‘Eu pedi para Jesus tirar a minha vida e dar a ele’, diz mãe de Miguel

Na última terça-feira (2), Mirtes Renata saiu da sua casa, localizada no Barro, uma comunidade humilde na Zona Oeste do Recife, para trabalhar no apartamento dos patrões, em um prédio de luxo, no bairro de São José, centro da cidade. Era empregada doméstica. Há quatro anos, cuidava da casa e dos filhos de Sérgio Hakcer, prefeito de Tamandaré – Litoral Sul -, e sua esposa, Sari Corte Real.

Em plena pandemia, Mirtes não teve escolha: precisou levar o filho, Miguel Otávio, 5 anos, ao trabalho. Em tempos normais, o menino passava o dia na escola, pela manhã, e na creche, à tarde. Mas com esses espaços fechados, a criança teve que acompanhar a mãe no serviço. O que ela não poderia imaginar é que, ao final do dia, voltaria para casa sem seu pequeno nos braços.

Miguel morreu em um acidente no prédio, após entrar no elevador de serviço atrás da mãe, que havia saído para passear com a cadela da família para a qual trabalhava. Câmeras do circuito interno do edifício, mostram o momento que o menino entra no elevador e a patroa, Sari, aperta o botão do último andar e a porta se fecha. A criança desceu no 9º andar, onde caiu de uma sacada na parte onde ficam os condensadores dos apartamentos.

“Eu não consigo mais entrar no quarto direito. Eu vejo a cama do meu filho, mas não vejo meu filho ali. Eu olho para aquela bicicleta, mas não vejo meu filho naquela bicicleta. Eu olho para todos os cantos da casa e não vejo meu filho. Tá muito difícil”, conta Mirtes em entrevista à repórter Sabrina Rocha, da Rede Globo, veiculada pelo Bom Dia Pernambuco na manhã desta quinta-feira (4).

Mirtes conta que ao retornar para o edifício, foi avisada pelo zelador que alguém havia caído do prédio. “Quando eu abri a porta, eu vi meu filho ali, estirado no chão. ‘Meu filho, não deixa mãe, filho’. Aí eu peguei, devagarzinho, virei ele. Eu disse ‘meu amor, meu amor, mamãe tá aqui, não deixa mamãe, respira’. Toquei nele aqui (pescoço), ele ainda tava tendo pulsações, ele tava respirando, mas assim, ele não piscava, só olhava fixo”.

Em seguida, de acordo com Mirtes, ela gritou pedindo ajuda à patroa, que desceu e, junto com um médico, morador do edifício, levou Miguel de carro para o Hospital da Restauração. “Não demorou muito não e veio a notícia que meu filho virou estrelinha, que meu filho tá lá junto com Jesus e Maria. Ele tá lá no colinho de Maria. Eu pedi para Jesus tirar a minha vida e dar a ele para ele para ele permanecer vivo porque ele era minha razão de viver. Aquela criança era minha razão de viver. Eu fazia tudo por ele para ter a felicidade dele, para ter o bem estar dele”, relata a mãe emocionada.

A empregada doméstica acredita que “faltou paciência” por parte da patroa a quem entregou seu filho enquanto precisou se ausentar da casa por alguns minutos a fim de cumprir seu trabalho. “No período que eu tava andando com a cadela, que ele entrou no elevador, não tiveram paciência de tirar ele do elevador, pegar pelo braço e ‘saia’. Porque se fossem os filhos da minha ex-patroa, eu tiraria. Ela confiava os filhos dela a mim e à minha mãe. E no momento que eu confiei meu filho a ela, infelizmente ela não teve paciência para cuidar, para tirar (ele do elevador)”.

“Eu não vou dizer que eu tô com raiva, que eu tô com ódio dela porque a dor pela morte do meu filho tá prevalecendo, mas eu espero que a justiça seja feita porque se fosse o contrário, eu acho que eu não teria nem direito a fiança. Porque foi uma vida, uma vida que se foi por um pouco de falta de paciência. Deixar uma criança sozinha, dentro de um elevador, isso não se faz”, acrescenta Mirtes. “Eu vou lutar, eu vou batalhar nem que eu vá morar debaixo da ponte, mas eu vou batalhar para que a morte do meu filho, meu único filho seja resolvida, que a justiça seja feita”. “Eu vou lutar, eu vou batalhar nem que eu vá morar debaixo da ponte, mas eu vou batalhar pra que a morte do meu filho, meu único filho seja resolvida, que a justiça seja feita”.

Diario de Pernambuco

Primeira quinzena de junho será decisiva para retorno das aulas presenciais em Pernambuco

Diante da incerteza do comportamento da curva de transmissão da Covid-19 em Pernambuco, ainda é incerto quando será a retomada das atividades da educação. A Secretaria Estadual de Educação (SEE), junto com entidades ligadas ao tema, está elaborando um plano específico para o setor. Uma das poucas certezas é que será gradual o retorno das aulas presenciais em escolas, faculdades e universidades pernambucanas, públicas e privadas.

No Estado, as aulas nas unidades de ensino estão suspensas desde 18 de março, devido à pandemia, e continuarão assim até o dia 30 de junho, por conta da renovação de um decreto do Governo do Estado. De acordo com o secretário estadual de Educação, Fred Amâncio, os primeiros 15 dias deste mês de junho serão fundamentais para definir quando serão retomadas as aulas presenciais.

“Não temos data estabelecida. Temos até modelagem de etapas, mas a primeira só vai ser estabelecida após a avaliação da primeira quinzena de junho para saber se realmente está se consolidando a estabilização dos casos de coronavírus no Estado”, explicou o gestor. O secretário falou que o plano específico do setor estará totalmente alinhado com o Plano de Convivência com a Covid-19, lançado pelo Poder Executivo no início deste mês.

Atualmente, a educação básica (educação infantil e ensinos fundamental e médio) é composta por mais de um milhão de estudantes, sendo 400 mil na rede privada e 580 mil nas escolas estaduais. Ainda faltam nessa conta os números de alunos matriculados nos colégios municipais das outras 183 cidades pernambucanas.

“No caso da educação básica, uma das nossas grandes prioridades é o terceiro ano do ensino médio por causa da preparação dos jovens para o Enem e vestibulares. Por isso, estamos analisando uma matriz para ver qual a prioridade na retomada das atividades”, disse Fred Amâncio.

Ele explicou que será preciso controlar o volume de pessoas nas escolas. Por isso, uma das alternativas é implantar uma espécie de rodízio das turmas. “Sabendo que o desenho pode variar de escola para escola. Como vamos ter que trabalhar a questão do distanciamento, por exemplo, não poderemos colocar todos os estudantes ao mesmo tempo em sala de aula”, comentou. Por conta disso, as unidades de ensino terão deverão que mesclar aulas presenciais e a distância. “Vamos ter que fazer uma adaptação do calendário escolar. Tem um prejuízo que fatalmente vai implicar em a gente usar o ano letivo de 2021”, disse.

Segundo o secretário de educação, está sendo planejado não apenas o ano letivo de 2020, mas os seguintes também. “Sabemos que é um ano muito complexo para todos, sobre todos os aspectos, que vai não só da área de educação, mas econômico, social e emocional. Mas nosso trabalho é pensar e fornecer alternativas para que a gente possa dar continuidade ao processo de aprendizagem do estudante”, falou.

Dia do Meio Ambiente: Vamos repensar a nossa relação com o planeta?

Por Alessandro Azzoni

O Dia Mundial do Meio Ambiente teve como objetivo primordial chamar a atenção de toda a população mundial, independente da sua esfera social, para os problemas ambientais e a importância da preservação dos recursos naturais. A data foi escolhida na Conferência das Nações Unidas, em 1972, sobre Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, justamente para relembrar a realização do evento.

Muitos questionam sobre a tutela ou proteção jurídica do Meio Ambiente como trava para o crescimento econômico, mas ao nos depararmos com situações que mudem nosso dia-a-dia, acabamos repensando algumas atitudes. Um bom exemplo foi a crise hídrica de 2014, no Estado de São Paulo, com a iminência da falta do bem mais precioso para a humanidade. Na ocasião, a população aderiu e foi a responsável para que esse bem esgotável não chegasse ao fim. Com os reservatórios à mingua, cabia somente à população mudar seus hábitos para que o fornecimento fosse mantido.

Estamos vivendo um novo momento de mudanças em nossas vidas com a Covid-19, doença causada por um vírus capaz de se multiplicar e comprometer as vias respiratórias, levando rapidamente ao óbito. Em 2013, Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) apontava que 70% das novas doenças em humanos tiveram origem animal. Historicamente, uma sequência de fatos já fazia o alerta: em 2002 foi a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), de origem zoonótica; em 2005 veio a gripe aviária, causada pelo vírus influenza hospedado em aves; em 2009, a gripe suína originária de uma cepa de vírus H1N1 que teve início em porcos. Podemos, ainda, colocar nessa conta o Aedes aegypti e as transmissões da dengue, zica e chikungunya, além da leptospirose, transmitida pela unira de animais infectados nos grandes centros urbanos.

Muitas dessas novas doenças se deram pelo desmatamento e pelo avanço dos centros urbanos, acelerando a aproximação entre animais selvagens e humanos e a invasão de habitats naturais. Podemos concluir que o crescimento da população e avanço das economias em busca do desenvolvimento fazem com que as nações busquem mais espaços para acomodar o crescimento populacional. E, por vezes, as populações que não acompanham esse desenvolvimento econômico ficam às margens das cidades, fazendo com que as periferias avancem para as áreas de florestas e matas que deveriam ser protegidas. Tal contato contribuiu para o surgimento de zoonoses, disseminando contaminações por patologias entre animais e seres humanos.

Por isso, a reflexão que fazemos neste 5 de junho deve ser ainda maior: que mundo estamos buscando para as presentes e futuras gerações? A Covid-19 tem refeito nosso padrão de vida. Damos mais valor ao contato humano, lembramos com nostalgia dos encontros nas casas de nossos parentes hoje isolados, em bares com nossos amigos, em casas noturnas dançando, viajando.

A população está pensando mais no futuro e o consumismo foi substituído, mesmo que indiretamente, pelo consumo consciente, criando uma cultura de poupar para nos prepararmos para um futuro incerto. Deixamos de sair com os nossos carros, as ruas estão mais vazias e as emissões de CO2 foram reduzidas. O ar está mais limpo em todos os grandes centros urbanos. Em São Paulo, por exemplo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) observou uma diminuição de cerca de 50% nos poluentes primários como o monóxido de carbono e os óxidos de nitrogênio, além da diminuição em cerca de 30% do material particulado inalável proveniente da frota de veículos.

O ponto de equilíbrio que devemos buscar é o ponto de intersecção dos pilares econômico, social e ambiental, denominado como o tripé da sustentabilidade, conhecido como triple button line.

Fica o convite para repensarmos nossa relação com o planeta, como meio ambiente que proporcionou e proporciona nossa existência. Preservar não é sinal de retroceder e, sim, de avançar para um futuro certo, com qualidade de vida a toda a população.

*Alessandro Azzoni é advogado, economista e especialista em Direito Ambiental

Cursos gratuitos de cultura têm inscrições abertas no Sesc Ler Surubim

O Sesc Ler Surubim reinicia as ações de cultura, de forma remota, nesta segunda-feira (08/06) com oficinas gratuitas de artes. As inscrições para as aulas online estão abertas para turmas de Experimentação em Arte e Tecnologia, Leituras e Estudos de Dramaturgias, Escrita Criativa e para o Núcleo de Pesquisa e Experimentação em Literatura. As inscrições vão até sexta (12/06) pelo link: https://docs.google.com/forms/d/1sNnyPk5tq1c-aEb61XAIjCWOqnGoSl22-YOcTlmPA-g/edit. As oficinas serão transmitidas pelo aplicativo Zoom ou Google Classroom e seguem até julho.

A oficina de Experimentação em Arte e Tecnologia acontece às terças e quintas, às 15h e às 18h. Para participar, o interessado deve ter idade mínima de 16 anos. Esta também é a idade mínima para quem pretende fazer a oficina de Leituras e Estudos de Dramaturgias. As aulas serão sempre nas quartas e sextas, às 15h e às 18h. Ambas serão ministradas pelo instrutor de atividades artísticas para Teatro do Sesc Ler Surubim, André Chaves.

Para quem tem paixão por escrever, a opção é a oficina de Escrita Criativa, que vai abordar os princípios, meios e fins da modalidade. Os encontros virtuais serão sempre nas quartas-feiras, às 14h e os alunos precisam ter idade mínima de 14 anos. Para participar do Núcleo de Pesquisa e Experimentação em Literatura, o aluno precisa ter idade mínima de 16 anos. As quartas-feiras também serão os dias das aulas e o horário será às 16h.

O facilitador da oficina de Escrita Criativa e do Núcleo de Pesquisa e Experimentação em Literatura será Igor Alexandre, instrutor de atividades artísticas do Sesc Ler Surubim: “esta é uma forma de fazer com que as pessoas que estão em isolamento social, se protegendo do novo coronavírus, possam desenvolver suas habilidades artísticas através de cursos online, formulando novas experimentações através das linguagens do Teatro e da Literatura”, explica.

Sesc – O Serviço Social do Comércio, seguindo as orientações de isolamento social determinadas pelo Governo de Pernambuco, em razão da pandemia do novo coronavírus, está realizando seus trabalhos em regime home office. Ações das cinco áreas fins da instituição (Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde) estão sendo realizadas com o auxílio de plataformas digitais, que contribuem para que a interação não seja interrompida. Aulas gratuitas de Pré-Enem e cultura, além do conteúdo da Educação Infantil e Ensino Fundamental estão sendo transmitidos à distância, assim como dicas de leitura, atividades físicas, brincadeiras e jogos. Profissionais da saúde estão repassando informações educativas de prevenção e combate ao Covid-19 para o público infantil, jovem, adulto e idoso. Ao mesmo tempo, o Banco de Alimentos da instituição está em campanha, em todo o estado, para arrecadar cestas básicas, alimentos não-perecíveis e produtos de limpeza e itens de higiene. Para conhecer mais sobre o Sesc e saber de novas decisões e determinações neste período de quarentena, acesse www.sescpe.org.br.

Serviço – Oficinas gratuitas de Artes do Sesc Ler Surubim
Inscrições até 12 de junho

Início das aulas: 8 de junho, de acordo com os dias específicos de cada oficina

Informações: (81) 3634.5280

Oficina de Experimentação em Arte e Tecnologia
Encontro pelo Zoom e remotamente pelo Google Classroom;
Dias: terças e quintas;
Horário: 15h e 18h;
Idade mínima: a partir dos 16 anos;
Vagas: 15

Oficina de Leituras e Estudos de Dramaturgias
Encontro pelo Zoom e remotamente pelo Google Classroom;
Dias: quartas e sextas;
Horário: 15h e 18h;
Idade mínima: a partir dos 16 anos;
Vagas: 15

Oficina de Escrita Criativa: Princípios, meios e fins
Encontro pelo Zoom e remotamente pelo Google Classroom;
Dia: quartas

Horário: 14h

Idade mínima: a partir dos 14 anos;
Vagas: 15

Núcleo de pesquisa e experimentação em Literatura
Encontro pelo Zoom e remotamente pelo Google Classroom;
Dia: quartas

Horário: 16h

Idade mínima: a partir dos 16 anos;
Vagas: 15

Compromisso ambiental reforça marca da Viana & Moura Construções

O compromisso ambiental continua sendo uma forte marca da Viana & Moura Construções e, nesta sexta-feira (5), quando é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, a empresa reforça esse que é um dos ativos da empresa, desde a sua fundação, há 16 anos. Isso fica claro em sua trajetória: desde a primeira vila habitacional, erguida em 2003 no município de Belo Jardim, no agreste pernambucano, a preocupação ecológica tem sido um dos pilares que sustenta o projeto de expansão da empresa.

Já foram mais de 10 mil unidades habitacionais ambientalmente sustentáveis negociadas em municípios como Belo Jardim, Garanhuns, Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, além de em Igarassu, Na Região Metropolitana do Recife (RMR). “A empresa já foi fundada com essa visão, de fazer a diferença socialmente. Então, para nós, é natural a preocupação ambiental”, explica Charles Ruas, diretor de Urbanismo da Viana & Moura Construções. Ele exemplifica o caso de Igarassu, onde foi feito um trabalho específico para redução do impacto ambiental na região de Mata Atlântica. “Diminuímos a área a ser desmatada e realizamos, ao mesmo tempo, o transplante de 36 árvores nativas no próprio terreno”, detalha.

Ainda segundo Charles Ruas, a construtora também adota outras técnicas de reaproveitamento e reciclagem de resíduos, como, por exemplo, a trituração dos detritos recolhidos nas metralhas das obras e a transformação desses em matéria-prima para a construção de novas unidades. É por isso que, em 2012, a empresa recebeu, pelo empreendimento desenvolvido em Garanhuns, o Selo Casa Azul, classificação socioambiental dos projetos financiados pela Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo material divulgado pela CEF, o selo “é a forma que o banco encontrou de promover o uso racional de recursos naturais nas construções e a melhoria da qualidade da habitação. A busca por soluções criativas e eficientes fez com que a Viana & Moura Construções fosse a primeira empresa do ramo de construção civil do Norte e Nordeste a receber o selo.

O trabalho de compensação ambiental da área onde os empreendimentos são construídos é um cuidado mantido pela construtora. Após a análise e identificação da área verde original do terreno, pelo setor de infraestrutura da construtora, equipes da Viana & Moura realizam o replantio das árvores retiradas durante a viabilização do projeto. Todo o processo é monitorado, pelos três anos seguintes, para garantir que haja a completa compensação ambiental. É por isso que, já foram uma média de 7 mil árvores replantadas nos empreendimentos.

MST lança plano emergencial de reforma agrária nesta sexta (05)

Junho, 2020, a pandemia do novo Coronavírus que até o momento já infectou mais de 550 mil pessoas e matou mais de 30 mil no Brasil, evidenciou o tamanho da crise econômica enfrentada pelo país. Crise essa que é anterior ao surto global da doença e que tem como causa principal a política econômica do governo de Jair Bolsonaro, que caminha na direção da austeridade, com cortes profundos nos investimentos públicos.

Diante disso, lançamos o Plano Emergencial de Reforma Agrária Popular, nele listamos medidas de proteção e produção que tem como objetivo garantir condições de vida digna para a população do campo.
A natureza do governo Bolsonaro é provocar o conflito, mas o movimento busca a realização da Reforma Agrária Popular pressionando os governos estaduais, o Judiciário e as esferas da sociedade civil onde há diálogo. Diante disso, lançamos o Plano Emergencial de Reforma Agrária Popular, nele listamos medidas de proteção e produção que tem como objetivo garantir condições de vida digna para a população do campo.

O Plano, lançado no dia mundial do meio ambiente, 5 de junho, tem objetivo de pautar a reforma agrária na sociedade, destacando que também vivenciamos uma crise ambiental que se relaciona à pandemia e vem sendo gerada pela exploração insustentável dos bens naturais. Como resposta a essas crises o MST aponta suas múltiplas ações em torno da preservação ambiental, como o plantio massivo de árvores e a produção de alimentos agroecológicos, assinalando que a reforma agrária é fundamental para garantir que as grandes cidades sejam abastecidas com alimentos saudáveis, a preço acessível.

Acompanhe o lançamento oficial nesta sexta, 5, às 10h, nas páginas do MST nas redes sociais com a participação de Suricate Seboso, Rita Von Hunty, Emicida, Fioti e muito mais.Também serão realizadas ações simultâneas em mais 21 estados.

Caruaru: Fernando Rodolfo destaca ‘olhar’ do Governo Raquel Lyra na periferia

O deputado federal Fernando Rodolfo (PL) chegou a ter seu nome contado como possível pré-candidato a prefeito da cidade de Caruaru, o mesmo também defendeu em determinado momento o nome do ex-senador Douglas Cintra (PTB) para o pleito, entretanto, com a proximidade do pleito, o parlamentar chegou à conclusão de que caminhará junto ao projeto de reeleição da prefeita Raquel Lyra (PSDB).

Para o deputado, sua decisão de integrar o projeto da prefeita, que foi aprovado também pelo seu partido, foi graças ao olhar sensível da gestora para as questões que envolvem a periferia da cidade. “Nós tentamos chegar em um acordo com Raquel no seguinte sentido, que a gente pudesse ter uma participação efetiva no governo dela, levando as demandas da periferia. Porque sou um deputado que veio da periferia de Caruaru”, justificou o mesmo, durante participação no programa Cidade em Foco, da Rede Agreste de Rádios.

Para Fernando, que é um forte opositor do governador Paulo Câmara (PSB), a reeleição da prefeita Raquel Lyra em Caruaru significará muito para as oposições no Estado. “Hoje no cenário político de Caruaru só quem faz oposição ao governador Paulo Câmara sou eu e ela. Todos os outros pré-candidatos a prefeitos de Caruaru são ligados ao governador. Como é que o povo ia aceitar, ia entender, dois anos depois da minha eleição, eu estar abraçado com um candidato que está tirando foto do lado do governador?”, ponderou.

Rodolfo ainda ratificou na oportunidade que ao tomar sua decisão, buscou colocar a coerência acima dos seus interesses políticos. Questionado se seu apoio a Raquel Lyra significaria um apoio da gestora a sua reeleição em 2022, o deputado afirmou, “A gente tem que viver um dia após o outro. Se em 2022, houver o entendimento da prefeita de me apoiar, muito bem, vou agradecer e a gente vai estar juntos. Se não, vou seguir minha vida normal e ela segue com o candidato dela”, esclareceu.

Senado aprova Lei Aldir Blanc, que dá ajuda de R$ 3 bilhões ao setor cultural

Por unanimidade, os senadores aprovaram o projeto da deputada Benedita da Silva (PT-RJ) que dá uma ajuda de R$ 3 bilhões ao setor cultural durante a crise causada pela pandemia de covid-19 (PL 1075/2020). A verba será repassada a estados, municípios e o Distrito Federal no prazo de até 15 dias após a publicação da lei.

O texto segue para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro. Apelidada de Lei Aldir Blanc, a matéria homenageia o compositor e cronista brasileiro morto em maio de 2020 por complicações causadas pela covid-19. O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que presidiu a sessão desta quinta (4), assegurou que vai trabalhar pela sanção do texto.

A exemplo do auxílio emergencial pago a trabalhadores informais, os trabalhadores da cultura terão direito a três parcelas de R$ 600, pagas mensalmente. Para evitar o acúmulo de dois benefícios, o trabalhador não pode ser beneficiário do auxílio emergencial.

Para receber o auxílio, o trabalhador da cultura precisará cumprir os seguintes requisitos: ter atuação social ou profissional nas áreas artística e cultural nos últimos dois anos, estar inscrito em, pelo menos, um dos cadastros de fins culturais e ter renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135), o que for maior.

O trabalhador não poderá ter emprego formal ativo, ser titular de benefício previdenciário ou assistencial ou beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, ressalvado o Bolsa Família. Também não poderá receber a ajuda se tiver recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

Poderão receber os R$ 600 até duas pessoas de uma mesma família. Mãe solteira receberá o dobro do benefício (R$ 1.200).

Para evitar que o projeto retornasse à análise dos deputados, o relator, senador Jaques Wagner (PT-BA), não acatou nenhuma das emendas propostas pelos senadores, fazendo apenas uma emenda de redação, na qual inclui as seguintes categorias: contadores de histórias e professores de capoeira.

Wagner fez um apelo pela sanção do projeto. “Sou um homem de oposição, mas acho que há momentos em que nós podemos superar diferenças para nos encontrar naquilo que faz bem à nação brasileira e ao povo brasileiro. A cultura é nossa marca, de Sul a Norte, de Oeste a Leste. Espero que Sua Excelência, o presidente da República, possa aprovar o texto sem vetos para que esse recurso possa rapidamente, como no texto prevê, em 15 dias, chegar à ponta para que o remédio não encontre o paciente já em situação terminal”, pediu o relator.

Estabelecimentos culturais

Espaços culturais e micro e pequenas empresas culturais que tiveram as suas atividades interrompidas por conta das medidas de isolamento social também receberão um auxílio, no valor que varia de R$ 3 mil a R$ 10 mil. As empresas precisam comprovar cadastro municipal, estadual, distrital ou de pontos de cultura.

Após a reabertura, esses espaços culturais deverão realizar atividades para alunos de escolas públicas gratuitamente, ou promover atividades em espaços públicos, também de forma gratuita. Caso sancionada, a legislação também servirá para custear editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural. O dinheiro também poderá custear cursos e outras atividades culturais.

Linha de crédito

O texto cria, ainda, linhas de crédito para fomento de atividades, aquisição de equipamentos e renegociação de dívidas. Os empréstimos deverão ser pagos no prazo de até 36 meses, em parcelas mensais reajustadas pela taxa Selic, a partir de 180 dias contados do final do estado de calamidade pública. É condição para acesso às linhas de crédito o compromisso de manutenção dos níveis de emprego existentes na data de decretação do estado de calamidade pública, 18 de março.

Distribuição

O valor será repassado por meio dos fundos de cultura. Metade do valor (R$ 1,5 bilhão) irá para os estados e o DF, e será distribuído entre eles pelo seguinte critério: 80% de acordo com a população e 20% pelos índices de rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

A outra metade ficará com o DF e os municípios, e a partilha seguirá regra semelhante: 80% segundo a população e 20% segundo o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Os municípios terão prazo máximo de 60 dias após o recebimento para destinar os recursos. Caso isso não ocorra, eles serão automaticamente revertidos ao fundo de cultura do respectivo estado ou ao órgão responsável pela gestão desses recursos.

México tem aumento recorde de casos de Covid-19

Pandemia de coronavírus em Ciudad Juarez, México.

O número de novas infecções pelo novo coronavírus no México, registradas nessa quinta-feira (4), ultrapassou o recorde estabelecido no dia anterior, e as autoridades relataram mais 816 mortes. A pandemia de covid-19 envolve os principais países da América Latina.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, defendeu a maneira como o governo está lidando com o surto depois que as mortes aceleraram nesta semana. As autoridades de saúde disseram que os dados incluem muitas mortes que ocorreram semanas atrás e agora foram reclassificadas.

Os números desta quinta elevam a contagem do México a um total de 105.680 casos e 12.545 mortes.

Japão pode dar 300 milhões de dólares para projeto contra covid-19

Japan Air Self-Defense Force stages a flyover to salute the medical workers at the frontline of the fight against the coronavirus disease (COVID-19), in Tokyo

O primeiro-ministro do Japão, Abe Shinzo, prometeu 300 milhões de dólares em auxílio financeiro para uma organização internacional que pretende desenvolver uma vacina contra o coronavírus.

A promessa de auxílio foi feita numa mensagem de vídeo gravada e enviada a uma conferência online realizada ontem (4) pela Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi). A organização ajuda a imunizar pessoas em países em desenvolvimento.

Segundo Abe, esse total inclui 200 milhões de dólares adicionais, além dos 100 milhões que o Japão já havia prometido no mês passado.

Abe disse que “o desenvolvimento de vacinas está em progresso, coletando a sabedoria de toda a humanidade. Precisamos estar bem preparados para enviá-las rapidamente a países em desenvolvimento assim que elas estiverem disponíveis.”