Milhares saem às ruas do país em novos protestos pelo impeachment de Bolsonaro

Milhares de manifestantes se reúnem na manhã deste sábado (19) em diferentes cidades do país em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. Entre os maiores atos, estão os de Brasília, com manifestantes na Esplanada dos Ministérios, e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o protesto está marcado para às 16h, na avenida Paulista.

As manifestações ocorrem no momento em que o país se aproxima de 500 mil mortos pela Covid e menos de um mês após os atos de 29 de maio, que atraíram milhares de pessoas. Os protestos nacionais são pelo impeachment do presidente, por mais vacinas contra a Covid-19 e por auxílio emergencial.

As manifestações são convocadas e apoiadas por movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais, entidades estudantis, torcidas organizadas e grupos envolvidos em causas como feminismo e antirracismo. A organização está centralizada no fórum Campanha Nacional Fora, Bolsonaro.

A expectativa deles era de um volume maior de participantes desta vez. A quantidade de organizações que endossam a realização dos protestos e o número de cidades com atividades programadas cresceram em relação ao final de maio.

Em Brasília e no Rio, manifestantes incluíram na pauta dos atos protestos contra a privatização da Eletrobras, que deve ser aprovada na Câmara no início da próxima semana.

Na capital federal, o ato contou com uma carreata que percorreu algumas vias principais da cidade até a concentração para uma passeata. Indígenas de várias partes do país também se juntaram aos manifestantes para condenar a omissão do governo na proteção desses povos na pandemia e também em protesto contra a mudança na demarcação de terras.

Ao contrário dos atos em favor do governo, os manifestantes não foram autorizados a descer para a praça dos Três Poderes e se concentram no gramado em frente ao Congresso Nacional.

O evento no DF colocou no mesmo carro de som parlamentares de diversos partidos de esquerda.

Discursam com palavras duras contra o presidente, especialmente condenando a condução no enfrentamento da pandemia e o autoritarismo do governo, parlamentares como os deputados federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Pedro Uczai (PT-SC) e o deputado distrital Leandro Grass (Rede).

Também há diversas bandeiras de partidos, como PT, PSOL e PCdoB, além de inúmeras camisetas com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No Recife, mesmo sob chuva, o evento foi maior do que o anterior. O ato também uniu representantes de partidos à esquerda que disputam espaço na corrida eleitoral de 2022, como PT e PDT. O estado e a cidade são governados pelo PSB, que também teve representantes no protesto.

No ato anterior, realizado no dia 29 de maio, a Polícia Militar de Pernambuco atacou violentamente as pessoas que protestavam pacificamente contra o governo federal.

Diante do desgaste político, o governo estadual escalou agentes de conciliação para evitar qualquer tipo de animosidade entre polícia e manifestantes. Poucos policiais militares acompanharam os manifestantes à distância

Os manifestantes tentaram cumprir normas de distanciamento social e se organizaram em três grandes filas. Em megafones, pessoas da organização do ato alertavam para a necessidade de manter o distanciamento e usar o equipamento de proteção.

O Ministério Público de Pernambuco, baseado em decreto estadual que proíbe a realização de eventos públicos e privados para evitar aglomerações, expediu recomendação para que o protesto não fosse realizado.

Em Maceió, a manifestação se concentrou na praça Centenário, no bairro do Farol, e seguiu pela avenida Fernandes Lima.

Também ocorreram protestos em Aracaju, Belém, João Pessoa, São Luís e Teresina.

OUTRAS CIDADES
Até sexta-feira (18), estavam confirmados atos em mais de 400 cidades de todos os estados brasileiros, incluindo as 27 capitais. No exterior, a previsão era a de concentrações em 41 cidades, em países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Portugal, Itália, Finlândia e Argentina.

No mês passado, segundo a coordenação, houve no total movimentações em 210 cidades no Brasil -algumas, assim como agora, tiveram mais de uma atividade. No exterior, o número também foi menor: 14 cidades. No total, foram 227 atos.

A recomendação é que os manifestantes usem máscaras (preferencialmente do tipo PFF2), se possível levem máscaras para doação, carreguem álcool em gel e mantenham o distanciamento social. Nos protestos de maio, as orientações foram seguidas, mas houve registros de aglomerações.

No sábado passado (12), Bolsonaro participou na capital paulista de um passeio de moto com apoiadores, depois de eventos semelhantes em Brasília e no Rio.

O presidente e auxiliares foram multados pelo governo João Doria (PSDB) por não usarem máscara contra a Covid-19 no evento. Motociclistas simpatizantes do governo também deixaram de usar a proteção facial -item que os protestos da oposição dizem diferenciá-los em relação aos dos bolsonaristas.

A Campanha Fora, Bolsonaro é composta por frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades, entre elas MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), UNE (União Nacional dos Estudantes), CMP (Central de Movimentos Populares) e Uneafro Brasil.

Partidos de esquerda como PT, PSOL e PC do B também integram a campanha. O PT, que apoiou com mais afinco na véspera o ato anterior, desta vez decidiu entrar para valer na mobilização.

O ex-presidente Lula anunciou que avalia comparecer, mas a tendência é que ele não vá. O envolvimento dele no assunto tinha sido discreto em maio e assim continuou até meados desta semana, quando se pronunciou em suas redes sociais sobre a possibilidade de ir.

PSOL, PC do B, PCB, UP, PCO e PSTU, que já estavam participando ativamente da articulação, continuam envolvidas. Além disso, outros partidos anunciaram apoio à iniciativa.

O Cidadania, que se apresenta como um partido de centro, comunicou nesta semana sua adesão às manifestações, em nota assinada pelo presidente nacional, Roberto Freire. Ele também afirmou que irá comparecer.

Siglas como PSB, PDT e Rede Sustentabilidade adotaram, institucionalmente, posição mais cautelosa -dizendo que não estimulam a formação de aglomerações-, mas sem proibir a presença de seus quadros. Com isso, núcleos e seções regionais desses três partidos decidiram se juntar às manifestações.

Partidos de oposição a Bolsonaro mais à direita ignoraram o tema ou simplesmente deixaram a decisão a critério de cada filiado ou corrente interna.

Bolsonaro minimizou o impacto das marchas contra ele em maio e lançou mão de uma estratégia para tachar a iniciativa como evento de campanha de Lula. O adversário, que não esteve presente, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022.

Fora do ambiente partidário, a mobilização somou a adesão das dez principais centrais sindicais, que ficaram reticentes da outra vez, muito pela pressão de categorias profissionais que demonstraram preocupação com a incoerência de se juntar às multidões e defender o distanciamento social.

Na semana passada, o apoio às manifestações foi deliberado em um fórum das centrais, que inclui CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), entre outras.

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que em maio preferiu manter discrição na fase de preparação dos atos, desta vez incentiva a participação de seus integrantes.

O movimento Acredito, que prega renovação política e está posicionado mais ao centro, também se integrou à organização dos protestos. Já MBL (Movimento Brasil Livre) e VPR (Vem Pra Rua), que levaram a direita às ruas contra governos do PT e hoje se opõem a Bolsonaro, mantiveram distância.

Ativistas envolvidos na convocação deste sábado dizem que a chegada de novas forças e a esperada adesão de mais manifestantes se devem à crescente insatisfação com o governo Bolsonaro, mas também ao clima pacífico e organizado e às precauções sanitárias do protesto anterior.

As principais bandeiras são o impeachment de Bolsonaro, a vacinação ampla contra a Covid e o pagamento de auxílio emergencial de R$ 600. As pautas foram definidas por centenas de organizações, que têm buscado unidade de discurso e se blindado contra atritos que comprometam a coesão.

Entre os objetivos, está ainda expressar apoio à CPI da Covid, vista como caminho que pode levar à responsabilização do presidente pelo agravamento da pandemia e servir de impulso para a Câmara dos Deputados abrir o processo de deposição dele, possibilidade tratada hoje com ceticismo.

Promover atos de rua em um cenário de descontrole da Covid foi um dilema que provocou debate em setores da esquerda nos últimos meses, mas a divergência de opiniões foi superada com as convocações para o dia 29 que atraíram milhares de pessoas em cidades do Brasil e de outros países.

O racha foi contornado diante do diagnóstico, feito por líderes do chamado campo progressista, de que solucionar as crises sanitária, econômica, institucional e política é inviável com Bolsonaro no poder.

O CAMINHO DO IMPEACHMENT
– O presidente da Câmara dos Deputados é o responsável por analisar pedidos de impeachment do presidente da República e encaminhá-los;

– O atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é aliado de Jair Bolsonaro. Ele pode decidir sozinho o destino dos pedidos e não tem prazo para fazê-lo;

– Nos casos encaminhados, o mérito da denúncia deve ser analisado por uma comissão especial e depois pelo plenário da Câmara. São necessários os votos de pelo menos 342 dos 513 deputados para autorizar o Senado a abrir o processo;

– Iniciado o processo pelo Senado, o presidente é afastado do cargo até a conclusão do julgamento e é substituído pelo vice. Se for condenado por pelo menos 54 dos 81 senadores, perde o mandato;

– Os sete presidentes eleitos após a redemocratização do país foram alvo de pedidos de impeachment. Dois foram processados e afastados: Fernando Collor (1992), que renunciou antes da decisão final do Senado, e Dilma Rousseff (2016).

Folhapress

Confira a programação das aulas para os alunos da Rede Municipal de Ensino de Caruaru pela TV Câmara

A Secretaria de Educação e Esportes de Caruaru (Seic) divulga a programação das aulas transmitidas pela TV Câmara desta semana (21 a 25 de junho, com exceção do dia 24, feriado, Dia de São João). O conteúdo pode ser acompanhado pelo canal 22.2.

O material disponibilizado na programação da TV Câmara conta com tradução em libras e também será hospedado no Portal e no YouTube Aula em Casa Caruaru.

*Programação*

*Segunda-feira (21/06)*

7h30 – Ensino Fundamental (1º ano) – Português

7h52– Ensino Fundamental (2° ano) – Português

8h20 – Ensino Fundamental (6° ano) – História e Português

8h47 – Ensino Fundamental (7° ano) – História e Português

9h15 – Ensino Fundamental (8° ano) – História e Português

9h42 – Ensino Fundamental (9° ano) – História e Português

*Terça-feira (22/06)*

7h30 – Ensino Fundamental (3º ano) – Português

7h55 – Ensino Fundamental (4° ano) – Português

8h15 – Ensino Fundamental (5° ano) – Português

8h36 – Ensino Fundamental (6° ano) – Matemática e Inglês

8h55 – Ensino Fundamental (7° ano) – Matemática e Inglês

9h23– Ensino Fundamental (8° ano) – Matemática e Inglês

9h43 – Ensino Fundamental (9° ano) – Matemática e Inglês

10h05– Ensino Fundamental (6° ao 9° ano) – Matemática

*Quarta-feira (23/06)*

7h30 – Ensino Fundamental (1º ano) – Matemática

7h58 – Ensino Fundamental (2° ano) – Matemática

8h26 – Ensino Fundamental (3° ano) – Matemática

8h52 – Ensino Fundamental (6° ano) – Ciências

9h04– Ensino Fundamental (6° e 7° anos) – Educação Física

9h11 – Ensino Fundamental (7° ano) – Ciências

9h22 – Ensino Fundamental (8° ano) – Ciências

9h35 – Ensino Fundamental (8° e 9° anos) – Educação Física

9h45 – Ensino Fundamental (9° ano) – Ciências

*Sexta-feira (25/06)*

7h30 – Ensino Fundamental (4º ano) – Matemática

7h57 – Ensino Fundamental (5° ano) – Matemática

8h23 – Ensino Fundamental (6° ano) – Português

8h38 – Ensino Fundamental (7° ano) – Português

8h50 – Ensino Fundamental (8° ano) – Português

9h03 – Ensino Fundamental (9° ano) – Português

9h17 – Ensino Fundamental (6° ao 9° ano) – Arte

9h32 – EJA

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 19.06.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até este sábado (19), 96,85% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 48 novos casos, 26 pessoas recuperadas da doença e três óbitos.

O número de testes realizados subiu para 95.990 dos quais 36.209 foram através do teste molecular e 59.781 pelo teste rápido, com 28.777 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 66.654.

Também já foram registrados 111.382 casos de síndrome gripal e 2.234 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 559 casos, 36 pessoas em isolamento domiciliar e 61 internamentos.

Brasil passa de 500 mil mortes por Covid-19

O Brasil chegou à triste marca de 500 mil mortes por Covid-19 hoje. Até o momento, foram contabilizados dados divulgados pelas secretarias estaduais da Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins nas últimas 24h. O número consolidado do dia, juntando os outros estados, ainda será divulgado.

São 500.022 devido ao novo coronavírus no país e 17.822.659 de casos confirmados, segundo dados levantados pelo consórcio de veículos de imprensa. A média móvel de novas mortes segue em alta. Ontem, chegou a 2 mil pelo terceiro dia seguido.

Além disso, houve recorde de novos casos registrados em um único dia desde o início da pandemia: 98.135. Desde março de 2020, dados sobre o novo coronavírus são contabilizados no país.

Blog do Magno

Câmara de Sanharó rejeita contas de 2015 e torna ex-prefeito Fernando Edier ficha suja

A Câmara de Vereadores de Sanharó rejeitou, nesta quinta-feira (17), a prestação de contas do ex-prefeito do município, Fernando Edier, no exercício de 2015. O ex-prefeito, mesmo se utilizando do apoio do atual prefeito César Freitas e o do presidente da Câmara, Rodrigo Didier, não conseguiu os 2/3 dos membros necessários para mudar o entendimento do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O parecer do TCE aponta diversas irregularidades, além de impor diversas recomendações ao ex-chefe do executivo municipal. Agora, o ex-prefeito está inelegível e impedido de assumir qualquer cargo público pelos próximos oito anos.

Seguiram o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado (TCE) pela rejeição das contas do ex-prefeito, os vereadores Dido de Mulungu, Rannya Freitas, Luciano Fernandes, e Fernando de Beta, sendo firmes e justos nos seus posicionamentos. Eles argumentaram que não é possível votar contrário às irregularidades insanáveis apontadas pelo TCE, bem como acatar a conduta do ex-gestor e demais agentes públicos a respeito do descumprimento às leis, pois afinal, a instituição pública é o lugar da regra, da norma e do preceito, sem o qual não é possível ter democracia nem direitos.

Contra o parecer do TCE votaram os legisladores Ary Sérgio, Rodrigo Didier, Dezo, Iran, Ronaldo Latão, Guto do Salgado, e Kleiton de Linda, sem qualquer fundamentação legal, deixando a entender que seus votos foram por interesses próprios e pessoais, em desrespeito aos seus eleitores, o chamado “Toma lá, dá cá”.

Belo Jardim: Vacinação para grupos prioritários será retomada segunda (21)

A Secretaria de Saúde de Belo Jardim irá retomar, na próxima segunda-feira (21), a vacinação contra a Covid-19 dos atuais grupos prioritários, que foram suspensos na última quinta-feira (17), devido a total utilização das vacinas de primeira dose.

Fazem parte deste grupo:
– pessoas a partir de 50 anos;
– trabalhadores da educação, a partir de 18 anos;
– trabalhadores da indústria e construção civil, a partir de 40 anos;
– demais grupos prioritários.

“A proposta era ampliar a vacinação na segunda-feira, mas recebemos apenas 708 doses, por parte do Governo do Estado. Esse quantitativo não será suficiente para avançar nas faixas etárias”, explicou a coordenadora do PNI de Belo Jardim, Flávia Santos. Ela disse ainda que à medida que forem chegando novas doses, haverá a ampliação das idades.

A vacinação seguirá acontecendo no Centro de Vacinação Covid, na quadra do Colégio Donino, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 16h, e aos sábados, das 8h às 13h.

Já para os trabalhadores da indústria e da construção civil, a imunização acontece no Centro de Vacinação do BateMoura, de segunda a sexta, das 8h às 16h, sem fechar para almoço.

Notícias falsas prejudicam buscas por Lázaro Barbosa, diz secretário

Serial killer Lázaro Barbosa

Mais de 200 policiais participam das buscas por Lázaro Barbosa Sousa na região de Cocalzinho de Goiás. As ações são comandadas pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), com a ajuda de equipes do DF e das Polícias Federal e Rodoviária Federal.

De acordo com a SSP-GO, Lázaro é suspeito de cometer um triplo latrocínio em Ceilândia, no DF, além dos crimes em Goiás. “Nos últimos dias, o indivíduo invadiu propriedades rurais da região do entorno, fez três pessoas reféns e baleou outras quatro, entre elas, um policial militar. O PM, que foi atingido de raspão, chegou a ser levado ao Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), mas já está em casa”, informou a secretaria.

Lázaro já possui uma condenação por homicídio, na Bahia, e é também procurado no DF e em Goiás por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo. A SSP-GO tem feito alertas sobre os prejuízos que notícias falsas têm causado para a investigação, segundo o chefe da pasta, Rodney Miranda.

Em coletiva de imprensa feita recentemente, Miranda disse que essas informações falsas acabam fazendo com que os investigadores “deixem de atender mais rapidamente uma informação procedente, para atender uma que não tem relevância”.

Segundo ele, tais situações têm provocado interferências na operação. “É um problema sim. Não só essa Fake News [de que Lázaro estaria em um cemitério], como outra de que ele já havia sido baleado, que já estava morto. Tudo isso atrapalha, porque não só a nossa Inteligência, como as unidades de operação, tem que checar. Às vezes a gente deixa de atender mais rapidamente uma informação procedente, para atender uma que não tem relevância”, ressaltou.

Miranda disse que a situação é “complexa, grave e de difícil resolução”, mas que avanços têm sido obtidos, contando com o reforço de 20 policiais da Força Nacional de Segurança Pública.

Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 7 milhões

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O concurso da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 7 milhões para quem acertar as seis dezenas.

O sorteio ocorre às 20h deste sábado (19) no Espaço Loterias Caixa, no terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo, com transmissão ao vivo pelas redes sociais das Loterias Caixa (perfil @LoteriasCAIXAOficial no Facebook e canal CAIXA no YouTube).

As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio nas lotéricas de todo o país, pelo portal Loterias CAIXA, no app Loterias Caixa ou por meio do Internet Banking Caixa para clientes. O valor de uma aposta simples da Mega-Sena é de R$ 4,50.

Caso apenas um apostador leve o prêmio e aplique todo o valor na Poupança da Caixa, receberá R$ 11 mil de rendimento no primeiro mês.

Quina de São João

O sorteio da Quina de São João será realizado em 26 de junho e vai pagar o maior prêmio da história da modalidade, estimado, agora, em R$ 190 milhões. As apostas podem ser realizadas em qualquer uma das 13 mil lotéricas do país, pelo portal Loterias CAIXA e no app Loterias CAIXA.

No portal Loterias CAIXA é possível adquirir um combo especial do sorteio, com 15 apostas para o concurso 5.590 ou ainda outros três combos contendo apostas de diversas modalidades, além do concurso especial.

Para apostar na Quina, basta marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis. O apostador também pode deixar o sistema escolher os números, por meio da aposta no formato Surpresinha. Ganham prêmios os apostadores que acertarem 2, 3, 4 ou 5 números. O preço de uma aposta simples, com cinco números, é de R$ 2.

Vacinação de covid evita 43 mil mortes de idosos em 13 semanas no país

Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. A cidade do Rio de Janeiro retoma hoje (25) sua campanha de aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em idosos da população em geral.

Pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) estimou que o avanço da vacinação contra a covid-19 é responsável pela prevenção de mais de 40 mil mortes de idosos em um intervalo de treze semanas no Brasil. Os dados, divulgados ontem (17), são de levantamento realizado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel, em parceria com a Universidade Harvard e o Ministério da Saúde.

Os cálculos revelaram que, se o número de mortes entre os mais idosos tivesse seguido a mesma tendência observada para os brasileiros mais jovens, seriam esperadas 70.015 mortes de pessoas de 80 anos ou mais. No entanto, foram registradas 37.401 mortes no período. Entre as pessoas de 70 a 79 anos, a expectativa de mortes era de 20.238 contra 13.838 registradas. Somando as estimativas para ambas as faixas etárias, foram evitadas as mortes de 43.082 idosos no país.

“Encontramos evidências de que, embora a disseminação da variante P.1 (gama) tenha levado ao aumento das mortes por covid-19 em todas as idades, a proporção de óbitos entre os idosos começou a cair rapidamente a partir da segunda quinzena de fevereiro de 2021. Até então, essa proporção tinha se mantido estável em torno de 25% a 30% desde o início da epidemia, mas se encontra agora abaixo de 13%”, disse o epidemiologista da UFPel e líder do estudo, Cesar Victora.

Ele acrescentou que as “análises de óbitos por outras causas mostram que o declínio proporcional entre os idosos é específico para as mortes por covid-19”. Os pesquisadores concluíram, portanto, que o avanço da campanha de vacinação contra a doença está associado às quedas progressivas na proporção de mortes de idosos pelo novo coronavírus no Brasil.

Victora avalia que a principal contribuição do levantamento é fornecer evidências sobre a efetividade do programa de vacinação no Brasil como um todo, em um cenário onde a variante gama atualmente predomina, confirmando os achados de estudos anteriores realizados em grupos populacionais mais restritos.

“Como o distanciamento social e uso de máscara estão sendo adotados de forma limitada na maior parte do país, o rápido aumento da vacinação permanece como a abordagem mais promissora para controlar a pandemia”, concluiu o pesquisador.

Detalhes do estudo
Para o levantamento, os pesquisadores analisaram as tendências de mortes por covid-19 e por outras causas não relacionadas ao novo coronavírus no período de 3 de janeiro a 27 de maio de 2021, com base em dados sobre óbitos e cobertura vacinal registrados pelo Ministério da Saúde. No período, o país registrou 238.414 mortes por covid-19 e 447.817 mortes por outras causas.

Os resultados revelaram que número de mortes por covid-19 em todas as idades aumentou a partir do final de fevereiro em decorrência da rápida disseminação da variante gama para todo o país.

Os níveis nacionais de cobertura com a primeira dose da vacina alcançaram metade dos idosos de 80 anos ou mais na primeira quinzena de fevereiro e passaram dos 80% na quinzena seguinte, com estabilidade em torno de 95% a partir de março.

Os pesquisadores observaram que, em paralelo, o percentual de mortes de idosos caiu de 28% do total de óbitos por covid-19, em janeiro, para 12%, em maio, com início de queda acentuada a partir da segunda metade de fevereiro. Enquanto a proporção de mortes nesse grupo por causas não relacionadas à covid-19 permaneceu estável em quase 30% no mesmo período.

Para a faixa etária de 70 a 79 anos, a cobertura vacinal com a primeira dose atingiu metade da população na última semana de março, alcançando 90% na primeira metade de maio. A proporção de mortes por covid-19 nesse grupo permaneceu em torno de 25% do total de mortes pela doença até a segunda semana de abril.

A partir daquele momento, essa proporção de mortes por covid-19 começou a diminuir de forma acentuada, chegando a 16% na última semana de maio. Entre esses idosos, a proporção de mortes por outras causas permaneceu estável em torno de 20%.

Ainda de acordo com o estudo da UFPel, a vacina CoronaVac representou 65,4% e a AstraZeneca/Oxford 29,8% de todas as doses administradas ao longo do mês de janeiro, enquanto as porcentagens foram de 36,5% para CoronaVac e 53,3% para AstraZeneca/Oxford no período entre meados de abril e metade de maio.

Paquetá pode ser tornar a primeira área livre da covid-19 no Rio

lha de Paquetá

A bucólica Ilha de Paquetá, com suas ruas de terra e casas históricas, estará na vanguarda da cidade do Rio de Janeiro nos próximos meses e poderá ser a primeira área da cidade a erradicar a covid-19. O passo mais importante para que isso aconteça ocorre amanhã (20), com a vacinação em massa promovida em um estudo da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Famosa nacionalmente como cenário do clássico A Moreninha, romance de Joaquim Manuel de Macedo, a ilha é localizada na parte mais interna da Baía de Guanabara e tem 4.180 moradores. Para chegar e sair do bairro, a barca é o único meio de transporte público, e as bicicletas e caminhadas substituem os carros nos 120 hectares de área da ilha.

Em uma transmissão ao vivo na internet com a Associação de Moradores de Paquetá (Morena), realizada na última semana, pesquisadores da Fiocruz e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, explicaram como funcionará o estudo, que terá um ano de duração e espera antecipar os efeitos da vacinação que meses depois serão observados no restante da cidade. O imunizante utilizado será a vacina Oxford/AstraZeneca, que é produzida no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).

“Nossa esperança e principal expectativa é que Paquetá seja a primeira área do Rio de Janeiro livre da covid-19, e a gente poder falar que estamos há tantos dias sem nenhum caso de covid-19 em Paquetá. A expectativa é que isso aconteça 14 dias após a segunda dose, mas pode acontecer de a imunidade coletiva ser até mesmo com a primeira dose. Vamos analisar diariamente a curva de casos”, disse Soranz.

Na quinta-feira (17), o trabalho começou a ser realizado com a coleta de amostras de sangue para testes sorológicos em 3 mil moradores de Paquetá que se apresentaram como voluntários. Entre os objetivos, o estudo quer monitorar a “soroconversão”, isto é, quem era soronegativo (não tinha anticorpos) e passou a ser soropositivo (com anticorpos). A pesquisa será capaz de diferenciar quem passou a ter anticorpos por causa da vacina e quem os adquiriu devido a uma infecção, e isso ajudará a verificar, entre outros pontos, o nível de proteção coletiva que será alcançado.

O infectologista da Fiocruz José Cerbino Neto explicou que a população será dividida em três grupos: quem já havia se vacinado, quem vai receber a vacina no domingo e quem não pode receber a vacina, como as crianças. Com isso, será possível conferir questões como a proteção já na primeira dose e o quanto a vacinação das pessoas em volta é capaz de proteger quem não foi imunizado.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 1.946 pessoas já haviam recebido a primeira dose de alguma das vacinas contra a covid-19 em Paquetá até o dia 17 de junho, e 1.132 segunda dose já haviam sido aplicadas nos moradores até a mesma data. A expectativa de Soranz é que o número de doses aplicadas neste domingo possa chegar a 1,6 mil.

Os pesquisadores explicam que quanto maior for a adesão da população ao estudo, maior será a possibilidade de extrair conclusões. A pesquisa é considerada um estudo de Fase 4, quando o que está em análise é a efetividade das vacinas “no mundo real”, conceito que é diferente de eficácia, que é o percentual de proteção medido pelos testes clínicos, em um grupo controlado e em comparação a um placebo antes da aprovação da vacina pelas autoridades sanitárias.

“O que a gente precisa fazer agora é a fase seguinte desses estudos”, acrescenta o infectologista Cerbino Neto. “São os estudos que a gente chama de ‘mundo real’, em que a gente aplica a vacina na população em um ambiente muito menos controlado”.

Estudo

A escolha de Paquetá para esse estudo passa por uma série de características, como o fato de ser uma ilha, com uma única entrada e saída. Além disso, o bairro tem apenas uma unidade de saúde, que, por sua vez, possui um cadastro de saúde da família bem consolidado com capacidade de monitorar a evolução dos casos.

O infectologista da Fiocruz disse ainda que o estudo em Paquetá terá características diferentes dos que foram realizados em populações maiores, como nas cidades de Serrana e Botucatu. Segundo o infectologista, com um grupo populacional menor em observação, é possível, por exemplo, analisar o deslocamento dos voluntários para fora da ilha e possíveis impactos que isso possa ter na efetividade da vacina. Apesar da análise mais completa, os dados e as informações médicas dos moradores serão mantidas em sigilo.

“A gente vai poder avaliar questões de segurança da vacina, eventos adversos em uma escala maior e com controle mais fino. A gente vai poder ver a resposta da vacina para as diferentes variantes. Todos os casos de covid-19 que eventualmente apareçam a gente vai genotipar para saber que variante é aquela. São respostas muito importantes nesse momento”, explica Cerbino Neto.

“Paquetá está na vanguarda da estratégia de vacinação da cidade. A gente vai começar por Paquetá e os resultados que a gente encontrar vão ajudar muito nas políticas de controle para o resto da cidade”.

Evento-teste

Oito semanas após a primeira dose, haverá uma nova vacinação em massa para completar o esquema vacinal dos participantes do estudo. O intervalo de oito semanas está dentro da janela de oito a 12 semanas recomendada para a aplicação da segunda dose da AstraZeneca e permitirá obter os resultados mais rapidamente do que com o intervalo de 12 semanas. A expectativa dos pesquisadores é que 14 dias após a segunda dose a circulação do vírus tenha sido reduzida ou zerada, abrindo caminho para a realização de um evento-teste na ilha.

O evento será realizado no Parque Darke de Mattos, um local aberto, e só poderão participar moradores de Paquetá que tenham sido vacinados. Essa etapa do estudo depende de uma grande adesão à vacinação e permitirá observar se o vírus será capaz de circular em meio a uma população vacinada, que será dispensada do uso de máscara nessa ocasião, segundo Cerbino Neto.

“A ideia é que seja um evento ao ar livre, em que as pessoas possam participar sem máscaras. A gente acredita que mesmo que haja uma pessoa infectada naquele ambiente, o fato de ter um cinturão com um grande número de pessoas vacinadas não vai permitir transmissão do vírus. Isso é que é a proteção coletiva, a imunidade de rebanho. Mas isso vai depender da adesão da população ao estudo”, explica o infectologista, que afirma que essa adesão também vai determinar a data e o formato do evento.