2008, o CLP defende um Estado Democrático de Direito eficiente. É autor de livros de história e política. Dentre eles, destaca-se Os 10 Mandamentos, Do País que somos para o Brasil
que queremos. D’Ávila também tem uma carreira no mercado editorial. Foi responsável pela publicação de República e Bravo, revistas voltadas para política e cultura. É a primeira vez que D’Ávila disputa a Presidência.

Principais bandeiras

Estado eficiente; retomada do emprego e da renda; fim do patrimonialismo, do corporativismo e do clientelismo.

Aldo Rebelo (sem partido)

Nascido em Viçosa (AL), Aldo Rebelo tem 65 anos. Deputado federal por seis mandatos, foi presidente da Câmara e líder do governo Lula (PT). Rebelo também acumula experiência no Executivo. Comandou quatro ministérios: Articulação Política e Esporte no governo Lula; Ciência e Tecnologia e Defesa durante a presidência de Dilma Rousseff (PT). O político acaba de lançar um livro intitulado ‘O Quinto Movimento’ (Editora Já), que defende a retomada da ‘construção inacabada do país’, por meio das seguintes ações: valorização da democracia; redução das desigualdades econômicas, sociais e culturais, retomada do crescimento econômico no país; valorização da educação; desenvolvimento sustentável; e a valorização
das Forças Armadas.

Principais bandeiras

Retomada econômica; combate às desigualdades; valorização da democracia.

Alessandro Vieira (Cidadania)

Tem 46 anos e nasceu em Passo Fundo (RS). Advogado, atuou como delegado da polícia civil de Sergipe por duas décadas, com a prisão de vários acusados de corrupção. Vieira faz parte do movimento“Acredito”, que se descreve como “um movimento de renovação política suprapartidário e progressista, comprometido com justiça social e responsabilidade fiscal”. Votou com o governo em boa parte das pautas econômicas, mas com o tempo tornou-se um dos críticos mais rigorosos do presidente Bolsonaro. Em 2021, o senador ganhou notoriedade pela atuação na CPI da Covid. Vieira é a aposta do Cidadania para a Presidência da República, após o apresentador Luciano Huck desistir da corrida eleitoral e optar pela carreira na televisão.

Principais bandeiras

Combate à corrupção, transferência de renda de forma responsável; fortalecimento da educação.

Leo Péricles (UP)

Tem 60 anos e nasceu em Pindamonhangaba (SP). Advogado e professor, iniciou a carreira política aos 18 anos, no movimento estudantil da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. Foi governador do Ceará de 1991 a 1994, ministro da Fazenda em 1994 e da Integração Nacional entre 2003 e 2006 e ocupou o cargo de secretário de Saúde do estado entre 2013 e 2015. Em 2007, foi eleito deputado federal. Concorreu à Presidência por três vezes: 1998, 2002 e 2018. É conhecido por posicionamentos contundentes. Costuma apresentar propostas polêmicas. Em 2018, defendeu a ideia “seu nome fora do SPC” para permitir a retomada da economia. Em 2021, enfrentou desgastes com petistas, que o vaiaram na Avenida Paulista.

Principais bandeiras

Redução de desigualdades; geração de empregos; reindustrialização; reforma educacional.

Mercado volta a diminuir projeção para crescimento da economia em 2021

Edifício-sede do Banco Central no Setor Bancário Norte, em lote doado pela Prefeitura de Brasília, em outubro de 1967

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano caiu de 4,58% na semana passada para 4,51%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (27), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos. Há quatro semanas a previsão era de um crescimento de 4,78%.

Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – também diminuiu passando de 0,50% na semana passada para 0,42%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente.

A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, também variou para baixo, de 10,04% para 10,02% neste ano. É a terceira redução depois de 35 semanas consecutivas de alta da projeção.

Para 2022, a estimativa de inflação ficou em 5,03%, a mesma da semana passada. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,38% e 3%, respectivamente.

Em novembro, puxada principalmente pelo aumento de preços de combustíveis, a inflação foi de 0,95%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o indicador acumula altas de 9,26% no ano e de 10,74%, nos últimos 12 meses. A inflação acumulada em 12 meses é a maior desde novembro de 2003.

A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023, as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.

Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 9,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para a próxima reunião do órgão, em fevereiro, o Copom já sinalizou que deve elevar a Selic em mais 1,5 ponto percentual.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic seja elevada para 10,75% na primeira reunião do Copom de 2022, em linha com a sinalização do BC, e termine o ano em 11,5%. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 8% ao ano. Para 2024, a previsão é de Selic em 7% ao ano.

A expectativa do mercado para a cotação do dólar é R$ 5,63 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana também fique em R$ 5,60. Para 2023, a previsão é de que o dólar fique em R$ 5,40 e, em 2024, em R$ 5,30.

Agência Brasil

Coreia do Sul permite uso emergencial de pílula contra covid da Pfizer

A Coreia do Sul autorizou o uso emergencial do comprimido antiviral contra covid-19 da Pfizer, o primeiro do tipo a ser adotado no país, informou o Ministério da Segurança Alimentar e Farmacológica nesta segunda-feira (27).

Na semana passada, a Coreia do Sul reativou restrições de distanciamento rígidas que havia amenizado em novembro, porque uma série de novas infecções diárias recordes e casos graves sobrecarregaram os serviços médicos, apesar de um índice de vacinação de mais de 92% entre as pessoas de 18 anos ou mais.

O tratamento oral antiviral da Pfizer, batizado de Paxlovid, “deve ajudar a evitar uma deterioração grave de pacientes internados em centros de tratamento residenciais ou sendo tratados em casa” ao diversificar os tratamentos contra coronavírus para além das injeções usadas atualmente, disse o ministro da Segurança Alimentar e Farmacológica, Kim Gang-lip, em um briefing à imprensa.

O remédio será usado em adultos e crianças de 12 anos ou mais de mais de 40 quilos com sintomas entre suaves e moderados e com risco alto de desenvolver um caso grave de coronavírus devido a fatores como doenças preexistentes.

Outro tratamento oral contra o coronavírus chamado molnupiravir, desenvolvido pela MSD, solicitou uma autorização de uso emergencial no início deste mês, mas o ministério ainda está analisando o pedido por necessitar de informações adicionais sobre a eficácia do medicamento, disse Kim.

Agência Brasil

Agências bancárias funcionam para o público até quinta-feira

Fachada de Agência do Banco do Brasil.

Após o feriado de Natal, quando as agências trabalharam em horário reduzido, os bancos retomam hoje (27) o horário normal de funcionamento, das 10h até 16h. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o último dia útil para atendimento ao público, com expediente normal para a realização de todas as operações bancárias solicitadas pelos clientes, será 30 de dezembro. No dia 31, as agências bancárias não vão abrir para atendimento.

A Febraban lembra que as agências bancárias não funcionam em feriados oficiais, sejam municipais, estaduais ou federais. Dessa forma, os bancos não funcionam nos dias de Natal e de ano-novo.

Nesses casos, a Febraban orienta a população a utilizar os meios eletrônicos de atendimento bancário, como mobile e internet banking, caixas eletrônicos, banco por telefone e correspondentes para fazer transações financeiras.

Além disso, os carnês e contas de consumo (como água, energia, telefone, etc.) vencidos no feriado poderão ser pagos sem acréscimo no dia útil seguinte. Normalmente, os tributos já estão com as datas ajustadas ao calendário de feriados, sejam federais, estaduais ou municipais.

Os clientes também podem agendar os pagamentos das contas de consumo ou pagá-las nos caixas automáticos. Já os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser agendados ou pagos por meio do Débito Direto Autorizado (DDA).

Agência Brasil

Prazo para quitar o IPVA de 2020 encerra nesta sexta-feira

Está chegando o prazo final para circular com o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) de 2020 dos automóveis com placas finalizadas em 9 e 0. De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE), a última data para o pagamento é nesta sexta-feira (31). O documento, que agora é digital, fica disponível após a quitação das taxas de licenciamento, que inclui o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), taxa dos bombeiros, do licenciamento e as multas vencidas, caso existam.

Devido às restrições causadas pela pandemia, foram prorrogados os prazos de validade do calendário anual de licenciamento 2020 dos veículos usados, conforme resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e portaria 2879/2021 do Detran-PE.

O prazo para circulação com o CRLV 2020 ficou da seguinte forma:

Com a quitação do licenciamento 2020, para acessar o CRLV-E só é preciso baixar o aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT), na App Store e na Google Play, e adicionar o documento, que também pode ser compartilhado com outro usuário do veículo, que também tenha a CDT. O compartilhamento pode ser feito com até cinco pessoas ao mesmo tempo e o documento também pode ser impresso em papel A4, pelo próprio usuário. Pernambuco é o quinto estado a implantar a tecnologia do CRLV digital, que traz todas as informações do documento impresso e tem a mesma validade jurídica da versão em papel.

Multas
Só pelo site do Detran-PE (www.detran.pe.gov.br) é possível gerar os boletos de multas vencidas já com os juros e correção. Desde janeiro de 2017, em cumprimento a Lei Federal 13.281, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os valores das multas vencidas são atualizados automaticamente, no site do Detran, com os devidos acréscimos de juros de mora, para pagamento nas datas escolhidas, com a facilidade de realizar a quitação nos aplicativos de qualquer instituição bancária.

Os correntistas do Banco do Brasil (BB), têm a possibilidade de saldar os débitos por meio do aplicativo ou dos correspondentes bancários do BB, sem a necessidade de entrar no site do Detran para acessar as guias de pagamento. O contribuinte pode quitar as taxas por meio dos terminais de autoatendimento, do aplicativo ou do site do banco.

Como o foco é o pagamento digital, não é possível efetuar nos caixas bancários, mas o procedimento é simples: basta acessar o sistema bancário, entrar no canal de pagamentos sem código de barras e o campo “taxas do Detran”, informando a placa do veículo e o CPF ou CNPJ do proprietário. A partir daí é possível verificar o histórico e pendências registradas no Detran e efetuar a quitação das taxas existentes atualizadas.

Os acréscimos são baseados na taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais acumulada mensalmente. Os cálculos ocorrem a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado, como determina o artigo 284, inciso 4º da lei 13.281.

Diario de Pernambuco

Maior enxurrada dos últimos 32 anos leva Corpo de Bombeiros da Bahia a monitorar dez barragens

“O mundo está acabando aqui no Sul da Bahia e ninguém vê a gente”. O desabafo de Lorena Vicente, de 24 anos, resume o que vem acontecendo desde a véspera de Natal na região, que sofre a pior inundação dos últimos 35 naos. Dezoito pessoas morreram, 72 cidades estão em situação de emergência —37 delas ficaram submersas — e mais de 480 mil foram afetadas pelas chuvas torrenciais de alguma forma.

Destino turístico muito procurado durante o verão, o Sul da Bahia, há cerca de duas semanas, já havia registrado uma grande enchente. Neste fim de semana, duas barragens se romperam: no sábado (25), em pleno Natal, o rompimento foi em Vitória da Conquista e, no domingo (26), em Jussiape, na Chapada Diamantina.

O nível do Rio Cachoeira, um dos maiores do Sul da Bahia, subiu mais de 10 metros, e Itabuna e outras cidades do entorno foram completamente alagadas. A pressão da água sobre a ponte principal de Itabuna foi tão grande que ela ameaça desabar e foi interditada. Ontem, a água borbulhava por entre as frestas do concreto da estrutura, deixando moradores apavorados. Parentes de Lorena, que moram no bairro Gogó da Ema, um dos mais afetados, perderam tudo.

“Meus pais foram levar roupas para o meu primo, para a esposa dele e para o filhinho deles. E voltou a chover forte”, disse Lorena, moradora do bairro Monte Cristo.

No condomínio Cidadelle House, um bairro planejado de classe média entre Itabuna e Ilhéus, que abrange uma área de 378 mil metros quadrados, muitas pessoas ficaram ilhadas e, em desespero, apelavam para que a própria população os resgatasse. De barco e até de jet ski, grupos de voluntários ajudavam nos resgates. Ilhada por dez horas, Júlia Netto foi salva, no fim do domingo, em uma moto-aquática. Ela estava no segundo andar do imóvel porque o primeiro estava mergulhado em água.

“Sem palavras para agradecer aos meninos que nos tiraram daqui”, afirmou, aliviada. Morador de Itabuna, Itamar Júnior, de 24 anos, disse que estava presenciando algo inédito. De acordo com ele, até agora, a memória dos moradores mais antigos era de uma inundação em 1967: “É surreal. A ponte da cidade está irreconhecível”.

A imagem de um idoso sendo retirado de casa por voluntários num barco, com água pelo pescoço, foi compartilhada nas redes sociais com pedido de socorro. A chuva castiga a região há mais de um mês. Além dos mortos, a Defesa Civil estadual estimava, à tarde, que havia 286 feridos, 16 mil desabrigados e 19.580 desalojados.

Uma série de vistorias técnicas foram feitas nos últimos dias para verificar o estado das barragens. De acordo com o coronel Jadson Almeida, assistente do comando-geral do Corpo de Bombeiros da Bahia, a corporação monitora cerca de dez barragens do estado:

“Em alguns locais, não houve rompimento, mas a água da barragem transbordou. Então, retiramos famílias de suas residências de forma a protegê-las”, observou o comandante. “A informação que temos é que é uma situação que não ocorre há 32 anos. Eu nunca vi isso na carreira, um volume tão grande de chuva atingindo tantas cidades ao mesmo tempo”.

Os municípios mais afetados foram Itabuna, Ilhéus, Itabela, Jucuruçu, Itororó, Itamaraju, Milagres, Mutuípe, Prado, Ubatã, entre outras. Em comunicado, o governador Rui Costa informou que as regiões mais críticas eram o Sul e o Sudoeste do estado.

“Estamos mobilizando todas as nossas forças”, disse Costa, que montou uma base de apoio em Ilhéus e, durante uma reunião, acertou ajuda de pelo menos quatro estados, Maranhão, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Espírito Santo. São Paulo decidiu enviar em apoio 14 homens, entre bombeiros e homens do Comando de Aviação da Polícia Militar.

O governo estadual convocou o Conselho Nacional de Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom) para auxiliar nas tomadas de decisão. Ministro da Cidadania, João Roma sobrevoou a área e, em seu perfil no Twitter, disse que era “crucial” prestar socorro e preservar vidas sem levar em conta diferenças políticas: “Sabemos que existem posições políticas distintas, mas a população pede socorro e quem pede socorro não quer saber de onde vem ajuda”. Pelas redes sociais, as cantoras Preta Gil e Pocah pediam doações para as vítimas das enchentes.

Há duas semanas, o presidente Jair Bolsonaro chegou a fazer um sobrevoo no Sul da Bahia e prometeu verba para a reconstrução dos municípios mais afetados. As chuvas devem continuar nos próximos sete dias.

Agência O Globo