Prefeitura de Caruaru lança roteiros sobre quatro atrativos turísticos

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa (Sedetec), elaborou roteiros direcionados para quatro dos principais equipamentos turísticos da Capital do Agreste: Feira, Alto do Moura, Monte do Bom Jesus e Parque Natural Professor João Vasconcelos Sobrinho (Serra dos Cavalos). A iniciativa visa impulsionar a cadeia econômica local, estimulando visitações maiores por parte de turistas e da própria população caruaruense.

Para chegar até as confecções dos roteiros, a Sedetec, juntamente da instituição parceira, Sesc-Caruaru, realizou estudos nos locais definidos durante o primeiro semestre deste ano. Neles foram analisados os atrativos turísticos a serem explorados que fazem parte dos segmentos do comércio, serviços, esporte e lazer, dentre outros. Em tempos ainda de Covid-19, a escolha por quatro equipamentos com atividades ao “ar livre” não foi à toa, haja vista que, segundo especialistas da área de saúde, são justamente nesses ambientes em que se há menos probabilidade de contato com o vírus em relação aos lugares fechados.

Conforme ressaltou o secretário da Sedetec, André Teixeira Filho, a criação dos roteiros só vem a fortalecer ainda mais a economia da Capital do Agreste. “Na medida em que oferecemos esses conteúdos, incentivamos os caruaruenses a vivenciarem um pouco mais dos equipamentos turísticos da cidade, bem como as agências de turismo local poderão comercializar mais pacotes com destino final para Caruaru. Essa é mais uma iniciativa do governo de Raquel Lyra, voltada para o setor de turismo local. Além dela, várias outras novidades serão percebidas pela nossa população ao longo dos próximos meses”, disse.

Os quatro espaços turísticos dispõem de Centro de Atendimento ao Turista (CAT), onde podem ser repassadas informações sobre os roteiros. Além disso, assim como os demais espaços turísticos da cidade, vêm cumprindo todos os protocolos sanitários de segurança no combate à proliferação do novo coronavírus. Ao todo, a Sedetec desenvolveu dois integrados, sendo eles: Feira de Caruaru/Monte do Bom Jesus; Alto do Moura/Monte do Bom Jesus. Confira abaixo, os roteiros sugeridos pela pasta, com breve apresentação sobre cada espaço.

Feira de Caruaru

Responsável pelo surgimento da vila, que, posteriormente, daria origem ao município de Caruaru, a Feira recebeu, em 2006, o título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por resguardar diversos aspectos da cultura local, como os costumes, a literatura, a música e a gastronomia. Fica localizada no Parque 18 de Maio, no centro de Caruaru, oferece 14 feiras livres, bem como dispõe de equipamentos como o Polo Gastronômico e o Mercado da Carne.

Roteiro

Início às 9h, no Pórtico da Feira. Visitações às feiras do Importado, Alumínio, do Barro Utilitário, de Raiz e Plantas e Ervas Medicinais, de Farinha, de Massa e Gomas, de Bolo, Doce e Guloseimas, além de Roupas e Calçados e de Artesanato. Na sequência da visitação, tempo livre para compras e almoço no Polo Gastronômico. Encerramento previsto do roteiro às 13h.

Alto do Moura

Considerado um dos mais significativos centros de artes figurativas das Américas, o Alto do Moura, que fica a sete quilômetros do centro de Caruaru, dispõe de diversos ateliês de ceramistas inspirados na arte do Mestre Vitalino. Por lá, os visitantes ainda podem desfrutar da rica culinária regional nos bares e restaurantes, bem como se hospedar em pousadas charmosas e aconchegantes. Além disso, o Alto do Moura é sede de uma área pastoral diocesana e possui as igrejas de São José, São Sebastião e de São Francisco.

Roteiro

Início às 9h, na Praça do Artesão. Visitações ao ateliê Mestre Zezinho Muriçoca, Memorial Mestre Galdino, Ateliê Mestra Terezinha Gonzaga e Família, Ateliê Severino Vitalino e Família, Memorial Mestre Manuel Eudócio, Ateliê Mestra Marliete Rodrigues, Ateliê Família Zé Caboclo, Ateliê Mestre Luiz Antônio, Ateliê Mestre Zé Galego, bem como a Casa-museu Mestre Vitalino e ao Ateliê Mestre Luiz Galdino. Na sequência, tempo livre para compras e almoço nos restaurantes. Encerramento previsto do roteiro às 13h.

Monte do Bom Jesus

Localizado também no Centro, o Monte do Bom Jesus é um elemento emblemático da paisagem urbana de Caruaru. Com vegetação e relevo singulares, o local oferece aos visitantes uma vista de 360 graus, sendo o ponto mais alto da Capital do Agreste. Além da paisagem única, o Monte ainda dispõe de espaços para prática da fé e de lazer.

Roteiro

Início às 15h, na frente da árvore “Barriguda”. Circulações pelo 1º Mirante, imagem de Nossa Senhora dos Pobres, Igreja do Bom Jesus, e imagem de Santa Luiza; cruzeiro do Vigarinho, escadaria Vias Crucis, 2º Mirante e Anfiteatro, além 3º Mirante. Na sequência, lanche nas tapioqueiras. Encerramento previsto do roteiro às 18h.

Serra dos Cavalos

Composta por 359 hectares de Mata Atlântica, Serra dos Cavalos é reconhecida nacionalmente como uma das mais importantes áreas de preservação ambiental do Nordeste. Habitada por diversas espécies de animais, sobretudo mamíferos, aves e répteis, também dispõe de três açudes. Seu rico cenário natural é ideal para prática de trilhas e acampamentos. Ainda oferece Ecovila, hospedagens em chalés ou em campings, bem como restaurantes com comida regional e vistas panorâmicas privilegiadas.

Roteiros de trilhas elaborados para o local, das 7h até as 14h.

1 — Passeio Parque Rosa

Percurso: Trilhas do Pintor-Verdadeiro, do Jatobá, do Pau-Brasil e da Macambira.

2 — Passeio dos Açudes

Percurso: Trilhas do Pintor-Verdadeiro, da Macambira, da Velha Joana e da Capivara.

3 — Desafio das Corredeiras

Percurso: Trilhas do Rhipsalis, Velha Neném, do Cedro, Estrada dos Quandús, da Capivara e do Pintor-Verdadeiro.

4 — Desafio Floresta dos Pinheiros

Percurso: Trilhas do Rhipsalis, Velha Neném, do Cedro, da Macambira, bem como das Estradas das Curuanhas, de Santa Maria, da Velha Joana e do Pintor-Verdadeiro.

5 — Desafio da Amazônia do Agreste

Percurso: Trilhas do Pintor-Verdadeiro, da Capivara, da Macambira, Estrada dos Quandús, Velha Joana, do Guilherme, do Capoeirão e de Manoel da Mata.

6 — Desafio Floresta dos Gigantes

Percurso: Trilhas do Rhipsalis, Velha Neném, da Jaqueira, da Gameleira, do Abacate, do Toiô, do Cedro, do Pintor-Verdadeiro e da Capivara, além das Estradas de Santa Maria e das Curuanhas.

7 — Trilhas do Rhipsalis, Velha Neném, da Jaqueira, da Gameleira, do Abacate e do Toiô, além das Estradas de Santa Maria, do Capoeirão, Manoel da Mata, da Velha Joana e da Macambira.

Rio: calendário de vacina avança para 37 a 39 anos

O Distrito Federal começa neste sábado (19) a vacinar pessoas com 49 anos, em Cinco pontos de vacinação, que atenderão esse grupo durante o fim de semana

A vacinação contra a covid-19 na capital do Rio segue esta semana com a aplicação de primeira dose em pessoas com idade entre 37 e 39 anos. O calendário começa hoje (12) com mulheres com 39, amanhã serão os homens com a mesma idade.

Na quarta-feira (14), mulheres com 38 anos poderão se imunizar, e no dia seguinte os homens desta faixa etária. Na sexta-feira (16) poderão ser imunizadas com a primeira dose as mulheres com 37 anos, e no sábado os homens.

“O Rio inicia mais uma etapa muito importante de vacinação contra covid19. A faixa etária do trintou começa a ser vacinada”, postou ontem o secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, em seu perfil do Twitter.

Para as gestantes, puérperas, que são as mulheres que tiveram filho a até 45 dias, e as que estão amamentando, a Secretaria Municipal de Saúde reservou a quarta-feira (14) para elas receberem a vacina. Nesta semana, a pasta definiu que a repescagem está restrita às pessoas com deficiência, que podem procurar os postos de hoje até sábado.

A Prefeitura do Rio comemorou a meta atingida neste fim de semana, com 90% da população de 40 a 49 anos vacinada com a primeira dose. No sábado foram aplicadas 43.598 doses da vacina contra a covid-19. A prefeitura destacou que, agora, as pessoas precisam prestar atenção na caderneta de vacinação e voltar no dia da segunda dose.

Gripe
Já para a vacinação contra a gripe o calendário foi prorrogado até o dia 30 de agosto. A partir de quarta-feira, a vacina será estendida para a população em geral de seis meses a 60 anos que pode comparecer às unidades de Atenção Primária, como as Clínicas da Família e os Centros Municipais de Saúde para receber o imunizante. Para evitar aglomerações nas unidades de saúde, deve ser observado o escalonamento por faixas etárias.

Conforme o calendário, de hoje ao dia 28 de julho serão vacinadas contra a gripe, pessoas de seis meses a 17 anos. Entre 21 e 30 de julho para a faixa de 51 a 60 anos. De 28 de julho a 10 de agosto de 41 a 50 manos. Entre 10 e 18 de agosto são as pessoas de 31 a 40 anos e de 18 a 30 de agosto de 18 a 30 anos.

Até a quarta-feira, continua a imunização exclusiva para os grupos prioritários como idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a cinco anos, gestantes e puérperas, indígenas e quilombolas, pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente. E também, para os trabalhadores da saúde e da educação, caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo e de longo percurso, portuários, população privada de liberdade, adolescentes sob medidas socioeducativas e funcionários do sistema prisional, forças de segurança e salvamento e Forças Armadas.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde quem tomou a vacina contra a covid-19 deve aguardar 14 dias para se vacinar contra a gripe.

Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 6,11%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) deste ano subiu de 6,07% para 6,11%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (12), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,75%. Para 2023 e 2024 as previsões são de 3,25% e 3,16%, respectivamente.

O cálculo para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

No mês passado, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2021 em 6,63% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é que a taxa básica suba para 7% ao ano. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,50% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia.

Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio
As instituições financeiras consultadas pelo BC aumentaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,18% para 5,26%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2,09%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

A expectativa para a cotação do dólar variou de R$ 5,04 para R$ 5,05 ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.

Inscrições para o Enem terminam na quarta-feira

Aplicativo do Enem

Termina na próxima quarta-feira (14) o prazo para inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. Os interessados em participar do certame, isentos ou não, devem acessar o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para fazê-lo, na Página do Participante.

A taxa de inscrição para os não isentos é de R$ 85. O pagamento deve ser feito por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança).

Provas
As provas do Enem 2021 serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, tanto a versão digital quanto a impressa. As duas versões também terão a mesma estrutura de prova: quatro cadernos de questões e a redação.

Cada prova terá 45 questões de múltipla escolha, que, no caso do Enem Digital, serão apresentadas na tela do computador. Já a redação será realizada em formato impresso, nos mesmos moldes de aplicação e correção da versão em papel. Os participantes receberão folhas de rascunho nos dois dias.

No primeiro dia, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação. A aplicação regular terá cinco horas e 30 minutos de duração.

No segundo dia, as provas serão de ciências da natureza e suas tecnologias, e matemática e suas tecnologias. Nesse caso, a aplicação regular terá cinco horas de duração.

Papa Francisco ficará no hospital por mais alguns dias, diz Vaticano

Papa Francisco se recupera após passar por cirurgia em Roma.

O papa Francisco completou o tratamento pós-cirúrgico mas permanecerá no hospital por mais alguns dias para fazer os ajustes finais de medicação e reabilitação, informou o Vaticano nesta segunda-feira (12).

Quando o papa deu entrada no hospital em 4 de julho para ter parte de seu cólon removido, o Vaticano disse que ele ficaria internado por cerca de sete dias, caso não ocorressem complicações.”Sua Santidade, o papa Francisco passou um dia (domingo) tranquilo e completou seu tratamento pós-operatório”, disse o porta-voz Matteo Bruni em seu comunicado diário sobre o estado de saúde do papa.

“Para ajustar sua terapia de medicação e de reabilitação, o Santo Padre permanecerá hospitalizado por mais alguns dias”, disse ele no comunicado em italiano.

Bruni disse que antes de o papa fazer um pronunciamento público no domingo da varanda do hospital Gemelli, ele visitou crianças em uma ala voltada ao tratamento de câncer. Algumas delas ficaram ao lado dele na varanda.

Após o pronunciamento, disse Bruni, o papa visitou outros pacientes e membros da equipe médica.

O papa ficou na varanda por cerca de 10 minutos enquanto fazia o pronunciamento no domingo e pareceu estar em boa condição geral, embora sua voz estivesse rouca. O Vaticano posteriormente divulgou fotos de Francisco sendo levado em uma cadeira de rodas para visitar médicos e outros pacientes.

Deputado federal Fernando Rodolfo faz giro pelo Sertão

Em caravana, o deputado federal Fernando Rodolfo passou o fim de semana no Sertão em audiências públicas para explicar o rateio dos precatórios dos professores do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério).

A primeira audiência foi na sexta-feira (09) no município de Carnaubeira da Penha.

No sábado (10), as audiências foram nas cidades de Ouricuri e Bodocó. Além da audiência, Fernando participou da inauguração da APO (Associação dos Professores de Ouricuri).

Para encerrar as andanças pelo Sertão, o deputado participou de uma nova audiência neste domingo (11), no município de Serra Talhada.

Em todas as audiências, Fernando Rodolfo foi recebido com aplausos pelos professores e explicou a luta que vem combatendo em Brasília para a aprovação dos precatórios.

Nos próximos dias, novas audiências públicas serão realizadas em outros municípios do Sertão.

O deputado vem nesta luta desde 2019, obtendo vitórias na capital Federal e valorizando cada vez mais os professores.

Lei aumenta proteção para consumidores superendividados

Na busca de prevenir e solucionar o superendividamento dos brasileiros, o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) passou por mudanças neste mês. A Lei 14.181/21 foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e altera também o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003). O texto dá mais transparência aos contratos de empréstimos e tenta impedir condutas consideradas abusivas. 

Os consumidores terão direito a uma espécie de recuperação judicial para renegociarem as dívidas com todos os credores ao mesmo tempo. 

A lei define o superendividamento como a impossibilidade de o consumidor pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, sem comprometer seu mínimo existencial (renda mínima para as necessidades básicas). Ou seja, é um débito que o consumidor não consegue pagar sem afetar outros compromissos.

Operações de crédito (empréstimos), compras a prazo e serviços de prestação continuada são consideradas como dívida. Entretanto, a lei deixa claro que as regras não se aplicam as que tenham sido feitas por fraude ou má-fé, seja por meio de contratos assinados com a intenção de não realizar o pagamento ou pela compra ou contratação de produtos e serviços de luxo.

Pelo texto, os contratos de crédito e de venda a prazo devem informar dados envolvidos na negociação como taxa efetiva de juros, total de encargos e montante das prestações.

As empresas ou instituições que oferecerem crédito também ficam proibidas de assediar ou pressionar o consumidor para contratá-la, inclusive por telefone, e principalmente se o consumidor for idoso, analfabeto ou se a contratação envolver prêmio. Elas também não podem ocultar ou dificultar a compreensão sobre os riscos da contratação do crédito ou da venda a prazo.

O Código de Defesa do Consumidor também proíbe que uma empresa garanta conceder empréstimo sem consultar serviços de proteção ao crédito, como SPC Brasil e Serasa Experian, ou sem avaliar a situação financeira do consumidor.

Caso as empresas não sigam as novas normas, o cliente pode procurar auxílio judicial, como explica o advogado especialista em direito do consumidor Marcelo Corrêa. “O consumidor pode buscar o auxílio dos PROCONs para registrar reclamações quanto a violações de direitos referentes a inovação legislativa ou requerer ao judiciário a instalação do processo de repactuação de dívida, onde será realizado uma audiência de conciliação que o consumidor superendividado e os seus credores deverão se fazer presentes. Nessa audiência, o consumidor deverá apresentar um plano de pagamento não superior a cinco anos.”

No entanto, essa ajuda só favorece aqueles que se enquadram nas regras. “Deve ficar claro que a lei somente beneficia o consumidor que agiu de boa fé e que, por algum motivo, seria impossibilitado de honrar seus compromissos sem prejudicar seu sustento básico e de sua família, que a lei chamou de mínimo existencial, pautado no princípio da dignidade da pessoa humana”, complementa Marcelo Corrêa.

A empresária Márcia Regina fez um empréstimo de R$5 mil com um banco e por perder clientes devido a pandemia do coronavírus não conseguiu mais pagar, o que começou a gerar juros. Segundo ela, a proposta do banco eram 48 parcelas de R$ 260, mas que no fim, o empréstimo ficava em mais de R$12 mil e comprometia as contas básicas da empresária. 

“Até hoje não paguei o banco e vou tentar renegociar novamente para ver se eles têm uma proposta melhor. Ou então vou ter que juntar esse dinheiro e acionar a justiça para pagar esse valor que eu usei à vista, pois o banco não facilita. E se diminuir o valor das prestações que eles dividem, a parcela fica muito alta, em mil reais por mês. Não tenho condições de pagar”, explica.

Vetos presidenciais

Bolsonaro vetou o dispositivo que limitava em 30% da remuneração mensal o valor de parcelas de crédito consignado e rejeitou também o dispositivo que proibia, na oferta de crédito consignado, fazer referência a termos como “gratuito”, “sem juros” ou “com taxa zero”.

Também foi vetado o dispositivo que tornava nulas as cláusulas de contratos sobre fornecimento de produtos ou serviços baseados em leis estrangeiras que limitassem o poder do Código de Defesa do Consumidor (CDC) brasileiro.
 

Medo da morte é o sentimento mais comum entre vítimas da Covid-19 ouvidas pelo portal Brasil61.com

Em outubro, de 2020, Camila de Oliveira, 31 anos, foi orientada a ficar em casa, isolada, quando testou positivo para Covid-19. Ela mora na França e, por lá, nessa mesma época, a pandemia estava no auge da segunda onda e o governo local decretava lockdown.

Camila estava feliz porque entrava no segundo mês de gestação e concluía seu sonhado curso profissionalizante quando adoeceu. Os primeiros sintomas chegaram com intensidade e, no isolamento, contava apenas com a ajuda dos familiares. Na França, as autoridades em saúde recomendavam o isolamento total nos primeiros dias de infecção. Camila teve febre, falta de ar e medo.

“A gente fica angustiada porque, realmente, o cansaço é forte. Eu não saia da cama, fiquei com medo de perder o ar, de não poder mais respirar, ninguém me socorrer e, por eu estar grávida, fiquei com medo de perder o bebê”, relata a estudante.

A falta de ar causou angústias e sofrimentos desesperadores em Camila de Oliveira. A brasileira conviveu com a sensação de afogamento e febres altíssimas por dois dias. Não foi ao médico. Mas conta que a ausência de uma equipe médica, durante a manifestação mais aguda dos primeiros sintomas, foi sentida.

“O acompanhamento médico do início ao fim, e depois também, é essencial. A doença é solitária e, por isso, se tivermos o amparo da medicina, dos médicos, é super importante”, acredita Camila.

Na casa da universitária Mariana Vargas, 28 anos, somente ela testou positivo para Covid-19, em fevereiro deste ano. Pareceu uma escolha feita a “dedo” que impôs o isolamento repentino e cuidados redobrados de contenção da proliferação do coronavírus na família.

Os sintomas foram leves em Mariana, mas suficientes para desencadear quadro depressivo profundo. As angústias desequilibraram o raciocínio e a autoestima. Ela sofreu com perda do paladar, olfato, peso e dos cabelos. Teve medo.

“Foram os piores dias da minha vida. É como se tivesse em uma prisão na qual fiquei 14 dias fechada dentro do quarto em choro constante. Eu chorava muito”, afirmou a universitária.

Mariana Vargas estuda Farmácia e as atividades acadêmicas são importantes no tratamento dos traumas recorrentes da Covid-19. A moradora de Brasília relembra os primeiros dias da infecção com lucidez e acredita que a falta de acompanhamento médico, nas fases críticas da doença, contribuiu no desenvolvimento de crises, que a princípio, poderiam ter sido amenizadas logo no início. 

“Acredito que quando uma pessoa é diagnosticada com Covid-19 e tem acompanhamento psicológico, durante a fase inicial, é de suma importância”, acredita.   

Quando Ir ao hospital? 

As formas como a Covid-19 ataca o organismo das pessoas, e os possíveis prejuízos à saúde, ainda são desafios para a ciência. Apesar disso, as experiências adquiridas no trato dos pacientes permitem entender, por exemplo, as fases e as manifestações do contágio do coronavírus.

“A Covid-19 tem um curso de evolução muito típico. Uma fase gripal, que dura de 3 a 5 dias. O paciente pode ter alguma melhora ou ficar estagnado na evolução após esse período. E a partir do 7º, 8º dia, há a fase em que a doença pode acometer o pulmão. O pico dessa evolução vai acontecer entre o 10º e o 12º dia após o início dos sintomas”, explica Dr. Fabrício da Silva, especialista em Emergências Clínicas e no tratamento da Covid-19 na fase grave, da Rede D’Or.

Acompanhe os dados da Covid-19 na sua cidade aqui! 

O conhecimento é fundamental na antecipação de procedimentos capazes de contribuir para a recuperação do paciente, em menos tempo, além de, tranquilizar as vítimas. 

A sensação de solidão e morte que Camila e Mariana conviveram, por exemplo, causam sequelas físicas e psicológicas e, segundo especialistas em saúde, é fator da falta de orientação, de acompanhamento médico próximo, já no período de início dos sintomas.

Aliás, “a recomendação inicial era ‘uma vez com sintomas gripais, com diagnóstico da Covid-19, fique em casa e procure o hospital caso tenha queda de saturação ou piora na falta de ar’. Esse conceito caiu por terra. Hoje, a recomendação é cada vez mais, termos o acompanhamento de perto, o diagnóstico precoce”, lembra Dr. Fabrício. 

Dr. Fabricio destaca que, mesmo nos casos leves da Covid-19, é necessário o acompanhamento médico de perto desde o início dos sintomas. Descartar a possibilidade de a doença evoluir para uma forma grave após os primeiros exames, segundo o médico, é um erro grave. 

“Sugiro que tenha uma reavaliação lá pelo oitavo, nono dia, justamente para definir se o paciente vai ter uma potencial chance de evoluir para uma forma mais grave, se vai começar a esboçar pneumonia”, acredita.

Covid-19: “Boa parte da mortalidade hoje, no País, acontece por mau manejo do tratamento médico”, avalia especialista

Os prejuízos e males causados pela Covid-19 ainda são desafios para as equipes médicas e, por isso, acompanhar cada pessoa infectada desde o início dos sintomas é importante. Cada sinal, reações, podem indicar a forma de tratamento, e se for realizado cedo, com grandes chances de cura, a fim de amenizar possíveis casos graves da doença.  

“Realizar tomografia nessa fase é importante para definir o paciente que vai evoluir com acometimento pulmonar, com pneumonia pela Covid e para tentarmos otimizar o tratamento medicamentoso. Eventualmente, envolver a fisioterapia nesse cuidado e já traçar o planejamento de reavaliação, entendendo que ele está entrando na curva de piora da inflamação, em que o pico vai se dar lá no 10º, 11º, 12º dias. Essa noção de evolução e acompanhamento de perto é fundamental”, pontua.

 

Cresce a busca por graduação na área de saúde durante a pandemia

A pandemia da Covid-19 ainda é uma realidade no mundo. E, durante todo este período, pode-se acompanhar o trabalho de milhares de profissionais da saúde e pesquisadores que se dedicam diariamente nesta luta contra o vírus. Estes profissionais também estão inspirando vários jovens na hora de escolher um curso superior.

É o que demonstra a pesquisa global, que foi realizada pela Pearson, no Brasil, Estados Unidos, China e Reino Unido. Segundo a empresa, que ouviu 2 mil pais e alunos universitários entre 11 e 17 anos, 64% dos pais disseram ter percebido aumento de interesse por parte dos filhos em assuntos relacionados à ciência com o surgimento da pandemia. No Brasil, esse índice foi ainda maior, chegando a 67%. O estudo também revelou que 64% dos alunos consideram escolher a carreira profissional influenciados pela pandemia.

Os cursos que estão entre os mais citados pelos estudantes que participaram da pesquisa, são: medicina, enfermagem, biologia, farmácia e biomedicina.

“Durante a pandemia podemos acompanhar o crescimento das oportunidades nas áreas de saúde. A falta de profissionais fez com que o país lançasse vários editais para concursos e convocação de alunos que estavam no final da graduação de medicina, para ajudar no combate ao Covid-19. Este crescimento na oferta levou os estudantes a repensarem suas escolhas, uma vez que existem vários segmentos na área de saúde que necessitam de profissionais. Além das oportunidades, também recebi relatos de alguns alunos que perderam parentes e amigos, e com isso transformaram a dor em motivação para buscar melhorar a vida das pessoas através da ciência”, declarou a coordenadora do programa de reforço para o curso de medicina do colégio GGE, Jacqueline Ellen Albuquerque.

O Programa Reforça Medicina é oferecido aos alunos do 1º, 2º e 3º ano do ensino médio do colégio GGE, onde, através de aulas online ao vivo, os estudantes começam a se aprofundar nas aulas de química, física e biologia, que são as disciplinas com pesos maiores nos cursos de saúde. Nas aulas os alunos resolvem questões de vestibulares anteriores e se aprofundam mais no conteúdo que vão estudar ao ser aprovado no curso escolhido.

“Vale ressaltar, que também deixamos claro para os nossos alunos que eles não devem escolher o curso apenas de acordo com as oportunidades que o mercado oferece, uma vez que esta escolha será para a profissão da sua vida. É necessário também ter algumas atribuições como paciência para lidar com pessoas, saber que vão passar por situações que podem abalar o emocional, estar em constante aprendizado, gostar de pesquisa, já que a ciência evolui diariamente, e o mais importante, ser o curso que o aluno realmente deseja. Inclusive, eu sugiro sempre que eles conversem com profissionais da área que eles desejam atuar, para se aprofundar nas experiências e poder fazer a escolha com um pouco mais de certeza, pois, assim tenho certeza que teremos profissionais brilhantes”, concluiu a coordenadora.

Covid-19: mais municípios adotam política do “fim de fila” para pessoas que querem escolher vacina

São Paulo – Primeiro dia de vacinação de idosos, gestantes e crianças de 3 meses a 5 anos no Instituto de Infectologia Emília Ribas, região central (Rovena Rosa/Agência Brasil)

É crescente o número de municípios brasileiros que decidem mandar para o fim da fila de imunização as pessoas que se recusam a tomar ou querem escolher o fabricante da vacina contra a Covid-19. A medida adotada por gestores de saúde é uma reação aos cidadãos conhecidos como “sommeliers de vacinas”, que desconfiam da eficácia e segurança de alguns imunizantes usados no País. 
 
Em Itajubá, no sul de Minas Gerais, diante do aumento de casos em que algumas pessoas queriam escolher a vacina de acordo com a marca, a prefeitura publicou um decreto em que esses cidadãos são encaminhados para o fim da fila de imunização. Assim, apenas quando todos os maiores de 18 anos receberem a vacina, é que o grupo poderá receber o imunizante. 

Nilo Baracho, vice-prefeito e secretário municipal de Saúde de Itajubá, explica como funciona o protocolo junto a essas pessoas. “Quando há a recusa em receber aquela vacina que está disponível, a [área] técnica pede para a pessoa assinar um documento [afirmando] que está recusando. Esse termo também é assinado por duas testemunhas e, aí, essa pessoa é retirada da fila do sistema online que temos e é colocada no final da fila”, detalha. 

Segundo Nilo, o decreto está surtindo o efeito esperado. “Existem relatos dos nossos vacinadores que algumas pessoas tentaram escolher a vacina, mas quando foi falado que isso não era permitido e que, mediante essa situação deveriam assinar um termo em que eles falam que tem preferência pela vacina, foram demovidos dessa ideia e tomaram a vacina que estava disponível para eles”, confirma. 
 
O Ministério da Saúde já distribuiu mais de 61,5 mil doses de imunizantes para Itajubá. Dessas, 46.634 foram aplicadas, das quais 34.546 referentes à primeira dose e 12.088 relativas à segunda. A população vacinável (acima dos 18 anos) do município é de 76.158 pessoas. 

Logística

Gestores de saúde que tomaram essa medida apontam que ela é necessária para evitar prejuízos ao processo de imunização da população local, uma vez que há uma ordem preestabelecida pelas autoridades de saúde. “A pessoa vai de um lugar para o outro para achar o imunizante que lhe convém. Além de criar a sensação de que todos podem escolher, se não for tomada uma medida séria pelo poder público, em pouco tempo fica impossível se fazer a gestão de uma vacinação tão complexa como é a vacinação contra a Covid-19”, pontua Baracho.
 
No município de Fama, que possui pouco mais de dois mil moradores, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o prefeito decretou o “fim de fila” para os “sommeliers de vacinas” de modo preventivo, relata Edson Prado Futemma, secretário municipal de Saúde.
 
“Não são muitos os casos de pessoas que estão querendo escolher a vacina, mas para evitar, como a cidade é pequena, se um fala, ‘ah, eu escolhi tal vacina, porque é melhor’, isso vai passando muito rápido e, no final, acaba que muita gente ia querer escolher. Se deixar isso acontecer, pode atrasar o cronograma”, conta. 
 
Segundo ele, é necessário vacinar 92% de cada grupo para iniciar a vacinação dos grupos seguintes. “Se as pessoas começam a recusar a vacina, vai atrasar toda a programação”, avalia. Em Fama, quem se nega a tomar a vacina, também tem que assinar um termo de ciência em que assume estar “passando a vez” na fila.
 
A cidade já recebeu 2.100 doses de vacinas contra a Covid-19. Dessas, 1.683 foram aplicadas, das quais 1.214 referentes à primeira dose e 469 relativas à segunda. A população vacinável (acima dos 18 anos) do município é de 1.963 pessoas. 

Escolha justificada?

Atualmente, o Plano Nacional de Imunização (PNI) conta com imunizantes de quatro fabricantes. Por ordem de chegada ao País, são as vacinas CoronaVac, AstraZeneca/Oxford, Pfizer e Janssen. Além de diferir quanto à tecnologia empregada, há diferenças na quantidade de doses necessárias para a imunização — no caso da Janssen, é de apenas uma dose por pessoa — e nos efeitos colaterais.
 
Mesmo assim, o médico e especialista em infectologia, Leandro Machado, explica que não há motivo razoável para que as pessoas queiram escolher a “marca” da vacina. “Os efeitos colaterais em vacinas já são esperados e conhecidos. Quando vocês levavam seus filhos ou quando vocês iam tomar vacina quando eram crianças, a gente já espera os efeitos colaterais, como dor no braço, febre, falta de apetite.  A grande maioria dos efeitos, [em] quase 100% das pessoas, são leves. É muito, mas muito raro ter um efeito grave”, diz. 
 
Para Machado, além de atrasar o PNI, a escolha por vacinas pode, sem o devido controle, impedir que alguns grupos tenham acesso a imunizantes que lhes sejam mais adequados. “Os pacientes renais crônicos, por exemplo, têm vacinas específicas que são voltadas para esse público. Se a gente acaba usando em um público que poderia estar usando qualquer vacina, nós deixamos de vacinar uma parte importante da população. Então, qual é a melhor vacina? É a vacina que entrar no seu braço. Simples. Essa é a melhor vacina”, orienta.

Medida se amplia

O fim de fila para quem escolhe vacina já ocorre em diversas cidades do País. No estado de São Paulo, municípios como Campinas, São Caetano do Sul e São Bernardo do Campo já adotam a medida. Em outros locais, autoridades se movimentam para adotar a prática. É o caso de Curitiba, onde um vereador propôs um projeto de lei para a causa. 
 
Em Alagoas, o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley, está recomendando que prefeitos e secretários de saúde municipais também apliquem a regra do fim de fila. Segundo ele, as recusas têm ocorrido em diversas cidades do estado, o que seria “injustificável”. Wanderley deve se reunir com os gestores e representantes do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) nesta segunda-feira (12) para debater a medida.
 
“Essa medida é importante e necessária para que nós possamos manter a eficiência e celeridade do plano de imunização. Não há justificativa para que as pessoas recusem uma vacina em detrimento de outra. Todas as vacinas ofertadas em nosso País têm eficiência e eficácia comprovadas e têm salvado milhões de vidas”, afirma. 

Vacinação

Até o início da tarde de sábado (10), o Ministério da Saúde distribuiu quase 144 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Dessas, cerca de 110 milhões foram aplicadas na população, sendo 81,1 milhões referentes à primeira dose e 28,9 milhões à dose de reforço. 
 
Até o momento, 531.688 pessoas morreram por causa da doença. O País registra pouco mais de 19 milhões de casos confirmados e cerca de 17,4 milhões de recuperados. Acesse as informações sobre a Covid-19 no seu estado e município em brasil61.com/painelcovid.