O prazo para escolher o material didático do PNLD 2022 terminará na segunda-feira (30)

Terminará, nesta segunda-feira (30), o prazo para a escolha dos livros e materiais didáticos da educação infantil para o ano de 2022. Os professores e gestores das escolas públicas terão até o início da próxima semana para acessar o Guia Digital do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) e escolher as obras. A escolha deverá ser realizada por meio do Sistema PDDE Interativo/Simec.

As escolas estaduais e municipais que ainda não tenham acesso ao sistema devem solicitá-lo à Secretaria de Educação. No caso das escolas federais, o acesso deverá ser autorizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Doria vem a Pernambuco para encontro com tucanos pelas prévias

O Governador João Doria estará em Caruaru e no Recife, Pernambuco, neste sábado, dia 28, para participar da oitava edição do “Encontros do PSDB pelo Brasil”, mobilização que reúne a militância e lideranças tucanas em torno das prévias. O PSDB definirá em novembro o candidato do partido à Presidência da República em 2022. Doria chegará a Caruaru às 8h30, e será recebido pela prefeita Raquel Lyra.

Juntos, visitarão a Feira de Artesanato de Caruaru e o Monte Bom Jesus. Às 10h30, Doria concederá entrevista coletiva no auditório do Shopping Difusora, em Caruaru. Em seguida, participará, no mesmo local, do evento com militantes. O governador paulista encerra a agenda em Caruaru com a assinatura de um convênio voltado para Educação com a prefeita Raquel, às 12h, na sede da administração municipal.

Após a agenda nesse município do Agreste, o governador de São Paulo seguirá para o Recife, onde se encontrará com o presidente do PSDB, Bruno Araújo, e com o Governador Paulo Câmara.

Entrevista coletiva
“Encontros do PSDB pelo Brasil” em Caruaru
Data: Sábado, 28 de agosto de 2021
Horário: 10h30
Local: Auditório do Shopping Difusora. Avenida Agamenon Magalhães, 444

Prefeitura de Caruaru promove “Vacinaço” com horário ampliado

Foto: Janaína Pepeu

Nos dias 27, 28 e 29 de agosto, a Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Saúde, realizará o Vacinaço. A ação consiste na antecipação da 1ª dose dos agendados do dia 30/08 ao 05/09 para os três dias de ação, que será realizada das 7h30 à 0h, no Espaço Cultural Tancredo Neves, onde funciona o Centro de Vacinação Covid-19.

Além da ação de antecipação, uma novidade é que, durante esses três dias, o horário de funcionamento do centro será ampliado, encerrando as atividades às 0h.

“Nos três dias da ação do Vacinaço, teremos uma ampliação de horário de mais 8h de funcionamento no Centro de Vacinação Covid-19. Com o horário extra, nossa meta é antecipar a vacinação de 18 mil pessoas”, disse o secretário de Saúde de Caruaru, Breno Feitoza.

Para participar do Vacinaço, é necessário realizar o agendamento no site Vacina Caruaru no link www.vacina.caruaru.pe.gov.br ou pelo Disque-Vacina no 0800 281 7080.

No dia, é preciso comparecer ao local no horário marcado com documento oficial com foto, CPF, Cartão Nacional do SUS (CNS) e comprovante de residência.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 25.08.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta quarta-feira (25), 97,52% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 44 novos casos, 47 pessoas recuperadas da doença e nenhum óbito.

O número de testes realizados subiu para 106.223 dos quais 40.575 foram através do teste molecular e 65.648 pelo teste rápido, com 32.141 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 73.478.

Também já foram registrados 121.872 casos de síndrome gripal e 879 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 604 casos, 56 pessoas em isolamento domiciliar e 16 internamentos.

Fisioterapia Veterinária: o melhor caminho para restaurar e manter a saúde do seu pet

Assim como em humanos, a fisioterapia também vem sendo fundamental na melhora da qualidade de vida dos animais, principalmente do cão, do gato e do cavalo. Conhecida como Fisioterapia Veterinária, ela é indicada, principalmente, na recuperação dos movimentos comprometidos devido a sequelas neurológicas e traumato ortopédicas. É importante também para pacientes no pré e pós-cirúrgico.

De acordo com o doutor Moisés Ferreira Filho, fisioterapeuta e veterinário, dentre os recursos fisioterapêuticos mais utilizados, estão a eletroterapia (utiliza a corrente elétrica com fins terapêuticos), a termoterapia (gera calor ou frio), a fototerapia (inclui o laser e a radiação infravermelha luminosa), a magnetoterapia ( ondas eletromagnéticas de baixa frequência), bem como a cinesioterapia (refere-se aos métodos e técnicas de exercícios terapêuticos) e a hidrocinesioterapia (utilização de exercícios terapêuticos na água), mais conhecida como fisioterapia aquática, que pode ser feita em piscina ou em esteira subaquática.

“Dependendo do quadro clínico do animal, após uma criteriosa avaliação funcional, todos os recursos citados podem estar presentes no planejamento terapêutico, sendo a fisioterapia aquática responsável por, aproximadamente, 50% da recuperação do animal, obviamente respeitando as possíveis contraindicações”, afirmou doutor Moisés, que atende nas clínicas veterinárias parceiras no Recife e também em domicílio.

Especialista em fisioterapia aquática, ele explica que esse método é muito eficaz porque, dentro da água, os animais têm mais facilidade na execução dos movimentos e dos exercícios, visto que, dentro d’água, o peso corporal pode ser reduzido em até 70%, além de diminuir o impacto nas articulações.

“A resistência da água fortalece os músculos e agiliza a recuperação em diversos problemas de saúde dos animais. Os resultados já podem ser vistos desde as primeiras sessões”, disse, acrescentando que a quantidade de sessões vai de acordo com o tratamento indicado para cada paciente.

Entre outros benefícios, a fisioterapia aquática é importante para o fortalecimento dos músculos e manutenção; alívio da dor, tensão e inchaço; aumento gradual da amplitude de movimentos das articulações; alívio dos espasmos musculares; melhora ativa da circulação sanguínea; melhora da condição física e psicológica (pulmões, coração e confiança para realizar atividades) e para o aumento da velocidade na recuperação de lesões.

Porém, segundo doutor Moisés, diante de tantos benefícios, infelizmente, muitos veterinários não encaminham seus pacientes para a fisioterapia. “Talvez por não acreditarem que seja essencial para a plena recuperação do animal, o que é lamentável”, concluiu.

Mais informações sobre o trabalho do fisioterapeuta e veterinário Moisés Ferreira Filho podem ser obtidas pelo telefone (81) 98826-9130 ou pelo Instagram #physiovetmm. Ele também dar consultorias em clínicas veterinárias para quem tiver interesse em montar um setor de fisioterapia, bem como cursos voltados para essa área.

Barroso sobre ataques de Bolsonaro: ‘não discuto miudezas’

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), minimizou as críticas que tem sofrido ao longo das últimas semanas do presidente Jair Bolsonaro. Entre as ofensas dirigidas ao magistrado, o chefe do Executivo já se referiu a ele como “idiota”, “tapado”, e “filho da p*”.

“Ataques pessoais eu ignoro, trato com a indiferença possível. Não sou ator político. Não participo de bate boca, não paro para discutir miudezas. Eu sou um ator institucional, só atuo quando considero importante proteger as instituições, porque essa é a causa da minha geração, que foi a conquista e a preservação da democracia, e não me desvio desse caminho por nada, e acho que a sociedade brasileira está madura o suficiente para não aceitar qualquer tipo de desvio institucional que, aliás, nos tornaria párias mundiais”, frisou Barroso.

A declaração dele foi dada durante um evento organizado pela XP Investimentos, nesta quarta-feira (25). Barroso também falou sobre voto impresso, um dos motivos de maior desavença entre Bolsonaro e ele. O ministro sempre se colocou contra essa pauta por entender que as urnas eletrônicas são seguras e que instituir um mecanismo de votação com papel colocaria em risco as eleições do país, ao contrário do que defende o presidente da República.

Recentemente, a Câmara dos Deputados rejeitou uma proposta de emenda à Constituição que buscava implementar o voto impresso já para as eleições de 2022. “O país tem tantos problemas. Inflação fugindo de controle, desemprego batendo recordes, desinvestimentos, juros subindo, e a gente discutir voto impresso é uma total perda de foco, porque estamos discutindo algo em que não há problema”, lamentou o magistrado.

Barroso voltou a afirmar que as urnas eletrônicas não são suscetíveis a invasões. “Desde 1996 nós utilizamos urnas eletrônicas. Elegemos o Fernando Henrique Cardoso para o segundo mandato, o Lula para dois mandatos, a Dilma Rousseff para dois mandatos e o Bolsonaro, inclusive com alternância no poder em diferentes momentos. Nunca se documentou alguma fraude. Quem disse que tinha provas não as apresentou. O sistema é totalmente seguro e auditável em todos os seus passos”, garantiu.

“Tudo é transparente, seguro e auditável. Nós trabalhamos pela democracia brasileira, não trabalhamos para candidato algum”, acrescentou o ministro, que também disse que, “ao contrário do que possa parecer, o voto impresso não seria um mecanismo a mais de auditoria, não nas circunstâncias brasileiras”.

“Teríamos que transportar 150 milhões de votos nesse país em que se rouba cargas. Há problemas de milícia, PCC, Comando Vermelho, Amigos do Norte, problemas de segurança. Depois, teríamos que armazenar. A história do Brasil é de urnas que apareciam grávidas, nos tempos das urnas de lona, em que apareciam mais votos do que eleitores. E, depois, a proposta era contagem manual pública de votos, que eram aquelas cenas pavorosas no Maracanã ou nos centros de apuração em que os fiscais comiam voto. Seria um retrocesso na história do Brasil voltarmos aos modelos das fraudes eleitorais.”

Banco Mundial diz que apenas 7% deixam Bolsa Família de forma gradual

Brasília – Cidade estrutural

A maioria dos beneficiários do Bolsa Família não deixa o programa de forma gradual, o que, segundo um estudo do Banco Mundial, leva a crer que a regra criada para ajudar na transição do beneficiário para o mercado de trabalho não está sendo cumprida de forma adequada. De acordo com o relatório Equilibrando Estabilidade e Transição – Primeira Avaliação da Regra de Permanência no Programa Bolsa Família, divulgado hoje (25) pelo banco, apenas 7% dos beneficiários fizeram uso dessa regra para deixar o programa.

A Regra de Permanência (RP) tem por objetivo garantir segurança ao beneficiário durante o período de transição para o mercado de trabalho. De acordo com o levantamento do Banco Mundial, no entanto, essa transição vem sendo prejudicada por causa da forma abrupta com que o benefício tem sido encerrado, gerando instabilidade financeira entre os que tentam se inserir no mercado.

“Somente uma minoria de famílias sai do Bolsa Família passando pela Regra de Permanência, ou porque completaram todo o ciclo de vida de benefícios variáveis de seus filhos, ou porque a renda delas era maior que o limite”, diz o estudo. Os dados apresentados pelo banco demonstram que “somente 7% de todos os benefícios foram cancelados porque a família concluiu um período de dois anos na Regra de Permanência. Dos cancelamentos, 14% estão relacionados a famílias que atualizam as informações de renda e/ou a composição da família e, como resultado, a renda delas se torna mais alta do que o limite da regra, de 0,5 salário mínimo per capita”, diz o estudo.

Além disso, apenas 2% dos benefícios são cancelados porque os membros da família deixam de ter as características sociodemográficas para receber benefícios variáveis, como filhos que atingem a idade adulta.

O Banco Mundial diz que, diante das “frequentes verificações cruzadas” feitas com outros registros administrativos públicos para a averiguação cadastral – e das obrigações impostas às famílias, para “realizarem a recertificação periodicamente” –, aproximadamente 1,6 milhão de cancelamentos de benefícios ocorreram nos 12 meses anteriores à pandemia da Covid-19.

O levantamento acrescenta que 51% dos cancelamentos do benefício ocorrem no momento da averiguação cadastral, quando não é possível se beneficiar das vantagens da Regra de Permanência (RP). “A principal causa de cancelamento é a descoberta de que a família não está em conformidade durante a verificação cruzada da renda familiar feita periódica e automaticamente”, diz o estudo. Nesse processo, famílias que ultrapassem as linhas de benefício programa podem ser excluídas.

De acordo com o estudo, nos últimos anos, foi adotada pelos gestores do programa a prática de “aceitar as informações de diferentes cadastros”. No entanto, a interoperabilidade dos cadastros acabou por levar à penalização de “beneficiários que não declaram alterações em suas rendas”.

Agência Brasil

Pernambuco deve ter 3ª dose da vacina contra Covid-19, mas 480.966 da população nem tomou a 2ª

Com o anúncio feito pelo Ministério da Saúde para o início da terceira dose da vacina contra a Covid-19 já começar a ser aplicada em idosos e em imunossuprimidos a partir de setembro, em coletiva realizada nesta terça-feira (25), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou que o planejamento da aplicação do reforço já está sendo estudado pelo Estado. O secretário informou que o Comitê Estadual de Imunizações contra Covid-19 vai se reunir nesta quinta-feira (26), para tratar o assunto, que também deve ser pauta de conversa na reunião da Comissão de Intergestores Bipartite, que também acontece na quinta.

De acordo com André, a decisão da terceira dose vem sendo amadurecida a partir de uma várias constatações de trabalhos realizados, sobretudo seguindo estudos, como o recente feito pela Universidade de São Paulo (USP) sobre a duração dos efeitos da vacina. “Hoje, as evidências apontam para a necessidade da terceira dose de reforço após seis meses das pessoas que têm maior vulnerabilidade. Pernambuco, com certeza vai fazer todo o trabalho para garantir que essa vacina seja prioritária, tão logo seja liberada pelo Ministério da Saúde e distribuídas as doses. A gente precisa ver qual esquema será utilizado, provavelmente será o esquema heterólogo, com doses de vacina diferente do esquema proposto. Se a pessoa tomou duas doses de um imunizante, vai tomar de outro. Precisamos saber qual imunizante estará disponível para fazer a terceira dose e toda uma logística será montada com os municípios”, explicou.

Com uma população com idosos acima de 60 anos superior a 1,2 milhão, Longo ressaltou que a expectativa é vacinar todo o contingente com a terceira dose, sem esquecer dos profissionais de saúde que estão na linha de frente. “Estudos mostram que essa vulnerabilidade começaria aos 55 anos, vamos ter que debater se vamos recuar a idade. Vai ser inevitável que toda a população tenha que tomar a terceira dose, é natural que se faça de forma decrescente, por faixa etária, atendendo alguns públicos vulneráveis e de maior importância no contexto pandêmico. É preciso lembrar que os trabalhadores da saúde foram os primeiros a se vacinar por estarem na linha de frente, vamos aguardar a posição do Ministério da Saúde com relação a esses trabalhadores. Hoje à tarde teremos uma reunião do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde com a presença do ministro da Saúde, e também vamos colocar a necessidade desses trabalhadores para serem incluídos no primeiro grupo, é um contingente em torno de 300 mil pessoas aqui no Estado”.

Longo chamou atenção para o cuidado que o Estado deve ter na organização da terceira dose para não comprometer o esforço do ciclo completo com a primeira e segunda dose de parte da população. “Temos que tomar cuidado para não comprometer a segunda dose. Pernambuco já bateu a meta de idosos acima de 70 anos, já temos mais de 90% com o ciclo vacinal completo, que é importante. Entre 60 e 69 anos chegamos a 85%, próximo de 86% de cobertura desse grupo. Ainda precisamos vacinar mais com a segunda dose, mas esse conjunto de idosos precisa ter esse reforço e todo o nosso empenho será no sentido de que isso se dê da melhor maneira possível”.

Na última quarta-feira (18), o ministro Marcelo Queiroga havia afirmado ser contra o uso obrigatório de máscara como medida de proteção da Covid-19, além de não aceitar a aplicação de multas a quem não usa a proteção. Questionado pelo DP se Pernambuco vai manter a posição da obrigatoriedade a partir da fala do ministro, o secretário André Longo disse não ter visto a manifestação, mas garantiu o uso obrigatório no Estado.

“Enquanto o cenário epidemiológico existir, enquanto a gente não tiver segurança, é fundamental o uso da máscara por reduzir a transmissão e a carga viral que você pode receber de outra pessoa. A máscara é fundamental para evitar a transmissão nesses momentos, e que ainda há uma circulação viral importante, mais ainda quando temos a perspectiva da variante como a Delta. Precisamos continuar insistindo para que as pessoas tenham consciência de usar corretamente a máscara”, ressaltou.

População em falta com a segunda dose
Segundo o secretário em coletiva, dados atualizados do Estado mostram que 430.966 pessoas ainda não tomaram a segunda dose contra a Covid-19. “Sendo 255.34 mil da AstraZeneca, 120.693 da Coronavac e 55.239 da Pfizer. Não há outra recomendação que não seja procurar fazer a busca ativa dessas pessoas, que elas se conscientizem para buscar o agendamento ou o posto de saúde do município que residem. Acabamos de mostrar dados que reforçam essa necessidade do ciclo vacinal completo, 90% das pessoas que desenvolveram a forma grave em julho no Estado não tomaram as duas doses. É fundamental que a gente tenha esse controle a partir do ciclo completo. Estamos falando da necessidade de uma terceira dose, é óbvio que para chegar nela a gente precisa tomar a segunda, tem que ter o ciclo vacinal mínimo completo para o avanço”, mostrou.

Diario de Pernambuco

Governadores querem reunião com cúpula das Forças Armadas

O Comando Conjunto realiza cerimônia de encerramento das atividades, no Campo de Parada General Zenóbio da Costa, na Vila Militar, O evento contará com mais de 3 mil militares da Marinha, Exército e Força Aérea.

Governadores de vários estados do país vão pedir uma reunião com a cúpula das Forças Armadas para falar sobre as manifestações de 7 de setembro em favor do presidente Jair Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Os gestores locais pretendem diminuir as tensões e externar aos militares preocupações com o tom ameaçador que os organizadores dos atos têm adotado contra as instituições e a democracia.

A preocupação dos governadores com o 7 de Setembro aumentou após a descoberta de que policiais militares estavam usando as redes sociais para convocar os colegas de farda a participarem dos atos do Dia da Independência — o regulamento da corporação proíbe manifestações políticas de seus membros.

Na segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria, um dos principais adversários de Bolsonaro, anunciou o afastamento do coronel Aleksander Lacerda, que chefiava o Comando de Policiamento do Interior-7 da PM do estado. Além de convocar “os amigos” para as manifestações, o oficial dirigiu ofensas ao próprio governador, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e ao STF.

Os gestores estaduais pretendem que a reunião com a cúpula das Forças Armadas seja presencial e ocorra na próxima semana. A ideia surgiu ontem, um dia depois da reunião do Fórum Nacional dos Governadores. Durante o evento, com o mesmo objetivo de prevenir casos de violência e outras perturbações, 25 chefes de Executivos estaduais e do Distrito Federal decidiram pedir uma reunião com Bolsonaro e com os presidentes do Congresso e do STF.

O ofício que trata dessa solicitação diz que o objetivo é “identificar e pautar pontos convergentes e estratégias visando salvaguardar a paz social, a democracia e o bem-estar socioeconômico da população brasileira”.

Os governadores também assumem o compromisso de “zelar para que a missão das polícias estaduais ocorra nos limites constitucionais e da lei, como se tem verificado na história do país desde a promulgação da Constituição de 1988”.

Pesquisa
Um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em parceria com a Decode Pulse, investigou a adesão dos policiais militares à agenda conservadora de Bolsonaro. Esse trabalho se concentrou nas manifestações de representantes das corporações em ambientes digitais.

A pesquisa mostrou que 41% dos perfis públicos de praças da PM endossam as pautas do presidente, enquanto 25% adotam um discurso mais radicalizado. O estudo também apurou os posicionamentos pessoais em relação às instituições públicas, costumes sociais, distanciamento social na pandemia da covid-19, imprensa, direitos humanos, entre outros temas. O resultado mostrou que 12% dos PMs compartilham conteúdos contra as instituições, que incluem a defesa do fechamento do STF e da prisão dos ministros da Corte.

À reportagem, o deputado estadual e coordenador-geral da Associação Nacional de Praças (Anaspra), Marco Prisco Caldas Machado (PSC-BA), conhecido como Soldado Prisco, admitiu que Bolsonaro desfruta de grande simpatia entre os PMs de todo o país. Ele defendeu o direito de os agentes se politizarem e disse que os regulamentos das corporações são “opressores”, por proibirem manifestações políticas por parte de membros da tropa.

“A politização dos policiais militares, dependendo do ponto de vista, eu não vejo nada de ruim. Eu acho que a tropa tem de, cada vez mais, se politizar. Para mim, politização é conscientização. Os policiais militares, desde sua fundação até hoje, são uma categoria esquecida pela Constituição Federal, e os governadores são mais repressores possível”, acusou. “Isso porque os regulamentos de todas as polícias militares brasileiras são opressores”, acrescentou ele, que coordena uma entidade com cerca de 15 mil policiais e bombeiros militares filiados.

Defensor da desmilitarização da PM, Soldado Prisco disse não ver problemas em um agente da corporação participar de manifestação, desde que pacífica.

Já a Associação dos Militares Estaduais do Brasil (Amebrasil) divulgou nota, ontem, afirmando que “as polícias militares não podem ser empregadas de forma disfuncional por nenhum governador, pois são instituições de Estado, e não de governo”. O comunicado destaca, ainda, que, em caso de ruptura institucional, essas corporações atuarão como forças auxiliares do Exército.

A nota da Amebrasil é assinada pelo coronel da reserva Marcos Antônio Nunes de Oliveira, que foi comandante-geral da PM do DF. O texto afirma que “às Forças Militares Estaduais e do Distrito Federal (Polícias Militares) compete a segurança e a ordem pública conforme mandamento da Constituição Federal no seu artigo 144”. Também segundo o comunicado, “afora essas missões, ainda lhes são atribuídas, no campo da defesa interna ou no caso de ruptura institucional (estado de sítio ou de defesa), compor o esforço de mobilização nacional para a defesa da Pátria, a garantia dos Poderes constitucionais e garantir a lei e a ordem”.

Ameaças na web
Na internet, proliferam manifestações de PMs. Além de São Paulo, veja outras unidades da Federação:

Rio de Janeiro

Eduardo da Silva Marques Junior, o sargento Da Silva, não comanda batalhões, mas se comunica com um grande contingente. Tem mais de 162 mil seguidores no Facebook. No domingo, o militar da ativa publicou uma foto em que aparece fardado ao lado do presidente Jair Bolsonaro. “Soldados do povo! Guerreiros por natureza! 7 de Setembro será um grande dia! Milhões de cidadãos de bem de todas as regiões do Brasil estão com o senhor!”, escreveu o policial, que tentou ser vereador do município de Belford Roxo (RJ) na eleição de 2020.

Espírito Santo

Na Assembleia do Espírito Santo, o capitão Assumção (PSL) é o principal representante do bolsonarismo. Ele tem usado as redes sociais para convocar apoiadores para uma manifestação no dia 7, que terá como bandeiras a volta do voto impresso e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Chegou a hora do basta!”, postou o capitão.

Santa Catarina

O subtenente Rudinei Floriano preside o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) desde o início do governo de Carlos Moisés (PSL), em janeiro de 2019. As atribuições na autarquia não o impediram de se manifestar politicamente nas redes, nas quais chama Bolsonaro de “mito” e ecoa críticas do presidente a ministros do Supremo. No Facebook, publicou vídeo do chefe do Planalto convidando para a manifestação com frases como “7 de setembro eu vou” e “vai ser gigante”. Por sua vez, o deputado Sargento Lima (PSL) também tem pedido para que seus apoiadores compareçam. “Chamar de gado é fácil. Difícil vai ser aguentar o estouro da boiada. Vai ser gigante em SC.”

Ceará

Davi Azim, coronel da reserva do Corpo de Bombeiros do Ceará, convocou “o nosso grande artista Sérgio Reis, todos os caminhoneiros, todos do agronegócio e todos que estarão em Brasília para o dia 7 de Setembro” a participarem de invasão ao STF e ao Congresso. “Quero dizer a vocês que ninguém pode ir a Brasília simplesmente para passear, balançar bandeirinhas e, tampouco, ficarmos somente acampados. Nós que estamos, se Deus quiser, em milhão ou mais (…), teremos pessoas com conhecimento de como podemos fazer formações de grupamentos para adentramos ao STF e ao Congresso”, disse em vídeo postado nas redes sociais.

“(…) Queremos entrar na paz, mas, caso haja reações, aí, sim, nós vamos ter de enfrentar. Mesmo com a força, porque, o que tiver lá para nos impedir, nós poderemos atropelá-los. (…) Não vou mais a lugar nenhum se não for para adotar atitudes, ficar no blá, blá, blá; no mimimi (…). Não estamos mais para qualquer brincadeira.”

Paraíba

Na Paraíba, o cabo Gilberto Silva (PSL) publicou: “Quem vai dia 7? Acabou a democracia. Temos de lutar pela nossa liberdade. Faremos a maior manifestação da história deste país!”

Lira defende atos “ordeiros”
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o direito às manifestações, como as previstas para 7 de setembro, mas enfatizou que os atos não podem agredir o Estado democrático de direito. “A democracia é feita para isso”, frisou, durante participação num evento virtual promovido pela XP Investimento

“O que esperamos é que qualquer manifestação seja ordeira, sem ato antidemocrático e que não agrida nenhuma instituição. É importante que a população coloque em pauta suas satisfações ou insatisfações, mas que respeite o funcionamento do Estado do Brasil”, destacou. “O que espero é isso: de forma ordeira e respeitosa, sendo ouvida por quem precisa ouvir e refletida por quem tem de refletir, isso é normal da democracia.”

Na Câmara, deputados estão preocupados e defendem punições aos congressistas que incentivarem movimento golpista. “As instituições e o interesse público devem ser rigorosos com esses parlamentares. Acho que isso é localizado em algumas lideranças, e essas pessoas têm de responder na forma da lei, com prisão e perda de mandato”, argumentou o deputado Afonso Florence (PT-BA).

“Esses boatos geram preocupação, há uma onda de fake news, mas há policiais cometendo crimes. Esses têm de responder na forma da lei. São as mesmas pessoas que defendem milicianos, querem acabar com o voto popular e manter Bolsonaro sem eleição. São pessoas que fazem questão de desgastar o tecido social e instalar o caos para atingir esse objetivo”, criticou.

Correio Braziliense

Guedes diz que pode começar 2022 furando teto de gastos ‘dependendo da inflação’

O ministro Paulo Guedes (Economia) disse nesta quarta-feira (25) que, por causa do aumento dos precatórios (dívidas da União reconhecidas pela Justiça) e da alta da inflação, poderá ser forçado a descumprir o teto de gastos –regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação.

O governo afirma que não esperava que os precatórios em 2022 subiriam para R$ 89,1 bilhões, o que representa uma forte alta em relação aos R$ 54 bilhões previstos no Orçamento de 2021.

“Não tenho como pagar os R$ 90 bilhões sem afetar o funcionamento da máquina pública”, afirmou Guedes ao comentar a dificuldade na elaboração do Orçamento de 2022 durante divulgação da arrecadação recorde em julho registrada pela Receita Federal.

Em seguida, o ministro disse: “Principalmente com a inflação subindo como está subindo agora, acaba com o espaço de ampliação dos programa sociais; acaba o espaço; até mesmo, dependendo do nível da inflação, eu já posso começar o ano furando o teto”.
Na segunda (23), Guedes negou que haja descontrole de preços no país e declarou que, com inflação de 7% ou 8%, o Brasil está “dentro do jogo”.

O problema apontado pelo chefe da equipe econômica nesta quarta é que a inflação corrige despesas obrigatórias da União, como aposentadorias, pensões e benefícios (seguro desemprego, etc).

A aceleração inflacionária, portanto, eleva o valor mínimo a ser desembolsado pelo governo no próximo ano, deixando uma margem ainda menor para despesas discricionárias (que não são obrigatórias), por exemplo, o custeio da máquina pública ou mesmo a ampliação do Bolsa Família.

Ele repetiu que a alta nos precatórios pode tornar o Orçamento de 2022 inexequível.
Guedes também apresentou o aperto nas contas públicas em função de decisões judiciais do lado da receita, principalmente em questões ligadas ao ICMS na base do PIS/Cofins.

A União sofreu uma derrota no julgamento desse tema no STF (Supremo Tribunal Federal) e, segundo Guedes, o governo precisa que a decisão seja modulada, ou seja, haja uma regra para suavizar o impacto imediato da medida nas contas públicas.

O ministro afirmou que, por decisões judicais, o governo tem sido obrigado a devolver imposto que efetivamente não haviam sido pagos, e sim contabilizados como compensação tributária antes do julgamento do STF.

Segundo ele, esse assunto também pode ser considerado um “meteoro” nas contas públicas, pois houve uma alta de 146% em sentenças judiciais, essencialmente relacionada ao ICMS.

“Precisamos ter essa compreensão de que, embora os Poderes sejam independentes e possam aprovar despesas, a capacidade de execução do Poder Executivo vai sendo mutilada a todo tempo. O certo é que quem aprova despesas nos dê capacidade também de dizer de onde vem os recursos”, disse o ministro.

Folhapress