Mourão faz balanço de ações na Amazônia e põe inovação nas prioridades

O vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, fala à imprensa, após a terceira reunião do colegiado, no Palácio Itamaraty em Brasília

O vice-presidente Hamilton Mourão fez ontem, domingo (27), um balanço da atuação do governo na Amazônia Legal desde o início de sua gestão e elencou o que o aguarda ano que vem. Segundo Mourão, em 2021 as prioridades para a região serão o monitoramento e combate a crimes ambientais e fundiários; fortalecimento das agências ambientais; incremento de fontes de financiamento; regularização fundiária e ordenamento territorial; e estímulo à inovação e à bioeconomia.

“A Amazônia sofria com ausência do Estado, projetos inconsistentes e crenças ambientais equivocadas que, por anos, foram deliberadamente plantadas e cultivadas na mente dos brasileiros como verdadeiras. Por ser uma região distante e de difícil acesso que poucas pessoas de fato conheciam, muitas acabaram aceitando essas verdades criadas por especialistas de suas vontades, plantadas como “boas sementes” e cuidadosamente regadas até criarem raízes”, argumentou o vice-presidente.

Mourão destacou a recriação do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL) em fevereiro deste ano e a sua atuação na presidência do conselho.

“Com exceção do Tocantins, visitei todos os estados da Amazônia Legal para conhecer as suas realidades, ouvir as preocupações e demandas dos governadores e sociedade e alinhar ações. Apresentei a embaixadores estrangeiros os verdadeiros índices brasileiros de preservação ambiental (84% da vegetação nativa na Amazônia e 66% em todo o território nacional) e os levei para verificar in loco a complexidade, desafios, oportunidades e projetos da região”, destacou.

O vice-presidente ressaltou ainda a atuação diante do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima, com a criação da Comissão Brasileira da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica como comissão permanente do CNAL.

Outra linha de atuação destacada por Mourão foi a Operação Verde Brasil 2, realizada em parceria com as Forças Armadas em apoio aos órgãos de segurança e fiscalização estaduais e federais.

“Avançamos no combate a crimes ambientais e outros ilícitos, obtendo resultados expressivos, como na apreensão de madeira ilegal (187,147 m3), embarcações (1.518), minerais (154.050.045 kg), drogas (392 kg), tratores (261); e nos índices de desmatamento, que estão em queda desde junho, na faixa de 20% a 30%, com exceção de outubro que teve um pico, mas voltando a cair 44% em novembro em relação ao mesmo período de 2019”, afirmou.

Ministério da Saúde registra 18.479 casos de covid-19 em 24 horas

Fiocruz inaugura Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 no Rio

O balanço divulgado neste domingo (27) pelo Ministério da Saúde aponta 18.479 novos diagnósticos positivos para covid-19 nas 24 horas desde o boletim divulgado ontem pela pasta. São 7.484.285 infectados pelo vírus desde o início da pandemia. Até as 17h de hoje, foram registradas 344 mortes, totalizando 191.139 óbitos.

Situação epidemiológica da covid 19 no Brasil - Ministério da Saúde
Situação epidemiológica da covid 19 no Brasil –  Ministério da Saúde

Segundo a pasta, 6.515.370 pessoas (87,1%) se recuperaram da covid-19 em todo o país.

O balanço do ministério é feito a partir de registros reunidos pelas secretarias estaduais de Saúde e enviados à pasta para consolidação.

Covid-19 nos estados

São Paulo se mantém com o maior número de casos e chegou a 1.426.176 pessoas infectadas. Os outros estados com maior número de casos no país são Minas Gerais (523.548) e Bahia (483.737). Já o Acre segue com o menor número de casos (40.900), seguido de Amapá (66.724) e Roraima (68.264).

Caruaru: 95,97% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que até este domingo (27) 95,97% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus.

O número de testes realizados subiu para 42.222 dos quais 16.550 foram através do teste molecular e 25.672 do teste rápido, com 12.993 confirmações para à Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 28.471.

Também já foram registrados 55.734 casos de síndrome gripal. Hoje, 2.995 pacientes estão orientados a ficar em isolamento domiciliar.

Países da Europa começam a aplicar vacina da Pfizer contra covid-19

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Alemanha, Áustria, França, Itália, Grécia, Portugal, Espanha e República Tcheca estão entre os primeiros países a participarem do programa de vacinação em massa iniciado hoje (27) na Europa. A campanha faz parte dos esforços de combate à pandemia de covid-19, doença que afetou economias e matou mais de 1,7 milhão de pessoas em todo o mundo.

Os primeiros a receberem a primeira dose da vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech são idosos e os profissionais da área da saúde, que já estão fazendo fila para ser imunizados.

Diante da grande escala de esforços para a vacinação, alguns países europeus tiveram de convocar médicos aposentados para ajudar nessa campanha. Há inclusive países que tiveram de mudar suas regras sobre quem tem autorização para aplicar injeções.

A distribuição da injeção Pfizer-BioNTech, que foi lançada pela primeira vez na Grã-Bretanha no início deste mês, apresenta grandes desafios. A vacina usa uma nova tecnologia genética de mRNA, o que significa que deve ser armazenada em temperaturas ultrabaixas de cerca de 80 graus Celsius negativos.

França, Alemanha, Itália e Espanha

Com pesquisas apontando altos níveis de hesitação em relação à vacina em países como França e Polônia, os líderes dos 27 países da União Europeia estão promovendo-a como “a melhor chance de voltar a algo como a vida normal no próximo ano”.

“Temos uma nova arma contra o vírus: a vacina. Precisamos nos manter firmes, mais uma vez”, tuitou o presidente francês Emmanuel Macron, que testou positivo para o coronavírus neste mês e deixou a quarentena na véspera de Natal.

Germany begins vaccinations against coronavirus disease (COVID-19)
Em Berlim, Gertrud Haase, 101 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada.  Reuters/Kay Nietfeld/Direitos Reservados

Na capital da Alemanha, Berlim, Gertrud Haase, de 101 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada. Nascida em fevereiro de 1919, Haase mora em uma casa de repouso desde 2011. Ela foi ao local de vacinação acompanhada de outros colegas residentes.

Na Itália – primeiro país da Europa a registrar um número significativo de infecções, onde a pandemia já resultou na morte de mais de 70 mil pessoas –, a enfermeira Claudia Alivernini, de 29 anos, esteve entre as primeiras equipes médicas a receberem as primeiras injeções da vacina.

Também foram vacinados neste domingo os profissionais de saúde do hospital Lazzaro Spallanzani, de Roma. O plano nacional de vacinação está sendo implementado pelo ministério da saúde italiano. “É o começo do fim”, disse o líder da região do Lazio e líder do co-governante Partido Democrata da Itália, Nicola Zingaretti.

Los Olmos nursing home resident Araceli receives the first injection nationwide, with a dose of Pfizer-BioNTech COVID-19 vaccine in Guadalajara
“Vamos ver se conseguimos fazer esse vírus ir embora”, disse Araceli Hidalgo, de 96 anos, ao receber a vacina na casa de repouso em Guadalajara. – Reuters/Pepe Zamora/Direitos reservados

A primeira pessoa a receber uma dose da vacina na Espanha foi Araceli Hidalgo, de 96 anos. “Vamos ver se conseguimos fazer esse vírus ir embora”, disse ela aos funcionários de sua casa de repouso em Guadalajara, perto de Madrid, após ser vacinada.

O ministério da saúde da Espanha descreveu a campanha de vacinação contra o novo coronavírus na Europa como “sem precedentes na história da humanidade”.

Áustria, República Tcheca e Grécia

A Áustria também iniciou o programa de vacinação hoje, com grupos populacionais vulneráveis ​​sendo os primeiros a receber a imunização. Trabalhadores da linha de frente de combate à doença também são prioridade.

Na República Tcheca, a primeira pessoa a receber a vacina contra o novo coronavírus, nesse domingo, foi o primeiro-ministro Andrej Babis, no Hospital Militar Central de Praga – pouco antes de outros hospitais na capital começarem a distribuir as 9.750 doses que o país recebeu até agora.

Uma enfermeira e uma idosa aposentada foram as duas primeiras pessoas na Grécia a receber a vacina. A capital do país, Atenas, recebeu um primeiro lote de quase 10 mil doses no sábado (26), a bordo de um caminhão com temperatura controlada.

O ministro da saúde da Grécia, Vasilis Kikilias, disse que as duas vacinas marcaram o início da “contagem regressiva para tirar nossas vidas de volta”. As autoridades disseram que até o final de dezembro, a Grécia deve receber cerca de 83.850 vacinas, e até o final de março 1.265.550 vacinas.

vacina contra a covid-19
Vacina contra a covid-19 – REUTERS/Dado Ruvic/Direitos Reservados

União Europeia

A União Europeia deve receber 12,5 milhões de doses da vacina até o final do ano, o suficiente para vacinar 6,25 milhões de pessoas com base no esquema de duas doses. As empresas estão lutando para atender à demanda global e pretendem fazer 1,3 bilhão de doses no próximo ano.

A Europa firmou contratos com uma série de fabricantes de medicamentos além da Pfizer, incluindo Moderna e AstraZeneca, para um total de mais de dois bilhões de doses de vacinas e definiu uma meta para que todos os adultos sejam imunizados durante 2021.

Parceria entre AGU e STJ evita mais de 170 mil recursos para o tribunal

A Advocacia-Geral da União e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) prorrogaram por mais seis meses, nesta quinta-feira (24), o acordo de cooperação técnica que permite racionalizar a tramitação de processos e prevenir litígios, por meio da troca de dados, de documentos e de informações.

Desde a assinatura da parceria, em junho deste ano, a AGU deixou de enviar mais de 170 mil recursos ao tribunal e desistiu de 630 processos que já tramitavam na instância especial.

Por representar judicialmente a União e diferentes órgãos e entidades federais perante o STJ, a AGU é um dos maiores demandantes do tribunal.

Desjudicia​​lização

Durante a execução do acordo, foi disponibilizado à AGU um estudo técnico dos processos em que os órgãos e as entidades representados por ela figuravam como parte, para auxiliá-la no alcance dos objetivos propostos – como a prevenção de litígios, o gerenciamento de precedentes qualificados e o fomento à resolução consensual das controvérsias.

Essa iniciativa permitiu a aplicação de mecanismos de desjudicialização, a partir da identificação das hipóteses em que a pretensão do ente público era contrária aos precedentes do tribunal, o que daria ensejo a sucessivas situações de não conhecimento ou desprovimento dos recursos.

Dessa forma, foram estabelecidas estratégias, como a identificação, ainda nas instâncias de origem, das controvérsias que contavam com precedentes do STJ e o estabelecimento de regras de controle interno da AGU para que, nessas hipóteses, o procurador estivesse autorizado a não recorrer à instância especial ou mesmo desistir do recurso apresentado, de modo a evitar que o recurso fosse encaminhado ao STJ.

Objetivo estrat​​égico

Uma das medidas implementadas no acordo foi a identificação, antes da etapa de distribuição aos ministros do STJ, dos processos com temas federais afetados pela sistemática dos recursos repetitivos, os quais passaram a ser devolvidos à origem.

Ao longo desse período, os três braços da AGU (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Procuradoria-Geral Federal e Procuradoria-Geral da União) também fizeram indicações ao Núcleo de Gerenciamento de Precedentes do STJ (Nugep) a respeito de temas com possível multiplicidade, para que os recursos fossem avaliados e selecionados para distribuição como representativos de controvérsias.

Péricles Sousa, procurador da Fazenda Nacional, afirmou que essa parceria “acelera uma série de políticas internas no âmbito das carreiras da AGU, para que, a cada ano, o tribunal possa receber apenas o que for mais estratégico e de impacto sistêmico”.

China endurece restrições à medida que covid-19 ressurge

A China endureceu as restrições para combater a covid-19 por medo de que o aumento do fluxo de viagens durante o período de férias possa fazer com que as infecções aumentem na capital, Pequim, após registrar casos de transmissão local pelo quarto dia consecutivo no domingo.

Uma reunião liderada pelo chefe do Partido Comunista da capital, Cai Qi, instou todos os distritos de Pequim a entrar em modo de “emergência”, fechando complexos residenciais e vilas onde são detectadas infecções.

O centro de tecnologia de Shenzhen, no sul da China, relatou um caso assintomático, um paciente que fez duas viagens de negócios a Pequim neste mês. O Distrito de Shunyi, onde todos os casos recentes de coronavírus em Pequim foram registrados, entrou em modo de guerra e está testando seu 800 mil habitantes.

O distrito de Chaoyang, vizinho de Shunyi, concluiu os testes 234.413 pessoas em três bairros, e nenhum testou positivo. As pessoas que não receberam os resultados dos testes não podem sair, disse o governo do distrito.

Alguns complexos residenciais em Tongzhou reimplementaram controles de segurança e temperatura, de acordo com mídia chinesa.

A China controlou amplamente o coronavírus, mas os casos estão reaparecendo esporadicamente em um pequeno número de cidades.

Autoridades planejam vacinar 50 milhões de pessoas em grupos de alto risco antes das férias do Ano Novo Lunar (a partir de 11 de fevereiro).

Agência Brasil

Vacina tem impacto que precisa ser bem esclarecido, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro durante solenidade de Ação de Graças, no Palácio do Planalto.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (27) por meio de redes sociais que existem quatro laboratórios desenvolvendo estudos clínicos de vacinas no Brasil. O post, no entanto, ressalta que nenhum deles apresentou o pedido de uso emergencial ou de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Temos pressa em obter uma vacina, segura, eficaz e com qualidade, fabricada por laboratórios devidamente certificados. Mas a questão da responsabilidade por reações adversas de suas vacinas é um tema de grande impacto, e que precisa ser muito bem esclarecido”, afirma o presidente.

Bolsonaro afirmou ainda que, caso exercesse pressões pela vacina, seria acusado de interferência e irresponsabilidade.

“Tão logo um laboratório apresente seu pedido de uso emergencial, ou registro junto à Anvisa, e esta proceda a sua análise completa e o acolha, a vacina será ofertada a todos e de forma gratuita e não obrigatória”.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (27) por meio de redes sociais que existem quatro laboratórios desenvolvendo estudos clínicos de vacinas no Brasil. O post, no entanto, ressalta que nenhum deles apresentou o pedido de uso emergencial ou de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Temos pressa em obter uma vacina, segura, eficaz e com qualidade, fabricada por laboratórios devidamente certificados. Mas a questão da responsabilidade por reações adversas de suas vacinas é um tema de grande impacto, e que precisa ser muito bem esclarecido”, afirma o presidente.

Bolsonaro afirmou ainda que, caso exercesse pressões pela vacina, seria acusado de interferência e irresponsabilidade.

“Tão logo um laboratório apresente seu pedido de uso emergencial, ou registro junto à Anvisa, e esta proceda a sua análise completa e o acolha, a vacina será ofertada a todos e de forma gratuita e não obrigatória”.

Agência Brasil

Viúva de Bebianno diz à PF que destruiu celular do ex-ministro

A advogada Renata Bebianno, viúva do ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, disse em depoimento à Polícia Federal (PF) que destruiu o último celular do marido. A oitiva aconteceu na investigação do Ministério Público e da PF que apura o suposto esquema de disparos de mensagens no WhatsApp durante a campanha eleitoral de 2018.

As informações foram publicadas na coluna Painel da Folha de S.Paulo deste domingo (27).

Renata disse ainda aos policiais que não fez pesquisas no celular do marido, mas, segundo o jornal, a explicação não convenceu os investigadores. Considerado homem de confiança do presidente, Bebianno presidiu o PSL durante a campanha de Jair Bolsonaro ao Planalto. Ele foi o primeiro grande aliado com quem Bolsonaro rompeu após assumir o mandato.

O afastamento do ex-ministro do governo ajudou a concretizar o racha da legenda. Bebianno foi demitido no auge do caso conhecido como “laranjal do PSL”, que se desdobrou em uma investigação sobre o esquema de candidaturas falsas do partido. O ex-ministro morreu em março deste ano, aos 56 anos, vítima de um infarto fulminante.

Correio Braziliense

UE inicia vacinação enquanto mutação do coronavírus se espalha

(FILES) In this file photo taken on March 26, 2020 a researcher works on the development of a vaccine against the new coronavirus COVID-19, in Belo Horizonte, state of Minas Gerais, Brazil. – The Brazilian National Health Vigilance Agency (Anvisa) announced on December 2, 2020 that the criteria for the approval of the use of emergency vaccines against COVID-19 in the country were defined. (Photo by DOUGLAS MAGNO / AFP)

Menos de uma semana depois da autorização da União Europeia (UE) para o uso da vacina dos laboratórios Pfizer e BioNTech, países como Itália, Espanha, Portugal e Praga iniciaram neste domingo (27) a vacinação contra a Covid-19.

Mais de 450 milhões de pessoas em toda a UE devem ser vacinadas contra o vírus que infectou mais de 80 milhões de pessoas no mundo e provocou 1,76 milhão de mortes. A Europa é a região mais afetada do planeta por esta pandemia, com mais de 25 milhões de casos e 546 mil mortes.

“Hoje, começamos a virar a página em um ano difícil”, escreveu Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, em uma rede social, acrescentando que o imunizante contra a Covid-19 foi entregue aos 27 membros do bloco.

A UE deve receber 12,5 milhões de doses da vacina até o final deste ano, o suficiente para vacinar 6,25 milhões de pessoas -são necessárias duas doses por adulto.

O bloco fechou contratos com uma série de fabricantes de medicamentos além da Pfizer, incluindo Moderna e AstraZeneca, para um total de mais de dois bilhões de doses de vacina e definiu uma meta para que todos os adultos sejam inoculados durante 2021.

“Não senti nada, nada. Muito obrigado”, afirmou, sorridente, Araceli Hidalgo Sánchez, de 96 anos, a primeira pessoa a receber a tão aguardada dose na Espanha, em uma casa de repouso de Guadalajara, no centro do país. Em seguida, Mónica Tapias, auxiliar de enfermagem na mesma instituição, foi a segunda espanhola a ser vacinada. “O que queremos é que a maioria das pessoas receba a vacina”, declarou.

As autoridades espanholas esperam vacinar até junho de 2021 entre 15 e 20 milhões de pessoas, de uma população de 47 milhões. A Espanha foi um dos países da Europa mais afetados pela pandemia, com 50 mil mortes e mais de 1,8 milhão de casos, segundo os dados do ministério da Saúde.

“Hoje Araceli e Mónica representam uma nova etapa de esperança. Um dia de emoção e confiança”, escreveu no Twitter o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que prometeu um processo de vacinação rápido, confiável e equitativo. Quase ao mesmo tempo, na Itália a enfermeira Claudia Alivernini e Maria Rosaria Capobianchi, diretora de um laboratório de virologia no hospital Spallanzani de Roma, foram as primeiras a receber a vacina no país.

“É um gesto pequeno, mas fundamental para todos nós”, disse Alivernini. “Eu afirmo de coração: vacinem-se. Por nós, por nossos entes queridos e pela sociedade.” “Hoje a Itália desperta. É o #VaccineDay “, escreveu o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, no Twitter. “Esta data permanecerá conosco para sempre.”

Na Itália, a vacinação generalizada começará em 8 de janeiro, data em que passará a receber 470 mil doses por semana. No país mais afetado da UE pela pandemia, com mais de 71 mil vítimas fatais, o governo teve que decretar severas medidas de confinamento antes do Natal.

Na República Tcheca, o premiê Andrej Babis recebeu a primeira vacina também neste domingo, seguido por um veterano da Segunda Guerra Mundial, no mesmo dia em que o país iniciou um bloqueio rígido para enfrentar a segunda onda de infecção que está varrendo o Leste Europeu.

A milhares de quilômetros, em Bucareste, a enfermeira romena Mihaela Anghel, de 26 anos, a primeira a atender um paciente com Covid-19 em fevereiro no país, foi a primeira vacinada. As primeiras doses da vacina Pfizer/BioNTech chegaram durante o fim de semana aos países membros da UE, escoltadas pelas forças de segurança.

Alemanha, Hungria e Eslováquia imunizaram algumas pessoas no sábado (26). Mais casos da nova cepa Antes da UE, vários países iniciaram a vacinação contra o coronavírus. O primeiro foi a China, que aplicou as primeiras injeções no verão do hemisfério norte, inverno no Brasil. Em dezembro foi a vez de Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Suíça, México, Costa Rica e Chile.

Paralelamente à vacinação, cada vez mais países detectam casos da nova cepa de coronavírus, possivelmente mais contagiosa, descoberta inicialmente no Reino Unido há cerca de duas semanas. Canadá, Itália, Suécia, Espanha, Japão e Portugal notificaram nos últimos dias infecções desta variante, depois de França, Alemanha, Líbano e Dinamarca.

De acordo com um estudo da London School of Hygiene and Tropical Medicine, a nova cepa é entre 50% a 74% mais contagiosa, o que provoca o temor de que 2021 registre mais internações e mortes por Covid-19.

Depois de confirmar a mutação, que só pode ser detectada se a sequência do genoma do vírus for analisada após um teste de PCR, muitos países fecharam as portas para o Reino Unido e alguns mantêm as restrições para as conexões aéreas, marítimas ou terrestres.

O Japão anunciou a proibição de entrada de estrangeiros não residentes a partir de segunda-feira e até o fim de janeiro.
Retorno das restrições Durante o fim de semana, vários países anunciaram o retorno das restrições, como a Áustria, que determinou o confinamento da população a partir de sábado (26) e até 24 de janeiro.

Israel inicia neste domingo um confinamento quase geral e de pelo menos duas semanas para conter a aceleração de casos de Covid-19. O governo deseja reduzir o número de contágios, atualmente acima de 1.000 por dia. Os israelenses não poderão se deslocar a mais de um quilômetro de suas casas e a maioria dos estabelecimentos comerciais só está autorizada a fazer entregas. Setores profissionais que não recebem público podem manter apenas 50% dos funcionários em suas instalações.

Mas os israelenses podem sair para tomar a vacina e as escolas funcionarão parcialmente. No Reino Unido, milhões de pessoas já estão confinadas desde antes do Natal, sobretudo no sul da Inglaterra, devido à nova cepa do vírus. Globalmente, os Estados Unidos permanecem como o país mais afetado pela doença, tanto em número de mortos (331.916) como de infecções (18.945.149).

Na América Latina e Caribe, região com mais de 496 mil vítimas fatais e 15 milhões de contágios, o México recebeu no sábado um segundo carregamento com 42.900 doses de vacinas da Pfizer/BioNTech. Na Argentina, a campanha de vacinação começará na terça-feira (29), com 300 mil doses da vacina Sputnik V, do laboratório russo Gamelaya. É o primeiro país da América Latina que autoriza esta vacina. O governo argentino também aprovou o fármaco da Pfizer/BioNTech.

Em um vídeo divulgado por ocasião do primeiro Dia Internacional da Preparação para Epidemias, que acontece neste domingo, o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que o coronavírus não será a última pandemia e recordou que qualquer avanço será pequeno caso as pessoas não mudem os comportamentos para reduzir o aquecimento global e favorecer o bem-estar animal.

“Gastamos dinheiro quando explode a crise, mas quando acaba nos esquecemos e não fazemos nada para prevenir a seguinte. Este é o perigo dos comportamentos a curto prazo”, lamentou.

fOLHAPRESS

Argentina começa na terça-feira vacinação contra a Covid-19

A campanha de vacinação contra a Covid-19 começará na terça-feira (29) na Argentina, onde o novo coronavírus causou 42.501 mortes e quase 1,6 milhão de casos, noticiou nesse sábado (26) a agência estatal Télam.

O governo começará a inocular as 300 mil doses que chegaram ao país da Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya, uma das duas vacinas aprovadas juntamente com a elaborada pelo laboratório americano Pfizer.

“A ideia é que quando o outono chegar, tenhamos vacinado a maior quantidade das pessoas de risco”, disse o presidente Alberto Fernández, segundo a informação oficial.

A decisão de iniciar a imunização na terça-feira foi acordada durante reunião por videoconferência entre Fernández e governadores das províncias.

Os detalhes do plano estratégico de aplicação das vacinas serão informados nas próximas horas, segundo fontes oficiais citadas pela imprensa local.

A Argentina também assinou acordos de fornecimento de vacinas com a Universidade de Oxford, associada à farmacêutica AstraZeneca, e com o mecanismo Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto negocia o envio do fármaco produzido pela Pfizer.

O distanciamento social obrigatório é adotado no país desde 9 de novembro, quando foi suspenso o isolamento que esteve em vigor desde 20 de março.

AFP