boletim-covid-unimedcaruaru13.10.21
Segue em anexo o boletim informativo da Unimed Caruaru sobre os atendimentos da COVID-19 no Hospital Unimed Caruaru até a quarta-feira (13).
boletim-covid-unimedcaruaru13.10.21
Segue em anexo o boletim informativo da Unimed Caruaru sobre os atendimentos da COVID-19 no Hospital Unimed Caruaru até a quarta-feira (13).
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está cada vez mais próximo. Sabendo de toda tensão e preocupação que cerca os candidatos, algumas dicas são podem ajudar os vestibulandos nos estudos e nos dias de prova. E o cuidado com o corpo e a saúde faz parte disso. O professor, fisioterapeuta, especialista em fisioterapia aquática e coordenador do curso de fisioterapia da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Erton Lacerda, ajuda os candidatos com dicas importantes.
O estudante passa muito tempo sentado em frente aos livros, computadores e anotações para poder aumentar mais ainda o seu conhecimento, porém estudos científicos mostram que longo período numa só postura pode ser prejudicial para o corpo humano. “Logo, é importante que a cada hora que se passe sentado, faça-se um intervalo para levantar-se e postar-se em outra postura por cinco minutos. Essa ação irá diminuir as chances de ser acometido por um problema postural”, explica o fisioterapeuta.
Ainda segundo Lacerda, a hidratação é essencial, uma vez que nosso corpo precisa de água, numa quantidade ideal, para funcionar bem. Ele explica que o corpo sem a hidratação ideal sofre com redução das comunicações neuronais, fadiga muscular e baixa elasticidade tissular, ou seja, causando uma pele desidratada.
“Por último, sempre importante ressaltar que devemos manter uma rotina de repouso. O organismo precisa parar para poder funcionar melhor. Períodos de sono e lazer são importantes, logo durma bem, entre seis e oito horas por noite e busque algum lazer. Nesses momentos o cérebro se reorganiza, otimizando sua função”, indica e conclui o fisioterapeuta.
O Governo do Estado, por meio da Compesa, está implantando 360 metros de rede de distribuição de água na Rua Antônio Barbosa Maciel, no Bairro Nova Caruaru. A obra, que será finalizada até o final do mês de outubro, contemplará 30 imóveis da área que ainda não eram atendidos pela companhia.
“Esta obra é parte das diversas ações que o Governo do Estado e a Compesa estão realizando na cidade de Caruaru, como substituição, modernização e implantação de redes de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, buscando a constante melhoria nos serviços prestados à comunidade”, explica o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Denis Mendes.
A CPI da Covid completa, hoje, seis meses desde sua instauração. De lá para cá, houve um rol de depoimentos, quebras de sigilo e investigações, levado a cabo pela comissão, que conseguiu ocupar espaço de protagonismo no jogo político. O fim dos trabalhos ocorrerá no próximo dia 20, quando haverá a votação do relatório do senador Renan Calheiros (MDB/AL).
Nesta reta final, a cúpula do colegiado mudou o cronograma dos trabalhos. Desistiu da convocação, pela terceira vez, do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cujo depoimento estava marcado para segunda-feira. Na data, ocorrerá a oitiva do médico pneumologista Carlos Carvalho e de parentes de vítimas do novo coronavírus.
No dia 19, Calheiros apresentará o relatório. Ele já antecipou que relacionou 37 investigados no parecer. Disse, ainda, que mais de 40 pessoas devem ser responsabilizadas no documento, entre elas o presidente Jair Bolsonaro. Segundo o parlamentar, a CPI não poderia “falar grosso na investigação e miar no relatório”.
Com a aprovação do parecer, a intenção é entregá-lo à Procuradoria-Geral da República (PGR) já no dia 21. O órgão terá 30 dias para decidir se dará prosseguimento às denúncias, pedirá o arquivamento ou definirá diligências. No dia 26, membros da CPI vão se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para protocolar um pedido de impeachment contra Bolsonaro.
De acordo com o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a cúpula do colegiado pretende levar o relatório, também, até o Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. A Corte é responsável pelo julgamento de acusados de crimes contra a humanidade, como genocídio.
Conforme analistas, a CPI tem sido responsável por equilibrar o noticiário político, antes pautado por ações e ataques de Bolsonaro. Para eles, o ritmo do jogo político era, de certa forma, ditado pelo chefe do Executivo, que sempre se utilizou da política do enfrentamento e de cortinas de fumaça para tentar encobrir insucessos.
“Uma das grandes mudanças que a CPI trouxe na pauta política foi justamente o fato de ser capaz de ditar a pauta política. A comissão acabou tirando um pouco do protagonismo do presidente no cenário político, sendo ela mesma a produtora de notícias, a produtora de informações para a sociedade”, afirmou Valdir Pucci, professor e mestre em ciência política.
Com repercussão e força política própria, a CPI expôs informações que podem custar caro a Bolsonaro, como a demora para comprar vacinas contra a Covid-19, a propaganda do chamado “tratamento precoce”, a revelação de que o Ministério da Saúde negociou imunizantes superfaturados e o escândalo recente com a Prevent Senior — segundo depoimentos ao colegiado, a operadora usava seus pacientes como cobaias em experimentos com substâncias como cloroquina, ivermectina, azitromicina e até ozônio no “tratamento” do coronavírus.
Com grande audiência — sendo constantemente um dos assuntos mais comentados nas redes sociais —, mesmo após o seu término, o fantasma da CPI deve continuar assombrando Bolsonaro durante a campanha eleitoral no ano que vem.
Para o cientista político André Rosa, o presidente pode ser impactado com algo parecido com o que sofreram petistas com relação à Operação Lava-Jato. “A CPI da Covid será objeto de grande repercussão nas eleições e também na formação das preferências do eleitor na hora da escolha do voto. Tal como a Operação Lava-Jato, que impulsionou a candidatura de Jair Bolsonaro, será a da Covid-19 que proporcionará aos concorrentes o combustível da propagação de campanha negativa da gestão do atual presidente”, frisou.
Conforme Rosa, o relatório de Calheiros trará sérios problemas para a já abalada imagem do chefe do Executivo. “Os impactos na sociedade serão fragmentados entre os apoiadores do presidente e os seus dissidentes. Aos dissidentes, a certeza de um país mal gerido, que alcançou o nível inflacionário pré-Plano Real, alta fora da curva dos combustíveis e mais desigual”, listou. “Por fim, a CPI formaliza em um relatório o resumo de um dos piores governos da história do país.”
Queiroga
A decisão da cúpula da CPI de abrir mão da terceira convocação do ministro Marcelo Queiroga foi tomada porque senadores não acreditam que ele apresentaria informações capazes de contribuir com as investigações. Na semana passada, o titular da Saúde já havia respondido, por escrito, a questionamentos feitos pela comissão.
Os parlamentares preferem, então, focar no médico pneumologista Carlos Carvalho, professor da Universidade de São Paulo. Ele coordenou um estudo que refutou o uso de medicamentos, como a hidroxicloroquina, cloroquina e a azitromicina, em pacientes com Covid-19. A pesquisa seria analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), órgão do Ministério da Saúde, mas acabou retirado de pauta.
Para driblar Aras
Diante do alinhamento do procurador-geral da República, Augusto Aras, com o presidente Jair Bolsonaro, a CPI da Covid estuda formas de driblar uma eventual omissão da Procuradoria-Geral da República (PGR) para avançar com processos contra o chefe do Executivo e outros políticos com foro.
Uma das opções seria levar o processo adiante por meio de entidades privadas, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que tem prerrogativa para encaminhar os indiciamentos diretamente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Outra opção é entrar com uma ação penal subsidiária da pública, diretamente no STF — medida possível em caso de inércia do Ministério Público.
Correio Braziliense
Procurando gerar ações que venham agregar mais pessoas através de ações diferenciadas na memória afetiva das pessoas, a Rever Promo, Apolo Empreendimentos Culturais e Centro de Atividades Celeiro de Ideias (CACI) prometem mexer com a cabeça e o coração de quem é apaixonado por festa junina.
Nos dias 15, 16 e 17 de outubro, o Arraiá do Rela Bucho aporta no Alto do Moura para realizar uma live cultural. O evento será em formato híbrido (presencial e online) e terá oficinas juninas e atrações culturais regionais.
Estão confirmados Trio Fole de Ouro, Molecoshow, Grupo Tradição de Dança, Quadrilha Brincantes do Sertão, Coroné Pincé, Cia Olhares de Dança, Pedrinho do Acordeon, Grupo Flor e Barro, Banda de Pífanos Nossa Senhora das Graças, Molecodrilha, Animadrilha e Trio Remelexo.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve pedir o indiciamento de dois filhos do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), no relatório final da CPI da Covid. Eles teriam atuado no chamado “gabinete do ódio”, coordenando e auxiliando blogueiros e empresários a espalharem desinformações sobre o novo coronavírus. As supostas provas estão anexadas no inquérito das fake news, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em setembro, Moraes compartilhou o inquérito com o colegiado. Eduardo Bolsonaro e o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten aparecem em tratativas com o empresário Otávio Fakhoury para tentar criar uma rádio que representasse “uma arma para a guerra política”. Carlos Bolsonaro é apontado no inquérito como coordenador do gabinete do ódio.
Fakhoury e Luciano Hang, dono da Havan, ainda devem constar como supostos financiadores do esquema de articulação e financiamento de notícias falsas sobre a pandemia nas redes sociais, distribuídas em favor do presidente Jair Bolsonaro.
Já o assessor da Presidência Filipe Martins deve ser listado como responsável por encabeçar as estratégias dos conteúdos, e as deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF), por compartilharem as publicações em seus perfis, algumas delas já apagadas das respectivas redes sociais.
Na avaliação de juristas, a maior dificuldade será tipificar os supostos crimes. O advogado especialista em direito público Karlos Gad Gomes destacou que a disseminação de fake news não está regulamentada na lei. “Contudo, dependendo do que for identificado nas investigações, os filhos do presidente e demais integrantes do ‘gabinete do ódio’ podem incorrer nos crimes contra a honra, como calúnia e difamação, que têm como pena máxima até dois anos de detenção”, explicou.
O financiamento de atos antidemocráticos também é motivo de preocupação para as eleições de 2022. “Nesse caso, eles podem responder pelos mesmos crimes e incorrer nas mesmas penas. O Código Penal não traz a condição de ser agente público como uma agravante dos crimes contra a honra. Por isso, é necessário a regulamentação e a tipificação do crime de disseminação de notícias falsas, principalmente porque nos aproximamos de uma nova corrida eleitoral”, observou Gomes.
Correio Braziliense
Um caminhão que transportava 12 m³ de madeira irregular do Pará foi retido, na segunda-feira (11), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR 232, em Sertânia, no Sertão de Pernambuco. A carga havia saído do Pará e seguiria para Arcoverde, também no Sertão.
Policiais realizavam uma fiscalização no km 278 da rodovia, quando abordaram um caminhão que transportava madeira serrada. Ao ser questionado sobre a documentação da carga, o motorista disse que não possuía a Guia Florestal nem a Nota Fiscal, o que torna ilegal esse tipo de transporte.
O forte aumento nos preços tem feito um estrago enorme no orçamento doméstico da maioria das famílias brasileiras ao longo deste ano e, de quebra, tem ajudado a comprometer o crescimento da economia em 2022. O Banco Central (BC) vem elevando os juros para patamares restritivos à atividade econômica, o que deverá frear o Produto Interno Bruto (PIB) em pleno ano eleitoral, para o desespero do governo Jair Bolsonaro. Analistas alertam que apenas elevar a taxa básica da economia (Selic) não será suficiente para conter as pressões inflacionárias, que estão se mostrando cada vez mais persistentes até o próximo ano.
Segundo os especialistas, além de comprovar que é uma autarquia independente do governo, o BC precisará diversificar o arsenal de instrumentos para manter o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo do teto da meta no ano que vem e intervir mais no câmbio. Isso porque o dólar tem voltado a ficar em torno de R$ 5,50 e não deve cair facilmente devido aos riscos políticos e fiscais elevados, ajudando a manter o custo de vida elevado e na casa de dois dígitos.
O teto da meta de inflação deste ano é de 5,25% e, no ano que vem, cai para 5% — menos da metade da alta acumulada em 12 meses no IPCA de setembro, de 10,25%. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC elevou a taxa Selic em um ponto percentual, para 6,25% ao ano, e sinalizou o mesmo ritmo de alta nas duas próximas reuniões do ano — de outubro e de dezembro —, o que fará com que os juros terminem o ano em 8,25%.
Contudo, com a Selic nesse patamar, será difícil para o BC conseguir convergir o IPCA abaixo de 5% no ano que vem, pois a mediana das projeções atuais já estão em 4,7% e devem continuar subindo, de acordo com especialistas.
“A estratégia de adiar um ajuste mais forte é muito arriscada e tem um risco elevado que é manter a inflação alta em 2022 por causa da inércia”, alertou o economista-chefe da JF Trust Gestora de Recursos, Eduardo Velho, que prevê alta de 9,26% no IPCA deste ano. Apesar de prever a Selic em 8,25% no fim do ano, Velho considera que, atualmente, os juros básicos em 9,5% ao ano podem ser o piso para a Selic se o BC quiser evitar um novo estouro da meta de inflação em 2022.
Segundo ele, o recente reajuste na gasolina anunciado pela Petrobras só piora o quadro inflacionário e “deverá contribuir para um cenário em dezembro com o IPCA de dois dígitos”. Pelas estimativas dele, o BC poderá elevar a Selic para 10% em abril próximo e, no fim de 2022, os juros básicos deverão encerrar o ano em 8,5%.
Especialistas lembram que o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na semana passada pelo Banco Central, atribui que boa parte da inflação foi decorrente da alta dos preços das commodities e dos combustíveis, mas eles destacam que há muitas incertezas no cenário econômico e político que contribuem para os preços continuarem elevados.
“Uma leitura apressada poderia indicar que bastaria voltar os preços das commodities para o BC não precisar se preocupar muito e não subir a taxa de juros que deveria. Mas, como tem sido recorrente desde o início do ano, as projeções de inflação têm sido revisadas para cima”, alertou Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.
“No nosso caso, mantemos o IPCA esperado este ano em 8,6% e, no ano que vem, em 4,7%. Mas o risco que começa a aparecer é de o BC perder a capacidade de manter as expectativas de inflação ancoradas ao redor da meta para 2022. O mercado tem revisado sistematicamente as projeções para cima e fica a dúvida do que poderá ser a inflação ano que vem. Alguns riscos estão se acumulando.”
De acordo com a professora do Insper Juliana Inhasz, o Banco Central já percebeu que a inflação de dois dígitos é uma realidade e que apenas elevar os juros não vai ter muito efeito, devendo intervir no câmbio. “Quando olhamos para o câmbio, ele já está contaminado pelo risco político e o risco fiscal. E, como há muitas incertezas ainda no cenário externo devido à pandemia da Covid-19, pode ser que o BC, de alguma forma, precisará pensar em alguma intervenção mais direta, como soltar um pouco das reservas internacionais”, apostou.
Na sexta-feira, esse estoque estava em US$ 368,9 bilhões. “A intervenção via juros é muito lenta e tem sido corroída por outros efeitos devido às incertezas e aos riscos fiscal e político.”
Dólar
Os analistas lembram que o dólar continuará valorizado no ano que vem, devido às incertezas em relação às eleições e também porque o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) deu sinais claros de que mudará a política monetária, reduzindo a liquidez no mercado e, consequentemente, reduzindo a oferta de dólares. Isso ajuda a elevar o preço da divisa dos EUA, que injetam US$ 120 bilhões por mês desde o ano passado. “O BC precisará agir e aliar outras políticas, senão apenas subir os juros não vai ter efeito”, destacou Juliana Inhasz.
De acordo com Eduardo Velho, o BC deverá intervir no câmbio se o dólar voltar a ficar em patamares próximos a R$ 6. “Caso o dólar suba de forma mais rápida para aquele nível de R$ 5,7 ou de R$ 5,8, seria factível alguma intervenção do Bacen mais forte com leilão de linha de venda. Mas o BC não tem meta e não controla o preço do câmbio. A intervenção seria fundamentada por uma variação acentuada do dólar para cima em um curto espaço de tempo sem muita consistência de tendência”, explicou.
Guedes admite que inflação vai subir
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem, durante entrevista à TV Bloomberg, nos Estados Unidos, que a inflação no Brasil vai subir, mas que haverá crescimento neste ano e em 2022. Um ano antes das eleições presidenciais, o chefe da equipe econômica também afirmou que teme o impacto do risco político nos mercados financeiros.
“Sim, a inflação vai subir, mas a política monetária está lá para conter a alta de preços”, respondeu Guedes a uma pergunta sobre a pressão inflacionária no país. Segundo o ministro, metade da inflação brasileira vem atualmente dos preços de alimentos e da energia. Ele declarou que o Brasil tem uma democracia “vibrante”, mas que há muito “barulho político”. Ele disse ainda que há no país uma “turma” que perdeu as eleições de 2018, mas que “não aceita o resultado”, em uma sugestão de que opositores tentam sabotar o governo.
Durante a entrevista, o ministro criticou as projeções para a economia brasileira, disse que as estimativas se provarão erradas e previu que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 5,5% este ano. “Crescimento não será problema. O problema é a inflação”, declarou.
No Relatório de Mercado Focus mais recente, divulgado na segunda-feira, houve manutenção da mediana das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, em 5,04%, mesma estimativa de quatro semanas atrás. Já o Fundo Monetário Internacional reduziu um pouco a projeção do crescimento do Brasil para 2021, da estimativa de 5,3% divulgada em julho para 5,2% agora.
De acordo com Guedes, o Brasil terá uma recuperação forte, após os efeitos da pandemia de Covid-19, porque o avanço da vacinação permitirá que as pessoas voltem ao trabalho de forma segura. Ele também disse que a estrutura regulatória do país mudou e que, por isso, o Brasil está agora “aberto a negócios”.
Guedes está nos EUA para participar de reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), do qual o Brasil faz parte. Mais cedo, o ministro também concedeu uma entrevista à CNN Internacional e falou sobre inflação, crescimento, pandemia e vacinação, empresas de offshore e o plano de crescimento verde para o país, que será apresentado na COP26, na Escócia, no mês que vem.
Pandora Papers
Sobre a investigação Pandora Papers, que apontou Guedes (e também o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto) como proprietário de uma empresa num paraíso fiscal (offshore), o ministro disse que “não fez nada de errado”. Ele voltou a dizer que sua offshore é “legal, reportada ao Comitê de Ética da Presidência, declarada na Receita Federal e registrada no Banco Central”. “Eu saí do comando da empresa semanas antes de assumir o ministério. E além disso, na semana passada, a Suprema Corte brasileira arquivou o caso”, afirmou.
Pressões cada vez maiores
As pressões inflacionárias não devem ceder tão fácil, de acordo com analistas que alertam para um problema ainda maior para o governo: o fim da margem extra do teto de gastos em 2022, que vem encolhendo mês a mês. Aliás, isso é o que mais deve incomodar o ministro da Economia, Paulo Guedes, que passou a reconhecer que a inflação é mais preocupante do que o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
“O problema não é o crescimento, mas é a inflação”, disse Guedes, ontem, em entrevista à Bloomberg nos Estados Unidos. O ministro está em Washington para participar do encontro anual de outono no Hemisfério Norte do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. O retorno do chefe da pasta de Economia está previsto para amanhã. Ele voltou a minimizar as projeções mais pessimistas para o PIB brasileiro dizendo que as previsões “têm sido constantemente erradas”.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro deverá ficar acima dos 8,25% contabilizados em 12 meses até junho e que corrige a emenda constitucional que limita o aumento dos gastos à inflação. Vale lembrar a alta acumulada no IPCA de setembro, que registrou elevação de 10,25%. É a primeira vez que o indicador registra alta de dois dígitos desde fevereiro de 2016, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Portanto, se o indicador continuar elevado, o governo não terá folga no teto de gastos como anteriormente previsto.
Ao contrário das estimativas no início do ano, a inflação não está cedendo no segundo semestre e não deverá ficar abaixo dos patamares da primeira metade do ano, o que é preocupante porque há vários fatores que devem contribuir para o aumento do custo de vida. Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, lembrou que, além da dispersão generalizada, o dissídio dos trabalhadores a ser concedido neste mês, em torno de 9%, deverá ajudar a pressionar a inflação. E destacou ainda que a retomada do setor de serviços, que começou também a reajustar os preços, como restaurantes e passagens aéreas, também contribui para a inflação mais alta nos próximos meses e no ano que vem.
Não à toa, as estimativas de crescimento do PIB de 2022 estão em queda livre enquanto as projeções de inflação e da taxa básica de juros (Selic) não param de subir. Diante desse cenário e do aumento das incertezas em relação à pandemia, o FMI, por exemplo, passou a prever 1,5% de crescimento no PIB de 2022, mas há projeções ainda piores, como a da MB Associados, que já prevê alta de 0,4%.
“Observamos pressões inflacionárias muito fortes, tendo o agravante de combustíveis e energia estarem pressionados. Quase tudo que utilizamos no dia a dia leva esses itens indiretamente. O ano de 2022 vai ser desafiador. Cenário externo com principais bancos centrais subindo juros no segundo semestre”, alertou o estrategista da RB Investimentos. “Ainda tem todo esse problema das indústrias desabastecidas no mundo. Vamos ter um 2022 com inflação alta no mundo e o Brasil não vai escapar dessa pressão”, acrescentou Cruz.
Correio Braziliense
O FMI (Fundo Monetário Internacional) avalia que a inflação no mundo deve seguir em alta até o fim de 2021, mas arrefecer no ano que vem e retornar a níveis pré-pandemia. No entanto, o cenário segue incerto, já que a crise sanitária ainda não foi controlada, e o fundo defende que a saída para a crise atual é aumentar a vacinação.
“Desdobramentos recentes deixaram muito claro que a pandemia não vai terminar em uma parte até acabar em todas as partes”, defende o fundo, no relatório World Economic Outlook (panorama da economia mundial), divulgado nesta terça (12). O FMI recomenda que os países mais ricos ajudem os pobres a terem acesso a mais vacinas, por meio de doações, financiamentos e transferências de tecnologia.
A instituição realiza nesta semana sua reunião anual, em Washington. O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, viajaram para participar do evento e ficarão alguns dias na capital dos EUA. No Brasil, o IPCA, índice oficial de inflação do país, atingiu 1,16% em setembro e acumula alta de 10,25% em 12 meses. O indicador anualizado é quase o dobro do teto da meta de inflação perseguida pelo BC, Banco Central, de 5,25%.
Para o fundo, a inflação global pode piorar se surgirem novas variantes antes de que a vacinação avance nas áreas mais pobres do planeta. Nos países desenvolvidos, cerca de 58% da população está com o ciclo vacinal completo. Em nações emergentes, esse índice está em 36%. E em países pobres, menos de 5%. No Brasil, essa taxa é de 46,5%.
Novos surtos de Covid podem dificultar a retomada econômica dos países e gerar efeitos na economia global por romperem ciclos de produção e logística. A alta da doença em países da Ásia neste ano, por exemplo, fez com que fábricas locais tivessem de ser fechadas por vários dias, levando à falta de componentes eletrônicos para a montagem de outros produtos, como carros, gerando um efeito cascata capaz de impactar a inflação em lugares muito distantes do local onde houve alta de casos e mortes.
O estudo ressalta que a inflação deve seguir forte em alguns países emergentes por reflexo da alta do preço dos alimentos, do petróleo e da perda de valor das moedas locais frente ao dólar e ao euro, o que encarece importações. E que os preços de comida tem subido em países de renda mais baixa, aumentando a fome e as dificuldades para os mais pobres.
O fundo recomenda que os gastos com saúde sigam sendo priorizados, mesmo em situações de orçamento apertado, e que os bancos centrais estejam preparados para agir rapidamente nos casos de altas súbitas de preço, mesmo que isso comprometa a recuperação de empregos.
“A alternativa de esperar pela retomada robusta do mercado de trabalho traz o risco de que a inflação cresça de um modo no qual ela se auto-alimenta, minando a credibilidade das políticas e criando mais incertezas”, alerta o fundo. O cenário de crescimento econômico menor e inflação alta gera o risco de uma estagflação global, situação em que preços sobem e os países não crescem, mesmo que os governos apliquem estímulos fiscais e monetários.
O FMI alerta que caso a Covid siga tendo impacto prolongado, o PIB global pode encolher em até US$ 5,3 trilhões nos próximos cinco anos, mas que isso pode ser evitado com o avanço da imunização. A instituição projeta que a economia global deve crescer 5,9% em 2021 e 4,9% em 2022. A previsão atual para este ano é 0,1% menor do que a feita em julho. A redução nas expectativas ocorreu por conta dos problemas nas cadeias de suprimento globais e pela piora da pandemia em países mais pobres. O fundo avalia que a recuperação global perdeu impulso no segundo trimestre de 2021.
O FMI estima que o Brasil crescerá 5,2% em 2021, mas apenas 1,5% em 2022. A projeção atual para o país em 2021 ficou 0,1 ponto percentual abaixo da do relatório de julho, e a de 2022, 0,4 ponto menor. Nos EUA, a economia deve crescer 6% este ano e 5,2% no próximo. A China deve ter alta de 8% em 2021 e 5,6% em 2022. O relatório também aponta que as mudanças climáticas podem afetar a economia, e cita como casos a seca no Brasil e os incêndios florestais nos EUA, entre outros.
*Por Lyana Bittencourt, CEO do Grupo BITTENCOURT – consultoria especializada em desenvolvimento, expansão e gestão de redes de franquias e negócios
Entre as idas e vindas do mercado nos últimos tempos e suas mudanças tanto no cenário macro quanto no microeconômico, as redes de franquias tiveram que se reinventar para conseguir com que os franqueados adotassem o comprometimento com a mudança como modus operandi constante.
Muitas vezes os franqueadores ao comunicarem mudanças de cenário, sejam elas de maior ou menor complexidade, acabam cometendo alguns erros e a grande parte deles fazem isso porque não levam em consideração o tipo de relação existente entre a marca e os franqueados. Ou seja, uma relação de interdependência e de parceria estratégica.
E foi olhando para esse cenário que o FRI – Franchise Relationships Institute, que é liderado por Greg Nathan, grande especialista global do setor de franquias, listou alguns dos principais erros cometidos pelos franqueadores ao informarem sobre mudanças na gestão e na forma de operar os negócios em rede, e principalmente, no franchising. Aqui estão algumas delas:
Não conseguir explicar o porquê da mudança e os benefícios que ela trará aos franqueados: os benefícios devem incluir, por exemplo, economia de tempo e dinheiro, geração de resultados e melhoria no nível de serviço ao cliente, e até mesmo uma posição de maior destaque no mercado local;
Não ser sensível a como uma mudança poderia minar a cultura da organização ou o senso de identidade dos franqueados: as mudanças que podem mexer com a cultura da empresa geralmente são vistas pelos franqueados como uma ameaça à personalidade e à alma da companhia que eles investiram;
Tratar o processo de comunicação da mudança como um exercício de vendas em vez de um processo bidirecional. Os franqueados responderão melhor a fatos e informações do que um discurso pronto e com foco apenas em vender a ideia da mudança e sem a possibilidade de colaboração;
Tratar as preocupações e dúvidas legítimas do franqueado como negatividade. Um franqueado que faz uma pergunta está dando a oportunidade de o franqueador explicar os benefícios da mudança. Ele deve receber isso como um presente para poder trazer ainda mais pessoas para o lado de quem quer fazer acontecer;
E principalmente, desistir quando confrontado com resistência. Se os franqueados resistem a uma iniciativa, isso não significa que ela seja errada ou falha. Pode significar apenas que o franqueador precisa trabalhar mais em suas comunicações ou que as pessoas ainda estão se acostumando com a ideia.
Além desses erros comuns, o FRI listou ao longo de seus anos de pesquisa, mais uma série de comportamentos que as franqueadoras devem evitar ao comunicar mudanças na rede para os franqueados, e se você quiser conhecer mais alguns deles, e ainda receber dicas práticas e insights valiosos para a gestão do franchising, te convido a participar do Franchisor Excellence Masterclass que acontece de 9 a 23 de novembro, às terças e quintas, online e ao vivo com Greg Nathan e sua equipe do FRI. Esse é um programa inédito no Brasil e trazido com exclusividade pelo Grupo BITTENCOURT para o mercado de franquias brasileiro. Acesse: https://lojabittencourt.com.br/franchisor-excellence-masterclass/