Economia Trabalhadores nascidos em junho podem sacar auxílio emergencial

Prédio da Caixa Econômica Federal

Os trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em junho podem sacar, a partir desta quarta-feira (9), a segunda parcela do auxílio emergencial 2021. O dinheiro havia sido depositado nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal em 22 de maio. A terceira parcela poderá ser sacada, a partir de 27 de julho, e a quarta a partir de 27 de agosto.

Os recursos também poderão ser transferidos para uma conta-corrente, sem custos para o usuário. Até agora, o dinheiro apenas podia ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), de boletos, compras em lojas virtuais ou compras com o código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.

Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site auxilio.caixa.gov.br.

CALENDÁRIO DA SEGUNDA
PARCELA DO AUXÍLIO EMERGENCIAL 2021
CALENDÁRIO DA SEGUNDA PARCELA DO AUXÍLIO EMERGENCIAL 2021 – Divulgação Governo Federal

Prorrogação

Nessa terça-feira (9) o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que o auxílio emergencial será prorrogado por pelo menos mais dois meses. Previsto para terminar em julho, o benefício será estendido até setembro, mas esse período ainda poderá ser ampliado, caso a vacinação da população adulta não esteja avançada.

“O presidente Jair Bolsonaro é quem vai decidir o prazo. Primeiro, esses dois ou três meses, e então devemos aterrissar em um novo programa social que vai substituir o Bolsa Família”,  disse.

Segundo Guedes, os recursos para a prorrogação do auxílio serão viabilizados por meio de abertura de crédito extraordinário. Atualmente, o custo mensal do programa, que paga um benefício médio de R$ 250 por família, é de R$ 9 bilhões.

O auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado pelo governo federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de covid-19. Ele foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.

Neste ano, a nova rodada de pagamentos, durante quatro meses, prevê parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil: as famílias, em geral, recebem R$ 250; a família monoparental, chefiada por uma mulher, recebe R$ 375; e pessoas que moram sozinhas recebem R$ 150.

Pfizer testará vacina em grupo de crianças com menos de 12 anos

FILE PHOTO: Vials of the Pfizer-BioNTech vaccine against COVID-19

A Pfizer anunciou nessa terça-feira (8) que vai começar a testar sua vacina contra a covid-19 em um grupo maior de crianças com menos de 12 anos, após selecionar uma dose menor da vacina em um estágio mais inicial do estudo.

A pesquisa vai envolver até 4.500 crianças em mais de 90 clínicas nos Estados Unidos, na Finlândia, Polônia e Espanha, segundo a empresa.

Considerando segurança, tolerância e a resposta imunológica gerada por 144 crianças em um estudo de fase 1 da vacina de duas doses, a Pfizer disse que irá testar uma dose de 10 microgramas em crianças com idades entre 5 e 11 anos, e de 3 microgramas para o grupo etário entre 6 meses e 5 anos de idade.

Um porta-voz da Pfizer afirmou que a farmacêutica espera os dados para o grupo entre 5 e 11 anos em setembro e que provavelmente solicitará às agências reguladoras a autorização para uso emergencial no mesmo mês. Os dados para crianças entre 2 e 5 anos de idade podem chegar logo depois, disse.

A Pfizer espera ter os dados para o grupo entre 6 meses e 2 anos entre outubro e novembro.

A vacina – desenvolvida em parceria com a empresa alemã BioNTech – foi autorizada para uso em crianças com 12 anos ou mais na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá. Elas recebem a mesma dose que os adultos: 30 microgramas.

Quase 7 milhões de adolescentes receberam ao menos a primeira dose da vacina nos Estados Unidos, de acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças do país.

Comissão aprova relatório a favor da cannabis medicinal

O deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) deu mais um discurso decisivo na Comissão Especial da Cannabis Medicinal, na manhã de hoje, em Brasília. Após o apelo do parlamentar, os deputados aprovaram o relatório pela regulamentação dos medicamentos à base de cannabis.

Anteriormente, Daniel havia sido tirado da comissão. Contudo, ele foi recolocado hoje para orientar o voto da bancada, em consideração ao seu decisivo engajamento no colegiado. “Fico feliz por mais um avanço nessa matéria tão importante para a saúde das pessoas. Mesmo retirado da comissão, consegui fazer uma fala que foi decisiva no entendimento do relatório”, comentou Daniel Coelho.

Em sua fala na comissão, o deputado fez um apelo aos parlamentares que usam o tema para o que chamou de “palanque eleitoral”. “Usem outros temas, existem outros debates. Existem outros momentos onde vocês podem reforçar a polarização”, disse Daniel Coelho, reiterando a importância da matéria para a saúde de crianças, adultos e idosos.

PL 0399/2015 – O projeto de lei 0399/2015 objetiva democratizar o acesso aos medicamentos à base de cannabis medicinal. O relatório aprovado na comissão especial facilita a produção no Brasil de canabinóides de uso terapêutico.

Covid-19: chega ao Brasil lote com 527 mil doses da vacina da Pfizer

vacina contra Covid-19 Pfizer/BioNTech

Uma remessa de 527 mil doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech desembarcou, na noite desta terça-feira (8), no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo.

O lote faz parte de um total de 2,3 milhões de imunizantes do laboratório que serão entregues ao Ministério da Saúde até o final desta semana, segundo informações da pasta.

A previsão do ministério é que os outros dois lotes, com 936 mil doses cada um, cheguem na quarta (9) e na quinta-feiras (10).

Até o momento, mais de 5,9 milhões de doses da vacina da Pfizer foram distribuídas aos estados e ao Distrito Federal.

De acordo com o planejamento do Ministério da Saúde, deverão ser entregues no mês de junho mais de 12 milhões de doses da vacina da Pfizer. Os dois contratos fechados com a farmacêutica preveem um total de 200 milhões de doses até o fim deste ano.

Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira prêmio estimado em R$ 12 milhões

Mega-Sena, concurso da  Mega-Sena, jogos da  Mega-Sena, loteria da  Mega-Sena

A Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira (9) um prêmio acumulado de R$ 12 milhões. As seis dezenas do concurso 2.379 serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet, pelo portal Loterias Caixa, no app Loterias Caixa ou por meio do Internet Banking Caixa para clientes do banco.

Caso apenas um apostador ganhe o prêmio e aplique o valor na poupança, receberá R$ 14,4 mil de rendimento no primeiro mês. O preço de uma aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

Quina de São João
A Quina de São João sorteia este ano um prêmio estimado em R$ 170 milhões. Faltam três semanas para o sorteio, que será realizado no dia 26 de junho.

De acordo com a Caixa, o prêmio é o maior da história da modalidade. As apostas já podem ser realizadas nas lotéricas de todo o país ou pela internet.

Para apostar na Quina, basta marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis. O apostador também pode deixar o sistema escolher os números, por meio da aposta no formato Surpresinha. Ganham prêmios os apostadores que acertarem 2, 3, 4 ou 5 números. O preço de uma aposta simples, com cinco números, é de R$ 2.

Brasil quebra tabu de 35 anos e vence Paraguai pelas Eliminatórias

Brasil vence Paraguai por 2 a 0, em Assunção, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, em 08/06/2021

A seleção brasileira voltou a derrotar o Paraguai fora de casa após 35 anos. Nesta terça-feira (8), os comandados de Tite superaram os anfitriões por 2 a 0 no estádio Defensores del Chaco, na capital paraguaia Assunção, pela oitava rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar, em 2022.

O Brasil foi a 18 pontos em seis partidas, na ponta das eliminatórias, seis pontos a frente da vice-líder Argentina. Os quatro primeiros colocados vão direto à Copa do Mundo, enquanto o quinto disputará uma repescagem mundial. Os jogos válidos pela quinta e sexta rodadas do classificatório haviam sido adiados (e ainda não remarcados) devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Tite promoveu mudanças na equipe que superou o Equador por 2 a 0 no Beira-Rio, em Porto Alegre, na última sexta-feira (4). No gol, Ederson assumiu o lugar de Alisson. O meia Lucas Paquetá saiu para o atacante Roberto Firmino sair jogando. Também na frente, Gabriel Jesus foi utilizado na vaga que, no jogo anterior, foi de Gabriel Barbosa.

Os brasileiros precisaram de três minutos para saírem na frente. Lançado pelo lateral Danilo, Gabriel Jesus subiu na direita e cruzou. A bola sobrou para o também atacante Neymar, quase na pequena área, concluir para o gol. Os paraguaios tentaram reagir, mas a melhor oportunidade foi um chute de fora da área do zagueiro Omar Alderete, aos sete minutos, que explodiu no travessão. O escrete canarinho teve oportunidades para ampliar. Nos acréscimos da etapa inicial, o atacante Richarlison balançou as redes, mas em posição de impedimento – o lance foi anulado.

No segundo tempo, o Brasil encontrou mais dificuldades para entrar na área paraguaia. Mesmo assim, criou oportunidades. Aos nove minutos, após escanteio batido por Neymar na direita, o zagueiro Marquinhos cabeceou rente à trave direita. Aos 18, Gabriel Jesus tomou a bola na intermediária e abriu para Neymar na área, pela esquerda. O camisa 10 arrematou cruzado, também muito próximo à trave dos anfitriões.

Aos poucos, o Paraguai foi tomando o controle das ações ofensivas, dificultando a saída de bola brasileira, mas sem criar chances realmente claras. Na melhor delas, aos 41 minutos, o lateral Alberto Espínola teve a chance do empate em uma bola que sobrou na área pela direita, mas parou em Ederson. No contra-ataque, o Brasil liquidou a partida. Nos acréscimos, Neymar avançou pelo meio e rolou na direita para Lucas Paquetá, da entrada da área, chutar cruzado, de primeira, no canto do goleiro Antony Silva, fechando o placar.

O próximo compromisso do Brasil será a Copa América. A estreia é domingo (13), às 18h (horário de Brasília), diante da Venezuela, no Mané Garrincha, em Brasília. A seleção de Tite está no Grupo B da competição, ao lado de Colômbia, Equador e Peru.

Guedes: auxílio será prorrogado por mais 2 meses e pode ser estendido

Ministro da Economia, Paulo Guedes, com o senador Marcos Rogério (Democratas/RO).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (8) que o auxílio emergencial será prorrogado por pelo menos mais dois meses. Previsto para terminar em julho, o benefício será estendido até setembro, mas esse período ainda poderá ser ampliado, caso a vacinação da população adulta não esteja avançada.

“Todos os governadores estão dizendo que toda a população adulta estará vacinada no final de setembro. Se isso não acontecer, a gente estende o auxílio emergencial. Nós estamos estendendo para agosto e setembro. Se for necessário, estenderemos mais”, afirmou Guedes, durante conferência virtual do Bradesco BBI em Londres.

“O presidente Jair Bolsonaro é quem vai decidir o prazo. Primeiro, esses dois ou três meses, e então devemos aterrissar em um novo programa social que vai substituir o Bolsa Família”, acrescentou.

Segundo Guedes, os recursos para a prorrogação do auxílio serão viabilizados por meio de abertura de crédito extraordinário. Atualmente, o custo mensal do programa, que paga um benefício médio de R$ 250 por família, é de R$ 9 bilhões.

“O auxílio emergencial são R$ 9 bilhões por mês. Então, seriam R$ 18 bilhões por dois meses. Só que R$ 7 bilhões já estão lá de remanescente do auxílio emergencial do ano passado. Precisaríamos de R$ 11 bilhões, que viriam por crédito extraordinário”, explicou.

O novo programa social que substituirá o Bolsa Família não foi detalhado pelo ministro durante a palestra. Segundo ele, será um programa que vai incluir mais beneficiários, mas terá “linhas conservadoras” e ficará dentro da regra de teto de gastos.

O ministro também disse que o governo estuda a criação de um fundo de para a erradicação da pobreza, que poderia ser abastecido com recursos de privatizações de empresas estatais. Durante sua fala, Guedes defendeu a venda de ativos públicos e citou sua expectativa quanto à aprovação, pelo Senado Federal, da venda da Eletrobras, maior empresa de energia da América Latina. A privatização já foi aprovada na Câmara dos Deputados.

Sobre o programa de desestatizações, o ministro ainda mencionou o processo de venda dos Correios, de privatização da Cedae, a companhia de saneamento do estado do Rio de Janeiro, além da concessão recente de portos e aeroportos.

Maraial: prefeito deve exonerar secretário de Comunicação por falta de qualificação para o cargo

A Promotoria de Justiça de Maraial recomendou ao prefeito do município, Sérgio da Silva, a exoneração do atual secretário executivo de Comunicação por ele não possuir qualificações para exercer o cargo. Segundo foi apurado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Clebson Petrúcio de Aguiar Barros não dispõe sequer de nível médio completo e não ostenta qualquer qualificação técnica para ocupar a posição.

“Os cargos comissionados sem descrição de suas atribuições e exigências técnicas são incompatíveis com a ordem constitucional vigente, tanto em relação à Constituição Estadual que exige a especificação de atribuições e qualificação exigida quanto em relação à Constituição Federal que limite a natureza das funções desempenhadas aos ocupantes de cargos em comissão”, lembrou o promotor de Justiça Daniel Mesquita.

O prefeito de Maraial também deve se abster de nomear servidores em cargos de comissão, sem especificação de suas atribuições e qualificações. A recomendação foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE desta terça-feira (08).

Pernambuco recebe o maior lote de vacinas da Pfizer

Pernambuco recebeu, nesta terça-feira (08.06), a maior remessa de vacinas da Pfizer/BioNTech já enviada ao Estado até o momento. O novo lote, com 99.450 doses, chegou ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre por volta das 20h, e seguiu para a central do Programa Nacional de Imunização (PNI-PE), de onde será enviado para as 12 Gerências Regionais de Saúde do Estado (Geres), possibilitando o avanço na vacinação da população de todas as cidades pernambucanas.

“Essa nova remessa do imunizante da Pfizer, a maior de todas até agora, será essencial para avançarmos com mais celeridade na vacinação do grupo prioritário de pessoas com comorbidades e também para darmos continuidade à imunização dos profissionais das nossas forças de segurança e salvamento”, afirmou o governador Paulo Câmara.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, lembrou a pactuação feita com os municípios para assegurar o avanço da campanha de vacinação para os demais grupos prioritários, além dos adultos entre 50 e 59 anos. Mas observou que dependerá da disponibilidade de doses e da realidade de cada município. “Lembro também que as cidades precisam ficar atentas para fazer busca ativa e proteger todos aqueles inclusos nos grupos prioritários anteriormente contemplados, como as gestantes e puérperas e as pessoas com comorbidades”, alertou Longo.

O novo quantitativo da Pfizer será conferido e dividido para cada cidade e encaminhado, ainda na madrugada desta quarta-feira (09.06) às Geres, onde ficarão à disposição para retirada pelos gestores municipais. Conforme aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vacinas da Pfizer devem ser armazenadas, nas redes de frio municipais, em temperatura entre + 2 C° e + 8 C° por até 31 dias. Anteriormente, o preconizado era apenas por cinco dias nessa temperatura.

Com esta quinta remessa de vacinas da Pfizer, Pernambuco totaliza 4.369.350 doses recebidas para imunização contra a Covid-19. Desse total, 2.169.170 são da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 1.959.160 da Coronavac/Butantan e 241.020 unidades da Pfizer/BioNTech.

Queiroga incentiva distanciamento, diz ter autonomia e planeja vacinação de adultos até o fim do ano

A CPI da Covid ouviu, nesta terça-feira (8), o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A Comissão Parlamentar de Inquérito decidiu convocar o ministro ao Senado Federal pela segunda vez, para que fossem esclarecidos pontos como o ritmo de vacinação contra a Covid-19, as ações de enfrentamento à possível terceira onda de contaminações e temas levantados nos últimos dias de trabalho dos parlamentares, como a autonomia do ministro na pasta e a realização da Copa América no Brasil. 
 
Marcelo Queiroga abriu as falas do dia citando números mais atuais da imunização no país, atualizando os cenários em relação à primeira convocação pela Comissão, em 6 de maio. “Já ultrapassamos a marca de 105 milhões de doses de vacinas entregues a estados e municípios. O que coloca o Brasil em uma posição entre os cinco países que mais doses de vacinas distribuiu para a sua população. Desse total de 105 milhões de doses distribuídas, 71,7 milhões já foram aplicadas”, enumerou.
 
O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB/AL), questionou o que mudou no combate à pandemia pelo governo federal com as ações do ministro. Para Queiroga, os pontos centrais da gestão estão ligados ao incentivo de medidas de isolamento social, a uma comunicação mais clara à população e aos esforços pela imunização. 

“Ampliamos fortemente a campanha de vacinação. Colocamos no ar uma campanha publicitária muito forte, não só acerca da vacina, mas também acerca das chamadas medidas não farmacológicas. Essa campanha é divulgada em todos os veículos de comunicação. É nítido aqui na Esplanada [dos Ministérios], todos os ministérios têm a informação acerca das chamadas medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras, o distanciamento social.”

O ministro acrescentou aos números de doses da vacina adquiridas a informação de que há um “contrato já na iminência de ser assinado com a Moderna de 100 milhões de doses”. “São fatos que fazem com que tenhamos a certeza de que, até o final do ano, a população brasileira estará vacinada”, afirmou. 

Senadores da oposição criticaram a forma de explanação dos dados, como a apresentação de doses totais distribuídas, e não a proporção da população imunizada. Foi levantado ainda o questionamento de quando o Brasil terá um milhão de vacinados por dia, meta pretendida por Queiroga quando assumiu a pasta. O ministro explicou que fatores externos implicam nesse desafio. 
 
“Houve atraso de insumos, sobretudo da China, que de certa maneira desacelerou a produção de vacinas na Fiocruz, no Instituto Butantan. Outro ponto é que a vacina acelerou porque as doses foram usadas todas como D1 [primeira dose], no caso da CoronaVac e da AstraZeneca. E quando chegou a oportunidade da D2 [segunda dose], houve uma diminuição dos insumos e isso levou a um certo retardo da vacinação.”
 
A imunização do grupo de pessoas com comorbidades foi citado por ele como algo que também trouxe certa lentidão, mas foi corrigido. “Quando chegou a esse grupo das comorbidades, não teve a mesma velocidade que nós tínhamos antes, tanto é que o PNI resolveu fazer uma mescla de comorbidades com faixa etária.”

Autonomia ou interferências

A Comissão Parlamentar tentou levantar informações a respeito do nível de autonomia do ministro da Saúde na pandemia e possíveis interferências neste trabalho, como conselhos de um gabinete paralelo ou determinações políticas do presidente da República, Jair Bolsonaro, em questões técnicas. No entanto, Queiroga foi categórico ao afirmar que “nunca viu” qualquer atuação de um grupo paralelo e que tem autonomia para tomar decisões.
 
Dentro do tema, a sessão começou um debate com participação de senadores da base e da oposição sobre a não validação da nomeação da infectologista Luana Araújo, ouvida pela CPI na última semana. A médica havia sido chamada para gerir a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, mas acabou não tendo a nomeação publicada no Diário Oficial da União. No Senado, ela afirmou não saber de quem partiu a decisão.

“Eu falei para a doutora Luana que o nome dela seria validado na Casa Civil e na Secretaria de Governo, como todos. E não houve óbice da Casa Civil nesse sentido. A decisão foi uma decisão discricionária minha. Sem prejuízo da qualificação. Eu falei anteriormente a ela, quando indiquei o nome dela, que precisaria passar pela validação da Casa Civil, mas quem faz essa decisão política a respeito do Ministério da Saúde sou eu.”

A infectologista sofreu pressão de grupos políticos quando foi anunciada como secretária por ser contra medicações como Cloroquina e Ivermectina na prevenção de casos da Covid-19, mas Queiroga afirmou que a decisão de não nomeá-la foi exclusivamente dele, pois, naquele momento, “o perfil dela não seria o mais adequado para ficar à frente da pasta.”
 
Senadores governistas lembraram do trecho do depoimento de Luana Araújo em que ela disse não ter sofrido “nenhuma interferência” enquanto esteve à disposição do Ministério da Saúde, enquanto opositores fizeram relação entre as posições da médica quanto ao tratamento precoce e a não nomeação. 
 
Ainda houve uma discussão quanto aos infectologistas do ministério. Queiroga disse que a pasta “ao longo do tempo tem perdido quadros” e que não tem médicos infectologistas. Alguns senadores chegaram a citar que há sim esses especialistas no quadro, e o ministro informou que fará um levantamento a ser enviado à Comissão.  

Medicamentos

Em relação ao uso de medicamentos como Cloroquina e Ivermectina, Marcelo Queiroga não quis se estender no assunto. “Essas medicações não têm eficácia comprovada. Volto a repetir. Esse assunto é motivo de discussão na Conitec [Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde]”, resumiu. 
 
Para ele, esse assunto não deve ser político. “Quando assumi o ministério, essa discussão já remontava há quase um ano. Eu tomei uma decisão de jogar essa questão para esfera técnica, para que eu focasse naquilo que era fundamental, na minha crença como médico e como gestor público, que é fortalecer o nosso programa de imunização e essas medidas que aqui eu já disse”, lembrou.
 
Já sobre as medicações utilizadas para intubação de pacientes com Covid-19, o ministro garantiu esforços para que elas não faltem no país, como ocorreu em alguns estados nos primeiros meses de 2021. O representante da Saúde detalhou aquisições recentes e avaliações de possíveis cenários de escassez. 
 
“Conseguimos, através da OPAS [Organização Pan-Americana da Saúde] dos Estados Unidos, 5,5 milhões de itens do kit da intubação, 1 milhão entregue para distribuição essa semana. Essa questão tinha diminuído fortemente, mas começou a pressão novamente no sistema de saúde, primeiro em uma cidade do Rio Grande do Sul, agora no Mato Grosso do Sul, na cidade do Rio de Janeiro, no interior de São Paulo”, pontuou.

Projeções

Além de estabelecer como meta vacinar todos os brasileiros acima de 18 anos até o fim de 2021, Marcelo Queiroga adiantou estar acompanhando estudos sobre a possível necessidade de doses extras da vacina contra a Covid-19, além das duas padronizadas. Segundo ele, em opinião pessoal, pode ser preciso uma dose de reforço de imunização no futuro. 
 
O mesmo também havia sido avaliado por outro depoente da CPI, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. Em depoimento no Senado, ele afirmou ver a necessidade de uma dose anual de reforço para as vacinas contra o novo coronavírus. 
 
Sobre a realização da Copa América no país, o ministro ressaltou que a decisão para trazer o campeonato para o Brasil não foi da pasta da Saúde, mas os técnicos analisaram os protocolos apresentados e perceberam que não existem provas de que práticas esportivas como essa aumentem o nível de contaminação dos atletas. 
 
O senador Renan Calheiros aproveitou a sessão para divulgar que o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou uma sessão, para a próxima quinta-feira (10), para discutir a realização ou não da Copa no país. Os trabalhos da CPI desta terça-feira foram finalizados às 18h. Na quarta-feira (9), a CPI receberá o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.