Covid-19: Brasil tem 157,9 mil mortes e 5,43 milhões de casos

Medidas de proteção contra possíveis infecções por cornoavírus sendo mostradas na clínica universitária de Essen

O número de mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus chegou a . Entre segunda e terça-feira, as secretarias de saúde notificaram 549 óbitos causados pela doença. Ontem, o sistema de dados sobre a pandemia marcava 157.397 óbitos gerados pela doença. Ainda há 2.379 falecimentos em investigação.

O número de casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 5.439.641. Nas últimas 24 horas, foram registrados 29.787 novos casos. Ontem, o total estava em 5.409.854.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta terça-feira (27). O balanço é feito a partir de registros reunidos pelas secretarias estaduais de saúde e enviados à pasta para consolidação.

Ainda há 377.649 casos em acompanhamento. De acordo com o Ministério da Saúde, outras 4.904.046 pessoas já se recuperaram da doença.

Os casos e mortes são menores nos domingos e segundas-feiras em função da limitação de sistematização dos dados e alimentação do painel do ministério pelas secretarias estaduais aos fins de semana. Já às terças-feiras os números diários tendem a subir pelo acúmulo de casos do fim de semana reportado neste dia.

Covid-19 nos estados

Os estados com mais mortes são São Paulo (38.885), Rio de Janeiro (20.292), Ceará (9.305), Minas Gerais (8.789) e Pernambuco (8.5575). As Unidades da Federação com menos casos são Acre (690), Roraima (691), Amapá (743), Tocantins (1.089) e Rondônia (1.448).

Boletim epidemiológico covid-19
Boletim epidemiológico covid-19 – Ministério da Saúde

Covid-19: Caruaru registra mais dois óbitos, sendo um ocorrido em maio e o outro em junho

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que até esta terça (27) 94,80% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus.

O número de testes realizados subiu para 28.167 dos quais 10.089 foram através do teste molecular e 18.078 do teste rápido, com 9.623 confirmações para à Covid-19, incluindo dois óbitos no dia 05 de maio e 19 de junho, sendo eles: Homem, 73 anos, com comorbidades e um homem, 64 anos, com comorbidades.

O número de casos descartados subiu para 18.231.

Também já foram registrados 37.740 casos de síndrome gripal, dos quais 1.430 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

Artigo I Quem está pronto para a revolução bancária?

or Leo Monte, Diretor de Inovação da Sinqia, principal provedor de tecnologia para o mercado financeiro

O sistema bancário é um dos setores de maior importância no contexto mundial, responsável por viabilizar o crédito para empreendedores e também pela proteção de risco. Apesar de apresentar um dos sistemas mais complexos e desenvolvidos do mundo, o Brasil ainda encontra desafios de infraestrutura tecnológica. Há dois anos, no entanto, as conversas sobre open banking começaram a apontar que, de fato, estamos prestes a dar um importante passo na democratização dos serviços, agregando segurança e facilidades para o consumidor, ampliando a concorrência e mudando a forma de relacionamento entre clientes e instituições, tanto as financeiras e como não financeiras.

Ao permitir a integração de aplicativos com os serviços por meio da abertura de interfaces de programação de aplicativos, desenvolvedores de outras empresas de tecnologia serão capazes de criar diversas aplicações e serviços, focadas nas experiências e na forma como os clientes interagem com seu banco. É um passo e tanto. No entanto, essa mudança esperada está impregnada de dúvidas. E não só dos clientes que, em sua maioria, ainda não sabem exatamente o que é o tal do open banking, mas também dos agentes das instituições bancárias.

Como diretor de inovação de uma empresa provedora de tecnologia para o mercado financeiro tenho percebido uma certa angústia dos players. Ninguém tem dúvidas de que esta será uma transformação, um um marco, mas muitos me perguntam que tipo de estratégia devem entregar, em que base tecnológica. Basicamente, eles estão centrados em duas dúvidas: Como posso me preparar? Como ser protagonista? Como entregar a melhor experiência?

Enquanto o Banco Central ouve as partes interessadas para definir o tamanho desse novo impulso digital que o país dará, tenho recomendado que estudem mais os mercados estrangeiros. Certamente podemos replicar aqui alguns modelos e aprender com o Reino Unido ou mesmo com os países do leste asiático, com a Austrália ou o México. Quais os erros e acertos de cada um deles?

Fato é que, para fazer parte deste novo jogo, os bancos vão precisar se movimentar, sair da zona de conforto, olhar outros cenários, construir novos modelos de remuneração, de rentabilidade e até mesmo entender como essa rentabilidade será repartida. Temos uma bela oportunidade para criar soluções inovadoras, que serão benéficas e ágeis, mas que também precisam ser simples. Nesse novo paradigma, a competição será mais agressiva e com uma quantidade de agentes maior. Ganhará mercado aqueles que apresentarem as melhores soluções tecnológicas com foco centralizado na experiência do usuários e na economia ou entrega de melhores serviços com menores taxas. Como ficará o novo bolo do sistema bancário, me perguntam.

Por hora, acredito que as maiores fatias devem seguir mesmo com as instituições financeiras tradicionais, que já possuem estrutura para abraçar este novo momento de abertura e de inovação. Praticamente todas já fecharam parcerias ou adquiriram startups e fintechs acostumadas a lidar com a rápida mudança do mercado e com um olhar mais atento aos desejos dos clientes. Mas até quando será assim?

A abertura desse mercado pode atrair as bigtechs como Facebook, Google e Alibaba. Com grande volume de usuários e dados sobre eles, essas gigantes da tecnologia sabem usar essas informações a seu favor e com certeza apresentam um risco para essa concorrência mais segmentada no campo financeiro. Para citar um exemplo, temos a atual briga do Facebook para o lançamento no Whatsapp Pay que, apesar de limitado, sai na frente por já contar com aproximadamente 77 milhões de usuários no Brasil.

Também não falta apetite para os players de médio e pequeno porte, que vão apostar no novo para buscar capilaridade. E há espaço real para todo mundo. Pela primeira vez, a vantagem competitiva não estará somente no capital. Sairá na frente aquele que entender melhor seu cliente e antecipar sua demanda através de integrações. É uma oportunidade e tanto para inclusão dos desbancarizados e a pavimentação definitiva do caminho para iniciativas como o PIX e SandBox. O futuro é logo ali.

Candidato Luciel ganha apoio da Comando Alvinegro

Uma das mais fortes vozes das arquibancadas do Lacerdão, além de diversas ações de cunho social, a Comando Alvinegro, torcida organizada da patativa do agreste, fechou apoio à candidatura do articulador político Luciel Zé Colmeia (PL) para a Câmara Municipal.

Em reunião ontem no escritório político do candidato estiveram presentes as lideranças Kelvin Fama, Neto, Rodrigo e Jeferson Tepo. Para Luciel, “um apoio importantíssimo para nossa campanha pela juventude, pelo empenho e pela defesa de um patrimônio da História de Caruaru que estes apaixonados carregam de amor ao Central”.

“Estamos aqui porque acreditamos na representação de Luciel em defesa do Central e da juventude de Caruaru como vereador”, comemora o líder Jeferson Tepo.

Covid-19: estados retomam eventos culturais e aulas presenciais

Após uma fase inicial de retomada conturbada em alguns estados, marcada por inúmeras disputas judiciais e calendários em constante revisão, as atividades sociais e os espaços coletivos começam a voltar a receber pessoas em diversas regiões brasileiras, mas ainda com rígidos protocolos de segurança sanitária.

O período desde o último levantamento estadual feito pela Agência Brasil, publicado em 08 de outubro, mostrou reflexos da queda no ritmo de contaminação e de ocupação de leitos em UTIs pelo Brasil. A retomada de atividades culturais já se mostrava em curso, assim como o retorno gradual aos cronogramas letivos – atualmente em avanço na maioria dos estados.

Alunos das redes públicas e particulares começam a voltar para as salas de aula. Estados como Minas Gerais definiram protocolos de acompanhamento constante das medidas sanitárias, tanto para educadores e funcionários quanto para alunos. Em São Paulo, crianças do ensino fundamental devem voltar para as aulas presenciais no início de novembro. Amazonas, em contraste com o estado vizinho, Pará – que segue apenas com previsões, sem data fixa -, segue com aulas presenciais desde 30 de setembro, com um sistema ativo de vigilância sanitária.

A atividade econômica, arrastada para a letargia com a pandemia do novo coronavírus, mostra sinais de recuperação e crescimento. Exemplo claro é a emissão de cupons fiscais no Paraná, por exemplo, onde praticamente 100% dos CNPJs ativos emitiram pelo menos uma nota fiscal de venda e/ou serviço em outubro. A permissão para a circulação de ambulantes e profissionais liberais na Bahia e no Ceará também é sinal da retomada de pequenas atividades econômicas – essenciais para a circulação de dinheiro nas camadas mais pobres da sociedade.

Na reta final para as eleições municipais de 2020, muitas cidades ainda proíbem a realização de aglomerações, shows e comícios – cenário político inédito no Brasil até 2020; Alguns estados, como Santa Catarina, mantiveram o alerta de calamidade pública vigente até o final do ano, apesar das medidas de retomada.

Acompanhe a seguir o oitavo e último levantamento quinzenal da Agência Brasil sobre a retomada econômica e a flexibilização do isolamento nos Estados brasileiros.

(Clique abaixo nos estados para ver o conteúdo)

Região Norte
Acre
Amapá
Amazonas
Pará
Rondônia
Roraima
Tocantins

Região Nordeste
Alagoas
Bahia
Ceará
Maranhão
Paraíba
Pernambuco
Piauí
Rio Grande do Norte
Sergipe

Região Centro-Oeste
Distrito Federal
Goiás
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul

Região Sudeste
Espírito Santo
Minas gerais
Rio de Janeiro
São Paulo
Paraná
Rio Grande do Sul
Santa Catarina

Agência Brasil

Confiança da construção cresce 3,7 pontos em outubro, diz FGV

Canteiro de obras do reassentamento de Bento Rodrigues

O Índice de Confiança da Construção, da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta 3,7 pontos na passagem de setembro para outubro deste ano. Com isso, a confiança do empresário da construção brasileira atingiu 95,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o maior valor desde março de 2014 (96,3 pontos).

O Índice de Situação Atual, que mede a percepção sobre o presente, cresceu 5,1 pontos e chegou a 91,5 pontos, o maior valor desde setembro de 2014 (92,3 pontos). O indicador de carteira de contratos foi o que mais contribuiu para o resultado.

O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, subiu 2,3 pontos e atingiu para 99,1 pontos, valor muito próximo ao de fevereiro, período pré-pandemia (99 pontos). Os indicadores de demanda prevista e tendência dos negócios tiveram avanços semelhantes.

“O ambiente de negócios para as empresas do setor é mais favorável que o registrado antes do início do isolamento social determinado pela pandemia. Enquanto o mercado imobiliário está sendo impulsionado pelas taxas de juros em níveis historicamente baixos, a infraestrutura se beneficia dos investimentos das prefeituras e das recentes mudanças regulatórias”, disse a pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo.

O Nível de Utilização da Capacidade aumentou 2,4 pontos percentuais, para 74,5%.

Auxílio emergencial: Caixa libera último saque do ciclo 2

Saque do auxílio emergencial

A Caixa Econômica Federal liberou hoje (27) o saque em espécie e transferências do auxílio emergencial para 3,8 milhões de beneficiários nascidos em dezembro. Esses beneficiários, que não fazem parte do Bolsa Família, tiveram o dinheiro creditado na poupança social digital no dia 30 de setembro. Foram pagos, na ocasião, R$ 2,5 bilhões para esse público, no ciclo 2 de pagamentos do programa.

Com a liberação de hoje, a Caixa encerra o calendário desse ciclo. No ciclo 2 do auxílio emergencial, mais três públicos foram incluídos: trabalhadores que fizeram o cadastro nas agências dos Correios entre 2 de junho e 8 de julho; trabalhadores que fizeram a contestação pelo site da Caixa ou App Caixa Auxílio Emergencial de 3 de julho a 16 de agosto e foram considerados elegíveis; e beneficiários que tenham recebido a primeira parcela em meses anteriores, mas que tiveram o benefício reavaliado em agosto.

Aqueles que tiveram os pagamentos retidos receberam todas as parcelas a que têm direito de uma só vez, dentro do ciclo 2. Já os trabalhadores que optaram por realizar o cadastro nos Correios e aqueles que contestaram receberam a primeira parcela dentro do ciclo 2. As parcelas P2 e P3 serão pagas no ciclo 3 e as parcelas P4 e P5, no ciclo 4.

Os saques em dinheiro podem ser feitos nas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou mesmo nas agências. A Caixa reforça que não é preciso madrugar nas filas à espera de atendimento. Todas as pessoas que comparecerem, de segunda a sexta, das 8h às 13h, serão atendidas no mesmo dia.

Além disso, ainda é possível movimentar os recursos pelo aplicativo Caixa Tem. Com ele, é possível fazer compras na internet e nas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, por meio do cartão de débito virtual e QR Code. O beneficiário também pode pagar boletos e contas, como água e telefone, pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas, ou transferir os recursos para outra conta.

Para o saque em espécie, é preciso fazer o login no aplicativo Caixa Tem, selecionar a opção saque sem cartão e gerar código de saque. Depois, o trabalhador deve inserir a senha para visualizar o código de saque na tela do celular, com validade de uma hora. Esse código deve ser utilizado para a retirada do dinheiro.

O calendário de pagamentos do auxílio emergencial é organizado em ciclos de crédito em conta poupança social digital e de saque em espécie. Os beneficiários recebem a parcela a que têm direito no período, de acordo com o mês de nascimento. Já os beneficiários do Bolsa Família recebem o auxílio de acordo com o calendário e critérios de pagamento do programa.

Segunda parcela do auxílio extensão
A Caixa faz hoje, o pagamento de R$ 420,3 milhões referentes à segunda parcela do auxílio emergencial extensão para 1,6 milhão de beneficiários do Bolsa Família com final de NIS número 7. Ao todo, mais de 16 milhões de pessoas cadastradas no programa foram consideradas elegíveis para a segunda parcela do auxílio extensão e receberão, no total, R$ 4,2 bilhões durante o mês de outubro.

O auxílio emergencial criado em abril pelo governo federal, pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães solteiras, foi estendido até 31 de dezembro, por meio da Medida Provisória (MP) 1000. O auxílio emergencial extensão será pago em até quatro parcelas de R$ 300 cada e, no caso das mães chefes de família monoparental, o valor é de R$ 600.

De acordo com a Caixa, não há necessidade de novo requerimento para receber a extensão do auxílio. Somente aqueles que já foram beneficiados e se enquadram nos novos requisitos estabelecidos na MP, terão direito a continuar recebendo o benefício.

No caso dos beneficiários do Bolsa Família, eles recebem o valor do programa complementado pela extensão do auxílio emergencial em até R$ 300 ou R$ 600 para mães solteiras. Se o valor do Bolsa Família for igual ou maior que R$ 300 ou R$ 600 o beneficiário receberá o valor do Bolsa Família, sempre privilegiando o benefício de maior valor.

BC inicia hoje penúltima reunião do ano para definir taxa Selic

Edifício-sede do Banco Central no Setor Bancário Norte, em lote doado pela Prefeitura de Brasília, em outubro de 1967

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia hoje (27), em Brasília, a penúltima reunião de 2020 para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 2% ao ano, seu mínimo histórico. Amanhã (28), ao fim do dia, após a segunda parte da reunião, será anunciada a nova taxa.

A última reunião deste ano será nos dias 8 e 9 de dezembro. Segundo a pesquisa mais recente do BC ao mercado financeiro, a expectativa é que a Selic se mantenha em 2% ao ano até o final de 2020. Para o fim de 2021, estima-se que a taxa básica chegue a 2,75% ao ano.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). O Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Ao manter a Selic no mesmo patamar, o Copom considera que as alterações anteriores nos juros básicos foram suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.

Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

As instituições financeiras consultadas pelo BC projetam inflação maior que o piso da meta, em 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 2,99%, este ano. Para 2021, a estimativa é 3,10%.

Agência Brasil

Exclusivo: bancada evangélica é fiel a Bolsonaro em 89% das votações

Jair Bolsonaro tem na bancada evangélica uma das mais fiéis bases de apoio no Congresso Nacional. Enquanto a taxa média de governismo da Câmara é de 76%, entre os deputados evangélicos é de 89% – uma diferença de 17%.

Já no Senado, a variação é menor. A taxa de governismo geral entre senadores é de 87%, entre senadores evangélicos, 91%.

A análise do índice de governismo dos parlamentares foi feita com a ferramenta Radar do Congresso, plataforma de dados do Congresso em Foco . O levantamento leva em conta 347 votações nominais realizadas entre fevereiro de 2019 e fevereiro de 2020, na Câmara. Já no Senado foram avaliadas 230 votações nominais realizadas entre fevereiro de 2019 e setembro de 2020.

O levantamento de quais parlamentares integram a bancada evangélica também é uma pesquisa exclusiva do Congresso em Foco, já que nem todos os evangélicos no Legislativo pertencem à “bancada evangélica”. Além da filiação religiosa, os integrantes da bancada compartilham afinidade com valores ditos de “defesa da família”, incluindo propostas legislativas restritivas a direitos reclamados por movimentos de mulheres, negros, indígenas e LGBTI+, entre outros.

O grupo está cada vez mais numeroso e, com isso, busca mais poder e cargos relevantes. Em 1994, eram 21 deputados federais evangélicos, hoje já são 105 deputados e 15 senadores, o que equivale a 20% do Congresso.

Congresso em Foco

PMs e vice-prefeito de Serrita são presos por garimpo ilegal de ouro no Sertão

Policiais militares e o vice-prefeito da cidade de Serrita, Francisco Tadeu de Sá, foram presos, nesta terça-feira (27), pela Operação Frígia, que visa combater uma organização criminosa suspeita de atuação em garimpo ilegal no Sertão de Pernambuco. A operação foi deflagrada em parceria entre Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF). Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão.

São investigadas a prática de crimes ambientais, usurpação de patrimônio da União, lavagem de dinheiro e organização criminosa, pelo grupo, apontado como especializado em extração ilegal de minério de ouro e posterior beneficiamento. As atividades eram realizadas, respectivamente, na zona rural dos municípios de Verdejante e Serrita, no Sertão pernambucano.

Segundo a PF, três mandados de prisão são para policiais militares, já afastados de suas funções na corporação. O vice-prefeito de Serrita dava suporte aos criminosos, ainda de acordo com a polícia. Um policial federal também foi afastado.

Os mandados são cumpridos nos endereços dos suspeitos, localizados nas cidades de Serrita e São José do Belmonte, no Sertão; Igarassu, no Litoral Sul de Pernambuco; e nas cidades de Juazeiro do Norte e Jardim, no Ceará.

Estão envolvidos no esquema agentes públicos e particulares, financiadores, refinadores de minério e receptadores. A atividade dos criminosos consisita na extração de minérios, sobretudo ouro, em terrenos públicos e particulares da cidade de Verdejante, no Sertão de Pernambuco. Em seguida, o ouro era comercializado.

“Os valores oriundos da venda eram colocados em circulação, com aparência de legalidade, através da aquisição de veículos e outras condutas, atos consistentes em lavagem de dinheiro”, disse o MPF em nota.

Ainda foi constatado que alguns pagamentos pelos serviços realizados em favor do garimpo eram feitos através de verbas da Prefeitura Municipal de Serrita.

A Operação Frígia contou com a participação de 57 policiais federais e foi oriunda de uma investigação conjunta realizada entre a Delegacia de Polícia Federal em Salgueiro e o Ministério Público Federal.

Os crimes que estão sendo imputados aos suspeitos são os previstos no art. 2° da Lei n.º 8.176/91 (usurpação de bens da União), artigos 54 e 55 da Lei n.º 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), art. 1° da Lei n.º 9.613/98 (Lei de Lavagem de Capitais) e art. 2° da Lei n.º 12.850/13 (Lei de Organização Criminosa), cujas penas ultrapassam os 20 anos de reclusão, além de multa.

As evidências colhidas nesta etapa da Operação Frígia serão analisadas pelo MPF e pela PF, na continuidade das investigações sobre o caso, para posterior adoção das medidas cabíveis.

A Folha de Pernambuco tentou contato com a Prefeitura de Serrita, mas não obteve retorno.

Nome da operação
Frígia faz menção a terra do Rei Midas da mitologia grega. Tudo o que ele tocava virava ouro.

Folhape