Ministro diz confiar na aprovação das reformas administrativa e do IR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, ontem (24), que confia em que o Congresso Nacional aprove, em breve, a proposta de Reforma Administrativa que o governo federal enviou ao Parlamento em setembro de 2020.

“Eu acredito. O presidente da Câmara, [o deputado federal] Arthur Lira [PP-AL], está comprometido com isto. O presidente da República [Jair Bolsonaro] também sempre apoiou as reformas […] E queremos que o presidente do Senado [Rodrigo Pacheco – PSD/MG], pois se ele não avançar com as reformas, como vai defender a própria candidatura à Presidência da República. Ele precisa nos ajudar com as reformas, não pode fazer militância. E tenho certeza de que ele não fará. Conversamos na semana passada e ele falou que temos que avançar com as reformas”, disse o ministro a jornalistas.

Guedes, que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro ao Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília, voltou a afirmar a jornalistas que a aprovação da proposta que altera as regras do serviço público civil nos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), incluindo a questão da estabilidade dos futuros funcionários públicos, resultaria em uma economia de R$ 300 bilhões para os cofres públicos no espaço de dez anos.

Segundo o ministro, a quantia economizada permitiria ao governo federal compensar, desde já, parte dos R$ 30 bilhões necessários para elevar, temporariamente, para R$ 400 o valor médio pago aos beneficiários do Bolsa Família (programa assistencial cujo nome o governo pretende substituir para Auxílio Brasil). A proposta do governo também prevê ampliar o número de beneficiários dos atuais 14,7 milhões para cerca de 17 milhões.

“Conseguiremos ajudar os mais frágeis fazendo as reformas”, pontuou Guedes, referindo-se também à proposta de reforma do Imposto de Renda, cujo texto já aprovado pela Câmara dos Deputados vem enfrentando forte rejeição no Senado.

“Se fizermos uma reforma administrativa que nos dê R$ 300 bilhões, não há problema darmos R$ 30 bilhões para os mais vulneráveis. E se avançarmos na questão do imposto de renda, que tributa justamente quem ganha R$ 300 bilhões com juros e dividendos, poderemos ajudar os mais frágeis […] dentro do teto do limite de gastos”, acrescentou o ministro, referindo-se à obrigatoriedade legal do governo não elevar seus gastos anuais acima do percentual da inflação do ano anterior.

“Todos sabem que eu defendo o Teto. O Teto é uma bandeira nossa de austeridade”, comentou o ministro, reconhecendo a necessidade do governo “flexibilizar um pouco a política fiscal para atender a área social” em meio à crise econômica.

“O presidente precisa enfrentar o problema da miséria que se agudizou durante a pandemia. E, para isso, ele precisa de R$ 30 bilhões para dar R$ 100 a mais para o Bolsa Família [totalizando R$ 400]. Todos sabem que já tínhamos previsto [conceder] R$ 300 [de auxílio], ficando dentro do teto. Só que o Senado não avançou com as reformas, não nos deu fontes [de recursos]. Então, a [ala] política pressiona o presidente. É preciso entender que o teto é um símbolo do nosso compromisso com as gerações futuras, mas se perguntássemos às gerações futuras se deveríamos deixar 17 milhões de famílias brasileiras passando fome, elas vão dizer que não. Vão dizer para fazermos outros sacrifícios”, reafirmou o ministro, favorável à reformulação das regras de aplicação do teto de gastos.

“A reformulação é tecnicamente correta para sincronizarmos a periodicidade das despesas com o [limite do] teto, que, hoje, estão descasadas”, finalizou Guedes.

Covid-19: Brasil registra 6,2 mil novos casos e 187 óbitos

Álcool gel

O Brasil registrou neste domingo 6.204 novos casos de covid-19. No total, 21.729.763 pessoas já foram contaminadas no país, segundo revela a atualização do Ministério da Saúde publicada na tarde do domingo (24).

O boletim epidemiológico mostra que 187 novos óbitos em decorrência da doença foram confirmados. Outras 3.048 mortes estão em investigação. Segundo aponta o boletim, 76 pessoas morreram em decorrência da síndrome respiratória aguda grave (Srag) nos últimos 3 dias.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra a evolução dos números da pandemia de covid-19.
Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra a evolução dos números da pandemia de covid-19. – Ministério da Saúde

 

Cerca de 1% dos contaminados – 216.895 casos – segue em observação médica, seja em hospitais ou em isolamento doméstico. A taxa de recuperação da covid-19 permanece no ápice desde o início da pandemia: 96,2% – 20,9 milhões de pessoas.

Estados

Segundo a Saúde, Mato Grosso não atualizou os números da pandemia desde o dia 22. Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Tocantins não atualizam os dados desde ontem (23).

São Paulo segue em primeiro, tanto em casos quanto em mortes. O estado contabiliza 4,39 milhões de casos e 151.544 óbitos. Mesmo desatualizada, a tabela do Rio de Janeiro indica que o estado permanece em segundo lugar nos óbitos, com 1,31 milhões de diagnósticos positivos e 67.997 óbitos – número que deve acumular 2 dias amanhã com a divulgação de um novo boletim. Minas Gerais segue em terceiro, com 55.401 óbitos e 2,17 milhões de casos.

Vacinação

Segundo mostra o painel nacional de vacinação, 271.727.874 doses de vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já foram aplicadas na população. Destas, 153.198.420 são referentes à primeira dose, enquanto 118.529.454 são relativas à segunda dose ou dose única. O painel mostra que foram aplicadas 921 mil doses nas últimas 24 horas.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 24.10.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até este domingo (24), 97,67% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados quatro novos casos, 12 pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 111.265 dos quais 42.718 foram através do teste molecular e 68.547 pelo teste rápido, com 33.332 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 77.312.

Também já foram registrados 128.158 casos de síndrome gripal e 748 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 611 casos, 60 pessoas em isolamento domiciliar e 13 internamentos.

‘O Brasil será entregue arrasado’, afirma Doria sobre resultado da gestão de Bolsonaro

O governador de São Paulo, João Doria, fala à imprensa, após encontro com o presidente em exercício , General Hamilton Mourão

A poucas semanas da prévia que definirá o candidato do PSDB à Presidência da República, o governador de São Paulo, João Doria, acredita que a disputa com o colega Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e o ex-senador Arthur Virgílio fortalece a legenda e a democracia. Ele está convencido de que o nome da terceira via será um tucano. Confia, também, na maturidade dos líderes de outras legendas para chegar a um consenso em torno de um candidato em condições de vencer a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro.

Aberto ao diálogo em relação a futuras alianças, Doria é implacável quando se refere ao presidente da República. Considera o governo atual “um desastre completo”, e não apenas pela conduta ante a pandemia. A crise aguda na política econômica, com a confirmação do rompimento do teto de gastos e o encolhimento de Paulo Guedes, resultará em um quadro devastador para o próximo ocupante do Planalto. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Correio, na última sexta-feira.

O partido sairá unido das prévias?
Estamos a menos de 30 das prévias do PSDB. Em 21 de novembro, 1,4 milhão de filiados votarão no candidato que desejam para concorrer à Presidência da República. E estamos a um ano das eleições. Há cinco semanas, não se falava da terceira via do PSDB. Foi o início das prévias do PSDB que colocou o partido dentro do debate sucessório. O valor da prévia é esse. Prévias somam, agregam, promovem e legitimam candidaturas.

Eduardo Leite tem dito que não emprestou o nome dele a Bolsonaro. Como enxerga as diferenças de cada um dos pré-candidatos tucanos em relação ao presidente?
Minha posição é muito clara. Sou oposição ao governo Bolsonaro, e praticamente desde o início. Não me tornei opositor ao governo depois da crise da pandemia. Aliás, foi o maior desastre da história do país o comportamento de um presidente negacionista, que comprou cloroquina e não vacina, que disse que a pandemia era uma “gripezinha”. Negou a gravidade e nega até hoje. Nem se vacinou. Que tipo de exemplo um homem desses dá, que pretende ser o líder do Brasil, que não se vacina, que é contra a vacina, não usa a máscara, tira a máscara de criancinhas? A minha posição é absolutamente contrária a esse governo, que é um fracasso em tudo.

Mas há, no PSDB, uma discussão sobre os erros que teriam sido cometidos em 2018.
É o momento de olhar para frente. Temos que focar nas soluções dos problemas e não na análise do passado. A solução para o desemprego é a ação efetiva do governo federal e de governos estaduais na geração de trabalho. O que vai resolver ficar no errou aqui, errou acolá? Temos que buscar a sintonia das soluções democráticas e por políticas públicas na educação, na saúde, na habitação, no emprego, na proteção ambiental, na reinserção do Brasil no contexto internacional, no respeito à imprensa.

Qual a saída para financiar o Auxílio Brasil e pagar os precatórios?
Diminuir o tamanho do Estado. Fazer a lição de casa, algo que o governo federal não fez. Diminuir o Estado para ter mais recursos para investimento no social. Faça a lição de casa, presidente Bolsonaro. Faça aquilo que prometeu. Reduza o tamanho do Estado, venda estatais. A irresponsabilidade fiscal é tamanha que secretários da Economia pediram demissão, por não confiar em Paulo Guedes por entender que só há um comando nesse governo, o da incompetência de Jair Bolsonaro.

O senhor é a favor da privatização da Petrobras?
Sou a favor da privatização, não para fazer do monopólio público um monopólio privado, e sim uma modelagem que permita à Petrobras ser dividida em várias empresas e ser colocada em leilão internacional na Bolsa de Valores do Brasil. É o mesmo modelo que os Estados Unidos seguiram. Além de uma empresa dividida, defendo a obrigatoriedade da formação de um fundo regulador. Quando houver aumento do petróleo nas cotações do mercado internacional, esse fundo regulador impedirá que o aumento se reflita imediatamente no preço do combustível ou do gás.

E em relação a Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES? O PSDB fará o quê?
Não posso falar em nome do PSDB, mas, se eu vencer, o Banco do Brasil será privatizado. Tem bons profissionais e boa estrutura. Mas não há necessidade de termos dois bancos (a Caixa e o BB). Já o BNDES, não. Pode ser readequado, para que cumpra efetivamente o papel de banco de desenvolvimento econômico e social, principalmente, das micro, pequenas e médias empresas. E que ele passe a ser um regulador.

A crise econômica, agravada com o enfraquecimento de Guedes, terá consequências para o próximo presidente da República. O que mais o preocupa, se eleito para 2023?
O Brasil será entregue arrasado. Esse é o pior governo da história da República. É um desastre completo. Veja a inflação. Aumento do óleo de cozinha, 30%; arroz, 36%; açúcar, 12%; farinha, 15%. Todos com dois dígitos. Não há novos investimentos. Qual a grande política econômica do Brasil? Não há. Não tem projeto, como não tem também para a educação. A saúde é exemplo mundial de inépcia. Vamos para a área ambiental: o Brasil hoje é um país isolado na comunidade internacional pelas suas agressões ao meio ambiente. Terra arrasada. Efetivamente, terra arrasada.

Nessa terra arrasada, em 2023, qual será a prioridade?
Educação, geração de empregos, saúde e proteção ambiental. São quatro prioridades para serem atacadas em harmonia. Vamos precisar ter um pacto pelo Brasil, um pacto social e liberal ao mesmo tempo. Liberal para que possamos desestatizar a economia. E fazer um pacto com outros partidos para garantir a governabilidade.

Mas, antes de chegar lá, é preciso vencer as prévias. O PSDB terá candidato de qualquer jeito?
Vou fazer uma pergunta, bem-humorada: se você fosse uma empresa em busca de um CEO, quem você escolheria? Alguém com experiência, que já tenha administrado empresas e governos, ou alguém sem experiência, embora com boa índole, idoneidade?

Isso é bem diferente quando se fala em eleição. Em 2018, o país escolheu Jair Bolsonaro, que não tinha nenhuma experiência administrativa.
Veja: 52% dos brasileiros não querem nem Bolsonaro, nem Lula. Essa é a sabedoria popular. A construção da terceira via será pelo diálogo e pela consistência de valores. Um erro do passado não justifica um erro do futuro. O Brasil errou elegendo Jânio Quadros, mas acertou elegendo Juscelino Kubitschek e Fernando Henrique Cardoso. É preciso ter confiança no voto, no sistema democrático, na capacidade da população de pensar. Pergunte aos mais pobres se estão felizes por não terem emprego. Essas pessoas sabem que vão precisar de um líder que lhes dê oportunidade, emprego, comida no prato, saúde e educação.

O senhor diz que 52% do eleitorado não querem Lula nem Bolsonaro. Mas há uma profusão de candidatos para a terceira via. Caberá ao eleitor decidir em meio a tanta gente?
Caberá à política. O eleitor terá opção quando a política definir quais são os candidatos. Os extremos, nós já temos: Lula e Bolsonaro. A terceira via estará dentro da candidatura que vencer as prévias do PSDB e da capacidade de dialogar com outros partidos. Será uma demonstração de maturidade dos partidos, que saberão dialogar dentro do centro democrático para, mesmo com diferenças, encontrarem o candidato mais competitivo. Se formos fracionados, não seremos vitoriosos.

O discurso do senhor é altamente polarizado contra Bolsonaro. Como o eleitor vai diferenciar o senhor, candidato da terceira via, de Lula, maior opositor do atual presidente?
Com diálogo e com campanha. Quando Fernando Henrique Cardoso se lançou à campanha presidencial, tinha modestos 3% das intenções de voto. E se elegeu presidente da República. Juscelino Kubitschek tampouco era alguém que vinha do mundo operário. Foi eleito presidente. E foi brilhante, assim como FHC. Campanha: essa é a beleza da democracia.

Mas FHC tinha acabado de lançar o Plano Real. E não vemos um candidato com fôlego para enfrentar os extremos.

Insisto: 10 meses antes da eleição, o pai do Real tinha 3% da intenção de voto. O entusiasmo veio ao longo da campanha, não veio no início. A vacina é o Plano Real de hoje. Ajudou a salvar milhões de vidas. Há algo mais importante do que a vida? Não há. E a vacina foi viabilizada pelo PSDB. Esse é um ativo importante. As pessoas não vão se lembrar disso agora, mas o farão no ano que vem, quando o processo vacinal estiver completo. A vacina é um grande ativo, que terá a sua lembrança no momento oportuno, como foi com o Plano Real.

A CPI da Covid cumpriu o seu papel?

Cumpriu de forma digna e ampla. Produziu um relatório robusto, que indica nove crimes do presidente Bolsonaro, claramente tipificados. A repercussão internacional foi gigantesca. E o efeito disso no governo Bolsonaro ainda será sentido nos próximos meses, não só pelas medidas que terão de ser adotadas. A CPI não pode terminar em um relatório sem que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tome a iniciativa necessária, sob pena de impeachment do próprio procurador-geral. Tenho confiança de que Augusto Aras é um homem digno e terá que conduzir esse processo adiante.

Mas a política é feita de momento. Esse relatório ainda terá importância no ano que vem, no calor da eleição? Ou será esquecido?

Acredito que terá importância, sim. A dor da perda de uma vida não se apaga fácil. Quem perdeu parentes para a covid-19 não esquece. Não tive parentes, mas tive amigos muito queridos que perderam a vida. Poderiam ter vivido mais 20, 30 anos, se não fosse a desídia, a falta da vacina no tempo certo e a incapacidade do governo de defender o isolamento, o uso de máscara. Perdi amigos que tomaram cloroquina, que acreditaram que o kit covid poderia salvá-los. Deixaram viúvas, filhos desalentados. Essas pessoas não se esquecem da perda de um ente querido. Essa memória não se apaga facilmente.

E a questão orçamentária, que está cada vez mais complicada com essas emendas RP9?
Bizarra, absurda, uma subversão da ordem. Pela primeira vez na história da República, o orçamento é controlado pelo presidente da Câmara. Ministros de Estado pedem audiência com o presidente da Câmara Federal para deliberar orçamento. Isso não existe. É inconcebível, para não dizer bizarra, uma circunstância em que o Poder Executivo se submete a ter que dialogar com o presidente da Câmara para estabelecer emendas para habitação, educação, saúde, ciência, tecnologia, meio ambiente. Essa é uma função do Executivo. É um governo enfraquecido, completamente dominado pelo Centrão, entregue ao presidente da Câmara, um governo sem rumo. É uma nau sem rumo no Brasil.

Sobre política social: o que pretende fazer para os milhões em situação crítica?

Pretendo fazer a Bolsa do Povo, como em São Paulo. Mas aqui teve reforma administrativa. Não estamos furando o teto de gastos. A Bolsa do Povo tem R$ 585 por mês para famílias vulneráveis. Em contrapartida, há o trabalho. Fizemos o Vale-Gás, em operação desde março. Fizemos o Dignidade Íntima, comprando R$ 70 milhões em absorventes para meninas de famílias vulneráveis poderem ir à escola mesmo no período menstrual. Fizemos programas de acolhimento a vítimas da covid. São R$ 300 por mês para subvencionar órfãos da pandemia. São políticas sociais sérias, bem executadas, não são projetos para o futuro. Essa será a política que, se avançarmos nas prévias e na eleição, pretendemos praticar em todo o Brasil.

Correio Braziliense

Morre no Recife ex-secretário de Saúde do estado, Guilherme Robalinho

Morreu, na madrugada deste domingo (24), o médico e ex-secretário de Saúde do estado, Guilherme Robalhinho. Ele tinha 82 anos e atuou na Prefeitura do Recife e no Governo de Pernambuco nos mandatos de Jarbas Vasconcelos. Robalinho lutava há certo tempo contra uma doença autoimune e estava internado no Real Hospital Português, onde faleceu.

Além de clínico geral, Guilherme Robalinho foi gerente médico e de relações institucionais da unidade de saúde privada. No aniversário de 162 anos do RHP, Robalinho conversou com o Diario sobre o período de fundação do hospital, unidade a qual se dedicou, que foi inagurada em meio à epidemia de cólera em Pernambuco.

“Naquela época (1855), Loius Pasteur ainda começaria seus estudos sobre contaminação. No Recife, que tinha um porto importante para a América, os dejetos eram jogados nas ruas. Escravos carregavam baús para jogar as fezes no mar. As doenças infecciosas eram o grande problema”, relembrou.

O clínico também tinha um vínculo forte com o exercício da vida pública, e também foi médico particular de Jarbas, em 2012, quando o acompanhou para além das agendas políticas. Como representante da saúde estadual, fez parte da gestão do ex-governador do estado de 01 de abril de 1999 a 12 de setembro de 2004.

O velório vai acontecer das 10h às 15h, na capela do Hospital Português. Depois, o corpo será cremado, às 16h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista.

Diario de Pernambuco

Mototaxista é assassinado à bala durante bebedeira

O mototaxista Aleff Rodolfo Pereira Magalhães, de 28 anos, foi assassinado a tiros, na noite de ontem (23), em Palmares, na Mata Sul do Estado. Ele estava bebendo na calçada de um mercadinho, no Bairro Quilombo 2, quando foi atingido com vários disparos de arma de fogo por uma dupla de criminosos numa motocicleta.

A vítima morreu antes mesmo da chegada do socorro da equipe do Samu já os criminosos fugiram permanecendo ainda foragidos. Após o levantamento cadavérico do Instituto de Criminalística, o corpo dele foi encaminhado ao IML.

Pernambuco terá escola de sargentos

O comando do Exército Brasileiro definiu o Recife como sede da Escola de Formação e Graduação de Sargentos de Carreira. A capital pernambucana foi escolhida após uma seleção final com as cidades de Ponta Grossa (PR) e Santa Maria (RS). O governador Paulo Câmara (PSB) ressaltou os “meses de trabalho” do governo junto ao Alto Comando do Exército para a construção de um pacote de investimentos que tornaram Pernambuco “a melhor opção para receber a nova escola”.

“Serão cerca de R$ 320 milhões em obras de infraestrutura que irão consolidar um novo eixo de desenvolvimento em Pernambuco. Quero agradecer ao comandante Paulo Sérgio Nogueira e seu Estado Maior pelo profissionalismo de todo o processo, o empenho de todo o nosso time e da bancada pernambucana no Congresso que muito contribuiu para mais essa vitória”, afirmou o governador.

Dez mil pessoas concentradas

A Escola vai concentrar cerca de dez mil pessoas, entre alunos, professores, pessoal de apoio e familiares. De acordo com o Governo do Estado, a instalação vai criar um novo polo de desenvolvimento impactando Recife, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Abreu e Lima e Araçoiaba. Por meio de rede social, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse que a escolha foi feita em uma reunião realizada na tarde de ontem e levou em conta dois anos de “exaustivos estudos feitos pelo comando do Exército Brasileiro”. “Os critérios foram os técnicos, bem como aqueles que melhor atendessem os interesses da Força e a formação dos mesmos”, afirmou Bolsonaro, que ainda parabenizou o Nordeste e Pernambuco pela conquista.
Por meio de ofício, o general Paulo Sérgio Nogueira afirmou que a decisão foi tomada com base no posicionamento do Alto Comando do Exército.

Dois anos de análise

“Por quase dois anos, foi realizado acurado trabalho que analisou possíveis locais em todo o território nacional, sendo pautado por aspectos eminentemente técnicos. Como resultado, três guarnições foram selecionadas para a segunda fase do trabalho, na qual o estudo foi ainda mais minucioso. Ao término desse processo, ouvido o Alto Comando do Exército, a cidade selecionada para sediar a nova escola é Recife”, disse.

Folhape

Guedes perde ao menos 16 auxiliares desde o início do governo e fica refém de soluções internas

O ministro Paulo Guedes acumula, desde que assumiu o cargo, ao menos 16 perdas de auxiliares diretos considerando a debandada de integrantes do núcleo fiscal do Ministério da Economia nos últimos dias diante de discordâncias com as decisões do governo.

Antes adepto a nomes externos para as nomeações, o ministro chega à reta final do ano enfrentando o maior momento de contrariedade de representantes do mercado, o que se reflete em uma pasta cada vez mais dependente de soluções internas e servidores de carreira para executar os trabalhos.

De acordo com integrantes da própria equipe econômica, nenhum profissional de alto nível do setor privado aceitaria entrar na pasta no estágio atual. Isso não quer dizer que os nomes que assumiram agora são vistos como ruins. Ao contrário, a escolha dos novos secretários é vista internamente com entusiasmo.

Ministro Paulo Guedes (Economia) durante entrevista nesta sexta-feira (22) após receber apoio público do presidente De qualquer forma, o cenário contrasta com o começo do governo, quando o Ministério da Economia tinha um time repleto de representantes da iniciativa privada.

Exemplos disso eram Salim Mattar e Paulo Uebel, fundador da Localiza e atual executivo do ramo de saneamento, respectivamente.

Em entrevista nesta sexta-feira (22), Guedes minimizou as baixas em sua equipe e disse que tem tentado fazer substituições que aumentem a qualidade do time.

“Estou absolutamente tranquilo. É interessante, falaram ‘ele perdeu seis pessoas, 18 pessoas’. Tem pessoas que eu não conheço, eles colocam na lista que eu perdi, [dizem que] foi uma perda terrível para mim, eu nem conheço a pessoa”, disse.

As mudanças iniciaram conforme a ala política passou a ganhar as disputas ao longo do governo e a agenda defendida pelo ministro começou a ficar no papel.

Com isso, o organograma do ministério passou a ser alterado em busca de servidores de carreira ou nomes que já estavam na pasta em cargos inferiores.

Na Receita Federal, que teve uma das primeiras baixas do time em meio aos entraves da reforma tributária e à dificuldade de se emplacar a discussão do novo imposto sobre transações, o tributarista Marcos Cintra foi substituído pelo servidor de carreira aposentado do fisco José Barroso Tostes Neto.

As soluções internas foram observadas também em outras ocasiões.

A saída de Mattar levou à promoção de seu ex-subordinado Diogo MacCord. A saída de Uebel demandou chamar Caio Paes de Andrade, ex-presidente da estatal Serpro.

Guedes, antes mesmo de o governo começar, convidou para o comando da área fiscal Waldery Rodrigues, que é servidor do Senado.

À frente do Tesouro Nacional, subordinado a Waldery, estava Mansueto Almeida. Ambos já tinham passado por equipes econômicas anteriores, mas não são servidores de carreira do ministério ou do Banco Central.

A dança das cadeiras de Waldery mudou o cenário na área fiscal ao colocar Jeferson Bittencourt, servidor de carreira do Tesouro, no comando da secretaria.

Para a chefia dele, foi escolhido Bruno Funchal, que havia sido secretário da Fazenda no Espírito Santo. Funchal deixou o posto na debandada desta semana e, no lugar dele, ficará Esteves Colnago, analista de carreira do BC.

Colnago assume o principal cargo da área fiscal do Ministério da Economia na maior crise da pasta até agora, que perdeu seus principais representantes das contas públicas em meio a uma operação do governo para driblar a regra constitucional do teto de gastos e turbinar despesas no ano eleitoral de 2022.

A manobra foi inserida na PEC (proposta de emenda à Constituição) que adia o pagamento de precatórios –dívidas reconhecidas pela Justiça. O texto propõe uma mudança na regra de correção do teto de gastos, que, na prática, expande o limite das despesas federais.

O conjunto das alterações previstas cria um espaço orçamentário para despesas de R$ 83 bilhões no ano eleitoral de 2022, de acordo com o relator da proposta, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).

Em meio à insatisfação do mercado, Guedes recorreu a Colnago. Ele já foi escolhido para um alto cargo antes do governo Bolsonaro, também após o estouro de outra crise.

Durante a gestão de Michel Temer (MDB), Colnago foi promovido de secretário do Planejamento a ministro da pasta em 2018 após a queda do então chefe, Romero Jucá (MDB-RR), e uma posterior dança das cadeiras.
Agora, Guedes vê alguém de carreira do Tesouro Nacional assumir o comando do órgão. Nesse caso, Paulo Valle, atual subsecretário de Previdência Complementar no Ministério do Trabalho e da Previdência e ex-secretário de Dívida Pública, vai assumir a tarefa.

As baixas na equipe de Guedes seguem, em geral, um roteiro de atritos com a classe política, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em 2019, Joaquim Levy e Marcos Cintra deixaram, respectivamente, a presidência do BNDES e o comando da Receita Federal após reclamações do presidente.

No caso de Mattar e Uebel, as demissões foram ocasionadas pela falta de avanço nas privatizações e na reforma administrativa por falta de apoio político.

Em julho de 2020, Mansueto Almeida deixou o comando do Tesouro Nacional para entrar no banco BTG, e foi substituído por Funchal.

Apesar de a troca ter sido esperada, foi uma das baixas mais relevantes da equipe de Guedes até então. Mansueto saiu do cargo por prever que os anos seguintes seriam de extrema pressão da classe política sobre a Economia por mais gastos.

Também foram anunciadas as saídas do presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e de Caio Megale, que havia sido diretor de programas e assessor especial do Ministério da Economia (e virou economista-chefe da XP).

Rodrigo Pacheco é anunciado pelo PSD como candidato à Presidência

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, foi anunciado neste sábado (23), como candidato à Presidência da República pelo PSD. Ontem, ele publicou nas redes sociais que iria se filiar ao partido.

“Rodrigo Pacheco, o PSD e seus novos companheiros estão prontos para abraçar o seu projeto, para abraçar as suas propostas, para caminhar ao seu lado, não apenas para ser candidato na sua campanha, mas para que você seja um grande presidente da República, você tem todas as condições de vencer”, disse o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab.

O anúncio aconteceu durante evento do PSD, no Rio de Janeiro.

As portas do PSD estão abertas há pelo menos seis meses para Pacheco. O objetivo é que o presidente do Senado lidere um projeto presidencial dentro da chamada terceira via.

Kassab aproveitou o espaço para descarregar elogios ao candidato da sigla. Segundo ele, o Pacheco “é um ser humano generoso, qualificado, preparado e que, nos últimos anos, mostrou que tem talento para a vida pública”.

Ontem, em suas redes sociais, o presidente do Senado anunciou sua filiação. “Comunico que, nesta data, tomei a decisão de me filiar ao PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab. Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitosa” escreveu.

Folhape

Longa “Frei Damião – O Santo do Nordeste” revela cartaz e trailer oficial

A Elo Company divulgou, na sexta-feira (15), o cartaz e trailers oficiais do filme Frei Damião – O Santo do Nordeste – https://www.youtube.com/watch?v=XI0guRwalWA. O aguardado filme, com première como Hors concours no Cine PE, em 2019, teve também a data de estreia nos cinemas confirmada para 4 de novembro de 2021 – um dia antes do aniversário de Frei Damião. O longa foi produzido pela Fábrica Estúdios, com roteiro de Nadezhda Bezerra e direção da cineasta pernambucana Deby Brennand.

O trailer do filme traz imagens de VHS da época de vida de Frei Damião, trechos em depoimentos de personagens que têm história de vida ligada com o capuchinho, personalidades e religiosos, além de um momento da parte do filme que reencena a realidade.  Entre o elenco do longa, está o ator Andrade Junior (in memoriam), brasiliense que interpretou o Frei Damião já idoso, e, infelizmente veio a falecer em maio de 2019. Outro destaque é a atriz pernambucana Nínive Caldas, que vive uma mulher grávida, precisando de ajuda para o parto, quando é surpreendida pela ajuda e presença de Frei Damião.

A arte do cartaz do longa Frei Damião – O Santo do Nordeste, intitulado Hors Concours, foi realizada pelo designer e artista plástico pernambucano Adriano Marcusso. Com referências ao sagrado, a gravação em linóleo buscou representar o imaginário folclórico em torno do frei capuchinho. Um detalhe curioso da obra é que o Frei Damião parece levitar. O fato de ele “andar sem pisar no chão” era um dos dons relatados por diversas pessoas que conviveram com o missionário. Trabalhada em madeira, a obra tem como elemento principal o próprio frei, mas traz também elementos como o sol, o chão seco do sertão, a chuva e as vilas.

As expectativas para a nova fase do filme são excelentes. “Estou muito contente, nosso filme vai finalmente chegar aos cinemas! E estamos chegando numa data super emblemática, que é a semana de aniversário do Frei Damião”, comentou Gerardo Lopes, produtor do filme.  O documentário teve patrocínio do Café Santa Clara, da Petrovia, da CHESF, do BNB, da Kicaldo, da Atiaia Energia e da Loja do Condomínio. A Elo Company assina a distribuição, que será em capitais e cidades do interior do Nordeste: Recife (PE), Caruaru (PE), Petrolina (PE), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Guarabira (PB) Natal (RN), Mossoró (RN), Arapiraca (AL) e Maceió (AL). A expectativa é que, em 2022, o filme chegue nas salas de cinema também do Rio de Janeiro e São Paulo.

O objetivo do longa, através das imagens inéditas, entrevistas, depoimentos, testemunhos de milagres e reinterpretação de acontecimentos, é mostrar um ser humano que está acima da religião. Frei Damião ia além. O documentário não foca apenas nos seus adoradores, mas se preocupa em mostrar o legado do capuchinho também para aqueles que não o conhecem e desejam entender o significado dele para uma legião de fiéis.

Festivais

Além de ter sido exibido como Hors Concours no Cine PE, o filme Frei Damião – O Santo do Nordeste vem colecionando prêmios, menções e indicações. Foi super premiado no 14º Comunicurtas, festival de cinema promovido pela Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande. O documentário levou os prêmios de Melhor Fotografia (Breno Cesar), Melhor Som (Pablo Lopes, Paulo Umbelino, Pedrinho Moreira e Moabe Filho) e Melhor Roteiro (Nadezhda Bezerra), dentro da Mostra de Longas-Metragens. O documentário foi ainda selecionado para a mostra competitiva do 14ª Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, também da Paraíba. O longa também foi finalista na categoria melhor filme no festival Mirabile Dictu 2020 (Roma), um dos mais prestigiados festivais de cinema católico do mundo.

Sinopse:

A vida do Frei Damião de Bozzano: sua juventude na Itália, sua participação na primeira guerra mundial, a atuação como missionário no Brasil desde os anos 30 até sua morte em 1997 e os relatos de milagres que o levaram a ser chamado popularmente de o “Santo do Nordeste”.

Elenco principal:

Andrade Júnior – Frei Damião (80 anos)

Carlos Eduardo Ferraz – Frei Damião (25 anos)

Nicolas Baldini – Frei Damião (criança)

Albert Tenório – compadre

Nivaldo Feliciano – caçador de passarinhos

Artur Canavarro – Cícero Silva

Nínive Caldas – mulher grávida

Jacira Gonçalves – Dona Anita

Participações especiais:

Frei Gianfranco Lazzari

Rafaelle Savigni

Frei Antônio Landi

Frei Natale Cocci

Dom Severino Batista de França

Frei Jociel Gomes

Renê Guida da Silva

João Moreno

Padre Evilásio Medeiros

Manoel Antônio Dias

Marieta Dias de Freitas

Padre Rinaldo Pereira

Antônio Neto

Irmã Maria de Lourdes

Francisco de Queiroz

Teresa de Queiroz

Frei Leandro Santos

Monsenhor José Nicodemos

Aerton Alexander

Rosa Maria Telles

Maria Grazia Ricci 

Maria Pia Angeli

Filomena Angeli

Sandra Maria da Silva

Damião da Silva  

Frei Mauro Costa

Frei Franklin Diniz

Raimundo Fagner

Frei José Nunes

Padre Antônio Maria

Doutor Blancard Torres

Cícero Silva