Academia Caruaruense de Literatura de Cordel lança edital para novos acadêmicos

A Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC) abriu um edital para inscrição de novos acadêmicos. No total, estão disponibilizadas cinco vagas, das quais quatro são destinadas para autores caruaruenses e uma para escritores de cordel que moram em outras cidades de Pernambuco.

De acordo com o presidente da entidade, Davi Geffson, a escolha de novos integrantes engrandece a instituição. “Buscamos pessoas que venham a somar com a Academia, tanto com um espírito de cooperação e motivação quanto com um talento literário de qualidade”, explanou.

O período para inscrições vai de 10 a 30 de setembro de 2021. O período de análise das obras pelo corpo técnico da ACLC será de 1º a 15 de outubro. A divulgação dos novos acadêmicos está prevista para o dia 18 de outubro, através das mídias sociais da entidade.

Para participar, o candidato deve ter acima de 18 anos, comprovar suas produções com pelo menos cinco textos no gênero literatura de cordel, a serem enviados para o e-mail  caruaruaclc@gmail.com. O edital completo está disponível no link https://drive.google.com/file/d/1cbt8LkZ7RFpJak7IrFentPdA8tzyqTFm/view?usp=sharing .

ACLC

Fundada em 18 de maio de 2005, a ACLC é uma associação de natureza cultural para fins não econômicos, que busca promover, valorizar e preservar a Literatura de Cordel.

Desigualdades agravam pandemias, alertam pesquisadores

Vista geral da favela Morro Azul, na zona sul do Rio de Janeiro.

O modelo econômico globalizado e marcado por desigualdades de diversos tipos deve provocar pandemias mais frequentes e acirrar diferenças na qualidade de vida e no acesso a direitos, disseram nesta semana especialistas em saúde pública que participaram de debate em comemoração ao centenário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisador e professor da universidade, o epidemiologista Roberto Medronho alertou que a frequência com que as pandemias ocorrem tem aumentado no século 21, quando o mundo já enfrentou surtos internacionais de MERS, SARS, ebola, gripe suína e covid-19.

“A frequência e intensidade das pandemias no mundo vêm se acelerando. Precisamos dar um basta nesse modelo capitalista selvagem e predador e nessa desigualdade social. Isso é insustentável com a vida no planeta. Não é uma questão de se ‘teremos outras pandemia, mas de quando teremos”.

Medronho classificou o impacto da pandemia no Brasil como “pavoroso” e “dramático”, e disse acreditar que o cenário seria muito pior se o país não contasse com um sistema de saúde público universal. “Se não chegamos a 1 milhão de óbitos é porque temos o Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse o pesquisador, acrescentando que municípios com maior desigualdade tiveram maior incidência de covid-19. “Indíviduos de cor da pele não branca foram mais afetados por óbitos na pandemia. E os de nível superior tiveram maior proteção. Ou seja, essa pandemia tem rosto. Ela é negra e pobre”.

O epidemiologista destaca que, além das vítimas diretas, a pandemia deve trazer impactos mais amplos, como fechamento de postos de trabalho causados pelo esvaziamento dos centros urbanos, diagnóstico tardio de doenças, sedentarismo, transtornos psicológicos e aumento da desigualdade.

“É compreensível o medo de retornar às escolas, porque muitas não têm água, não têm banheiro nem janela adequada para a ventilação. Precisamos de escolas que possam acolher essas crianças, porque estamos afetando toda uma geração. A evasão escolar está aumentando, muitas crianças não voltaram”, disse ele, que citou possíveis consequências disso – os abusos sexuais, abusos físicos, a gravidez na adolescência, o analfabetismo funcional. “Esse é um tema que amplificará e muito a desigualdade social”.

O infectologista alerta que a desigualdade e a sustentabilidade são temas que impactam a saúde. “Não teremos paz se não tivermos uma radical mudança na forma de viver, conviver, de produzir e de nos relacionarmos com os animais, com a natureza e principalmente com o outro”.

Pesquisador da Fiocruz Bahia e da Universidade Federal da Bahia, o epidemiologista Maurício Barreto destacou que, ao longo da história, as epidemias e as doenças infecciosas sempre afetaram grupos populacionais de forma diferente, incidindo de acordo com a desigualdade social e gerando mais iniquidades como consequência.

No caso da pandemia de covid-19, ele lembra que pessoas que vivem em comunidades densamente povoadas como as favelas estão mais expostas ao contágio, ao mesmo tempo em que populações pobres sofrem mais frequentemente com questões de saúde como obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes, consideradas comorbidades.

“São vários aspectos que se juntam para expressar esse complexo que genericamente chamamos de desigualdade”, diz ele, que aponta a necessidade de se buscar soluções globais para a pandemia e considera que organismos internacionais não conseguiram conduzir uma resposta conjunta. “No mundo, em geral, essa ação da pandemia foi muito nacional. Cada país foi tomando suas ações, e cada governo tomando suas ações, não vendo uma perspectiva global”.

O economista e sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Carlos Gadelha acrescentou que essas respostas nacionais geraram uma concentração das vacinas nos países mais ricos. Segundo o pesquisador, dez países concentram 75% das doses no mundo, e, enquanto nações ricas buscam garantir a aplicação da terceira dose, há países em que a vacinação ainda não começou.

Especialista no cruzamento entre desenvolvimento, economia e saúde, Gadelha alertou que a concentração de quase 90% das patentes em dez países indica que a desigualdade no acesso às vacinas tende a se perpetuar. “A patente de hoje é a desigualdade de amanhã. É a barreira de acesso de amanhã. Não é entrar em um discurso binário a favor ou contra as patentes. Mas isso se reflete em uma desigualdade estrutural nessa pandemia e nas próximas”.

Para ele, o setor da saúde pode se apresentar como importante alternativa para o desenvolvimento sustentável, articulando interesses privados e sociais. O economista cita o que ocorreu com a produção de vacinas no Instituto Butantan e no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos), em parcerias com empresas desenvolvedoras dessas tecnologias.

Pfizer entrega 8,97 milhões de novas doses ao Brasil

vacina contra Covid-19 Pfizer/BioNTech

A Pfizer Brasil entrega ao Ministério da Saúde, entre os dias 8 e 12 de setembro, 8,97 milhões de doses da vacina ComiRNAty, contra a covid-19, produzida em parceria com a BioNTech. Sete voos que sairão do Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos (EUA), com destino ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

A previsão é que a Pfizer envie 200 milhões de doses do imunizante ao país até o fim de 2021, por meio de dois contratos de fornecimento da vacina. O contrato fechado em com o Ministério da Saúde em 19 de março prevê a entrega de 100 milhões até o fim de setembro.

Já o segundo contrato, assinado em 14 de maio, prevê a entrega de mais 100 milhões de doses entre outubro e dezembro. As doses do imunizante que estão chegando ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos EUA, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, em Purrs, na Bélgica.

Após chegarem no Aeroporto Internacional de Viracopos, as vacinas seguem para o depósito do Ministério da Saúde, em Guarulhos, e depois são enviadas aos mais de 38 mil postos de vacinação espalhados pelo país.

De acordo com o fabricante, já foram enviados mais de 1,2 bilhão de doses da vacina para mais de 120 países, incluindo o Brasil. A Pfizer apresenta uma taxa de sucesso de 99,9% em enviar lotes da vacina ao seu destino, dentro de todos os parâmetros pré-estabelecidos. Com base nas projeções atuais, a Pfizer e a BioNTech estimam que podem fabricar até 3 bilhões de doses da vacina no total, até o fim de 2021. Para 2022, a produção estimada é de 4 bilhões de doses.

Covid-19: 70 milhões já receberam duas doses ou dose única da vacina

Vacinação em massa contra a covid-19 de moradores do Complexo da Maré.

O Brasil já registra 70 milhões de brasileiros imunizados contra a covid-19 com as duas doses da vacina ou a dose única. Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde neste sábado (11), 44% da população maior de 18 anos estão com o ciclo vacinal completo.

Mais 136,9 milhões de aplicações foram realizadas em primeira dose, ou seja, mais de 85% da população adulta vacinável recebeu ao menos uma dose de imunizante contra a covid-19.

No momento, 23 estados já estão com ocupação de leitos de UTI e clínicos abaixo de 50% e dentro dos padrões de normalidade. Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul ainda estão na zona de alerta, com taxas de ocupações que variam de 51% a 69%.

As médias móveis de casos e óbitos também estão em queda e registraram, nos últimos dois meses, redução de 61% e 60%, respectivamente.

“Vamos continuar avançando e contando com o apoio de todos. Quando assumi o Ministério da Saúde, o objetivo era vacinar 1 milhão de pessoas por dia, número que estamos atingindo com normalidade. Se continuarmos nesse ritmo será possível vacinar todo o público-alvo do país com as duas doses até o mês de outubro”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Em agosto, a pasta bateu outro recorde e distribuiu mais de 60,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para todos os estados e o Distrito Federal. Desde o início da campanha, já foram distribuídas mais de 259,4 milhões de doses.

Cerimônias marcam 20 anos do 11 de Setembro em Nova York

Pedestrians react to the World Trade Center collapse September 11, 2001. Two commercial airplanes cr..

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton participaram ontem (11), em Nova York, de cerimônia que marcou os 20 anos dos atentados de 11 de setembro. A Bandeira dos Estados Unidos foi levada até o memorial de Manhattan, local onde estavam as duas torres gémeas que caíram durante os ataques.

Quase 3 mil pessoas, cujos nomes foram lembrados na cerimônia, morreram nos ataques.

Um momento de silêncio foi observado às 8h46 (horário local), hora precisa em que o primeiro avião, desviado pelos terroristas da Al Qaeda, bateu na Torre Norte.

Em mensagem de vídeo divulgada na sexta-feira (10), o presidente Joe Biden pediu a união dos americanos. ” Testemunhamos as forças mais sombrias da natureza humana, medo, raiva, ressentimento e violência, e vimos a unidade nacional. aprendemos que a unidade é a única coisa que nunca deve ser quebrada. Unidade é o que torna o que somos, a América no seu melhor. Para mim, essa é a lição central do 11 de Setembro”.

Barack Obama
O ex-presidente Barack Obama lembrou os “heróis” do 11 de setembro de 2001, bem como os dos anos que se seguiram.

Ele destacou que a imagem que ficou daquele dia, juntamente com a da mulher, Michelle, não foram os destroços e a destruição, “mas as pessoas”.

Citou os bombeiros que subiram as escadas, enquanto outros corriam, e os voluntários que cruzaram o país nos dias que se seguiram.

Atentados

Em 11 de setembro de 2001, dois aviões de passageiros bateram, com alguns minutos de intervalo, nas torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, provocando o seu desabamento poucas horas após o impacto.

Um terceiro avião pilotado por terroristas colidiu pouco depois contra o edifício do Pentágono e um quarto avião caiu em um descampado em Shanksville, no estado da Pensilvânia, após os passageiros e tripulantes terem tentado tomar o controle do aparelho.

Os atentados praticados por membros do grupo terrorista Al Qaeda causaram a morte de cerca de 3 mil pessoas.

No 11 de Setembro, afegãos culpam saída dos EUA por seus problemas

FILE PHOTO: Member of Taliban security forces stands guard among crowds of people in a street in Kabul

Cansados da guerra, moradores de Cabul manifestaram raiva e sentimentos de traição pelos Estados Unidos (EUA) neste sábado, que marca o 20º aniversário dos ataques de 11 de setembro, que levaram à invasão do Afeganistão pelos norte-americanos e à derrubada do governo Talibã.

Após ocupação de duas décadas, as forças dos EUA retiraram-se abruptamente do Afeganistão no mês passado, provocando o colapso do governo, apoiado pelo ocidente, e o retorno dramático do Talibã ao poder.

“Os infortúnios que vivemos atualmente são por causa da América”, disse Abdul Waris, um morador de Cabul, enquanto as bandeiras brancas do Talibã estampadas com linhas do Alcorão eram penduradas em postes próximos.

Alguns dos jovens que falaram à Reuters reclamaram que as forças dos EUA não tentaram ajudar o povo afegão.

“Depois dos eventos de 11 de setembro, os norte-americanos estiveram em nosso país por 20 anos para seu próprio benefício”, disse Jalil Ahmad.

“Eles aproveitaram os benefícios que tinham em mente por 20 anos, enquanto nós não obtivemos nenhum benefício deles. Deixaram o país em um estado de confusão.”

Membros do Talibã com armas penduradas nos ombros eram visíveis em toda a capital, mas o clima estava calmo e tranquilo após as mudanças dramáticas das últimas semanas.

“Agora há segurança e a segurança é boa. Que Deus dê ao Talibã mais força para manter essa [calma] para sempre”, disse o morador Gul Agha Laghmni.

Fiocruz deve retomar entrega de vacinas na próxima semana

vacina Covid-19 Fiocruz.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) prevê que fará novas entregas da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19 na próxima semana, normalizando as liberações ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). O número de doses disponibilizado será divulgado na próxima segunda-feira (13).

A Fiocruz já havia informado no último dia 2 que suas próximas entregas seriam realizadas entre os dias 13 e 17 de setembro. A última entrega foi em 27 de agosto, quando 3,5 milhões de vacinas foram liberadas.

O intervalo entre as entregas ocorreu porque os lotes mensais de agosto do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), importado para a fabricação da vacina, só chegaram nos dias 25 e 30 do mês passado. Como o processo de fabricação e controle de qualidade das doses demora cerca de três semanas, a liberação só deve ocorrer a partir da semana que vem.

Desde o início do ano, a Fiocruz já entregou 91,9 milhões de doses ao Ministério da Saúde, sendo 87,9 milhões produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) e 4 milhões importadas prontas da Índia.

O número de doses produzidas no Brasil, porém, deve ultrapassar 100 milhões na próxima semana, contando com as vacinas já entregues e as que ainda estão em produção e controle de qualidade. A previsão foi apresentada na Jornada Nacional de Imunizações pelo gerente do projeto de implementação da vacina covid-19 em Bio-Manguinhos, Fábio Henrique Gonçalez.

Ele detalhou ainda os avanços na produção do IFA nacional e divulgou a projeção de que será possível produzir neste ano 14 milhões de doses totalmente fabricadas no Brasil. Dessas, 6 milhões poderão ser entregues ao PNI.

Estacionamento do Parque 18 de Maio será exclusivo para excursionistas e caminhões de carga e descarga

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e da Autarquia de Mobilidade, Trânsito e Transportes de Caruaru (AMTTC), informa que, a partir deste domingo (12), um dos estacionamentos do Parque 18 de Maio, conhecido como “Estacionamento da Viúva”, ficará exclusivo para excursionistas (ônibus e vans) e caminhão de carga e descarga nos dias de Feira da Sulanca. O local é gerenciado pela AMTTC, através de empresa responsável.

Servidores da Secretaria de Serviços Públicos e agentes de trânsito da AMTTC poderão dar suporte sobre o novo local de estacionamento, que oferecerá mais comodidade e segurança para quem vai ao Parque 18 de Maio.

Fernando Rodolfo ganha mais um aliado visando as eleições 2022

Após Diogo Cantarelli, que poderá ser candidato a deputado estadual nas eleições de 2022, o deputado federal Fernando Rodolfo (PL) ganha mais um importante apoio visando sua reeleição.

Gil Bobinho (Cidadania), que trabalhou na secretaria de desenvolvimento rural e é atual suplente de vereador de Caruaru, além de conselheiro tutelar, agora faz parte do grupo do deputado.

Isto demonstra o apoio da prefeita Raquel Lyra na reeleição de Fernando Rodolfo no próximo ano.

“Nosso grupo só tem a crescer com a chegada de Gil Bobinho, que tem um excelente trabalho na zona rural e no conselho tutelar”, afirmou o deputado.

O apoio de Gil a Fernando Rodolfo foi uma articulação do secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de João Alfredo, Luciel Emerson, e do suplente de vereador, Heleno do Morro, que estão buscando lideranças da Capital do Agreste para a reeleição do parlamentar.

ARTIGO — As tecnologias vanguardistas na logística dos e-commerces

por Bruno Noale

Drones e veículos autônomos estão ganhando espaço nos noticiários – e junto aos consumidores – como novas e revolucionárias formas para fazer as desejadas encomendas chegarem às mãos de seus compradores. São as mais recentes inovações tecnológicas que colocam o segmento de logística entre os setores que estão se reinventando rapidamente, focados na oferta dos melhores serviços para se manterem cada vez mais competitivos.

Em tempos de pandemia, com o e-commerce mostrando cada vez mais a sua força e amplitude, a transformação digital é justamente a principal ferramenta das empresas de logística que querem não só atender bem seus clientes, como expandir seu mercado. Este ano, oito tendências tecnológicas estão dominando a cena e proporcionando mudanças – para muito melhor – dos serviços que poderão ser contratados pelos lojistas virtuais. Alguns já disponíveis, outros com o futuro batendo à porta.

Machine Learning – Um dos principais fatores para o sucesso das empresas logísticas é a capacidade de tomar decisões rápidas quanto à otimização de rotas, gestão, rastreamento de entregas, comunicação entre a cadeia de supply chain e questões que envolvem grande quantidade de dados. Daí a importância do emprego de Machine Learning – tecnologia que usa a Inteligência Artificial para que as máquinas aprendam sozinhas e realizem esses processos de forma autônoma.

Internet das Coisas (IoT) – Ao permitir conectar aparelhos e ferramentas de forma simultânea na internet, a tecnologia de IoT (Internet of Things) acelera e torna eficientes processos como o monitoramento e rastreio de cargas em tempo real, gestão de estoque e o controle sobre a frota de veículos. Também auxilia na segurança da logística ao permitir o uso de sensores nas cargas e sistemas online de monitoramento de jornadas dos motoristas.

Drones – Embora ainda incipiente, o uso de drones tem um grande potencial para mudar o conceito de last mile (última milha), e tem se mostrado sinônimo de economia e acessibilidade para a logística. A tecnologia apresenta benefícios atrativos para transporte de encomendas leves. No Brasil, o primeiro teste feito em Campinas (SP), em 2020, reduziu de 12 para 2 minutos o tempo de entrega de comida. Algumas grandes empresas, como Walmart, Amazon e a rede de pizzaria Domino´s vêm fazendo testes contínuos com eles.

Veículos Autônomos – Apesar dos sistemas GPS, que proporcionam a localização exata de uma carga e a estimativa correta dos prazos de entrega, também permitirem o uso de veículos autônomos, essa tendência ainda está um pouco distante da realidade brasileira pela falta de infraestrutura e legislação. Para a logística, poderiam trazer benefícios como a otimização no controle de estoque e a redução de custos no transporte, que influencia no preço final do produto.

Entrega em poucas horas – A entrega super-rápida de encomendas vai ao encontro dos desejos dos consumidores, mesmo que custe mais caro. É uma das tendências deste ano que está sendo posta em prática por grandes empresas e está se transformando rapidamente em necessidade para o e-commerce. É preciso notar que o modelo é desafiador, e exige mais tecnologia, com uso de softwares de gerenciamento.

Entregas Sustentáveis – a preservação ambiental ganha cada vez mais impulso e espaço entre as empresas, inclusive as de logística de entregas. Neutralizar os impactos causados pela emissão de CO2 nas operações de transporte e delivery já está-se tornando parte essencial na estratégia de gestão e ganharão cada vez mais importância – para benefício do meio ambiente e da própria imagem das companhias. A implementação de metas ambientais; de soluções para compensar antecipadamente as emissões, como doações a projetos de reflorestamento; e a utilização de entregas por veículos que não sejam movidos a combustíveis fósseis como bicicleta ou elétricos, são algumas das ações que estão ganhando corpo entre as principais empresas de transporte no Brasil e no mundo.

Dark Stores – Os locais menores estão ganhando espaços. Localizados em grandes centros urbanos, exclusivos para armazenamento, separação e envio de produtos do e-commerce, eles facilitam a entrega em poucas horas ou até no mesmo dia. Oferecem redução de custos, agilidade na entrega e facilidade na implementação, além de gastos de construção e operacionalização menores, se comparados com o de uma loja física.

Marketplaces com logística própria – Os últimos anos assistiram uma agressiva expansão dos Marketplaces – recente pesquisa da Ebit/Nielsen mostra que ocupam 78% de participação no comércio online B2C (Business to Consumer). A crescente adesão dos vendedores aos Marketplaces fez com que o volume de encomendas transacionadas na plataforma também aumentasse. Como resultado, alguns players passaram a oferecer sua própria logística, com preços e prazos competitivos, e alguns estão comprando players de logística, para otimizar ainda mais o serviço de entrega. Essa é uma tendência que pode ser um risco aos demais players do mercado, pois os vendedores acabam sendo “obrigados” a utilizarem o serviço logístico oferecido pelos Marketplaces.

É muito importante observar as principais tendências logísticas para começar a agir imediatamente. Mas a maior tendência continua sendo a de oferecer o melhor serviço possível. Hoje, isso não significa apenas atingir as expectativas dos clientes e do mercado, mas ultrapassá-las e ir além do esperado. Claro que inovar exige investimento, mas é possível focar no que está ao seu alcance e evoluir aos poucos. Afinal, até a Amazon começou pequena.

*Bruno Noale, vice-presidente Comercial e de Operações e CCO da Mandaê – bruno.noale@mandae.com.br