Aziz adia para quarta-feira a leitura do relatório da CPI

CPI da Pandemia faz sessão administrativa após advogados do depoente informarem que não houve tempo hábil para garantir a presença do médico no colegiado

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), adiou em um dia a leitura do relatório final do colegiado. Prevista inicialmente para ocorrer na terça-feira (19), a leitura será feita na quarta-feira (20). Já a votação do relatório, elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), está marcada para a terça-feira da semana seguinte, dia 26. A decisão pelo adiamento foi do presidente da comissão.

Os integrantes da CPI ainda terão mais um dia de oitivas amanhã (18). Pela manhã, será ouvido o integrante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Nelson Mussolini. À tarde, serão ouvidas pessoas que perderam amigos e parentes para a covid-19. Todas as regiões do país serão representadas entre os depoentes.

Ao longo de seis meses de duração, a CPI ouviu integrantes do governo federal e alguns de seus apoiadores, empresários, ex-ministros da Saúde, deputados, médicos e cientistas. O objetivo da CPI é apontar as responsabilidades, tanto do governo federal quanto de empresas que atuaram no combate à pandemia, em eventuais omissões que provocaram mortes.

Cine Inclusão apresenta curtas protagonizados ou dirigidos por idosos

Cine Inclusão apresenta curtas protagonizados ou dirigidos por pessoas com mais de 60 anos

A terceira edição do festival Cine Inclusão apresenta 24 curtas realizados ou protagonizados por pessoas com mais de 60 anos de idade ou que discutem temas relacionados à terceira idade como amor, sexo, memórias e abandono. O festival acontece entre os dias 18 e 24 de outubro.

Na edição deste ano, a homenageada é a atriz Ruth de Souza (1921-2019), primeira mulher negra a protagonizar uma novela e que completaria 100 anos este ano. Para celebrá-la, o festival vai exibir o curta-metragem A Mãe e o Filho da Mãe, dirigido por Luiz Antonio Pilar. O filme será exibido nesta segunda-feira (18), a partir das 18h. Após a exibição do filme, haverá uma live com a participação do diretor do curta e com o biógrafo da atriz, Ygor Kassab.

O Cine Inclusão é composto por duas mostras. A Mostra Competitiva, que exibirá 16 curtas que têm como tema a terceira idade ou apresentam idosos como protagonistas. Nessa mostra, o público vai eleger os três melhores filmes. Um dos destaques é o curta Acende a Luz, dirigido por Paula Sacchetta e Renan Flumian, que trata sobre o sexo na terceira idade.

Na Mostra Melhor Idade, serão exibidos oito obras realizadas por diretores ou diretoras com mais de 60 anos de idade.

A curadoria do festival é do cineasta Victor Fisch e da pesquisadora Luciana Rossi.

Além da exibição de filmes, o festival promove também a oficina online Desmitificando as Redes Sociais para a Terceira Idade, que será ministrada pela professora Daniele Foltran. A oficina pretende orientar os participantes sobre como utilizar e otimizar o uso do celular e das redes sociais.

O evento é gratuito e totalmente online. A programação, a inscrição para a oficina e o acesso aos filmes é feito pelo site do evento.

Brasil registra 130 mortes por covid-19 e 5,7 mil casos em 24 horas

Pedestre utiliza máscara de proteção contra covid-19 na avenida Paulista.

O Brasil registrou 5.738 casos de covid-19 e 130 mortes causadas pela doença em 24 horas, segundo o boletim da situação epidemiológica divulgado neste domingo (17) pelo Ministério da Saúde.

Com os novos diagnósticos de covid-19 confirmados, o total de pessoas contaminadas desde o início da pandemia chegou a 21.644.464. O número de mortes soma 603.282.

Segundo o boletim, 20.794.497 pessoas se recuperaram da doença. Ainda há casos 246.685 em acompanhamento por equipes de saúde ou se recuperando em casa.

Existem 3.096 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação. Isso porque em muitos casos a análise sobre a causa continua mesmo após o óbito.

Boletim epidemiológico da covid-19, divulgado em 17 de outubro de 2021
Divulgação/Ministério da Saúde

Estados

No topo do ranking de mortes por estado estão São Paulo (151.126), Rio de Janeiro (67.584) e Minas Gerais (55.209). Os que menos registraram mortes foram Acre (1.942), Amapá (1.988) e Roraima (2.018).

Cães e gatos podem ter vírus da covid-19, mas não transmitem a doença

Feira de adoção de animais

Apenas 11% dos cães e gatos que habitam casas de pessoas que tiveram covid-19 apresentam o vírus nas vias aéreas. Esses animais, entretanto, não desenvolvem a doença, segundo pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Isso significa que eles apresentam exames moleculares positivos para SARS-CoV-2, mas não têm sinais clínicos da doença.

Segundo o médico veterinário Marconi Rodrigues de Farias, professor da Escola de Ciências da Vida da PUC-PR e um dos responsáveis pelo estudo, até o momento, foram avaliados 55 animais, sendo 45 cães e dez gatos. Os animais foram divididos em dois grupos: aqueles que tiveram contato com pessoas com diagnóstico de covid-19 e os que não tiveram.

A pesquisa visa analisar se os animais que coabitam com pessoas com covid-19 têm sintomas respiratórios semelhantes aos dos tutores, se sentem dificuldade para respirar ou apresentam secreção nasal ou ocular.

Foram feitos testes PCR, isto é, testes moleculares, baseados na pesquisa do material genético do vírus (RNA) em amostras coletadas por swab (cotonete longo e estéril) da nasofaringe dos animais e também coletas de sangue, com o objetivo de ver se os cães e gatos domésticos tinham o vírus. “Eles pegam o vírus, mas este não replica nos cães e gatos. Eles não conseguem transmitir”, explicou Farias.

Segundo o pesquisador, a possibilidade de cães e gatos transmitirem a doença é muito pequena. O estudo conclui ainda que em torno de 90% dos animais, mesmo tendo contato com pessoas positivadas, não têm o vírus nas vias aéreas.

Mutação

Segundo Farias, até o momento, pode-se afirmar que animais domésticos têm baixo potencial no ciclo epidemiológico da doença.

No entanto, é importante ter em mente que o vírus pode sofrer mutação. Por enquanto, o cão e o gato doméstico não desenvolvem a doença. A continuidade do trabalho dos pesquisadores da PUC-PR vai revelar se esse vírus, em contato com os animais, pode sofrer mutação e, a partir daí, no futuro, passar a infectar também cães e gatos domésticos.

“Isso pode acontecer. Aí, o cão e o gato passariam a replicar o vírus. Pode acontecer no futuro. A gente não sabe”.

Por isso, segundo o especialista, é importante controlar a doença e vacinar em massa a população, para evitar que o cão e o gato tenham acesso a uma alta carga viral, porque isso pode favorecer a mutação.

A nova etapa da pesquisa vai avaliar se o cão e o gato têm anticorpos contra o vírus. Os dados deverão ser concluídos entre novembro e dezembro deste ano.

O trabalho conta com recursos da própria PUC-PR e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Caixa reduz juros do crédito imobiliário ligado à poupança

Boas notícias para quem deseja realizar o sonho da casa própria: A Caixa reduziu de 3,35% para 2,95% ao ano a taxa de juros para o crédito imobiliário na modalidade Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Vale lembrar que o prazo para o pagamento das prestações é de 35 anos.Além disso, outra novidade é que os compradores também terão a opção de carência de seis meses para começar a pagar a parcela dos juros e a amortização do valor. No entanto, neste caso o valor acumulado durante o período de pauta será somado ao saldo devedor.

Essas mudanças chegam para dar uma alavancada no mercado imobiliário, setor que promete ajudar o Brasil a superar a crise econômica, define o CEO do Grupo Escodelar, Rafael Scodelario: “Residencial, comercial, corporativos, hotelaria, terreno, galpão e etc. Enfim, o momento é bom para qualquer tipo de investimento, pois o crédito está mais em conta e acessível, e com isso temos este resultado que todos estão vendo. Temos observado inclusive recorde de vendas, de liberação de financiamento e de projetos aprovados”.

Com essas iniciativas divulgadas pela Caixa, o especialista acredita que mesmo com a alta da taxa básica de juros será possível superar o déficit habitacional no Brasil: “Ainda assim o mercado imobiliário vai poder estar mais acessível à população. Então podemos dizer que este tem sido um belo momento para o Brasil aquecer novamente a economia e superar a crise que se encontra”.

Scodelario também acredita que esta redução nessa linha de juros vai ser algo positivo até para quem deseja construir a casa própria: “Essa redução vai permitir que muitas famílias possam financiar a compra de lotes para fazer sua casa própria”, destaca.

Mas, antes de partir para a compra, o especialista em mercado imobiliário é cauteloso: “Recomendo muita atenção e pesquisa. Afinal, a taxa Selic registrou aumento recentemente, e se esta posição do Banco Central continuar em crescimento, os valores das parcelas podem aumentar. Então o momento é bom, mas prudência e estudar o orçamento familiar é fundamental”, completa Rafael.

Responsável por 67,1% de participação no mercado imobiliário, a Caixa anunciou que as mudanças passarão a valer a partir do próximo dia 18 de outubro.

Sobre Rafael Scodelario

Dono da Escodelar Inteligência Imobiliária, com sede em São Paulo e na Flórida, tem quase 50 corretores associados e uma carteira com mais de 6 mil imóveis à venda e locação. 6 dos 10 aptos mais caros à venda em São Paulo estão em sua imobiliária. Rafael também viabiliza empreendimentos (comerciais e residências) através de fundos de investimentos a preço de custo.

Hoje, com pouco mais de 9 anos de profissão, tornou-se referência no setor imobiliário e de corretagem e já vendeu até imóveis de alguns famosos, por exemplo Roberto Carlos, Val Marchiori e Athina Onassis.

Melissa inaugura segunda loja em Caruaru

O Clube Melissa inaugurou a sua segunda unidade em Caruaru. Desta vez, no Shopping Difusora. A loja fica localizada no segundo piso, ao lado do Banco do Brasil.

Com o intuito de aproximar a marca do seu público, a nova unidade apresenta padrões atuais e jovens. “As clientes, também conhecidas como melisseiras, já podem contar com mais essa unidade para desfrutar dos modelos mais novos e modernos, tanto nacional como internacional”, informou a empresária Manoela Soares.

Ainda de acordo com a empresária, neste mês de outubro, a marca está focada na coleção desenvolvida junto com Camila Coutinho. Atualmente, a loja gera cinco empregos diretos e mais 10 indiretos.

“Convidamos toda a população do Interior pernambucano para conhecer a nossa nova unidade em Caruaru”, concluiu Manoela Soares.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 17.10.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até este domingo (17), 97,67% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados dois novos casos, cinco pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 110.674 dos quais 42.443 foram através do teste molecular e 68.231 pelo teste rápido, com 33.254 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 76.798.

Também já foram registrados 127.550 casos de síndrome gripal e 867 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 622 casos, 67 pessoas em isolamento domiciliar e oito internamentos.

Comerciante é morto com tiro na cabeça

Um funcionário público e comerciante foi assassinado, na manhã de ontem (16), em Agrestina, no Agreste do Estado. Manoel José da Silva, o “Mané”, de 60 anos, foi morto com um único disparo de arma de fogo dentro de sua própria casa, que ficava localizada no Loteamento Parque das Andorinhas.

De acordo com as primeiras informações levantadas sobre o caso, Manoel teria sido vítima de um latrocínio (assalto seguido de morte). Ao chegar em casa, ele teria sido abordado por um criminoso armado, que o obrigou entrar no imóvel. Durante a investida, a suspeita é de que tenha ocorrido luta corporal e a vítima acabou sendo atingida com um tiro na cabeça.

Até o fechamento desta matéria, o suspeito do crime não havia sido preso. Após o levantamento cadavérico do Instituto de Criminalística, o corpo de Manoel da Silva foi encaminhado para o IML de Caruaru.

Alta nos preços atinge até mesmo carnes de segunda a quinta categoria e pé de galinha

Os preços das carnes dispararam nos últimos meses, mas consumidores têm reparado que não apenas os cortes mais valorizados subiram de preço. Carnes de segunda a quinta categoria — “carne de ossos”, como carcaça temperada, pé de galinha e pescoço —, passaram a ter uma procura maior e, consequentemente, também ficaram mais caras.

Porém, não há dados em pesquisas nacionais sobre esses cortes. A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), disse que não tem informações detalhadas, e a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mede a inflação oficial, se restringe a carnes de primeira e de segunda, ou ao produto como um todo, no caso de frango e porco.

De acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta acumulada no preço da carne bovina chegou a 25% nos 12 meses entre outubro de 2020 e setembro último. O frango encareceu até mais nesse período: 29%.

“Desde de que os preços começaram a aumentar muito, comecei a buscar as opções mais em conta, pois meu salário começou a não ser suficiente para pagar as contas e fazer as compras do mês”, disse Lucas da Silva, 30 anos, consultor de vendas.

Ele ressalta que, a cada mês, a situação piora. “Os preços estão aumentando, mas os salários não. Aonde vamos chegar? A situação está difícil. Eu e minha família passamos o mês passado comendo apenas ovo. Neste mês, acredito que vai acontecer o mesmo”, disse Lucas.

Para Maria de Fátima Silva, 57 anos, dona de casa, fazer compras do mês é desmotivador. “Percebi uma diferença em todos os itens de alimentação. Todavia, a carne foi o item que mais subiu de preço. Comprar carnes de segunda ou cortes de outras partes dos animais estava sendo a solução. Quem imaginaria que o pescoço de galinha sairia por R$ 20 o quilo?”, questiona. “Hoje em dia, consigo comprar apenas o essencial, o que já fica muito caro para três pessoas”, diz ela, que mora com os dois filhos.

Desempregada, a dona de casa vê as dificuldades aumentarem ainda mais. “Perdi o emprego devido a um problema que tive na coluna. Meus filhos resolveram pagar as contas para eu não me esforçar mais. Como eu fazia serviços gerais, não consegui me aposentar”, conta. “Apenas meus filhos têm renda e sustentam a casa.”

A assessora pessoal Ângela Teodoro, 35, também reclama. “Antigamente, eu gastava entre R$ 300 e R$ 400 para uma compra farta na minha casa, incluindo coisas supérfluas. Hoje, está difícil comprar o básico por esse valor”, declarou.

Ângela ressalta que, com a carestia, começou a consumir carnes de segunda categoria. “Porém, com esses aumentos, vou ter que passar para os ovos, porque, mesmo sendo apenas eu e meu marido em casa, está complicado. Eu penso nas pessoas desempregadas, elas não têm saída”, afirmou.

Correio Braziliense

Estimativa de safra em setembro cai para 250,9 milhões de toneladas

Colheita de milho, colheita de grãos

A estimativa de setembro para a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas este ano deve alcançar 250,9 milhões de toneladas. É o que apontam os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, é o sexto mês seguido de queda na estimativa mensal, com o resultado ficando 1,3% abaixo do que a produção de 2020, que atingiu o recorde de 254,1 milhões de toneladas.

De acordo com o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, a queda na produção de grãos ocorreu devido à falta de chuvas, que prejudicou as lavouras do milho e da soja, principalmente.

“O país vive uma crise hídrica. A quantidade de chuvas está muito abaixo do que normalmente é esperado. A soja, por ter sido plantada e colhida com atraso, diminuiu a janela de plantio da segunda safra do milho, que vem logo depois da colheita dela. Por isso ficou mais dependente de boas condições climáticas e, como as chuvas não vieram, houve redução na produção dessa safra”, explicou Barradas.

Outro problema apontado pelo pesquisador foi o inverno rigoroso que levou à ocorrência de geadas na Região Sul e o clima mais frio em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

O milho deve totalizar 86,3 milhões de toneladas, uma redução de 16,4% em relação à produção do ano passado. A estimativa para a segunda safra, que representa 70,2% da produção total do milho, é de queda de 21%. Na comparação com a estimativa de agosto, o declínio é de 2%, com quedas de 3,5% em Goiás; de 6,7% no Paraná; de 10,1% em Minas Gerais, e São Paulo deve produzir 24,1% menos milho do que no ano passado.

A estimativa de produção da soja segue em crescimento, com previsão para uma colheita recorde de 134,0 milhões de toneladas. O aumento é de 0,2% frente à previsão anterior e de 10,3% na comparação com a produção do ano passado.

O resultado positivo foi impulsionado pela recuperação no Rio Grande do Sul, que apresentou crescimento de 80,8% em relação ao ano anterior, quando as lavouras do estado foram muito prejudicadas pela estiagem. Tiveram aumento na estimativa de setembro para a produção de soja, na comparação com agosto, Mato Grosso (0,9%) e o Rio Grande do Sul (0,1%).

Os três principais grãos produzidos no país são o milho, o arroz e a soja, que representam 92,4% da estimativa da produção e respondem por 87,7% da área a ser colhida.

Outros grãos
O café é afetado pela bianualidade negativa e a produção deve chegar a 2,9 milhões de toneladas, sendo 935 mil toneladas de café canefhora e 1,9 milhão de toneladas de café arábica. A queda é de 3,1% em relação à estimativa de agosto e de 31,8% em relação à safra recorde de 2020.

A produção do trigo tem previsão de crescimento no total colhido na comparação com o ano passado, mesmo com a queda de 0,6% em relação à estimativa de agosto. Segundo Barradas, a produção da commodity foi beneficiada pelo clima e deve chegar à produção de 8,1 milhões de toneladas, aumento de 31,0% frente a 2020.

“Essa é uma produção muito boa. O trigo está agora em campo e o clima tem ajudado. O Paraná e o Rio Grande do Sul são os principais estados produtores do trigo e tem chovido por lá”, disse Barradas.

As lavouras de feijão foram prejudicadas pelo clima seco. Apesar da estimativa ter crescido 1,9% no mês, principalmente na terceira safra (6%), no ano a previsão é de queda na produção de 5,6%. A estimativa de safra para o algodão herbáceo é de 5,8 milhões de toneladas, uma queda de 1% na comparação com a estimativa de agosto e de 17,5% em relação ao produzido em 2020.

Cana-de-açúcar e laranja
A produção de cana-de-açúcar está com estimativa de queda de 7,3%, para 628,5 milhões de toneladas. Segundo Barradas, a lavoura também foi prejudicada pela estiagem. “A maior parte da produção da cana-de-açúcar não tem irrigação. Então é uma cultura que sente muito a falta de água e por isso foi bastante afetada pelo clima”.

São Paulo é o maior estado produtor de cana-de-açúcar no país e deve responder por 49,9% do total, com 313,6 milhões de toneladas. Segundo o levantamento do IBGE, o Paraná reduziu a estimativa da cana em 1,7% em setembro, enquanto na Região Nordeste houve aumento de 1,4% na comparação com agosto e de 3,1% frente ao ano anterior, com 724,9 mil toneladas a mais.

Outra colheita prejudicada pelo clima seco foi a de laranja, cuja produção total do país deve ficar 13,8% menor do que a do ano passado, com 13,6 milhões de toneladas. Só em São Paulo, que responde por 70,7% da produção nacional da laranja, a queda deve ser de 18,9%. Com isso, a estimativa é de que o país produza 332,7 milhões de caixas de 40,8 kg, queda de 7,2% em relação ao previsto em agosto.

Agência Brasil