Bolsonaro veta trechos de projeto que oferta absorventes higiênicos no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou cinco trechos do projeto de lei 4968/2019, de autoria da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), que previa a criação do Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos. A decisão foi publicada na edição desta quinta-feira (7/10) do Diário Oficial da União (DOU).

Os artigos suprimidos previam a distribuição gratuita de absorventes higiênicos, além da oferta de cuidados básicos de saúde menstrual em escolas públicas de ensino médio e de anos finais do ensino fundamental.

O texto também contemplava mulheres em situação de rua, em vulnerabilidade social extrema, presidiárias e menores em cumprimento de medida socioeducativa. No total, 5,6 milhões de pessoas seriam beneficiadas.

A justificativa apresentada pelo mandatário para restringir o PL, aprovado no Congresso Nacional em 14 de setembro, foi de que o ‘a proposição legislativa contraria o interesse público, uma vez que não há compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino’.

Bolsonaro apontou ainda que o PL “não indica a fonte de custeio ou medida compensatória”, e que “o dispositivo não abarca os usuários do SUS de forma ampla ou relaciona a sua distribuição às ações ou serviços de saúde”, o que, para o governo restringe as beneficiárias.

Pobreza Menstrual
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) publicados em maio mostram que mais de 4 milhões de mulheres vivem sem acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Mais de 700 mil meninas não têm banheiro ou chuveiro em casa.

A pobreza menstrual, como é chamada a dificuldade de aquisição de recursos de higiene, infraestrutura e conhecimentos sobre a menstruação, afeta o desempenho escolar das estudantes brasileiras. Segundo a ONU, uma em cada quatro jovens deixam de ir ao colégio durante o período menstrual por falta de absorventes, média 2,5 vezes superior à mundial. Com isso, as jovens perdem cerca de 45 dias de aula por ano letivo.

Estado de Minas

Declarações do Imposto de Renda na malha fina chegam a 869,3 mil

Após o fim do pagamento das restituições do Imposto de Renda 2021, um total de 869.302 declarações do Imposto de Renda caíram na malha fina, divulgou hoje (6) a Receita Federal. O número equivale a 2,4% das 36.868.780 declarações enviadas de março a setembro.

Das declarações retidas, 666.647 têm imposto a restituir, representando 76,7% do total incluído na malha fina. Outras 181.992 (20,9%) têm imposto a pagar e 20.663 (2,4%) estão com saldo zero (nem a pagar nem a restituir).

Segundo a Receita, a omissão de rendimentos foi o principal motivo para as declarações serem retidas, o equivalente a 41,4% dos casos. Entre os rendimentos não informados, estão salários, ações judiciais e rendimento de aluguel. Em segundo lugar, com 30,9%, estão problemas de dedução, como gastos médicos, contribuições para a previdência oficial ou previdência privada e pagamento de pensão alimentícia.

Divergências entre os valores de Imposto de Renda retidos na fonte e declarado pela pessoa física, além de outros itens relacionados a declaração, representam 20% das retenções. Outros 7,7% são motivados por deduções do imposto devido, recebimento de rendimentos acumulados e divergência de informação sobre pagamento de carnê-leão ou imposto complementar.

Retificação
A Receita aconselha os contribuintes incluídos na malha fina a conferir o extrato, para verificar a pendência, e retificar a declaração. O extrato pode ser conferido no Centro de Atendimento Virtual (e-CAC) da Receita Federal. Para ter acesso ao site, o contribuinte deve informar o número do CPF/CNPJ, ou certificado digital (se tiver um), ou login no Portal Gov.br além do código de acesso e da senha.

Ao entrar no e-CAC, o contribuinte deve clicar no link “Meu Imposto de Renda”, no lado esquerdo da tela. Em seguida, aparece uma linha do tempo com as últimas declarações entregues. Basta verificar a declaração de 2021 para conferir se o documento caiu na malha fina e o motivo da pendência.

O contribuinte tem então três opções para resolver o problema. Uma delas é fazer a correção por meio de uma declaração retificadora, sem multa ou penalidade. A declaração será processada e voltará para a fila de restituições, sendo paga no lote residual seguinte.

Caso o contribuinte seja intimado ou notificado pela Receita Federal, não será mais possível retificar a declaração. Nesse caso, é possível apresentar, de forma virtual, todos os comprovantes e documentos que atestam os valores declarados e apontados como pendência.

O Processo Digital para a Malha Fiscal deve ser aberto no site do e-CAC. Basta o contribuinte entrar no espaço “Onde encontro” e consultar o campo “Malha Fiscal – Atendimento”. Caso não queira enviar os documentos com antecedência, o contribuinte pode aguardar comunicado da Receita com o detalhamento dos documentos que precisam ser apresentados e um prazo de entrega.

Cesta básica tem alta em 11 capitais, segundo o Dieese

O custo da cesta básica registrou aumento em setembro na comparação com agosto em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o levantamento divulgado hoje (6), as maiores altas foram em Brasília (3,88%) Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%).

Em relação a setembro de 2020, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as cidades pesquisadas. A elevação dos valores chega a 38,56%, em Brasília, 28%, em Campo Grande, 21,62%, em Porto Alegre, e 19,54%, em São Paulo.

A capital paulista tem a cesta básica mais cara do país, custando R$ 673,45. Em Porto Alegre, o conjunto de alimentos ficou em R$ 672,39, e, em Florianópolis, R$ 662,85. As cestas mais baratas estão na Região Nordeste: Aracaju (R$ 454,03), João Pessoa (R$ 476,63) e Salvador (R$ 478,86).

Em João Pessoa, o custo do conjunto de alimentos teve queda de 2,91% e, em Natal, de 2,9%, ficando em R$ 493,29.

Entre os itens que puxaram as altas, está o açúcar, que teve aumento de preço, em setembro, em todas as capitais, sendo que as maiores altas foram em Belo Horizonte (11,96%), Vitória (11%), Brasília (9,58%) e Goiânia (9,15%). Segundo o Dieese, a falta de chuvas afetou a produção de cana-de-açúcar, reduzindo a oferta do produto.

O café subiu em 16 das 17 cidades pesquisadas, com as maiores elevações de preço em Goiânia (15,69%), Campo Grande (14,79%), Brasília (10,03%) e Natal (9%). O preço do produto tem aumentado devido a alta do dólar, favorecendo as exportações, e o clima desfavorável, com a geada ocorrida em julho.

O óleo de soja teve alta em 15 capitais em setembro na comparação com agosto. A maior elevação foi registrada em Campo Grande (3,4%). De acordo com o Dieese, o aumento está relacionado com crescimento das exportações, especialmente para a China, devido aos problemas de escoamento da produção dos Estados Unidos.

Agência Brasil

Inflação pesa e vendas do varejo despencam no mês de agosto

O brasileiro tem feito um verdadeiro malabarismo com as contas para tentar driblar a carestia em praticamente todos os itens de consumo, duráveis e não duráveis, devido à alta inflação. A mais recente Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é uma prova disso. Os dados referentes a agosto mostram que, da mesma forma que a produção industrial recuou 0,7% no mês, ante julho, o volume de vendas do comércio varejista no país despencou 3,1%.

De acordo com o IBGE, seis dos oito setores pesquisados tiveram taxas negativas, com destaque para a retração de 16% verificada em “outros artigos de uso pessoal e doméstico”, setor que engloba as grandes lojas de departamentos. O recuo significativo nesse segmento veio após alta de 19% em julho.

O economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes, explica que a queda nas vendas em lojas de departamento não chama muito a atenção, uma vez que, no mês anterior, a alta foi expressiva. Já quedas em outros segmentos, especialmente aqueles que vendem itens essenciais, mostram que a inflação tornou-se uma ameaça ao setor. “A inflação, de fato, está se constituindo em um obstáculo para o comércio. Está se tornando um estrago para o crescimento das vendas”, ressaltou Bentes.

Um desses itens essenciais são os alimentos que, com energia elétrica e combustíveis, formam a tríade de vilões da inflação. Para Bentes, a queda das vendas em supermercados, por exemplo, embora não tenha sido tão expressiva em agosto, já vem de três recuos, o que causa preocupação. “Se você olhar os dados, verá que a inflação de alimentos têm subido mais que a inflação em geral. Para o comércio, isso é ruim, porque esse é o principal segmento do varejo brasileiro”, explicou o economista da CNC.

Leonardo Carvalho, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), avalia que a queda expressiva nas vendas de varejo em agosto reflete, também, a taxa ainda baixa de ocupação da população, se comparada ao período pré-pandemia. O nível de renda das famílias também está abaixo do que se verificava antes da crise sanitária. Para completar, os preços não colaboram. “A inflação tem atuado em itens que são muito importantes para definir orçamentos das famílias, principalmente as de mais baixa renda, como alimentos, energia elétrica, combustível, que têm apresentado aceleração maior que os demais itens”, pontuou Carvalho.

Consumo
O gerente da PMC, Cristiano Santos, afirma que a receita nominal de hiper e supermercados, que registrou variação quase zero (0,3%), e a queda de 0,7% em combustíveis demonstram diminuição nos gastos das famílias na passagem de julho para agosto. “Hiper e supermercados, assim como combustíveis e lubrificantes, vêm sendo impactados pela escalada da inflação nos últimos meses, o que diminui o ímpeto de consumo das famílias e empresas”, avaliou Cristiano Santos.

Apesar do recuo em agosto, o varejo está 2,2% acima do período pré-pandemia, mas esse nível, porém, não é homogêneo entre os setores, explicou Santos. “Há atividades que ainda não recuperaram as perdas, como materiais para escritório, informática e comunicação; combustíveis e lubrificantes e tecidos; e vestuário e calçados”, observou.

Mesmo com dois recuos consecutivos, em julho e agosto, o setor varejista acumula alta de 5,1% no ano e crescimento de 5% nos últimos 12 meses, segundo a pesquisa. “Foi um setor que sofreu bastante no início da pandemia, mas se reinventou com a reformulação das suas estratégias de vendas pela internet”, diz nota técnica do IBGE.

Para Bentes, o volta da circulação de pessoas ao nível pré-pandemia conseguirá manter o comércio vivo, ainda que a passos lentos, uma vez que a alta inflação não tem solução a curto prazo. “O cenário de inflação não vai se resolver este ano, pois é influenciado por fatos complexos, como a alta de energia elétrica e dos combustíveis e a forte demanda por petróleo, problemas que não são solucionáveis a curto prazo. Ainda assim, as vendas devem crescer, mas em ritmo mais lento. Isso porque a circulação deve se igualar ao nível pré- pandemia. Agora, a alta dos juros e a inflação elevada manterão o freio de mão puxado”, explicou.

Montadoras: pior setembro em 16 anos
A escassez de componentes parece não ter prazo para terminar e vem causando impactos significativos na produção de veículos automotores. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revisou as projeções para baixo, pela segunda vez no ano, após o setor registrar, em setembro, o pior mês para a indústria automotiva em 16 anos.

Segundo a entidade, foram fabricadas 173,3 mil unidades no mês passado, o que representa uma alta de 5,6% em relação a agosto. Na comparação com o mesmo período de 2020, a produção de carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões caiu 21,3%.

Cenários
A Anfavea projeta dois cenários possíveis para o futuro. No primeiro, o fornecimento de semicondutores se regulariza, o que resultaria na fabricação de mais de meio milhão de veículos até dezembro, fechando o ano com 2,2 milhões de unidades produzidas, uma alta de 10% em relação a 2020. No segundo, e mais provável, a crise de componentes se estende pelo quarto trimestre, e a produção seria de 100 mil veículos a menos. Ainda assim, haveria crescimento de 6% na comparação com o ano passado, quando o setor, um dos mais afetados pela pandemia, registrou as piores quedas.

Em ambos os casos, o volume seria bem inferior aos 2,46 milhões de veículos leves e pesados estimados pela entidade nas projeções de julho deste ano, o que representaria uma alta de 22% sobre 2020.

“Há muitos veículos incompletos, que ainda não foram incluídos no estoque. Por isso trabalhamos com dois cenários, com média entre 160 mil e 190 mil unidades produzidas por mês”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.

Na avaliação de Moraes, somente no próximo ano será possível ter ideia de qual será a situação do mercado, mas apenas a resolução da escassez de componentes não resolverá a situação do setor, que enfrentará outros desafios que devem manter os custos de produção em alta. “Quando resolvermos o problema da oferta, poderemos enfrentar demanda limitada por conta do desemprego ainda alto e, mesmo com a retomada econômica após a pandemia, teremos alta de juros que pode significar menos vendas”, explicou.

Correio Braziliense

IEL seleciona candidatos para vaga de estágio em Engenharia de Produção

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) está selecionando candidatos para oportunidade de estágio na área de Engenharia de Produção. Para participar da seleção, é necessário estar cursando a partir do 8º período da graduação e residir na cidade de Gravatá ou nas proximidades. A vaga também exige que o candidato tenha disponibilidade para exercer a função das 7h30 às 13h30, de segunda a sexta-feira. A remuneração oferecida é de R$600+ r$100 de auxílio transporte. Os interessados podem encaminhar seus currículos por e-mail para: caruaru@ielpe.org.br, colocando no assunto “Engenharia de Produção/ Gravatá”.

Fotografias de Taquaritinga do Norte estão em exposição na cidade de São Paulo

Imagens da Terra do Café estão em exposição na linha 5-Lilás no metrô da maior cidade do País, São Paulo. A exposição intitulada: “A Rota da Aventura e Ecologia” é do fotografo Evaldo Parreira, que mostra através de suas lentes as formas singulares, as belezas e diversidade de algumas cidades da região agreste.

A exposição faz parte da proposta da ViaMobilidade, que busca oferecer cultura e entretenimento às pessoas que transitam diariamente pelos vagões do metrô nas Estações Borba Gato, Largo Treze e Adolfo Pinheiro, todas na linha Lilás, que compreende o trecho entre as Estações Capão Redondo e Chácara Klabin, cujo trajeto possui vinte quilômetros de extensão.

Além de imagens de Taquaritinga do Norte, a exposição também conta com fotografias de mais quatro municípios: Brejo da Madre de Deus, Jataúba e Santa Cruz do Capibaribe, todos do agreste central e setentrional de Pernambuco.

“Gosto muito de clicar destinos turísticos do nosso País voltados para a preservação das tradições culturais e principalmente do Nordeste. Nesta exposição pude unir registros como pinturas rupestres, artesanato local e vista da serras”, destacou Evaldo
Até novembro, a exposição passará pelas estações Largo Treze e Adolfo Pinheiro.

“Prestamos todo apoio na produção dessas fotos da nossa cidade. Evaldo é um grande profissional e temos lindas paisagens, ecossistemas e uma cultura fortíssima que precisa ser mostrada para o mundo. A exposição em São Paulo já é sucesso e nossa cidade faz parte disso”, destacou o Secretário de Turismo, Léo Lima.

União Brasil: fusão entre DEM e PSL reúne maior bancada da direta em 20 anos

Reunidos em convenção simultânea ontem, o Democratas e o PSL aprovaram a fusão das legendas que dará origem ao maior partido do país, o União Brasil. A legenda será presidida pelo atual presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE). Já ACM Neto, que comanda o DEM, passará a ser o secretário-geral, segundo nome mais importante da legenda. A nova agremiação nasce capilarizada: somadas, detêm 545 prefeituras, cinco governos estaduais, oito senadores, 82 deputados federais, três pré-candidatos à Presidência da República e fundos eleitoral e partidário milionários.

Pela disposição do encontro conjunto de ontem, a ideia do União Brasil é ter um postulante ao Palácio do Planalto, em 2022, consolidando-se como terceira via. Isso, aliás, foi deixado claro por ACM Neto, que não acredita na ida de Pacheco para o PSD, conforme se especula pelas movimentações do presidente pessedista Gilberto Kassab.

“Nunca ouvi nenhuma palavra sugerindo uma saída dele do Democratas. Acho que, com a criação do União Brasil, isso amplia o vínculo e o laço não só dele como de tantas outras lideranças”, afirmou.
Será a primeira vez, em 20 anos, que a direita reúne tantos parlamentares em uma única agremiação. A última vez foi no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, quando o PFL (atual DEM) elegeu 105 representantes. Segundo políticos a par da fusão, o líder da bancada na Câmara deverá ser o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), que conduziu as articulações para definir a união das siglas nos estados e é aliado próximo de ACM Neto.

Tanto Bivar quanto ACM Neto se esquivaram de projetar o futuro — disseram que até que ser obtido o aval para a fusão Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tudo continua como está e que a permissão da nova legenda saia até fevereiro, antes da abertura da janela partidária para as eleições de 2022. “Vamos agora decidir a política nacional não só no Congresso Nacional, mas em todos os estados do país”, disse o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO), ao discursar na reunião do partido.

Estrago menor
Em relação aos bolsonaristas que integram os dois partidos, o estrago pelas saídas que já são esperadas tem tudo para ser menor do que o projetado inicialmente. Indicação disso foi o isolamento do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, derrotado na convenção por ter votado contra a fusão e por não conseguiu manter o União Brasil atrelado ao governo federal. O líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), disse que a saída de parlamentares do PSL mais alinhados ao governo é esperada e que não vê uma debandada.

“Vi poucas defecções. O Onyx votou contra, mas fica e quer o controle do partido no Rio Grande do Sul. Eu desconheço as saídas. São realmente muito poucos do Democratas. Os do PSL já estavam precificados, era algo que já estava anunciado”, afirmou.

Segundo ACM Neto, existe, hoje, a necessidade de reduzir o número dos partidos do país. “A miríade que temos hoje confunde o eleitor, favorece o fisiologismo, dificulta enormemente a construção de consensos direcionados pelo interesse nacional. E finalmente mina a confiança dos brasileiros na política brasileira e na própria democracia”, destacou.

O poder de fogo do União Brasil
» Prefeituras – 458 do DEM e 87 do PSL
» Governos estaduais – Dois do DEM e três do PSL
» Bancada no Senado – seis senadores do DEM e dois do PSL
» Bancada na Câmara – 28 deputados federais do DEM e 54 do PSL
» Pré-candidatos à Presidência da República – senador Rodrigo Pacheco (MG) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta pelo DEM, e o apresentador de tevê José Luiz Datena pelo PSL

Correio Braziliense

Deputado critica atropelo nos prazos para votação da PEC dos Precatórios

O líder do PSB na Câmara, deputado Danilo Cabral (PE), criticou a pressa no rito dos trabalhos da Comissão Especial que trata da PEC dos Precatórios (nº 23/2021). Desde que a Comissão foi instalada, a Câmara abriu sessões nas segundas e sextas-feiras, com duração de cinco minutos, para contar o prazo regimental de dez sessões no Plenário e permitir a votação do relatório no colegiado. Está previsto para amanhã (7) a votação do relatório na comissão especial que analisa a proposta.

“Precisamos discutir o texto com mais profundidade na Casa e perante a sociedade brasileira. No entendimento do PSB, a PEC representa um calote no conjunto de direitos que foram reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não só a entes da federação e empresas, mas, sobretudo, a cidadãos”, disse Danilo Cabral.

A Comissão foi instalada no dia 22 de setembro e, nesta quarta-feira (6), é o último dia para a apresentação de emendas. O relatório já pode ser votado no colegiado a partir de amanhã. A rapidez nos prazos prejudica a aprovação de requerimentos para a realização de novas audiências públicas com o intuito de aprofundar o debate, além de dificultar o trabalho dos parlamentares na busca por assinaturas para emendas ao texto.

Os precatórios são dívidas da União com pessoas físicas, jurídicas, estados e municípios, reconhecidas em decisões judiciais definitivas e que devem ser pagas pelo governo com previsão anual no Orçamento.

Com o argumento de que as dívidas subiram acima da inflação nos últimos anos, o governo federal tenta emplacar no Congresso a PEC dos Precatórios para parcelar os valores superiores a R$ 66 milhões, além do parcelamento de precatórios que, somados, têm o total superior a 2,6% da receita corrente líquida da União. Os parcelamentos serão feitos no decorrer de nove anos, com uma entrada de 15% à vista. Essa flexibilização terá o impacto de R$ 89,9 bilhões em dívidas judiciais para 2022.

Blog da Folha

Com receita de R$ 45 bilhões, Alepe dá início à tramitação da lei orçamentária do Estado

O projeto da Lei Orçamentária Anual para 2022 do Governo do Estado chegou às mãos do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros, essa semana. O chefe do Parlamento estadual já colocou a matéria em tramitação a partir desta quarta-feira (6/10). A proposta prevê uma receita de R$ 45 bilhões para o próximo ano. A Alepe também passa a apreciar o projeto que revisa o Plano Plurianual 2020-2023 para o exercício de 22.

Com a publicação no Diário Oficial, o projeto 2.719/2021 será acolhido pela Comissão de Finanças, onde haverá a distribuição dos relatores e a divulgação do calendário para que os deputados estaduais possam apresentas suas emendas parlamentares.

Para o presidente Eriberto Medeiros, a Assembleia Legislativa tem a oportunidade de contribuir para aperfeiçoar o orçamento, a partir da escuta das necessidades da população, dos servidores públicos, do setor produtivo e dos segmentos da sociedade civil. “É uma etapa muito minuciosa, onde os deputados e deputadas entram para somar, levando para a pauta do Governo do Estado, as demandas mais urgentes dos pernambucanos”, afirmou o deputado.

Entre as informações presentes na proposta, estima-se um crescimento de 58,8% na arrecadação de operações crédito, decorrente da melhora do índice da Capacidade de Pagamento (Capag) do Estado, que poderá contar com o aval da União para contrair empréstimos. “Após o momento de restrição que vivenciamos, acredito que o pernambucano pode olhar para o futuro com mais otimismo e esperança”, alega.

Também merece destaque a elevação da projeção de gastos com a Educação, alcançando um incremento real de 17,4% em relação à LOA 2021 (foi de R$ 4 bilhões em 2021 para R$ 4,7 bilhões em 2022, em termos reais).

No projeto que revisa o PPA 2020-2023, são feitas avaliações do plano considerando as mudanças ocorridas nos cenários social, econômico, político e financeiro do Estado. O Poder Público tem a oportunidade de atualizar e aperfeiçoar a programação já definida pelos órgãos do Poder Executivo e dos Outros Poderes.

Blog da Folha

Para viabilizar Ciro Gomes, PDT vai dialogar do PSB até a União Brasil

Em busca de viabilizar a pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes à Presidência da República, o PDT aposta no diálogo com um amplo leque de forças políticas. O pedetista tenta se cacifar como uma terceira via posicionada mais ao centro do campo ideológico e, para isso, sonha em formar uma frente ampla de apoios. Enquanto almeja esse projeto, a legenda vê o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avançar no diálogo com partidos de esquerda. Uma das legendas mais cobiçadas do âmbito progressista, o PSB deu passos significativos em direção ao cacique petista, mas isso não desanimou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. Na semana passada, ele se reuniu com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e mantém as portas abertas para o aliado. “Sempre estivemos esperançosos com a aliança. Sou brasileiro e não desisto nunca”, brincou Lupi. O dirigente avalia que as definições de alianças somente serão concretizadas no próximo ano e que, até lá, todas as tratativas são válidas. Paralelamente, os pedetistas também vão investir nas tratativas com o União Brasil, o superpartido criado pela fusão entre DEM e PSL. O PDT estava apostando em conversas com o presidente nacional democrata, ACM Neto. Com a nova legenda, as tratativas terão que ter um novo direcionamento. “Estamos aguardando a nova configuração do partido. Vamos ver a nova direção da legenda para retomar o diálogo”, aposta Lupi. O novo presidente do União Brasil será o deputado Luciano Bivar, com quem o presidente nacional do PDT afirma ter uma boa relação. As tratativas também impactam no cenário pernambucano. Isso porque PSB e União Brasil têm projetos opostos no Estado. Os socialistas querem indicar o sucessor do governador Paulo Câmara (PSB) e a nova legenda tem o projeto majoritário do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. As portas estão abertas para ambos e não há dúvidas que o cenário nacional será decisivo para o posicionamento da legenda no Estado.

Superpartido quer protagonismo
No ato que oficializou a criação do partido União Brasil, os discursos do presidente do PSL, Luciano Bivar, e do DEM. ACM Neto, sinalizaram que a nova sigla quer ficar longe da polarização entre PT e Bolsonaro e ter protagonismo no cenário nacional. 

espaço > O ex-ministro Mendonça Filho (DEM) não vai ficar com a presidência do União Brasil em Pernambuco, mas terá destaque na Executiva Nacional da sigla. Será um dos vice-presidentes da legenda e presidirá a Fundação Índigo. No Estado, Luciano Bivar  indicará o novo comandante da sigla.

quem paga a conta > A proposta de alteração do ICMS desagradou gestores brasileiros. O presidente da Amupe, José Patriota, alerta que a alta dos combustíveis não pode ser jogada somente no colo dos prefeitos e governadores, que vão sofrer com a queda de arrecadação do imposto. “O que está subindo é o preço base por conta da política de preços da Petrobras”, critica.

prejuízo dos pequenos > O prefeito afirma que os pequenos municípios são os que mais devem sofrer com a queda de arrecadação. Ele lembra que o Governo Eduardo Campos promoveu uma mudança na distribuição do ICMS para beneficiar pequenos municípios, que vão acabar sendo penalizados.

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