Exportação, consumo e produção criaram tempestade perfeita, diz produtor de arroz

A disparada de preços do arroz é resultado de uma “tempestade perfeita”, segundo produtores. Segundo eles, o aumento decorre de mudanças no mercado externo, com aumento das exportações, e no interno, com brasileiro comendo mais em casa durante a pandemia.

O preço baixo nos últimos anos também é parcialmente culpado, uma vez que levou ao encolhimento da produção.

A avaliação é de produtores do Rio Grande do Sul ouvidos pela reportagem. O estado é o maior produtor do país e estima semear cerca de 970 mil hectares na safra 2020/2021, aumento de 3,5% em relação à área colhida na safra anterior. “Aconteceu a tempestade perfeita. Pouco produto, a pandemia, aumento de consumo, desvalorização do real. Deu a explosão na cadeia”, diz André Ceolin, sócio-proprietário do Grupo Ceolin, que produz e compra o grão. “Há anos o produtor vem se endividando e foi abandonando a lavoura porque não sobrava dinheiro no preço pelo qual era negociado o arroz.”

Enquanto em 2019 o Brasil exportou 269.164,9 toneladas de arroz, segundo dados do Comex Stat, do Ministério da Economia, entre janeiro e agosto de 2020 o montante chegou a 487.428,8 toneladas.

Davenir Santos, de Eldorado do Sul (RS), conta que vendeu parte da produção logo no início da safra para pagar contas, quando o preço do saco variava entre R$ 48 e R$ 52. Pouco tempo depois, com a abertura para exportação, 20% da produção de 2019/2020 foi vendida à Guatemala ao preço de R$ 61 por saco.

Agora, ainda com estoque, ele consegue mais de R$ 100 por saco no mercado interno. Segundo o Cepea, na quinta (10) a cotação era de R$ 105. “A gente vinha sofrendo há anos, arroz não dava mais lucro, só prejuízo”, diz. “O preço está bom agora, mas o custo para produzir um saco aumentou bastante.”

Segundo Ivo Mello, diretor técnico do Instituto Riograndense do Arroz, o número de produtores no estado caiu pela metade nos últimos 20 anos –hoje, são cerca de 7.000.

Apesar de a produção se manter em índices semelhantes, houve ainda redução na área plantada –ação recomendada pela autarquia para garantir preços melhores. “Quem mais ganhou com esse valor e com exportação foram os grandes conglomerados. Quando chegou a R$ 70, R$ 80, o produtor médio e pequeno já tinha vendido para a indústria”, diz Mello.

Raul Borges, presidente dos sindicatos rurais de Itaqui e Maçambará, avalia que o momento é bom para quem ainda tem produto e para quem já não tem estoque, porque pode balizar o preço futuro. “O governo tirou a TEC (Tarifa Externa Comum) para importação, mas para os nossos insumos temos ainda várias TECs, em vários produtos que não podemos importar. Faz anos que reivindicamos isso no Mercosul”, afirma.

A medida foi anunciada pelo Ministério da Agricultura para conter a alta dos preços, limitando a isenção de taxas de importação a 400 mil toneladas de arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro.

Silvio Farnese, diretor de comercialização e abastecimento da pasta, estima que o Brasil tenha ainda entre 4 milhões e 4,5 milhões de toneladas de arroz no mercado, e que por isso a retirada da tarifa deve garantir abastecimento ao país.

Ele diz ainda que não há previsão para retirada de tarifas para insumos e que o preço do arroz pode se manter alto pelos próximos meses. “Depende do que vier de fora. Se os importadores trouxerem um produto mais barato –por exemplo, arroz parboilizado–, pode gerar tendência de redução”, avalia.

Folhapress

Raquel Lyra ratifica candidatura à reeleição em convenção do PSDB neste domingo (13)

A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), realiza, neste domingo, convenção partidária para confirmar sua candidatura à reeleição. O evento também oficializará os postulantes à Câmara Municipal pela sigla. Para evitar aglomerações, tudo será transmitido pela página oficial do PSDB Pernambuco no Facebook, das 14h às 17h.

Raquel Lyra já confirmou o apoio do Avante, PL, Cidadania e Democratas. A prefeita também poderá fazer uma troca no seu cargo de vice. Especulações apontam o ex-senador Douglas Cintra (PTB) como substituto do atual vice Rodrigo Pinheiro (PSDB).

Folhape

INSS confirma reabertura de agências mesmo com greve de servidores

O INSS confirmou, na tarde desta sexta-feira (11), a reabertura de, pelo menos, 547 agências no Brasil a partir de segunda-feira (14), mesmo após o anúncio de greve dos servidores do órgão. A previsão inicial era abrir 650 agências (algumas não receberam álcool em gel, por exemplo). O órgão diz que vai reabrir na segunda suas maiores agências, responsáveis por cerca de 70% da demanda.

O atendimento será feito, exclusivamente, sob agendamento pelo “Meu INSS” ou no telefone 135, e com medidas de combate à Covid-19. Os postos vão funcionar em horário reduzido: das 7h às 13h. Serão priorizados, nesta primeira fase da reabertura, serviços de perícia médica, avaliação social, cumprimento de exigência, justificação administrativa e reabilitação profissional.

No dia agendado, o segurado deve comparecer à agência de máscara. Se estiver com máscara úmida, suja ou rasgada, será fornecida pela agência uma máscara descartável.vHaverá também a medição de temperatura, que deverá estar abaixo de 37,5°C para que o atendimento seja realizado. Segundo o INSS, o procedimento será feito na porta da unidade, por um servidor que portará termômetro infravermelho, conforme orientações do Ministério da Saúde.

O instituto pede aos segurados que apresentem sintomas da Covid-19 que não compareçam à agência, mesmo se estiverem agendados. Se o segurado apresentar temperatura acima de 37,5ºC, não poderá entrar na agência, será orientado a reagendar o atendimento. Nesses casos, se confirmado o direito ao benefício, os atrasados contam desde o dia em que foi feito o primeiro agendamento.

As medidas, no entanto, não foram suficientes para que representantes dos servidores do INSS cancelassem a greve sanitária anunciada. “Entendemos que não há uma política séria do governo de controle da pandemia, não há nenhuma vacina ainda que garanta a não contaminação, não é o momento de abrir”, diz Cristiano Machado, diretor do Sinsprev e da Fenasps (entidades que representam os trabalhadores).

Durante coletiva desta sexta, o Secretário Especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, afirmou que não vê a greve como factível e que o governo tem ouvido todos os servidores. O INSS afirmou também que os funcionários que estão em grupos de risco continuarão trabalhando em home office e garantiu que “somente entrarão nas agências as pessoas com agendamento. O agendamento é fundamental”, disse Bruno Bianco Leal, Secretário Especial de Previdência e Trabalho.

O órgão anunciou a instalação de barreiras de acrílico nas mesas de atendimento, para evitar contato direto do servidor com o segurado, além de máscara de acrílico pelos profissionais da perícia médica. Segundo o presidente da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social), Luiz Carlos de Teive e Argolo, a decisão de greve foi tomada para proteger os profissionais contra o risco de contaminação pelo novo coronavírus.

Argolo afirma que o INSS selecionou somente 12 agências em todo o Brasil que, segundo entendimento do instituto, poderiam oferecer o serviço de perícia já a partir de segunda-feira. O presidente da associação de peritos, entretanto, garante que nenhum desses locais atendia às exigências sanitárias e de segurança contra o vírus.

O INSS ainda não divulgou quais agências serão abertas nesta segunda, mas afirmou que o segurado será informado durante o agendamento. Segundo o órgão, a lista será “dinâmica”, já que as unidades dependem do fornecimento de álcool em gel, máscaras e o funcionamento perfeito de serviços como ar-condicionado.

Se confirmada a volta do atendimento presencial, só poderá pedir a antecipação do auxílio-doença (no valor de R$ 1.045), o segurado que residir em município localizado a mais de 70 km de distância da agência mais próxima em que haja unidade de atendimento da Perícia Médica Federal com o serviço de agendamento disponível.

A antecipação de um salário mínimo mensal será devida pelo período definido em atestado médico, limitado a 60 dias. Caso o período estimado de afastamento informado no atestado médico não corresponda ao mês completo, o valor antecipado será proporcional ao número dias.

Folhapress

Senado aprova projeto de socorro financeiro às escolas particulares

O Senado aprovou um projeto de lei que que cria o Programa Nacional de Auxílio às Instituições de Ensino da Educação Básica, que consiste em uma ajuda financeira a escolas particulares. A proposta prevê a suspensão do pagamento de impostos federais e de contratos de trabalho e permite a redução de salário e de jornada.

Além disso, o texto autoriza que os estabelecimentos de ensino particular afetados pela pandemia migrem para o Simples Nacional, que é um sistema de tributação mais simplificado que busca facilitar o recolhimento de contribuições de empresas.

Segundo o autor da proposta, senador Jorginho Mello (PL-SC), escolas pequenas poderão receber parcelas mensais de R$ 3 mil a R$ 10 mil com a criação do programa. O projeto segue para a apreciação na Câmara dos Deputados. 
 

FNE já aplicou metade da verba emergencial para empresas do Nordeste

Até o começo deste mês, cerca de metade dos recursos emergenciais do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) já havia sido contratada. No total, foram disponibilizados R$ 3 bilhões para ajudar pequenos empreendedores da região a sobreviverem aos efeitos da Covid-19. Desse valor, R$ 1,4 bilhões já foram aplicados.

De acordo com os dados do Banco do Nordeste, a maior parcela de recursos foi contratada por empresários baianos. São R$ 284 milhões contratados por mais de 5 mil empresários. Em segundo lugar estão os empresários cearenses, que contrataram R$ 222 milhões.

A verba pode ser usada em despesas de custeio, manutenção e formação de estoque. Também pode ser aplicada no pagamento de funcionários e para pagamento de despesas que poderiam acabar atrasadas por conta da pandemia.

Os empréstimos são oferecidos pelo Banco do Nordeste (BNB) com taxa de juros de 2,5% ao ano. São duas opções de financiamento: de até R$ 100 mil para capital de giro e de R$ 200 mil para investimentos.

Pernambuco recebe mais 20 respiradores pulmonares

A SES-PE recebeu mais 20 respiradores pulmonares (modelo VG-70) para auxiliar no tratamento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus. Os equipamentos foram doados pelo Programa Unidos contra a Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a empresa telefônica Vivo. Já está em análise pelas áreas técnicas da SES-PE os serviços que receberão os respiradores já nos próximos dias.

Com a compra e doação de respiradores pulmonares, a Secretaria conseguiu ampliar, gradativamente, o número de leitos de terapia intensiva destinados a pacientes em estado grave da doença. “É importante destacar que os equipamentos são destinados para pacientes com quadro grave da doença, que precisam de suporte ventilatório constante. Então, os aparelhos, sejam os doados ou aqueles adquiridos pela própria Secretaria, foram essenciais para ampliação e fortalecimento da rede assistencial em Pernambuco para casos de maior complexidade”, ressalta a secretária executiva de Atenção a Saúde da SES-PE, Cristina Mota.

Os novos equipamentos serão somados aos 530 ventiladores pulmonares disponibilizados pelo Governo de Pernambuco durante a Pandemia e que já reforçam a rede estadual, passando a integrar o parque de equipamentos médico-hospitalares adquiridos pelo

Estado para fortalecimento da rede hospitalar do SUS no enfrentamento da pela Covid-19. Vale acrescentar que a rede estadual contava, antes da pandemia, com 1.424 respiradores em leitos próprios e contratualizados. Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de 2019, apontava que Pernambuco já tinha à época a 8ª melhor proporção de respiradores por habitantes do país, a melhor posição entre os estados do Norte/Nordeste e mais de 75% destes aparelhos já estavam na rede pública.

PE totaliza 135.643 casos confirmados, sendo 25.730 graves e 109.913 leves

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, ontem (11.09), 1.024 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados, apenas 39 (4%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e os outros 985 (96%) são leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar. Agora, Pernambuco totaliza 135.643 casos confirmados, sendo 25.730 graves e 109.913 leves.

Além disso, o boletim registra um total de 117.349 pacientes recuperados da doença. Destes, 15.280 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 102.069 eram casos leves.

Os casos graves confirmados da doença estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

Também foram confirmados laboratorialmente 25 óbitos (sendo 16 do sexo masculino e 9 do sexo feminino). Os novos óbitos confirmados são de pessoas residentes nos municípios de Afogados da Ingazeira (1), Altinho (1), Brejo da Madre de Deus (1), Cabo de Santo Agostinho (2), Camaragibe (1), Camutanga (2), Caruaru (3), Floresta (1), Garanhuns (1), Igarassu (1), Jaboatão dos Guararapes (1), Lagoa do Carro (1), Lagoa do Ouro (1), Macaparana (1), Petrolândia (1), Petrolina (1), Recife (3), Santa Maria da Boa Vista (1) e Toritama (1). Com isso, o Estado totaliza 7.817 mortes pela doença.

As mortes registradas no boletim ocorreram entre 8 de maio e 10 de setembro. Do total de mortes do informe de hoje, 11 (44%) ocorreram nos últimos 3 dias, sendo 2 registradas no dia de ontem (quinta, 10/09), 2 em 09/09 e 7 em 08/09. Os outros 14 registros (56%) ocorreram entre os dias 08/05 e 07/09.

Os pacientes tinham idades entre 36 e 94 anos. As faixas etárias são: 30 a 39 (1), 40 a 49 (1), 50 a 59 (3), 60 a 69 (6), 70 a 79 (7), 80 anos ou mais (7).

Dos 25 pacientes que vieram a óbito, 20 apresentavam comorbidades confirmadas: doença cardiovascular (10), hipertensão (10), diabetes (8), doença respiratória (3), câncer (2), doença renal (2), tabagismo/histórico de tabagismo (2), doença hepática (1) e dislipidemia (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Um não tinha doenças pré-existentes confirmadas e os demais estão em investigação.

Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 21.216 casos foram confirmados e 34.552 descartados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada. O Governo de Pernambuco foi o primeiro do país a criar um protocolo para testar e afastar os profissionais da área da saúde com sintomas gripais.

Brasil ultrapassa 130 mil mortes por Covid-19, mostra consórcio de veículos de imprensa

O Brasil registrou 44.215 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas elevando o total de infectados a 4.283.978, segundo levantamento divulgado ontem (11) pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde do país.

A média móvel de casos foi de 28.180 por dia, um recuo de 25% em relação aos casos registrados em 14 dias.

De acordo com o balanço, fechado às 20h, foram registradas 899 mortes pela doença de quinta pra ontem, chegando ao total de 130.474 óbitos provocados pelo novo coronavírus.

A média móvel de novas mortes no Brasil na última semana foi de 699 por dia, uma queda de 21% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Caruaru: 94,08% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que até esta sexta (11) 94,08% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus

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O número de testes realizados subiu para 21.253 dos quais 7.540 foram através do teste molecular e 13.713 do teste rápido, com 7.726 confirmações para à Covid-19, incluindo um óbito no dia 11 de setembro, sendo ele: Homem, 87 anos, com comorbidades.

O número de casos descartados subiu para 12.985.

Também já foram registrados 29.970 casos de síndrome gripal, dos quais 1.346 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

Pedidos de seguro-desemprego caem 18,2% em agosto, informa Ministério da Economia

O Ministério da Economia registrou queda de 18,2% no volume de pedidos de seguro-desemprego em agosto. Foram contabilizados 463.835 requerimentos na modalidade “trabalhador formal”, conforme dados da pasta divulgados nesta quinta-feira (10). Segundo a assessoria do órgão, não houve represamento de pedidos, como ocorreu no começo do ano, e o sistema está “funcionando normalmente”.

No acumulado de janeiro a agosto, o Ministério da Economia contabilizou 4.985.057 pedidos de seguro-desemprego. O dado representa aumento de 7,5% em relação ao aos 4.635.454 acumulados no mesmo período de 2019 e reflete o impacto da recessão profunda em que o país mergulhou devido à pandemia de Covid-19. No oitavo mês de 2019, a pasta contabilizou 567.069 requerimentos, logo, houve 103.234 pedidosm termos de escolaridade, 59,2% tinham ensino médio completo.

Os setores da economia que tiveram a maior incidência de pedidos de seguro-desemprego foram os de serviços e de comércio, com 43,2% e 26,4% do total, respectivamente. Indústria (com 14,7%), construção (9,7%) e agropecuária (4,8%) vieram na sequência.

Sistema digital
De acordo com dados do órgão, a maior parte dos pedidos do auxílio realizada em agosto, 297.188, ou 64,1%, foi realizada via web, pelo site do governo federal ou por meio da Carteira de Trabalho Digital. Os três estados com maior número de pedidos foram São Paulo (138.397), Minas Gerais (51.200) e Rio de Janeiro (37.348).

Do total de requerimentos registrados no acumulado do ano, 55,6% ou 2.771.584 pedidos, foram realizados pela internet, seja por meio do portal do governo federal, seja pela Carteira de Trabalho Digital. No mesmo período de 2019, apenas 1,6% dos pedidos (73.661) foram realizados via internet.

Correio Braziliense