ARTIGO — Como fazer a gestão em tempos de home office

por Karin Panes

O home office é uma tendência positiva que veio para ficar trazendo qualidade de vida aos funcionários, liberdade geográfica, redução de custos às empresas e favorecendo o relacionamento com os clientes. Porém, como tudo o que é novo traz consigo alguns desafios. Um dos maiores desafios está no papel do gestor: como gerenciar os funcionários a distância, mantendo-os motivados, proativos e engajados.

Nesse novo modelo, além de garantir que o funcionário seja produtivo, o gestor precisa entender a nova realidade dele em casa. Muitas vezes, a conexão da Internet cai, o filho entra no meio da reunião, o cachorro late, rompendo totalmente o protocolo de trabalho que antes era imposto.

Dessa forma, os líderes precisam se reinventar e rever seus velhos conceitos deixando de lado o micro management (modelo que ainda resiste baseado na gestão das atividades. Nesse modelo, o gestor pega no pé do funcionário e fica de olho no que ele está fazendo). Hoje, ao agir dessa maneira, por exemplo, observando se colaborador ficou muito tempo desconectado ou fez “login” mais tarde, é como se estivesse invadindo a privacidade dele, como se não compreendesse os desafios que o home office trouxe para a vida desses funcionários, gerando uma sensação de desconfiança, incompreensão.

Um das formas de enfrentar os novos impasses impostos por essa nova realidade, a comunicação é a chave. Os líderes precisam estabelecer uma comunicação aberta, mais humana e compreensiva com o colaborador para que ele se sinta acolhido e não vigiado.

Agora haverá uma grande quebra de paradigma em que a produtividade e o engajamento do funcionário serão baseados na entrega. Muitos líderes ainda não aceitam essa mudança e querem olhar o que funcionário está fazendo no detalhe. Esse é um desafio e vai gerar uma ansiedade muito grande nesse gestor que terá que rever seus conceitos pessoais para aprender a lidar com sua equipe individualmente, entendo e se adequando a necessidade de cada funcionário.

O gestor terá de abrir sua mente, segurar a ansiedade e respeitar o espaço do seu colaborador para que ele possa produzir e entregar o resultado esperado.

Esse cenário também é um desafio para o funcionário que precisa ter disciplina e entender que em casa as distrações podem interferir na sua performance e produtividade. Ele terá de estabelecer rotinas dentro de casa, dialogando com a família para que, juntos, consigam adequar suas rotinas e diminuir as interferências que possam o prejudicar. Todas essas dificuldades também precisam ser compartilhadas com o gestor para que ele possa entender o cenário e encontrar a melhor maneira de ajudar esse funcionário a manter a sua produtividade.

No nível mais elevado a comunicação também precisa ser clara e as decisões da empresa devem ser compartilhadas com os funcionários, na medida do possível, dando assim maior visibilidade sobre o cenário futuro, trazendo clareza e confiança, e assim, diminuindo o grau de ansiedade dos colaboradores. As pessoas precisam de uma perspectiva. Reuniões periódicas, reforço de metas e ações de engajamento para que todos tenham o mesmo foco, são exemplos ações que podem contribuir.

Assim, nesse novo cenário a distância vai aproximar as pessoas, tornando a gestão mais humanizada. Agora não é o momento de cobranças, mas de aprendizados. Os gestores precisam adotar uma mentalidade mais humana para lidar com seus funcionários, conhecendo seus problemas e apoiando suas necessidades. No mesmo caminho, os colaboradores também precisam criar mecanismos para se adequarem ao novo modelo de trabalho e continuarem entregando bons resultados. Nesse processo, a comunicação tem de existir para que o trabalho flua e os funcionários e gestores se sintam seguros, comprometidos e engajados com a empresa.

*Karin Panes é treinadora comportamental, Master Coach especialista em Psicologia Positiva, Neurocientista e CEO da Ato Solutions, empresa especializada em Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento Humano.

PF alerta para golpe no whatsapp que promete vale gás social em 2021

A Polícia Federal alerta a população para um novo golpe que está circulando no WhatsApp e Facebook que promete um auxílio referente a um vale gás social 2021 no valor de R$ 90 em dinheiro ou a entrega do gás na residência das pessoas. Teriam direito a essa facilidade todos os beneficiários do Bolsa Família, aposentados e pensionistas ou ex-beneficiários do auxílio emergencial. No entanto, os criminosos utilizam os dados coletados na falsa pesquisa para abrir contas correntes em bancos virtuais ou físicos onde terão acesso a cartão de crédito, cheque especial, onde poderá abrir empresas fantasmas e fazer compras pela internet tudo em nome de terceiros.

O link que está sendo enviado para as contas do whatsapp e facebook começou a circular no final da semana passada. Os cibercriminosos usam períodos e situações específicas para aplicar golpes financeiros com temáticas personalizadas para enganar as pessoas. O golpe avisa que para ter direito ao vale gás social, para solicitar a entrega em casa ou receber o dinheiro em conta bancária, basta apenas a pessoa responder a um questionário simples com informações que eles utilizarão para executar o golpe.

As pessoas que clicam no link compartilhado pelos criminosos são direcionadas a preencher um cadastro através de um formulário, informando seus dados pessoais e bancários para que o suposto valor de R$ 90 reais do vale gás social, seja depositado em sua conta ou fornecer o endereço residencial para que a entrega do gás seja feita na casa ou apartamento da pessoa. Com as informações pessoais e bancárias, os cibercriminosos podem roubar as vítimas e, quando as vítimas se dão conta, são surpreendidas com contas em seu nome que não fizeram e dívidas que não contraíram. E ao fornecer o endereço e agendar uma data e horário para entrega do suposto gás social, criminosos podem se dirigir até a residência das pessoas e realizar assaltos e sequestros.

PE: três a cada quatro idosos com 85 anos e mais já recebeu a primeira dose da vacina contra Covid

Os números da vacinação contra Covid-19 em Pernambuco atualizados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), no domingo (7), indicam que 74,5% da população de idosos com mais de 85 anos já recebeu a primeira dose do imunizante desenvolvido por Oxford/AstraZeneca.

O boletim da SES-PE aponta um total de 56.068 idosos com mais de de 85 anos vacinados com a primeira dose. As estatísticas da pasta incluem uma população de 75.159 pessoas neste grupo. Ou seja, três a cada quatro idosos dessa faixa etária recebeu a primeira dose do imunizante no Estado.

Desde o dia 18 de janeiro, quando chegou o primeiro lote da CoronaVac, Pernambuco recebeu, ao todo, mais de 511 mil doses de vacinas contra a Covid-19. De acordo com os dados da SES-PE, o total é composto por 427.560 doses da CoronaVac e 84 mil da vacina de Oxford/AstraZeneca.

Das 511 mil vacinas recebidas, 192.010 foram aplicadas – sendo 189.362 de primeira dose e 2.648 da segunda dose.

Os idosos com mais de 85 anos são imunizados no Estado com a vacina de Oxford. As 84 mil doses já recebidas, portanto, garantem 100% de imunização na primeira dose.

“O Ministério da Saúde informou que enviará posteriormente a quantidade para a segunda fase de vacinação desse grupo”, informou a SES-PE.

Pernambuco vacina, atualmente, trabalhadores da Saúde da linha de frente contra a Covid-19, idosos institucionalizados, indígenas aldeados, idosos com 85 anos e mais e pessoas com deficiência institucionalizadas.

O lote mais recente, que servirá para ampliar a imunização dos trabalhadores de Saúde, chegou no domingo. São 118.200 doses da CoronaVac que devem ser distribuídas a todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) do Estado até o meio-dia desta segunda-feira (8).

O transporte das vacinas para as Geres será feito por meio terrestre e, pela primeira vez, aéreo, com o uso de duas aeronaves para agilizar a entrega.

De acordo com a SES-PE, com o novo lote, Pernambuco poderá alcançar em torno de 60% dos mais de 294 mil integrantes do grupo de trabalhadores de Saúde.

Veja os números:

Trabalhadores de Saúde (CoronaVac)
1ª dose: 105.666
2ª dose: 2.648
Total: 108.314

Povos indígenas aldeados (CoronaVac)
1ª dose: 22.350
2ª dose: –
Total: 22.350

Idosos institucionalizados (CoronaVac)
1ª dose: 4.701
2ª dose: –
Total: 4.701

Idosos com 85 anos e mais (Oxford/AstraZeneca)
1ª dose: 56.068
2ª dose: –
Total: 56.068

Pessoas com deficiência institucionalizadas (CoronaVac)
1ª dose: 577
2ª dose: –
Total: 577

Doses aplicas em Pernambuco (CoronaVac + Oxford/AstraZeneca)
1ª dose: 189.362
2ª dose: 2.648
Total: 192.010

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De seis a sete reforços: Náutico define as metas para início de 2021

Ainda sem confirmar reforços ou mais renovações para o início da temporada, o Náutico definiu quais são as prioridades no mercado para montar o elenco de olho o início do Campeonato Pernambucano 2021, que começa no dia 28 de fevereiro. O Timbu pretende trazer de seis a sete peças, a depender da resolução de algumas situações, como o caso da negociação envolvendo a permanência do goleiro Anderson.

Um dos destaques do Náutico na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro, Anderson é a prioridade do clube na renovação para 2021. Caso o Timbu consiga negociar um novo empréstimo com o Athlético, clube que detém os direitos econômicos do atleta, o número de reforços cairia para seis. Os pernambucanos querem ainda um lateral-esquerdo, um zagueiro, um volante, um meia e dois atacantes de ponta.

Na lateral esquerda, a ideia é trazer uma jogador para disputar posição com Kevyn. O prata da casa, inclusive, também negocia renovação com o Náutico, algo que deve ser definido nos próximos dias. Na zaga, o técnico Hélio dos Anjos indicou que o clube está atrás de um defensor para compor o setor após a saída de Rafael Ribeiro, emprestado ao Fluminense. Ronaldo Alves, Camutanga e Carlão são os únicos zagueiros no momento. A tendência, porém, é que um atleta das categorias de base suba ao profissional para fechar o número de cinco peças na posição.

Na cabeça de área, o Náutico vai buscar no mercado um volante de maior força física. Vale citar que estão de saída do Timbu os marcadores Trindade e Renan Foguinho, ambos com vínculo encerrado no final de janeiro. Da posição, ainda estão no elenco Rhaldney, Djavan, Jhonnatan e Bustamante. No meio, a ideia é buscar um articulador, tendo mais alternativas além de Jean Carlos – Dudu e Marcos Vinícius também terminaram contrato e não ficam. Na frente, o Timbu quer dois atacantes de “força”. Álvaro, que passou boa parte da temporada se recuperando de uma lesão no joelho direito, interessa aos pernambucanos. O entrave, porém, é o Internacional, dono dos direitos do jogador.

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Silvio Filho defende autonomia do BC: “Não haverá ingerência política na condução monetária”

O deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos) foi nomeado, na última quinta-feira, pelo novo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP), para ser o novo relator do projeto de lei complementar 19/2019, que dá autonomia para o Banco Central. O parlamentar pernambucano afirmou estar focado na construção do relatório para conquistar uma rápida aprovação da proposição no Congresso Nacional.

Segundo ele, a matéria é fundamental para que o País possa construir uma boa governança monetária. “Isso fica claro que não haverá ingerência política na condução monetária do Brasil”, disse Silvio Costa Filho.

A autonomia do Banco Central é um dos projetos prioritários do Governo Federal. A matéria já foi aprovada no Senado e a previsão é de que o texto seja votado na próxima semana. A expectativa do deputado Silvio Costa Filho é de que a aprovação da matéria abra caminhos para reformas no País, além de dar um sinal importante para o mercado nacional e internacional, gerando novos investimentos.

“A partir daí, vamos avançar na reforça tributária, na reforma administrativa, na agenda do ajuste fiscal”, defendeu Silvio. O deputado ainda explicou que está construindo um relatório com quatro frentes de trabalho. São elas: controle inflacionário, o controle da taxa de juros, a preocupação com o empregoe a internalização.

Reunião

O deputado Silvio Costa Filho se reunirá, na próxima segunda-feira, às 9h, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos. À tarde, o relator participará de uma reunião com o Ministro da Economia do Governo Bolsonaro, Paulo Guedes.

“Eu quero ouvir os dois antes de apresentar o parecer final. Até a hora da votação, a gente pode fazer ajuste no relatório. Por isso é importante esse processo de escutar a todos para tentar escutar para entregar o melhor texto que de fato possa validar a autonomia”, ressaltou Silvio Costa Filho.

O deputado federal também apresentará o parecer, na próxima segunda-feira, para os deputados federais, com o intuito que a matéria possa ser distribuída a todos os líderes e nas comissões.

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‘Centrão’ volta a dar as cartas na política nacional

Em meio à instabilidade sanitária, econômica e política, e com o impeachment voltando a se tornar um termo cada vez mais presente no cotidiano do País, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), recorreu ao centrão como tábua de salvação. Um bloco extremamente pragmático que é presença constante na órbita do poder.

O sistema de barganhas e trocas característico do presidencialismo de coalizão brasileiro – e popularizado como “toma lá, dá cá” -, demonizado por Bolsonaro ao longo da sua campanha e no começo do mandato, dará as cartas com o ‘Centrão’ oficialmente em um posto de poder, após a eleição de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara dos Deputados.

O cenário não é novo, apesar de contar com novidades. Com maior ou menor intensidade, o centrão sempre esteve no controle da agenda, sinaliza o cientista político e professor da Faculdade Damas, Elton Gomes. “Não houve período da República desde a redemocratização que o ‘Centrão’ não esteve no poder. Teve momentos que ele teve menos espaço, como nesta primeira metade do governo de Bolsonaro”, sublinha o professor, lembrando que o presidente recorreu ao ‘Centrão’ justamente quando observou que seu apoiadores mais radicais passaram a ser alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) por conta de atos antidemocráticos e tinha no parlamento um ambiente hostil, com a maior quantidade de vetos derrubados desde 1988.

Até por essa constante proximidade do ‘Centrão’ ao poder, o deputado Daniel Coelho (Cidadania) acredita que a dinâmica da Câmara não sofrerá grandes alterações quando comparada com a dos últimos dez anos.

“O ‘Centrão’ está no poder da Casa há mais de 10 anos. Nada muda. Maia foi eleito e governou com o ‘Centrão’. Eduardo Cunha também. Seus antecessores também. O ‘Centrão’, nesse formato atual, foi criado no governo Lula, quando Lula estimulou que os deputados da oposição, que queriam aderir, migrassem para o PSD, PL, PP, entre outros partidos. O ‘Centrão’ no poder, apenas mostra que Bolsonaro repete o modelo de Lula, Dilma e Temer de governar”, enfatiza.

“Estamos começando um tempo novo. Ou não”, corrobora o parlamentar Tadeu Alencar (PSB), frisando que é preciso haver atenção sobre o que a união entre o ‘Centrão’ e o presidente pode gerar. “Esses partidos sempre orbitam o Poder. A novidade é Bolsonaro. Mas nasceu com ar de velho. Vamos acompanhar alerta o que essa ‘química’ entre eles vai fazer com o Brasil”, frisa Tadeu.

A cientista política e professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda, Priscila Lapa, define que o ‘Centrão’ “ou é veto, ou faz parte da tomada de decisão”. Sem meio termo, ele soube tirar proveito do “imobilismo da maior parte dos ministérios” e pode atuar onde sabe. “Ele tem experiência em fazer, sabe como destravar um ministério, sabe como conversar com governadores e com a bancada”, frisa.

(Nem tão) novo normal

A tendência de momento é de “normalização”, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem. O discurso extremista do presidente tende a ficar no passado, ou pelo menos tornar-se menos corriqueiro. Sinalizações contra o Supremo Tribunal Federal e as instituições tendem a cair em desuso.

A retórica inflamada deve ser reavivada de forma mais esporádica para manter viva a militância ideológica. “Há tendência de normalização das relações. O ‘Centrão’ não gosta de extremos, gosta de cargos, de emendas, de liberação de recursos. Essa pauta mais confrontacionista deve ser minimizada agora. O centrão percebeu que o presidente está vulnerável e consegue extrair mais dele”, explica o professor da Universidade Católica de Pernambuco, Antônio Lucena.

“É a normalização, o sistema de barganhas e trocas. O presidente propõe projetos nacionais e os troca por benefícios federais no nível dos estados, redutos eleitorais pelos quais os deputados e senadores se elegem”, define o professor da Faculdade Damas, Élton Gomes.

Para ele, caso o ‘Centrão’ “opere bem”, Bolsonaro pode ver a sua pauta destravada e levar adiante sua agenda de governo. Para Priscila Lapa, essa normalização acaba sinalizando que Bolsonaro “passou um pouco no teste de articulação política”. Ele enfatiza que a sinalização do presidente contra a “velha política” acabava por atingir em cheio o centrão. “Ele confrontava algo que é natural do sistema político, o grande ponto é como serão essas trocas, se serão maio ou menos republicanas, mas essas barganhas entre Executivo e Legislativo fazem parte do jogo e caracterizam o presidencialismo de coalizão”, afirma.

No ritmo do ‘Centrão’

Tudo passará primeiro pelo crivo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e outros caciques do bloco. A agenda do presidente pode avançar, desde que negociada e acordada com a sua nova base de sustentação. Nessa formatação, Bolsonaro pode ter sucesso na aplicação de algumas reformas, como a tributária e a administrativa, mas pode também enfrentar resistência na agenda de privatizações, uma vez que as estatais são equipamentos perfeitos para acomodação de aliados dos seus novos aliados.

Lucena ressalta que, tanto Arthur Lira, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já sinalizaram que buscarão viabilizar acordos por vacina e, sobretudo, a volta do auxílio emergencial. Esta segunda pauta não é vista com bons olhos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A busca pelo consenso entre Guedes e o parlamento, inclusive, tende a ser outra característica do segundo biênio do governo. “O ‘Centrão’ tem um radar eleitoral muito bom e sabe que há um apelo eleitoral forte nessa medida, apesar do Brasil estar praticamente quebrado e a pauta não agradar Guedes. De um lado o ministério da Economia com uma pauta liberal de austeridade, do outro o ‘Centrão’ defendendo uma pauta de gastos públicos maior”, pontua.

A agenda que andava “travada” no mandato do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) pode fluir, na opinião de Élton Gomes. “Duas coisas vão prevalecer, a agenda emergencial, muitíssimo aludida pelos presidentes Lira e Pacheco e a agenda de reforma, que não andava tanto por falta de articulação, como pela vontade estratégica de Maia”, avalia.

Para Élton, o ‘Centrão’ torna menor o risco de Bolsonaro perder o cargo. “Eles inviabilizam o impeachment e tornam menos factível a apresentação de uma denúncia crime contra o presidente”. Antônio Lucena, porém, frisa outra característica do centrão. “O apoio agora não significa que o impeachment não saia. Lembrando que Dilma teve uma das maiores bases da história, mas o ‘Centrão’ é um aliado de conveniência, quando não é conveniente, ele cospe e joga fora. Ele joga para a torcida”.

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Sesc oferece vagas para cursos de cultura em Caruaru

O Sesc tem vagas abertas para cursos de cultura oferecidos pela unidade de Caruaru nas linguagens de Música, Artes Cênicas e Artes Visuais. As inscrições podem ser feitas na Central de Relacionamento com o Cliente, na Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis. As mensalidades custam R$ 80; os trabalhadores do comércio e seus dependentes com o Cartão do Sesc atualizado têm desconto e pagam R$ 40.

Os cursos de Música são conduzidos pelo professor de artes do Sesc Edson Pedro, que tem licenciatura em Música pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pós-graduação em Arranjo Musical pela Faculdade Unyleya. São turmas de violão com aulas presenciais: uma de Iniciação I, com aulas nas quartas e sextas, das 16h às 18h; e a outra de Iniciação II, nas terças e sextas, das 19h às 21h.

Os cursos de Teatro para a Infância e de Iniciação ao Teatro têm como instrutor o professor Moisés Gonçalves, licenciado em Artes Cênicas pela UFPE. As aulas do primeiro são nas quartas e sextas, das 16h às 18h, e as do segundo curso são nas terças e quintas, das 20h às 22h. As turmas de Ballet, realizadas nas segundas e quartas, das 14h às 16h, e de Dança de Salão, nas segundas e quartas, das 19h às 21h, têm como professora Vânia Patrício, pós-graduada em Dança Educacional e Artes Cênicas pelo CENSUPEG/RJ.

Fechando o programa de cursos de cultura do Sesc Caruaru, tem também as turmas de Artes Visuais I e II sob orientação do professor Adriano Freire, que tem mais de 20 anos de experiência, atuando principalmente em Caruaru. Suas aulas acontecem nas terças e quintas, das 15h às 17h e das 19h às 21h. “As aulas são presenciais e para isso adotamos as medidas de segurança sanitária necessárias para proteger os alunos e equipe de funcionários contra o novo coronavírus”, afirma Luzinete Lemos, gerente do Sesc Caruaru.

Sesc – Fundado em 1947 em Pernambuco, o Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Atuante na Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul, Agreste e Sertão, oferece atividades gratuitas ou a preços populares nas áreas de Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde. Atualmente, suas 23 unidades, incluindo os hotéis em Garanhuns e Triunfo, operam respeitando os protocolos de saúde e alinhadas aos órgãos públicos, tendo ações presenciais, virtuais ou híbridas. No campo digital, a instituição oferece o aplicativo Sesc-PE, facilitando acesso às atividades, renovação e habilitação do cartão, entre outras funcionalidades, e disponibiliza a plataforma Sesc Digital (https://cursos.sescpe.com.br/todos). Por ela, é possível conhecer o cronograma de cursos e realizar a inscrição de forma online e segura. Para acompanhar todas as informações sobre o Sesc, acesse www.sescpe.org.br.

Serviço: Inscrições para os Cursos de Cultura

Realização: Sesc Caruaru

Inscrições: Central de Relacionamento com o Cliente – Av. Luiz de Almeida Maciel, s/n, Baixa Grande

Mensalidades: R$ 40 (trabalhadores do comércio e dependentes) e R$ 80 (público geral)

Informações: (81) 3721-3967

Programa de cursos (aulas presenciais)

MÚSICA

– Iniciação ao violão 1

Dias e horários: quartas e sextas, das 16h às 18h

– Iniciação ao violão 2

Dias e horários: terças e sextas, das 19h às 21h

Instrutor: Edson Pedro

ARTES CÊNICAS

– Teatro Para Infância

Dias e horários: quartas e sextas, das 16h às 18h

– Iniciação em Teatro

Dias e horários: terças e quintas, das 20h às 22h

Instrutor: Moisés Gonçalves

– Ballet

Dias e horários: segundas e quartas, das 14h às 16h

– Dança de salão

Dias e horários: segundas e quartas, das 19h às 21h

Instrutora: Vânia Patrício

ARTES VISUAIS

– Artes Visuais 1

Dias e horários: terças e quintas, das 15h às 17h

– Artes Visuais 2

Dias e horários: terças e quintas, das 19h às 21h

Instrutor: Adriano Freire

Veja quais mudanças nas aposentadorias e pensões em 2021

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,Previdência Social

Quem está prestes a se aposentar ou requerer pensão precisa estar atento. A reforma da Previdência estabeleceu regras automáticas de transição, que mudam a concessão de benefícios a cada ano.

A pontuação para a aposentadoria por tempo de contribuição e por idade sofreu alterações. Regulamentado por uma portaria de 2015, o tempo de recebimento da pensão por morte também mudou na virada do ano. Confira abaixo as mudanças que vigoram desde janeiro.

Aposentadoria por idade

A regra de transição estabelece o acréscimo de seis meses a cada ano para as mulheres, até chegar a 62 anos em 2023. Na promulgação da reforma da Previdência, em novembro de 2019, a idade mínima estava em 60 anos, passando para 60 anos e meio em janeiro de 2020. Em janeiro de 2021, a idade mínima para aposentadoria das mulheres aumentou para 61 anos.

Para homens, a idade mínima está fixada em 65 anos desde 2019. Para ambos os sexos, o tempo mínimo de contribuição exigido está em 15 anos.

Aposentadoria por tempo de contribuição
A reforma da Previdência estabeleceu quatro regras de transição, das quais duas previram modificações na virada de 2020 para 2021. Na primeira regra, que estabelece um cronograma de transição para a regra 86/96, a pontuação composta pela soma da idade e dos anos de contribuição subiu em janeiro: para 88 pontos (mulheres) e 98 pontos (homens).

Na segunda regra, que prevê idade mínima mais baixa para quem tem longo tempo de contribuição, a idade mínima para requerer o benefício passou para 57 anos (mulheres) e 62 anos (homens). A reforma da Previdência acrescenta seis meses às idades mínimas a cada ano até atingirem 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) em 2031. Nos dois casos, o tempo mínimo de contribuição exigido é de 30 anos para as mulheres e 35 anos para homens.

Pensão por morte
O tempo de recebimento do benefício mudou em janeiro, com um ano sendo acrescido nas faixas etárias estabelecidas por portaria do governo federal editada em 2015. A partir deste ano, o pensionista com menos de 22 anos de idade receberá a pensão por até três anos.

O intervalo sobe para seis anos para pensionistas de 22 a 27 anos, 10 anos para pensionistas de 28 a 30 anos, 15 anos para pensionistas de 31 a 41 anos e 20 anos para pensionistas de 42 a 44 anos. Somente a partir de 45 anos, a pensão passa a ser vitalícia. A medida vale para os novos pensionistas. Beneficiários antigos estão com direito adquirido.

Participantes do Enem digital podem pedir reaplicação

Estudantes chegam ao Centro Universitário do Distrito Federal, para o segundo dia de prova do Enem 2020

Candidatos que não puderam participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital por estarem com sintomas de covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa e aqueles que não conseguiram fazer as provas por problemas logísticos podem, a partir de hoje (8), pedir, na Página do Participante, para participar da reaplicação do Enem. O prazo para que isso seja feito vai até o próximo dia 12.

As provas do Enem digital foram aplicadas nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Nas semanas que antecederam cada uma das aplicações, os candidatos puderam enviar exames e laudos médicos ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Aqueles que ainda não o fizeram poderão, agora, acessar o sistema online. As provas da reaplicação serão nos dias 23 e 24 de fevereiro, apenas na versão impressa.

De acordo com balanço divulgado pelo Inep, 320 participantes do Enem digital já fizeram os pedidos. Foram aprovadas 194 solicitações. O prazo para os pedidos de reaplicação do Enem impresso foi entre os dias 25 e 29 de janeiro. Os resultados das análises dos pedidos, tanto dos participantes do Enem impresso quanto do digital, serão divulgados até dia 15 deste mês.

Além da covid-19, podem solicitar a reaplicação participantes com coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela.

Segundo o Inep, para a análise da possibilidade de reaplicação, a pessoa deverá inserir, obrigatoriamente, no momento da solicitação, documento legível que comprove a doença. Na documentação, deve constar o nome completo do participante, o diagnóstico com a descrição da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento. O documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2 MB.

Problemas na aplicação

Também poderão pedir a reaplicação estudantes que tenham sido prejudicados por problemas logísticos. De acordo com o edital do Enem, são considerados problemas logísticos, por exemplo, desastres naturais que prejudiquem a aplicação do exame devido ao comprometimento da infraestrutura do local, falta de energia elétrica, falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante que solicitou uso de leitor de tela ou erro de execução de procedimento de aplicação que incorra em comprovado prejuízo ao participante.

No primeiro dia de aplicação do Enem digital, foi registrado problema em um servidor, o que atrasou o envio das provas para os computadores onde os participantes fariam o exame. Por causa do tempo, eles não puderam fazer as provas. Esses participantes também terão direito à reaplicação.

Também terão direito à reaplicação os estudantes que fariam a prova no estado do Amazonas, onde o exame foi suspenso por causa dos impactos da pandemia. As provas do Enem digital foram também suspensas em um dos locais de prova em Macapá (AP), por conta de problemas de infraestrutura.

Os pedidos de reaplicação serão analisados pelo Inep. A aprovação ou a reprovação do pedido deverá ser consultada também na Página do Participante. Os participantes também podem entrar em contato com o Inep pelo telefone 0800 616161. O Inep recomenda, no entanto, que os candidatos façam a solicitação pela internet.

Cronograma

O Enem 2020 tem uma versão impressa, aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Ao todo, cerca da metade dos inscritos no Enem impresso e aproximadamente 70% do Enem digital faltaram às provas.

O Inep divulgará na quarta-feira (10) os gabaritos das questões objetivas do Enem digital. Os cadernos de prova já estão disponíveis na página da autarquia.

O resultado final, tanto da versão impressa quanto da digital e da reaplicação, será divulgado no dia 29 de março. Os candidatos podem usar as notas para concorrer a vagas no ensino superior, por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Papa nomeia freira como subsecretária do Sínodo dos Bispos

O Papa Francisco participa da audiência geral semanal no Vaticano,

Pela primeira vez, o papa Francisco escolheu uma mulher como subsecretária do Sínodo dos Bispos, a freira francesa Nathalie Becquart, que será acompanhada no cargo pelo padre espanhol da Ordem de Santo Agostinho Luis Marín de San Martín.

Nascida em Fontainebleau (França) em 1969, a freira, que já era consultora da Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos desde 2019, é a primeira mulher nessa posição, um sinal de que o papa quer maior participação de mulheres na vida da Igreja.

Em entrevista aos meios de comunicação do Vaticano, o secretário-geral do Sínodo dos Bispos, Mario Grech, explicou que “nos últimos sínodos aumentou o número de mulheres que participaram como peritas ou auditoras e com a nomeação da irmã Nathalie Becquart e da sua possibilidade de participar com direito de voto, foi aberta uma porta”.

“Veremos que outros passos podem ser dados no futuro”, acrescentou.

Há anos que as mulheres católicas pedem não só maior participação das mulheres no Sínodo, nas assembleias dos bispos, mas também que lhes seja concedido o direito de voto, uma vez que fazem parte da mesma Igreja.

Por sua vez, Luis Marín de San Martín, nascido em 21 de agosto de 1961 em Madrid (Espanha), emitiu os primeiros votos na Ordem de Santo Agostinho em 5 de setembro de 1982. É arquivista -eral da Ordem, assistente-geral da Agostinianos e presidente do Institutum Spiritualitatis Augustinianae.

“O padre Luis Marín de San Martín tem grande experiência no acompanhamento dos processos de tomada de decisão comunitária, e seu conhecimento do Concílio Vaticano II será enorme para ter sempre presente as raízes do caminho sinodal”, disse Grech.

“Além disso, o fato de os dois subsecretários do Sínodo dos Bispos serem religiosos, cada um crescido numa espiritualidade específica, indica-nos a importância da Igreja Sinodal tendo também em consideração os diferentes carismas presentes na Igreja”, acrescentou.