Deputados da Bancada de Segurança da Alepe publicam nota sobre o comando das forças policiais no estado

Deputados que integram a ‘bancada de segurança’ da Assembleia Legislativa de Pernambuco publicaram uma nota acerca das mudanças no comando das forças policiais no estado. Na nota, os parlamentares solicitam que os quadros de secretário titular e executivo da pasta de Defesa Social sejam ocupados por integrantes das corporações policiais do estado, sejam da ativa ou da reserva. No documento, é sugerida uma alternância por biênio entre um coronel da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar e um delegado de Polícia Civil. A solicitação está em conformidade com um pleito apresentado através de ofícios pela Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) e pelo Clube dos Oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares (PM/CBM-PE).

No documento, os deputados avaliam que “o exercício das atividades de segurança, embasado nos princípios constitucionais, requer conhecimentos e especificidades inerentes aos profissionais que integram os quadros corporativos das instituições policiais”. Os parlamentares registram que o momento é de um “intenso clamor popular por mais segurança pública e por novas formas de direcionamento das ações de segurança”. A nota é subscrita pelos deputados Fabrizio Ferraz, Antônio Moraes, Erick Lessa e Gleide Ângelo.

Confira o documento na íntegra:

Nota sobre o comando das forças policiais em PE

Nós, membros da Bancada de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), vimos a público defender novas medidas para garantir a segurança pública dos cidadãos e da sociedade, promovendo a vida, a justiça e a moralidade como princípios orientadores dos quadros no estado. Desta feita, registramos que recebemos o Ofício nº 111/2021, de 09 de junho de 2021, remetido pela Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE), e do Ofício nº 029/2021, do Clube dos Oficiais da Polícia Militar e Corpo dos Bombeiros Militares (PM/CBM-PE), também datado de 09 de junho de 2021, sobre os quais atestamos anuência com o seu conteúdo, e vimos, através desta nota, reiterar nosso comprometimento com a causa, da qual, o objetivo é garantir a segurança e a normalidade social como direitos inalienáveis aos cidadãos de Pernambuco.

A Secretaria de Defesa Social possui a missão institucional de promover a defesa dos direitos do cidadão e da normalidade social, através dos órgãos de segurança pública, integrando as ações do governo. Historicamente, a pasta vem sendo conduzida por profissionais alheios à realidade das corporações policiais. Sem o conhecimento intrínseco da dinâmica dos efetivos, esses comandantes enfrentam dificuldades para direcionar o segmento no melhor cumprimento de sua missão, em que pese os esforços dos profissionais e dos integrantes do sistema de segurança estadual.

Convém salientar que a Constituição da República Federativa do Brasil contempla, no artigo 144, a segurança pública como dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Entrementes, o exercício das atividades de segurança, embasado nos princípios constitucionais, requer conhecimentos e especificidades inerentes aos profissionais que integram os quadros corporativos das instituições policiais, sejam da ativa ou da reserva.

Diante do momento de intenso clamor popular por mais segurança pública e por novas formas de direcionamento das ações de segurança, registramos nossa aderência ao pleito da ADEPPE e do Clube de Oficiais da PM/CBM-PE, no tocante à recomendação que os cargos de comando da Secretaria de Defesa Social sejam ocupados por um Delegado Especial de Polícia Civil e um Coronel da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar, alternadamente, com o intuito de oferecer uma maior liderança junto às tropas policiais e, deste modo, garantindo a segurança pública aos cidadãos, entendida como o livre exercício dos direitos, da liberdade e da cidadania. Ressaltamos, ainda, que tal paradigma poderá aproximar ainda mais a ação diária das corporações dos objetivos traçados na Constituição Federal e também está em consonância com as modernas tendências legislativas, embasados na compreensão de que a segurança pública é um serviço ‘uti universi’, destinado à coletividade como um todo.

Por meio desta, salientamos nossa solicitação ao Poder Executivo do Estado de Pernambuco, na pessoa do Governador, que os cargos de secretário titular e executivo da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco sejam ocupados por integrantes dos quadros que atuam no estado. Convém que a alternância ocorra por biênio, entre os Coronéis da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar, bem como Delegados Especiais da Polícia Civil.

Subscrevem:

Deputado Fabrizio Ferraz

Deputado Antônio Moraes

Deputado Erick Lessa

Deputada Gleide Ângelo

Coletivo que incentiva inovação em Olinda ganha recursos de emendas parlamentares

Espaço criado para incentivar projetos inovadores em diversas áreas, o coletivo Olinda Creative Community Action (OCCA) vai ganhar um novo impulso com recursos de emendas parlamentares que vão ser investidos na capacitação de estudantes e no incentivo ao empreendedorismo local. Formado por profissionais de diversas áreas, a OCCA, localizada no Sítio Histórico da cidade, conta com mentores qualificados e dispostos a fazer grandes transformações em áreas como tecnologia, lazer, turismo, empreendedorismo e educação.

As emendas parlamentares que beneficiam o coletivo foram de autoria dos  deputados federais Augusto Coutinho e Tadeu Alencar. Coutinho destinou R$ 200 mil para um programa de capacitação de jovens da rede de ensino público de Olinda em habilidades sócio emocionais, requisito fundamental para ingresso no mercado de trabalho. Já Tadeu Alencar assegurou R$ 150 mil para o programa de incentivo ao Empreendedorismo/Artefatos Digitais.

Os deputados encaminharam as emendas após terem conhecido pessoalmente a entidade. “Os deputados acompanham o dia a dia da OCCA. E isso é o reconhecimento de que nós criamos um espaço muito interessante de convergência, onde são discutidas as grandes questões do mercado de trabalho, empreendedorismo ligado à economia criativa e outros assuntos”, diz Kleber Dantas, idealizador e coordenador da entidade.

Criada no início da pandemia, a OCCA já abriga um laboratório com tecnologia 3D, que está lavando a tecnologia digital para a comunidade e para o artesanato local, através da Hactus Criative, empresa de corte a laser e personalizações. Também conta com a empresa Robô Livre, criadora da plataforma Robolivre, que tem como objetivo democratizar a ampliar o acesso à robótica. Em breve, o local vai contar com cervejaria artesanal e outras surpresas.

As grandes células da OCCA são a OCCA Learning (que vai abrigar também uma escola de ilustração), a Praça da Imaginação (que vai também oferecer refeições e lanches), e o clube de Upcycling, atividade que consiste em transformar um produto reciclado em outro com maior valor agregado do que o usado inicialmente. Veja mais informações no site www.occa.space

Pfizer ressarciria o Brasil caso não cumprisse prazo de entrega

A farmacêutica Pfizer se comprometeu a reembolsar o valor pago pelo Brasil por doses da vacina contra covid-19 caso o prazo de entrega não fosse cumprido. O compromisso foi firmado em agosto de 2020, segundo documentos entregues à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado e obtidos pelo Fantástico, da TV Globo.

Um dos documentos consultados pela reportagem é uma correspondência enviada em 27 de agosto pela embaixada do Brasil nos Estados Unidos ao Ministério das Relações Exteriores, então comandado por Ernesto Araújo.

Nela, os diplomatas informaram que a farmacêutica “se comprometeria a devolver ao governo brasileiro todo e qualquer pagamento antecipado, na hipótese em que a empresa não consiga honrar a obrigação de entregar a quantidade acordada da vacina”. Na época, a farmacêutica ofereceu 30 milhões de doses.

Ao depor à CPI, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello falou que um dos motivos para o contrato com Pfizer não ter sido assinado em 2020 era a falta de previsão de multa caso as entregas não fossem feitas no prazo determinado.

O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, disse à CPI que governo brasileiro recebeu 6 propostas para comprar vacinas da Pfizer contra a covid-19 até fechar contrato com a farmacêutica.

Atividade econômica cresce 0,44% em abril, diz BC

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A economia brasileira registrou crescimento em abril. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou alta de 0,44%, em abril, em relação a março deste ano, segundo dados divulgados hoje (14) pelo Banco Central (BC).

Esse resultado veio depois da queda de 1,61% registrada em março comparado a fevereiro, de acordo com os dados revisados.

Na comparação com abril de 2020, o crescimento chegou a 15,92% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais).

Em 12 meses encerrados em abril, o indicador teve retração de 1,2%. No ano, o IBC-Br apresentou alta de 4,77%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Grupo Ferreira Costa investe em sustentabilidade

Em pleno mês mundial do meio ambiente, as pessoas estão cada vez mais se dando conta sobre a importância da preocupação com as ações em relação ao impacto com a natureza. E procurando buscar ações para reestruturar os processos produtivos, onde ocorra a proteção dos recursos naturais, não apenas individualmente, mas também, conjuntas e empresariais.

Acreditando nesse conceito, o Home Center Ferreira Costa sempre incluiu em seus projetos, essas ações de sustentabilidade. Desde 2013, o grupo vem comprando energia elétrica de fonte comprovadamente renovável. Em 2019, foi inaugurada a loja de João Pessoa e, com ela, uma usina solar. Até o final de 2021, o projeto será estendido para as lojas de Aracaju, Caruaru, Natal e a ampliação da própria usina de João Pessoa. A ideia do Home Center é que até o final de 2022 todas as suas lojas (Imbiribeira e Tamarineira – Recife, Garanhuns, Salvador – Bahia e as demais) disponham desse tipo de serviço.

E as inovações do Grupo, não param por aí: Além da instalação dos carregadores de carros elétricos, o Home Center conta com iluminação de alta eficiência; iluminação automatizada e natural da loja que reduz a iluminação artificial; reutilização da água de chuva; fachada com isolamento térmico de alta eficiência; telhado em branco ou metálico refletivo que evita o aquecimento interno na loja e no depósito, beneficiando o sistema de ar-condicionado na loja e traz um conforto para os colaboradores do deposito; sistema inteligente de irrigação, redução de consumo de água; automação predial e do sistema de ar-condicionado para usar todos os sistemas só quando for necessário; sistema de ar-condicionado com motores da última geração (eletricamente comutável) e com ar exterior separado da recirculação para preservação de energia; Torneiras automáticas nos sanitários para reduzir o consumo de água; caixas acopladas as bacias sanitárias com quantidade de água reduzida para necessidades diferentes; Reutilização de água de condensação que vem do sistema de desumidificação do prédio para reduzir o consumo de água; máquinas de resfriamento de alta eficiência para preservar a energia; Sistema de termo acumulação de água gelada para reduzir o impacto na rede elétrica, reduzindo o consumo de energia; válvulas de controle de ar-condicionado de última geração, economizando energia elétrica; Projeto de paisagismo para adequar a vegetação do terreno ao ambiente; gerenciamento de resíduos sólidos gerados pela operação da loja; Controle de consumo de energia elétrica e águas para detectar qualquer irregularidade para evitar desperdícios e energia comprovadamente renovável.

A convicção do Grupo é cada vez mais implantar ações sustentáveis em sua política corporativa e nas suas lojas sempre acreditando na potencialidade do seu negócio, mas sem esquecer sobre a preservação com a natureza.

A sustentabilidade tem sido pauta de muitos debates em nossa sociedade. Afinal, os impactos da atividade humana, principalmente a industrial, sobre a natureza já provocaram danos profundos e, se nada for feito, pode agravar ainda mais a qualidade de vida nas grandes cidades.

No mundo pós-covid, os consumidores passaram a ter uma perspectiva e expectativa maior das empresas em relação a sustentabilidade. Recentemente, uma pesquisa do IBM Institute for Business Value feita com mais de 14 mil consumidores em nove países, incluindo o Brasil, constatou que 66% dos brasileiros entrevistados estão dispostos a mudar o seu comportamento de compra para ajudar a reduzir o impacto negativo ao meio ambiente.

Na última declaração da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente, defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações se tornou meta fundamental para a humanidade. E o Grupo Ferreira Costa vem se empenhando cada vez mais, em proporcionar ações para a restauração do ecossistema do planeta, para ajudar a proporcionar uma vida melhor para os seus colaboradores e consumidores, seja a curto ou longo prazo.

Mercado financeiro aumenta previsão para a Selic

O mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic, suba 0,75 ponto percentual para 4,25% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para esta terça e quarta-feira (16), em Brasília. A expectativa está no boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Atualmente, a Selic está em 3,5% ao ano, após a segunda alta consecutiva, devido à alta da inflação no país.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine 2021 em 6,25% ao ano. A previsão da semana passada estava em 5,75% ao ano. Para o fim de 2022, 2023 e 2024, a estimativa é de que a taxa básica encerre estes períodos em 6,5% ao ano.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,44% para 5,82%, na 10ª alta consecutiva.

A estimativa para 2021 supera o limite da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Para 2022, a estimativa de inflação foi ajustada de 3,70% para 3,78%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

Economia

A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 4,36% para 4,85%.

Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB passou de 2,31% para 2,20%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

Câmbio

A expectativa para a cotação do dólar caiu de R$ 5,30 para R$ 5,18 para o final deste ano e de R$ 5,30 para R$ 5,20 no fim de 2022.

Vacina Novavax tem mais de 90% de eficácia em testes nos EUA

A empresa Novavax divulgou hoje (14) os resultados da última fase de testes da candidata a vacina contra a covid-19. O ensaio clínico, com base nos Estados Unidos (EUA), mostrou que a vacina é mais de 90% eficaz contra a doença e fornece proteção no caso das variantes.

O estudo incluiu 3 mil voluntários nos EUA e no México. A empresa vai pedir a autorização de emergência das autoridades de saúde norte-americanas e fará o mesmo em outros países no terceiro trimestre do ano.

A vacina candidata da Novavax foi mais de 93% eficaz contra as variantes predominantes de covid-19, que têm sido motivo de preocupação entre cientistas e funcionários de saúde pública, disse a empresa.

Durante os testes, a variante B.1.1.7, descoberta pela primeira vez no Reino Unido, se tornou a variante mais comum nos Estados Unidos.

A Novavax detectou também as variantes encontradas pela primeira vez no Brasil, na África do Sul e Índia entre os participantes do estudo, disse à Reuters o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Novavax, Gregory Glenn.

A vacina foi 91% eficaz entre os voluntários com alto risco de infecção grave e 100% eficaz na prevenção de casos moderados e graves de covid-19. Foi aproximadamente 70% eficaz contra as variantes que a Novavax não foi capaz de identificar, disse Glenn.

“Em termos práticos, é muito importante que a vacina possa proteger contra um vírus que está circulando descontroladamente” entre as novas variantes, acrescentou.

A Novavax informou que a vacina foi geralmente bem tolerada entre os participantes. Os efeitos secundários incluíram dor de cabeça, fadiga e dor muscular e foram geralmente leves. Um pequeno número de participantes registrou efeitos colaterais descritos como graves.

A Novavax continua a caminho de produzir 100 milhões de doses por mês até o final do terceiro trimestre de 2021 e 150 milhões de doses por mês no quarto trimestre de 2021.

Saúde Rio inicia campanha para aumentar doação de sangue

Para marcar o Dia Mundial do Doador de Sangue, o Ministério da Saúde lança campanha de doação de sangue, no Hemocentro de Brasília.

O Instituto Estadual de Hematologia do Rio (Hemorio) lança hoje (14) uma campanha para ampliar as doações de sangue no estado. A campanha Cada Gota Importa busca reverter a queda nos estoques de derivados de sangue ocorrida devido à pandemia de covid-19.

Segundo o Hemorio, a pandemia provocou uma queda de 30% nos estoques do produto. Para atender a demanda dos pacientes no estado do Rio, é necessário obter pelo menos 300 bolsas de sangue por dia. A média atual é de 210.

Além do Hemorio, haverá pontos de coleta em outros cinco locais: Barra Shopping, Park Shopping, Via Brasil Shopping, Hospital Municipal Lourenço Jorge e Hospital da Criança.

Quinhentos bilhetes unitários de Metrô serão distribuídos para facilitar o deslocamento de quem quiser doar. E, para evitar aglomerações em transportes públicos, o aplicativo de transporte privado 99 dará R$ 30 nas viagens de ida e mais R$ 30 nas viagens de volta até o Hemorio.

A campanha se estende até o dia 30 de junho. Para doar, é preciso ter entre 16 e 60 anos (menores de idade devem ter autorização), pesar pelo menos 50 kg e estar bem de saúde. Os idosos que já são doadores podem também participar, desde que tenham, no máximo, 69 anos.

É necessário ainda apresentar um documento de identidade oficial com foto. Não é preciso estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes.

Covid-19

Pessoas que tiveram covid-19 ficam inaptas por 30 dias após a cura. O mesmo acontece com quem chegar de viagens internacionais (não podem doar por 30 dias). Candidatos à doação que tiveram a forma grave da covid-19 ficam inaptos por um ano após a cura.

Quem tomou as vacinas da Pfizer e AstraZeneca fica inapto por sete dias, enquanto aqueles que receberam o imunizante da CoronaVac ficam impedidos de doar por 48h, mesmo período para aqueles que foram vacinados contra a gripe.

Centro-esquerda vence eleições regionais no Chile e conquista capital

Outbreak of the coronavirus disease (COVID-19) in Santiago

A coligação de partidos de centro-esquerda Unidade Constituinte (UC) foi a grande vencedora do segundo turno das eleições regionais desse domingo (13), conquistando a maioria dos cargos de governador, incluindo o de Santiago. O candidato Claudio Orrego, um militante dos Democratas-Cristãos (DC), venceu com 52,7% dos votos da capital.

A coligação conquistou 10 das 16 regiões do país, oito das quais obtidas no segundo turno e duas no primeiro.

É a primeira vez na história que o Chile elege as suas autoridades regionais, anteriormente nomeadas pelo governo. Essas eleições são consideradas eleições cruciais para a descentralização do país.

“Assumimos este triunfo com grande humildade e tremendo sentido de responsabilidade. Levantar a região metropolitana após a pandemia vai ser uma tarefa muito difícil”, disse Orrego, que venceu em Santiago Karina Oliva (47,27%), da Frente Ampla (FA), uma esquerda mais radical.

Karina declarou que, apesar da derrota, o seu bloco “cresceu” e que “é importante” manter “a unidade, força e organização, mas sobretudo a convicção intacta” de que a região e o país “podem ser muito mais justos e democráticos”.

A direita foi a grande perdedora, apenas conseguindo ganhar nas urnas na região da Araucanía, no centro do país, conhecida por ser uma área de conflito entre as autoridades e os povos indígenas.

Luciano Rivas, um independente que concorreu na lista do bloco de direita dominante Chile Vamos, vai governar a região.

Dados eleitorais
Apenas 2,5 milhões dos 13 milhões de eleitores votaram para eleger os governadores de 13 das 16 regiões do Chile.

A participação nas eleições, que se realizaram em plena pandemia de covid-19 e com toda a capital confinada, foi a mais baixa (19,6%) desde o regresso à democracia em 1990, muito abaixo do mínimo registrado nas eleições municipais de 2016, quando apenas 34,9% exerceram o direito de voto.

Desde que o voto deixou de ser obrigatório em 2012, nenhuma eleição excedeu 50% de participação, à exceção da votação de outubro de 2020 (50,9%).

No primeiro turno, o comparecimento às urnas foi ligeiramente superior (43%).

Os eleitos tomam posse em 14 de julho para um mandato de quatro anos.

Fiocruz: produção e controle de qualidade do IFA levam 90 dias

vacina Covid-19 Fiocruz.

Desde a chegada dos bancos de células e vírus na semana passada, cientistas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) deram início a uma maratona de cerca de três meses para produzir o primeiro lote nacional do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina Oxford/AstraZeneca contra a covid-19. Em ritmo de urgência, o trabalho requer alta precisão para evitar desperdício da matéria-prima, já que apenas 1 mililitro (ml) das células recebidas é o ponto de partida para a produção de 7 milhões de doses de vacinas.

Em entrevista à Agência Brasil, o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, explicou cada passo dessa jornada, que considera revolucionária para enfrentar novos e antigos desafios da saúde pública. O “coração” do processo produtivo, explica Krieger, é a utilização do mesmo banco de células e da mesma semente de vírus que os desenvolvedores da vacina usaram, para garantir que se chegue aos mesmos resultados dos testes clínicos que confirmaram a eficácia e a segurança do imunizante.

“Em todo o processo de transferência de tecnologia, a parte mais importante, e que normalmente fica até para o final do processo, é o recebimento desse banco de células e banco de vírus, porque agora a gente tem as condições de iniciar todo o processo de produção a partir de células que já foram analisadas, classificadas, e com que a gente já tem garantias de que terá o produto esperado”, diz Krieger. “Já temos aqui todo o coração da tecnologia, o que normalmente aconteceria em 10 anos”.

Os bancos de células e vírus que chegaram à Fiocruz na semana passada garantem a produção de IFA por mais de um ano, segundo o vice-presidente da fundação. O contrato de transferência de tecnologia com a AstraZeneca prevê que outros carregamentos vão chegar para alimentar a produção por quatro anos. Essas novas remessas poderão trazer aprimoramentos da vacina que, futuramente, deverão surgir a partir de novos estudos ou mutações do vírus. Bio-Manguinhos também se tornará autossuficiente na produção desses bancos de células ao final desse período, o que vai permitir a produção da vacina contra covid-19 por cerca de 30 anos.

De 1 ml a mil litros
Antes de trabalhar com as células recebidas, os técnicos de Bio-Manguinhos passaram por um treinamento com células semelhantes para ganhar experiência no descongelamento do banco de células, que chegou dos Estados Unidos a uma temperatura de -150 graus Celsius. “Esse material é tão precioso que não podemos correr o risco de ser desperdiçado”, explica Krieger, acrescentando que neste momento a fábrica de vacinas da Fiocruz já iniciou o trabalho com as células que produzirão o IFA.

Apesar de essas células poderem ser multiplicadas em laboratório, Krieger explica que elas são preciosas porque a produção de um lote de IFA deve sempre partir de 1 ml de células que sejam geneticamente próximas do banco inicial. Como as células acumulam modificações de geração em geração ao serem replicadas, esse controle garante que o resultado final se mantenha dentro do esperado.

Esse 1 ml inicial começa a ser cultivado em pequenos frascos, que são trocados por outros de maior capacidade conforme seu volume aumenta, até que chegue a um biorreator de mil litros. Nesse biorreator, também chamado de fermentador, as células são alimentadas com nutrientes e oxigênio para que se multipliquem ainda mais e aumentem a densidade desses mil litros. Esse processo do 1 ml aos mil litros é chamado de expansão celular e precisa ser cuidadosamente conduzido por cerca de 40 dias.

É nesse biorreator que as células começam a interagir com os adenovírus de chimpanzé não replicantes, que são usados na vacina. A partir dessa interação, o adenovírus é preparado para atuar como vetor viral, que leva as informações genéticas do SARS-CoV-2 para que nossas células repliquem a proteína S, usada pelo novo coronavírus na invasão celular.

O conteúdo do biorreator precisa passar por uma série de processos após essa interação, como a clarificação e a purificação, já que ocorre um rompimento das células e a produção de partículas que não são necessárias na vacina. Depois de 45 dias, aquele 1 ml que inicia a expansão celular se torna mil litros do concentrado viral, que é conhecido como IFA.

Controle de qualidade
Toda a caminhada para chegar até o IFA é apenas a metade do trajeto, já que o controle de qualidade a que ele é submetido exige mais 45 dias. Os testes realizados nesse momento precisam garantir, entre outros critérios, que não houve contaminação de outros micro-organismos. A verificação mais importante, porém, é a que garante que o adenovírus não é capaz de se replicar, o que é essencial para a segurança da vacina.

“Temos que provar que ali dentro não tem nenhum adenovírus competente para replicação, porque ele poderia ter uma recombinação com o genoma da célula e voltar a ser replicante. Pode acontecer, mas é muito raro”, diz Krieger. “Por isso que demora tanto tempo, porque temos que garantir que não tem nenhuma partícula viral, em bilhões de partículas, que seja replicante”.

Essa questão é tão importante que foi o principal motivo dos questionamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação à vacina Sputnik V, que também tem a plataforma tecnológica de vetor viral. Após nova análise, a Anvisa autorizou a importação da vacina russa com restrições.

Garantidas a não replicação do adenovírus e a pureza do IFA, o insumo está pronto para o processamento final, que é a formulação das doses e seu envase em frascos estéreis, que são lacrados e rotulados. Essa é a parte da produção que a Fiocruz já tem realizado com o IFA importado da China e, entre a fabricação e mais testes de qualidade, ela demora entre 20 dias e um mês.

Bio-Manguinhos estima que mil litros do concentrado viral produzem cerca de 7 milhões de doses da vacina contra a covid-19. Como o instituto tem dois biorreatores, cada ciclo produz IFA para cerca de 15 milhões de doses.

Devido à urgência da pandemia, Bio-Manguinhos já vai trabalhar na capacidade máxima nos lotes de pré-validação e validação, nos quais a linha de produção é testada e certificada. “O padrão é fazer [os lotes de pré-validação e validação] com um terço do lote comercial, ou entre um terço e 50%. No nosso caso, pela urgência da vacina, pelo conhecimento que a gente já tem e o suporte que estamos recebendo dos nossos parceiros, vamos fazer no tamanho do lote comercial”, explica Krieger.