Uma pesquisa da Randstad Employer Brand, voltada para a área de empregabilidade e recursos humanos, apontou que mais de 30% dos brasileiros pretendem mudar de emprego até o final de 2024, tendo como principal objetivo a ascensão financeira e a recolocação no mercado de trabalho. Embora o saldo na geração de empregos tenha sido positivo no último trimestre, o aumento no custo de vida e a falta de oportunidades para progressão de carreira tem motivado diversos profissionais a apostarem em novas possibilidades de atuação.
De acordo com a consultora de Recursos Humanos, Ruth Almeida, o processo de transição exige autoconhecimento, qualificação e atualização profissional. “Compreender quais as oportunidades que estão emergindo e as novas habilidades que estão sendo solicitadas é fundamental. Além disso, é importante que durante esse processo o trabalhador tenha de forma clara quais são as suas habilidades já consolidadas e o seu nicho de atuação, para que possa direcionar suas energias de forma eficaz”, ressalta a especialista que também é diretora da Paralaxe Consultoria.
Quando se fala em recolocação profissional, a falta de compreensão do mercado e as dificuldades de adaptação são os principais desafios que podem surgir. “Habilidades relacionadas à flexibilidade são o grande destaque. Fortalecer a adaptabilidade a novos contextos e aumentar o repertório de estratégias para lidar com frustrações, que podem ocorrer de forma intensa nesse processo de retorno, são aspectos muito necessários”, explica Ruth Almeida.
Para os recrutadores, a gestora de RH explica que é importante se atentar a experiência, uma vez que a prática já exercida por esses profissionais podem agregar em novas estratégias e processos de projeção das empresas. “Alinhados aos aspectos técnicos e comportamentais exigidos por cada organização, trabalhadores qualificados, atuantes em diferentes áreas e de diferentes faixas etárias, podem trazer um diferencial para as empresas com as habilidades adquiridas ao longo do tempo em outras funções”, finalizou.