Raquel Lyra participa da 81ª Reunião Geral da Frente Nacional dos Prefeitos, em Sergipe

A Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, participou, nesta quinta-feira (25), da 81ª Reunião Geral da Frente Nacional dos Prefeitos, realizada em Aracaju (SE). O encontro entre os governantes municipais de todo o Brasil, que segue também nesta sexta-feira (26), marca o retorno das atividades presenciais. A reunião é reconhecida por ser um espaço para debates de pautas prioritárias para municípios.

Na pauta do encontro, temas como transporte público, desenvolvimento econômico, emprego e renda, saúde e desafios educacionais no pós-pandemia, entre outros. “É de extrema importância debater soluções para os municípios. Os desafios de cidades como Caruaru, de como fazer mais com menos, de como a gente conseguir entregar mais serviços para a população, precisam ser compartilhados e discutidos. Seguimos juntos trabalhando, fazendo essa construção em conjunto”, comentou a gestora, que também é vice-presidente do g100 da FNP, grupo de 112 municípios do Brasil que tem 10% da população, onde tem maior população e menor renda per capita.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 25.11.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta quinta-feira (25), 97,64% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados sete novos casos, cinco pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 113.293 dos quais 43.560 foram através do teste molecular e 69.733 pelo teste rápido, com 33.657 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 78.990.

Também já foram registrados 130.990 casos de síndrome gripal e 782 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 646 casos, 48 pessoas em isolamento domiciliar 12 internamentos.

AMTTC realiza alteração dos tempos semafóricos da BR-104

A Autarquia de Mobilidade, Trânsito e Transportes de Caruaru (AMTTC) realizou, por meio de tratativa com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), alteração dos tempos semafóricos no cruzamento da Avenida Agamenon Magalhães com a BR-104.

A autarquia reforça que também vai realizar a otimização dos conjuntos e tempos semafóricos existentes na BR-104, os que atravessam a malha viária urbana, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana, dando mais fluidez aos veículos nos viadutos.

Em Caruaru, obra da Adutora do Agreste é vistoriada

Nesta quinta-feira, após agenda do Plano Retomada nos municípios de Agrestina e Altinho, a presidente da Compesa, Manuela Marinho, aproveitou a passagem na região para vistoriar as obras de implantação do Lote 4A da Adutora do Agreste, em Caruaru. O trecho levará água para os municípios de Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e o próprio município de Caruaru.

O Governo do Estado, por meio da Compesa, deu início às obras do Lote 4A há quatro meses. Atualmente as ações estão concentradas no trecho que segue em direção à BR-232, onde será feita uma travessia por método não destrutivo por baixo da rodovia, para interligar a adutora em outra etapa da Adutora do Agreste, o Lote 1, que é responsável pelo trecho ao longo da BR 232, desde Arcoverde até Caruaru.

“As obras estão em bom ritmo no trecho de Caruaru. As equipes estão empenhadas em dar celeridade aos trabalhos para garantir o cumprimento do cronograma e entrega no prazo previsto”, pontuou a presidente da Compesa, Manuela Marinho.

OUTROS INVESTIMENTOS– Além das obras da Adutora do Agreste, a Compesa investe em outras ações no município com o objetivo de melhorar a distribuição de água para os caruaruenses. Entre as iniciativas, está em andamento a implantação de rede na Rua Severino Raimundo Sobrinho, no bairro Cedro, que atenderá a 100 moradores.

Além disso, foram finalizadas a implantação de rede de distribuição de água na Rua Antônio Barbosa Maciel, no bairro Nova Caruaru, a troca da tubulação de ferro da Rua Piauí, no bairro São Francisco, e a substituição de tubulação na Rua Roraima, no bairro Maurício de Nassau.

A Companhia também promoveu investimentos no município para o monitoramento das operações de abastecimento, com a instalação de equipamentos chamados dataloggers em oito bairros na zona urbana e em mais duas localidades da zona rural, e desenvolve o projeto de ampliação da cobertura de esgotamento sanitário na cidade.

Reajustes salariais mantêm-se abaixo da inflação em outubro, diz Fipe

Economia, Moeda Real,Dinheiro, Calculadora

O reajuste mediano dos salários nas negociações ocorridas em outubro ficou 1,8 ponto percentual abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A inflação acumulada nos últimos 12 meses, tendo outubro como referência, é 10,8%.

Os números constam no boletim Salariômetro – Mercado de Trabalho e Negociações Coletivas, divulgado mensalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Considerando os acordos coletivos, a situação é pior: o reajuste ficou 2,8 pontos percentuais atrás da inflação. Em 70,1% das negociações coletivas, o reajuste foi menor que o INPC acumulado.

Das 193 negociações coletivas levantadas, 54 foram na indústria metalúrgica, com reajuste mediano real de -4,6%. Em seguida, em número de acordos, está a construção civil, com 29 negociações e um reajuste mediano real que não repôs a inflação (0%).

Quanto aos estados, São Paulo concentrou a maior parte dos acordos, com 72 negociações, seguido por Minas Gerais (49). Nos dois casos, o reajuste mediano real ficou abaixo do INPC, -1,8% e -4,4%, respectivamente.

De acordo com a Fipe, a inflação calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficará entre 10% e 11% até maio. “Os reajustes continuarão magros no próximo ano”, assinala o boletim.

Metodologia

O acompanhamento das negociações coletivas é feito por meio de acordos e convenções registrados no Mediador do Ministério da Economia.

A Fipe coleta os dados e informações disponíveis no sistema, tabula e organiza os valores observados para 40 resultados da negociação coletiva, reunidos em acordos e convenções e também por atividade econômica e setores econômicos.

Agência Brasil

Petrobras amplia investimentos para US$ 68 bilhões nos próximos cinco anos

O Conselho de Administração da Petrobras ampliou seus investimentos para US$ 68 bilhões no Plano Estratégico para o quinquênio 2022-2026 (PE 2022-26). Nos próximos cinco anos, a companhia prevê que esses investimentos serão 24% superior ao mesmo período do plano anterior.

Segundo a Petrobras, a empresa mantém sua estratégia consistente de focar em projetos com pleno potencial de gerar recursos e contribuições para a sociedade brasileira. “Priorizamos transformar recursos em riquezas para o país ao mesmo tempo em que trilhamos o caminho sustentável para a transição energética. Ampliamos nossa previsão de investimentos para os próximos anos e fazemos isso com extrema responsabilidade e diligência na alocação dos recursos”, destaca o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.

A empresa afirmou também que no segmento de E&P, serão investidos US$ 57 bilhões entre 2022 e 2026. “Para o período está prevista a entrada em operação de 15 novas plataformas em seis campos, com mudança na estratégia de contratação de unidades afretadas por próprias em alguns dos projetos”, afirma Silva e Luna.

“Foi mantida a premissa destacada no plano passado de resiliência da carteira de investimentos do E&P, de maneira que todos os projetos considerados apresentam viabilidade econômica em cenário de preço do petróleo de US$ 35 por barril no médio e longo prazo. Esta premissa reforça o foco da Petrobras em ativos competitivos em cenários acelerados de transição. A produção de óleo e gás estimada para 2022 e 2026, respectivamente, são de 2,7 e 3,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia”, aponta a Petrobras.

Refinarias

Na área de Refino, a Petrobras investirá US$ 6,1 bilhões nos próximos cinco anos, sendo US$ 1,5 bilhão na integração entre a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e o GasLub Itaboraí, para a produção de derivados de alta qualidade e óleos básicos, a fim de aproveitar a crescente demanda do mercado de lubrificantes.

Outro projeto relevante previsto no plano é a conclusão da segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), com investimentos de US$ 1 bilhão, possibilitando a ampliação de sua produção de 115 mil para 260 mil barris por dia (bpd) em 2027. “Para a Comercialização e Logística, o investimento de US$ 1,8 bilhão se destina principalmente à continuidade operacional, focada em um ambiente cada vez mais competitivo, com destaque para os investimentos obrigatórios a serem alocados no Terminal de Santos, em função do leilão da área realizado recentemente”, comenta a Petrobras.

Gás e energia

O investimento de US$ 1 bilhão previsto para a área de Gás e Energia contempla, principalmente, conclusão da Unidade de Tratamento de Gás (UTG) Itaboraí, com previsão de entrada em operação em 2022, além de manutenções e paradas programadas dos ativos. Segundo a estatal, a visão da Petrobras, no plano aprovado, é a de “ser a melhor empresa de energia na geração de valor, com foco em óleo e gás, sustentabilidade, segurança, respeito às pessoas e ao meio ambiente”.

A inclusão da sustentabilidade na visão é refletida no investimento de US$ 2,8 bilhões para redução e mitigação de emissões, incluindo investimentos em eficiência operacional incorporados nos projetos para mitigação das emissões (escopos 1 e 2), bioprodutos (diesel renovável e bioquerosene de aviação) e pesquisa e desenvolvimento.

Hoje, a companhia atua de forma íntegra e suas decisões consolidam sua saúde financeira, assim como asseguram a sustentabilidade da empresa. “Este plano reforça a importância de uma Petrobras forte, saudável e geradora de recursos. Em 2021 são estimados mais de R$ 220 bilhões entre tributos e impostos recolhidos e dividendos pagos à União e demais entes federativos”, comenta a estatal.

“Vamos gerar cada vez mais recursos que não ficam retidos no caixa da companhia, mas retornam à sociedade sob a forma de tributos, dividendos e investimentos, com efeito multiplicador na geração de empregos e no crescimento da economia brasileira. No horizonte do plano, estão previstos pagamentos de participações governamentais, tributos e dividendos à União que representam cerca de 58% da nossa geração de caixa operacional. Isso significa que grande parte da geração de caixa das nossas operações retorna ao nosso maior acionista, que é o Estado brasileiro”, conclui o presidente da estatal, Silva e Luna.

Agência Brasil

Flávio Bolsonaro deixa o Patriota para se filiar ao PL

O filho “01” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) deve se filiar ao PL, de Valdemar Costa Neto, junto com o pai, na próxima terça-feira (30).

Eleito em 2018 pelo PSL, Flávio se filiou recentemente ao Patriota. Com a ida do pai para o PL, o senador vai participar do grupo de parlamentares que deve se filiar à sigla para acompanhar a base política do presidente. A informação foi confirmada pelo portal Antagonista.

Jair Bolsonaro confirmou ontem a chegada ao partido oficialmente. Nos últimos meses, foi muito discutido qual seria a sigla o presidente iria concorrer nas eleições de 2022. Ele chegou a flertar com o Progressistas, mas a aliança não fluiu.

O presidente é um dos agraciados com a condecoração do Mérito Legislativo 2021, em cerimônia na Câmara dos Deputados, a partir de uma indicação feita pelo deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO).

IPCA-15: prévia da inflação sobe 1,17% em novembro

Posto de combustível

A prévia da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apresentou alta de 1,17% em novembro. O resultado representa a maior variação para o mês desde 2002, quando o índice ficou em 2,08%.

No mês passado, o IPCA-15 ficou em 1,20% e em novembro de 2020, 0,81%. O acumulado do ano está em 9,57% e em 12 meses a prévia da inflação está em 10,73%, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados foram divulgado hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Todos os grupos de serviços e produtos pesquisados tiveram alta na prévia de novembro. O maior impacto individual no indicador foi da gasolina, que ficou 6,62% mais cara no mês, influenciando o resultado dos transportes, com variação de 2,89%, a maior entre os grupos pesquisados. No ano, a gasolina subiu 44,83% e em 12 meses a alta acumulada é de 48%.

O transporte por aplicativo teve alta de 16,23% na prévia de novembro, após ter subido 11,60% em outubro. Já as passagens aéreas ficaram 6,34% mais baratas, depois de subir 28,76% na prévia de setembro e 34,35% em outubro.

No grupo habitação, que subiu 1,06%, a maior contribuição foi do gás de botijão, que teve a décima oitava alta consecutiva, ficando 4,34% mais caro em novembro. O produto acumula alta de 51,05% desde junho de 2020. A energia elétrica desacelerou e subiu 0,93%, após subir 3,91% em outubro. Além do reajuste em Goiânia, Brasília e São Paulo, desde setembro está em vigor a bandeira tarifária Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

O grupo alimentação e bebidas desacelerou, com alta de 0,4% em novembro, depois de subir 1,38% em outubro. As principais altas foram do tomate (14,02%), batata-inglesa (14,13%), cebola (7%), frango em pedaços (3,07%) e queijo (2,88%). Por outro lado, houve queda no preço das carnes (-1,15%), leite longa vida (-3,97%) e frutas (-1,92%).

Em saúde e cuidados pessoais, os itens higiene pessoal (1,65%) e produtos farmacêuticos (1,13%) foram as maiores influências para a alta de 0,80% na prévia do mês. Vestuário subiu 1,59%, educação ficou estável, com alta de 0,01%, e artigos de residência ficaram 1,53% mais caros, despesas pessoais subiram 0,61% e o grupo comunicação teve alta de 0,32% na prévia de novembro.

Regiões
Segundo o IBGE, todas as áreas pesquisadas tiveram alta no IPCA-15 de novembro. A maior variação foi em Goiânia, com alta de 1,86%, puxada pelo reajuste da energia elétrica (10,93%) e pela gasolina (5,87%). A menor inflação foi medida na região metropolitana de Belém, que subiu 0,76%, com a queda de 2,05% na energia elétrica e de 9,3% no açaí.

O IPCA-15 difere do IPCA pelo período de coleta, que vai do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência, e nas regiões pesquisadas. A população-objetivo do IPCA-15 são as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

Agência Brasil

‘Tudo é Amor’: Almério lança álbum com releituras de Cazuza

Reinterpretar canções é algo especialmente difícil quando estamos falando de clássicos absolutos. Porém, o cantor pernambucano Almério aceitou o desafio ao gravar o disco Tudo é Amor – Almério canta Cazuza, que chega às plataformas digitais nesta quinta-feira (25) como uma iniciativa da produtora Parças do Bem. O álbum de homenagem ao roqueiro carioca conta com 11 faixas, entre sucessos e lados B, e participações especiais de Ney Matogrosso e da cantora Céu. Além das canções Brasil e Amor, Amor, que já haviam sido lançadas como singles ao longo do ano, o disco traz desde hits como O nosso amor a gente inventa, quanto a composição Companhia, criada por Zizi Posse em 1987 e nunca gravada por Cazuza.

O projeto surgiu da mente da produtora Ione Costa, fundadora da Parças do Bem. Desde o começo, a produtora tinha a voz de Almério em mente como principal escolha para a função, algo que tomou mais força ao descobrir a intensa relação dele com a obra de Cazuza. Durante a adolescência em Altinho, no agreste pernambucano, Almério relembra que o primeiro disco comprado por seu irmão mais velho foi uma coletânea de Cazuza, mas que eles ainda não tinham um aparelho que tocasse a mídia. “Ficamos com esse disco por dois anos só lendo os encartes e as letras. Quando conseguimos comprar um aparelho que tocasse o CD, foi catártico para mim, ouvir canções que não as do rádio”, conta Almério. As músicas de Cazuza também eram figurinhas carimbadas entre os pedidos de quando o cantor começou a tocar na noite. “Trazer Cazuza para uma nova geração através da minha voz tem um significado gigante para mim”.

A grande paixão pelo homenageado, porém, fez com que Almério se atentasse sempre para evitar que a interpretação caia em uma paródia da voz marcante do roqueiro. “Esse foi o meu maior desafio. Chegar num lugar verdadeiro e meu de interpretar as canções de Cazuza. Acho que de tanto ouví-lo, a voz dele já estava no automático para mim. Foi uma dicotomia, ao mesmo tempo em que nessa pesquisa eu tinha que estar super próximo de Cazuza, ao mesmo tempo eu tinha que estar distante”, lembra.

Com a produção musical de Pupillo e direção artística de Marcus Preto, o disco moderniza a sonoridade ao intensificar os elementos eletrônicos e dançantes. As canções ganharam também uma pernambucanidade fruto da união entre as referências do rock brasileiro dos anos 80 com a cena do manguebeat recifense. “Essa pernambucanidade tá no meu sotaque, na minha performance e jeito de existir. Além disso, trago também uma voz agreste. Essa mistura me atrai e me impulsiona muito e eu estava vestido desse manto”, explica Almério.

Tudo é Amor marca uma nova fase na carreira do cantor, após o projeto ao vivo Acaso Casa, com Mariene de Castro, que garantiu uma indicação ao Grammy Latino 2020, e o álbum Desempena (2017), que venceu como revelação no Prêmio da Música Brasileira. O prestígio adquirido o levou a novas parcerias como com a cantora Céu na faixa Eu quero ter uma bomba e ninguém mais que Ney Matogrosso para o clássico Brasil, um dos grandes hinos de protesto da MPB. “Gravar Brasil já seria bem difícil em meio a tantos registros imortais de Gal e do próprio Cazuza. Então eu precisava de uma voz que me ajudasse a cantar essa música que atravessa os tempos”, comenta Almério. “Acho que zerei a vida quando cantei com Ney”.

A alegria e energia colocadas nas canções só cedem lugar à igualmente intensa mensagem de protesto marcantes das letras de Cazuza. O Brasil sobre o qual ele cantava há 33 anos, contudo, não parece ter mudado muito. “Eu acho que regredimos totalmente, viemos parar num lugar muito feio. Escolher Brasil, Cobaias de Deus e Blues da Piedade é realmente alertar as pessoas do quanto regredimos. O Brasil é um país cheio de potencialidades, mas neste momento tem um desgoverno levantando questões óbvias que a gente não precisava estar falando sobre”, denuncia o cantor.

Apoio

Carioca apaixonada por Pernambuco, Ione viu no álbum a oportunidade de traçar um elo entre Rio e Recife. “Eu teria a oportunidade de unir todo o meu amor pelo lugar onde eu nasci ao amor pela cidade onde criei laços afetivos e de trabalho. Montei a empresa exatamente para desenvolver projetos que enalteçam Pernambuco, mas que também gerem recursos financeiros para a comunidade Entra Apulso, em Boa Viagem, na qual atuo há 15 anos”, explica Ione. Parte dos recursos gerados pelo disco irão para projetos que atuam na comunidade.

Diario de Pernambuco

Senadores temem ‘farra eleitoral’ com PEC dos Precatórios

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), concedeu, ontem, vista coletiva do parecer da PEC dos Precatórios e adiou a votação da matéria para a próxima terça-feira. A decisão, que atendeu a solicitações de vários partidos, foi tomada logo após a leitura do texto pelo relator, Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo na Casa. O conteúdo desagradou a parlamentares por “carimbar” apenas uma fatia do espaço fiscal a ser aberto no Orçamento de 2022 para o pagamento do Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família.

A folga fiscal prevista para o Orçamento do próximo ano, estimada pelo governo em R$ 106,1 bilhões, deve ser obtida, conforme a PEC, por meio de mudanças no cálculo do teto de gastos e da definição de um limite para pagamento de precatórios — dívidas da União reconhecidas pela Justiça. Em 2022, esses débitos somam R$ 89 bilhões.

Apesar de uma série de alterações feitas pelo relator, senadores demonstraram preocupação com a possibilidade de ocorrer uma “farra eleitoral” no próximo ano, já que foram carimbados apenas 60% do montante a ser liberado pela PEC. Bezerra vinculou esse percentual ao pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil; a despesas com Saúde, Previdência e assistência social; entre outras (veja quadro).

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) considera que o texto do relator está “muito aberto”. Para a parlamentar, é preciso evitar que o espaço fiscal no Orçamento possibilite “todo tipo de negociação não republicana”, sobretudo com a utilização das emendas do relator. Também conhecidas como RP9, essas emendas foram suspensas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por não terem transparência e dificultarem a fiscalização do uso do dinheiro público.

Segundo Tebet, senadores querem explicitar na PEC que o espaço fiscal criado será usado apenas para as finalidades que justificaram a proposta: o pagamento de precatórios e o Auxílio Brasil, e não para “fazer graça” em um ano eleitoral.

“Por mais esforço que (o relator) tenha feito, é insuficiente para que o governo tenha os votos necessários. O grande ponto de divergência dos senadores não foi solucionado no relatório. (Queremos) que todo o espaço fiscal criado seja exclusivamente para precatórios, pagar o Auxílio Brasil ou toda sorte de benefícios sociais”, afirmou.

Tebet apresentou quatro emendas ao parecer de Bezerra. Uma delas estabelece que qualquer aumento de recursos advindos de mudanças no teto de gastos seja destinado somente ao pagamento das transferências emergenciais de renda e de precatórios, prevenindo eventuais desvios com finalidades diversas.

Adiamento
Na reunião de ontem, os senadores acordaram um pedido coletivo de vistas, o que levou ao adiamento da votação da PEC. Mas o vice-líder do PSD no Senado, Omar Aziz (AM), afirmou, em um discurso duro, não ver condições para apreciação na semana que vem. “Não adianta querer açodar as coisas porque o governo quer”, frisou. Ele disse apoiar o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400, mas deseja saber se o valor será permanente ou “politiqueiro”. “Não iremos, açodadamente, votar absolutamente nada.”

Aziz questionou a decisão de Alcolumbre, já que a previsão era de que a semana que vem fosse dedicada à apreciação de indicações a órgãos como Supremo Tribunal Federal (STF) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Há tempo até 15 de dezembro”, destacou Aziz. “Não creio que em uma semana é possível chegar a consenso entre senadores para votar uma matéria como essa”, acrescentou.

O senador do Amazonas recebeu o apoio do líder do PDT na Casa, Weverton Rocha (MA), que defendeu a votação na comissão na semana de 7 de dezembro.

Mesmo assim, Alcolumbre manteve a votação da proposta para a terça que vem, a pedido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A bancada do PSD no Senado, a segunda maior da Casa, com 12 representantes, é uma das que manifestam insatisfação com o governo na discussão da PEC e vai agir para adiar a votação.

Após reunião entre os senadores do partido e especialistas, o líder do PSD no Senado, Nelsinho Trad (MS), afirmou que o grupo concorda em tornar o Auxílio Brasil permanente e abrir espaço para a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, mas destacou haver divergência entre os parlamentares da legenda sobre outros pontos da PEC.

O adiamento da votação na CCJ dificulta ainda mais a situação do governo, que depende da promulgação da PEC para começar a pagar o Auxílio Brasil de R$ 400 em dezembro, antes do Natal, a cerca de 17 milhões de famílias. O esforço, agora, é para que, após uma eventual aprovação na comissão, a matéria seja logo encaminhada ao plenário do Senado.

Em caso de aprovação, o texto voltará à Câmara, em razão das modificações feitas por Bezerra.

Após a leitura do relatório, o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, fez uma série de críticas ao texto. “O que a Câmara aprovou de ruim não está sendo melhorado. O teto continua a ser mudado retroativamente; na prática, é o seu fim”, disse o economista pelas redes sociais.

Salto enfatizou que “os precatórios continuam sendo limitados por uma regra que representará o calote, o que já afeta fortemente as perspectivas do mercado”. “Veja o caso dos juros precificados a 12% para o ano que vem. Com isso, a dívida está aumentando”, alertou.

Segundo o economista, “as mudanças apresentadas não melhoram o texto”. “O auxílio é carimbado na Constituição, mas fica dispensada a observação das regras de compensação da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). É um drible”, sustentou.

Correio Braziliense