Mães menores de idade podem pedir auxílio emergencial

Lançamento do aplicativo CAIXA|Auxílio Emergencial
A partir de ontem, (30), as mães com menos de 18 anos podem pedir o auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras). A novidade está disponível na 16ª versão do aplicativo Caixa Auxílio Emergencial, que está sendo liberada hoje pela Caixa Econômica Federal.

Incluída pelo Congresso durante a tramitação da medida provisória que instituiu o benefício, a extensão do auxílio emergencial para mães menores de idade havia sido sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 15. O cadastro no auxílio emergencial pode ser pedido até 3 de junho.

A vice-presidente de Tecnologia da Caixa, Tatiana Thomé, explicou como funcionará a novidade em entrevista coletiva hoje à tarde. A mãe menor de idade precisa cadastrar pelo menos dois membros da família (ela própria mais um filho, no mínimo). Caso a adolescente pertença a uma família maior, com algum membro que tenha se cadastrado no auxílio emergencial, precisará fazer o cadastro compatível com o do outro membro da família.

Mães grávidas não poderão fazer o cadastro porque o aplicativo pedirá o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do filho. O processo se dará de forma igual ao dos demais cadastramentos. Ao entrar no aplicativo, a mãe digitará nome completo, número do CPF, nome da mãe e data de nascimento, conforme constam nos cadastros da Receita Federal. O aplicativo oferece a opção “mãe desconhecida”, caso a requerente não conheça a mãe.

Finalizado o cadastro, os dados serão enviados à Dataprev, empresa estatal de tecnologia, que comparará as informações prestadas com as 17 bases de dados disponíveis para ver se o requerente cumpre as condições da lei para receber o auxílio emergencial. A usuária poderá acompanhar, no próprio aplicativo, se o benefício foi aprovado, negado ou se o cadastro foi considerado inconclusivo (quando as informações prestadas não conferem com os bancos de dados do governo).

Caruaru Shopping aberto com três operações

O Caruaru Shopping, nesta época de pandemia devido ao coronavírus, está com apenas algumas operações funcionando. São elas: Big Bompreço, Lojas Americanas e agência da Caixa Econômica Federal.

O Big Bompreço está aberto todos os dias, das 8h às 20h. A Lojas Americanas funciona de segunda-feira a sábado, das 9h às 20h, e domingos e feriados, das 12h às 20h. Já a Caixa recebe os clientes de segunda a sexta, das 9h às 14h.

“A entrada para quem deseja utilizar um desses serviços é diferenciada. Para ter acesso ao Big Bompreço, o centro e compras e convivência disponibiliza dois acessos exclusivos. Um é pelo corredor da entrada social próxima a academia e o outro acesso é pela lateral do hipermercado.Dispondo também de hig contam com entradas identificadas na parte posterior do shopping. Em caso de dúvidas o shopping dispõe de seguranças e porteiros próximo as estes espaços para orientar os clientes. “, explicou Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Sucesso de lançamento é histórico para o planeta, diz Marcos Pontes

O sucesso no lançamento da nave Crew Dragon, que decolou na tarde deste sábado (30) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, rumo à Estação Espacial Internacional, é um momento histórico para o planeta, disse o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. Segundo ele, a parceria entre a Nasa, agência espacial norte-americana, e a empresa privada Space X representa um marco na articulação entre os setores público e privado.

“Esse é um momento histórico para a astronáutica dos Estados Unidos e para o planeta como um todo. O retorno ao voo dos Estados Unidos com uma espaçonave tripulada. Muito trabalho dessa empresa, dos jovens engenheiros dessa empresa”, declarou o ministro, que acompanhou e comentou o lançamento em transmissão ao vivo no Facebook da Agência Brasil.

Segundo Marcos Pontes, o sucesso na parceria entre o setor público e privado pode ser repetido no Brasil, impulsionando o investimento em ciência, tecnologia e inovação. “A gente precisa ter aqui no Brasil empresas que se desenvolvam no setor e ter todo esse mercado funcionando. Todo nosso esforço no programa é para isso”, disse. “Temos cientistas muito bons no Brasil”, acrescentou.

Oportunidades

O ministro afirmou que, apesar de problemas de orçamento da pasta, o governo está disposto a investir em projetos para o setor espacial por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Na semana passada, o ministério começou a discutir com o CNPq uma linha específica de pesquisa para o setor espacial.

Pontes ressaltou que os investimentos em ciência geram um círculo virtuoso. “A gente tem problemas de orçamento? Temos, mas a própria utilização da tecnologia para inovações vai fazer com que o Brasil tenha, através desses investimentos, mais recursos. E mais recursos investidos em ciência e tecnologia significam mais desenvolvimento econômico, mais desenvolvimento social e mais oportunidades”, comentou.

O ministro destacou que o Brasil tem potencial para o desenvolvimento científico, por ter abundância de recursos naturais e cientistas de renome. “Para os jovens que estão assistindo, pensem em trabalhar com tecnologia, em ciências. Quantas oportunidades existem, e o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, nós trabalhamos intensamente, com uma equipe enorme, justamente para dar oportunidades para vocês fazerem isso”, disse.

Impressões

Ao comentar o lançamento, Pontes declarou que duas evoluções tecnológicas o impressionaram. A primeira é o foguete propulsor, que retornou à Terra e pousou com sucesso 9min30s depois do lançamento e pode ser reutilizado em futuras missões. A segunda foi a modernidade da cápsula dos astronautas, com painéis touchscreen que dispensam botões.

“Olhem o painel dessa espaçonave. É uma coisa impressionante, muito futurístico para quem voou numa espaçonave antiga. Por um lado, é bacana ver toda essa parte da automação. Por outro, como piloto, a gente gosta de ter certos controles na mão”, declarou.

Pouco depois de a espaçonave atingir o espaço sideral, 3min15s após a decolagem, o ministro, o único brasileiro a ir ao espaço, destacou que dava para ver o formato do planeta. “A 120 quilômetros de altura, eles já estão tecnicamente do espaço. Dessa distância, dá para ver a curvatura da Terra”, ressaltou.

Pandemia: Pan-Pacífico de natação é adiado de 2022 para 2026

12.09.2019 - Mundial de Paranatação de Londres 2019 - BRUNO BECKER - Foto: Ale Cabral/CPB

Os organizadores do Pan-Pacífico de natação anunciaram o adiamento das competições, que seriam disputadas no Canadá, inicialmente marcadas para o início do segundo semestre de 2022 para 2026. Os quatro países responsáveis pelo gerenciamento do evento, Austrália Candá, Estados Unidos e Japão, decidiram por unanimidade o adiamento.

A decisão foi tomada devido a alterações sofridas no calendário internacional, por causa da pandemia do novo coronavírus. Com as mudanças, dois eventos de grande porte estão confirmados para ocorrer próximo a este período do ano: os Jogos da Commonwealth, previstos para 27 de julho a 7 de agosto de 2022, em Birmingham, na Inglaterra; e o Campeonato Mundial de 2021, que ocorreria em maio, em Fukuoka, no Japão, mas também foi adiado.

De acordo com a nota divulgada no site da Swimming Canada, a federação de natação canadense, um terceiro campeonato traria grandes desafios.

“Estamos ansiosos para sediar este evento, mas, em geral, todos podem se beneficiar da decisão de adiar o Campeonato Pan Pacífico por quatro anos. Continuará sendo um evento de referência no futuro. Agora, estamos ansiosos para sediar um grande evento em 2026, acolhendo nossos colegas Austrália, Japão e Equipe EUA, bem como outros convidados de todo o mundo para uma celebração do nosso esporte da melhor forma possível”, disse a presidente da Swimming Canada.

Os quatro países responsáveis pelo gerenciamento do evento, Austrália Candá, EUA e Japão, decidiram por unanimidade a alteração da data. Por outro lado, o local das disputas permanecerá em solo canadense.

Outra competição afetada foi o Pan-Pacífico Júnior, que ocorrerá em 24 e 27 de agosto de 2022. A princípio aconteceria em 2020.

EUA solicitam Guarda Nacional para conter protestos em Minneapolis

Veículo blindado e membros da Guarda Nacional dos EUA após protesto em Mineápolis

Toda a Guarda Nacional de Minnesota foi ativada pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, após quatro noites de protestos por vezes violentos que se disseminaram em outras cidades americanas, depois da morte de um homem negro por um policial branco de Minneapolis, que se ajoelhou sobre seu pescoço.

O governador de Minnesota, Tim Walz, disse que o destacamento era necessário porque participantes dos atos estavam usando os protestos pela morte de George Floyd para espalhar o caos e que ele esperava que as manifestações da noite de sábado fossem as mais agressivas até agora.

De Minneapolis a Nova York, Atlanta e Washington, manifestantes entraram em conflito com a polícia na noite de sexta-feira (29), em uma onda crescente de raiva em relação ao tratamento de minorias pela polícia.

“Estamos sendo atacados”, disse Walz, em uma entrevista coletiva. “A ordem precisa ser restaurada. Vamos usar toda a nossa força da bondade e da Justiça para garantir que isso acabe”.

Ele disse que acreditava que um grupo “rigidamente controlado” de agitadores de fora, alguns supremacistas brancos e cartéis de drogas eram culpados pela violência em Minneapolis, mas não entrou em detalhes ao ser questionado por repórteres. Ele afirmou que até 80% dos presos eram de fora do Estado.

O general da Guarda Nacional de Minnesota, Jon Jensen, disse que todos os guardas do Estado foram ativados e que 2,5 mil deles seriam mobilizados até o meio-dia. “Significa que colocamos tudo que temos”.

As manifestações entraram em sua quarta noite, apesar de promotores terem anunciado, na sexta-feira, que o policial filmado ajoelhando-se no pescoço de Floyd, Derek Chauvin, foi preso sob acusações de assassinato em terceiro grau e homicídio culposo.

Outros três policiais foram demitidos e estão sendo investigados por conexão com o incidente de segunda-feira, que reacendeu a raiva que ativistas de direitos civis dizem que há muito tempo ferve em Minneapolis e cidades ao redor do país, por causa do preconceito racional do sistema judiciário criminal dos EUA.

Covid-19: Brasil tem quase 500 mil casos confirmados e 28.834 mortes

Teste do novo

O Brasil registrou 956 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 28.834. O resultado representou um aumento de 3,4% em relação a ontem (29), quando foram contabilizados 27.878 óbitos provocados pela doença. Os números foram divulgados, no início da noite de hoje (30), no balanço do Ministério da Saúde.

Foram incluídas nas estatísticas 33.274 novas pessoas infectadas com o novo coronavírus, somando 498.440 casos confirmados. O resultado marcou um acréscimo de 7,2% em relação a ontem, quando o número de pessoas infectadas estava em 465.166.

Do total de casos confirmados, 268.714 (53,9%) estão em acompanhamento e 200.892 (40,3%) pacientes se recuperaram. Há ainda 3.862 óbitos sendo analisados.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de mortes (7.532). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (5.277), Ceará (2.956), Pará (2.900) e Pernambuco (2.740).

Além disso, foram registradas mortes no Amazonas (2.047), Maranhão (932), Bahia (638), Espírito Santo (583), Alagoas (424), Paraíba (347), Rio Grande do Norte (305), Minas Gerais (263), Rio Grande do Sul (218), Amapá (215), Paraná (181), Piauí (157), Rondônia (151), Distrito Federal (162), Santa Catarina (136), Sergipe (149), Acre (142), Goiás (122), Roraima (110), Tocantins (71), Mato Grosso (57) e Mato Grosso do Sul (19).

Já em número de casos confirmados, aparecem nas primeiras posições do ranking São Paulo (107.642), Rio de Janeiro (52.420), Ceará (46.056), Amazonas (40.560) e Pará (37.296). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Permambuco (33.427), Maranhão (32.620), Bahia (17.626), Espírito Santo (13.437) e Paraíba (12.862).

País continua dividido sobre renúncia e impeachment, indica pesquisa

As possibilidades de impeachment e de renúncia do presidente Jair Bolsonaro continuam dividindo a população praticamente ao meio, de acordo com a mais recente pesquisa Datafolha.

Opiniões favoráveis ao presidente, porém, estão numericamente um pouco à frente em relação a essas duas hipóteses.

Quanto ao afastamento via Congresso, os números tiveram pequena oscilação em relação aos levantados em pesquisa anterior do instituto, no fim de abril.

Disseram que o Congresso não deve abrir processo para afastar o presidente 50% dos entrevistados, dois pontos percentuais acima da taxa obtida na pesquisa de abril. Para 46%, o Legislativo deveria dar início ao processo –eram 45% há um mês.

Essas variações estão dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O Datafolha ouviu 2.069 pessoas em todos os estados do país na segunda (25) e terça-feira (26).

Em relação à renúncia, 50% acreditam que o presidente não deve renunciar, mesmo índice da pesquisa anterior.

A taxa de quem defende a renúncia de Bolsonaro atingiu agora seu índice mais alto na sequência de pesquisas –48%–, mas variou dentro da margem de erro. No fim de abril, eram 46%, e há dois meses, 37%.

As discussões sobre o afastamento do presidente via processo no Congresso ou renúncia cresceram nos últimos meses com a crise política impulsionada pelo novo coronavírus.

Grupos políticos que até então hesitavam em pedir a saída de Bolsonaro, como o PT, passaram a aderir a esses pedidos.

Estimularam esse debate fatores como as declarações do presidente minimizando a pandemia e sua presença em manifestações pedindo golpe militar.

Segundo o Datafolha, tanto no questionamento sobre impeachment quanto no relacionado à renúncia, recortes mostram que a rejeição a Bolsonaro cresce entre mulheres, entrevistados com ensino superior e jovens de 16 a 24 anos.

Esses segmentos da população também tendem a desaprovar mais a gestão de Bolsonaro na Presidência. Entre a população em geral, 43% consideram seu governo ruim ou péssimo, 33% acham ótimo ou bom e outros 22% o classificam como regular.

Entrevistados que defendem o “lockdown” (fechamento total das cidades para evitar a propagação do novo coronavírus), o apoio à renúncia vai a 61%.
No recorte regional, a taxa favorável à abertura do impeachment sobe para 54% no Nordeste e cai para 38% no Sul.

Entre os grupos que mais se opõem à saída de Bolsonaro do cargo estão entrevistados do sexo masculino e aposentados, no qual o apoio ao processo de impeachment é de 36%.

Os contrários ao “lockdown” somam rejeição de 75% à abertura do processo no Congresso. Entre eleitores que declaram ter votado em Bolsonaro no 2º turno em 2018, só 21% apoiam o processo de afastamento e 22% a renúncia.

Diario de Pernambuco

Clubes brasileiros devem perder R$ 2 bi na pandemia, indica estudo

Um estudo da consultoria EY estima que os 20 clubes mais bem colocados no ranking da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sofrerão perdas somadas de ao menos R$ 2 bilhões em 2020.

A análise leva em conta a paralisação do esporte desde março, por causa da pandemia da Covid-19, e considera o retorno das partidas no mês de julho, com os campeonatos estaduais, além da conclusão do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores até o fim do ano –sempre com jogos sem a presença de público.

O cenário pode ser ainda pior para os clubes, já que ainda não há datas de retorno estabelecidas para os torneios, e a chance de concluir o Brasileiro até dezembro se mostra cada vez menor.

O relatório aponta que, com a pandemia, as 20 agremiações, que faturaram R$ 6 bilhões ao todo em 2019, terão uma retração de 22% (R$ 1,34 bilhão) a 32% (R$ 1,92 bilhão). Isso as fará regredirem para o patamar de receitas de 2016.

A empresa analisou resultados financeiros de América-MG, Athletico, Atlético-GO, Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo, Sport e Vasco.

As equipes deverão ser afetadas principalmente no recuo da arrecadação com a venda dos direitos de televisionamento e o chamado “matchday” (ganhos com bilheteria, sócio-torcedor, camarotes e cadeiras cativas, além da comercialização de alimentos e bebidas no dia de jogo).

“A crise afeta o poder de consumo da população, todos os setores terão perdas, e a parcela que mais vai impactar é a redução de receita com pay-per-view”, afirma Pedro Daniel, gerente de esportes da EY.

A consultoria projeta que, com a queda na base de assinantes, os clubes serão atingidos com uma redução de 40% nesse item. O valor da assinatura do pay-per-view começa em R$ 79 (pacote streaming) ou R$ 115 (operadoras de TV por assinatura).

Desde o começo da pandemia, o Premiere, serviço do Grupo Globo, perdeu aproximadamente 400 mil assinaturas. A empresa repassa 38% do valor obtido com as vendas do pay-per-view, aproximadamente R$ 550 milhões em 2019, aos times da Série A.

O dinheiro é dividido de acordo com a pesquisa de torcedores assinantes do serviço, realizada pela emissora.

Principal fonte de dinheiro para os times, a cessão dos direitos de transmissão, que inclui, além do pay-per-view, a venda para televisão aberta e fechada, responde atualmente por 39% de todas as receitas das agremiações.

Em 2019, rendeu aos 20 clubes pesquisados R$ 2,3 bilhões. Segundo o estudo, deverá cair para R$ 2 bilhões ao longo de 2020.

As transferências de jogadores representam a segunda maior fonte de renda dos clubes brasileiros. A baixa estimada em 40% nesse tipo de negócio irá gerar retração, de R$ 1,6 bilhão, em 2019, para R$ 973 milhões, em 2020.

O relatório, porém, ressalta que a desvalorização do real poderá mitigar parte dessas perdas, já que os valores de transferência para o exterior são fixados em dólares ou euros. Outro possível trunfo é que as equipes estrangeiras, com limitações de investimentos, poderão direcionar suas negociações para os mercados emergentes, como o brasileiro.

Sobre os ganhos com patrocinadores, royalties de produtos licenciados e vendas de camisas, a EY estima que haverá um recuo de até 30%, de R$ 712 milhões em 2019 para R$ 481 milhões em 2020.

Folhapress

Sem agenda, Bolsonaro vai de helicóptero a região goiana e causa aglomeração

Sem compromissos oficiais previstos para o sábado (30), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou um helicóptero para visitar cidades de Goiás que ficam próximas a Brasília.

De acordo com imagens publicadas por apoiadores nas redes sociais, sem usar máscara, o presidente causou aglomeração em uma lanchonete no município de Abadiânia, contrariando orientações sanitárias e repetindo cenas provocadas por ele durante a pandemia do coronavírús.

Ele viajou ao lado do ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e do líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO). Sem máscara, Bolsonaro tirou fotos com simpatizantes que estavam no restaurante, incluindo crianças, e ainda cumprimentou e abraçou alguns deles.

O presidente deixou o Palácio do Alvorada em direção à Base Aérea pela manhã para viajar. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou que ele estaria em uma agenda pessoal, sem forencer mais detalhes.

No último dia 23, Bolsonaro chegou de máscara para em um trailer que vende cachorro-quente em Brasília, mas deixou o adereço no queixo para comer o lanche. Com a máscara baixa, fez selfies e conversou com apoiadores, a maioria mascarada.

“A maioria que está aqui é da imprensa, hein? A imprensa está provocando aglomeração, hein? A imprensa provocando aglomeração aqui”, disse Bolsonaro com a máscara no queixo.

No dia seguinte, Bolsonaro foi a mais uma manifestação a favor de seu governo. Desta vez, ao contrário dos atos anteriores, em que ficava na rampa do Palácio do Planalto, resolveu ir para a rua que separa a sede do governo da Praça dos Três Poderes, onde estavam os manifestantes.

O presidente chegou ao local de máscara, mas, menos de dois minutos depois, retirou o item de proteção obrigatório. Nas imagens transmitidas em sua rede social é possível observar diversos apoiadores sem máscara ou com ela no queixo.

Naquele mesmo domingo (24), ainda sem máscara, Bolsonaro conversou com as pessoas que o aguardavam na porta do Alvorada. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que, apesar de o item ser obrigatório desde 18 de maio por causa da pandemia de Covid-19, o Governo do Distrito Federal tem ignorado decretos editados pela própria administração do governador Ibaneis Rocha (MDB) e não multou ninguém ligado ao presidente nesses eventos.

Guedes defende saída da ‘letargia econômica’ em dois estágios

O ministro da Economia, Paulo Guedes, fala à imprensa no Palácio do Planalto, sobre os 500 dias de governo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu na sexta (29) que o país deve sair da “letargia econômica” em dois estágios, após a economia ter sido “atingida fortemente” pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). O primeiro é o retorno seguro ao trabalho, e o segundo, é seguir na agenda de reformas, disse Guedes em debate promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Logo no início da crise provocada pelo novo coronavírus, segundo o ministro, as ações se concentraram na questão da saúde, “a primeira onda que o país precisou enfrentar. Agora, a segunda onda é a econômica”.

Guedes revelou que em uma reunião realizada ontem (28) com integrantes da Casa Civil e dos ministérios da Economia e da Saúde, foram analisados protocolos de retorno ao trabalho adotados no mundo. O ministro disse que as análises mostram que há casos de indústrias que souberam se proteger, como a da construção civil no Brasil, que, segundo ele, está funcionando com 93% da capacidade produtiva, com 55 mil pessoas trabalhando nas obras e o registro de 10 mortes. “Trágicas porque cada morte é um universo que se extingue. Para cada um de nós existe um universo. Quando uma vida se apaga, é um universo que acabou”, lamentou.

Embora os protocolos ainda estejam em estudo, Guedes defendeu que o retorno seguro ao trabalho seja feito de maneiras diferentes, quando a saúde permitir. “Imagino que o retorno ao trabalho será segmentado. Não vai ser todo mundo ao mesmo tempo. Será por unidades geográficas. Há regiões onde o índice de contágio está sendo menor. Nas regiões com maior densidade demográfica, o risco de contágio é maior. Então tudo isso vai ser exatamente examinado daqui para frente. Todo mundo já está examinando e analisando esses relatórios para um retorno seguro ao trabalho ali a frente, quando a saúde permitir e der o sinal que está na hora de avançar”, disse.

De acordo com o ministro, os números da construção civil indicam que o setor está fazendo alguma coisa certa no protocolo. “Estão, possivelmente, até protegendo mais vidas do que o que está acontecendo em comunidades, onde há um isolamento, um distanciamento, mas unidades pobres onde estão oito, nove pessoas em uma casa só. Um sai para fazer uma coisa, outro sai para fazer outra. No final, podem até se contagiar com mais velocidade, do que o trabalhador que está indo para um lugar que está tomando conta da saúde dele. Está chegando no trabalho, é testado, monitorado, tratado, e só depois volta. Está sendo bem tratado”, disse.

PIB

O ministro lembrou que os indicadores de arrecadação e de investimentos nos dois primeiros meses do ano apontavam para um início de decolagem da economia brasileira até que o país foi atingido pela crise causada pelo novo coronavírus.

De acordo com o ministro, os investimentos estavam 6% acima no primeiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado. A arrecadação, nos dois primeiros meses do ano, estava 20% acima do previsto, o que na visão dele, indicava que o Brasil começava a andar.

“Hoje saiu um dado do PIB mostrando recuo. Vou pedir para desagregar para vermos se realmente nos primeiros dois meses já estávamos decolando e no terceiro mês a crise pegou e nos derrubou, ou se realmente já estávamos em um estado meio anêmico. A impressão que eu tinha com as exportações 6% acima do ano passado, investimentos diretos acima do ano passado, impostos no primeiro bimestre 20% acima as indicações, eram de que estávamos começando a andar”, disse.

Guedes disse que junto com o retorno seguro ao trabalho, o Brasil vai surpreender o mundo, porque apesar de ter “uma democracia barulhenta e vibrante”, está entregando reformas como a da Previdência, aprovada no ano passado, e o início da transformação do estado brasileiro em andamento.

Ele lembrou que o governo federal transferiu recursos para os estados e municípios, três vezes mais do que esperavam com a Lei Kandir. Neste ano, para o ministro, a crise só confirma que as diretrizes iam na direção certa, porque o pacto federativo que estava bem encaminhado no Senado resultaria na transferência de R$ 450 bilhões.

“Imagine se esses recursos já estivessem nos estados. Quando chegasse a crise, em vez de termos estádios de futebol, teríamos os hospitais. Quando a decisão é centralizada, o governo decide fazer um porto em Cuba, obras na Venezuela, mas se o dinheiro é descentralizado, nenhum estado brasileiro, nenhuma prefeitura, ia mandar recursos para fazer obra lá fora. Estaria fazendo, ao contrário, hospitais, saneamento, escolas cada um próximo do povo”, afirmou.

De acordo com o ministro os recursos que seriam liberados ao longo de oito anos, praticamente um terço do previsto, teve que ser transferido imediatamente para estados e municípios, em duas ou três semanas. “Estamos aprendendo todos juntos. A democracia brasileira é barulhenta, mas está fazendo um aperfeiçoamento das instituições. E vamos surpreender o mundo, tenho certeza e convicção disso, porque não estamos só enfrentando o problema da saúde. Estamos também fazendo as reformas”.

Guedes lembrou que estão para serem aprovadas as legislações para o saneamento, o gás natural, a mudança no regime de partilha para as concessões de petróleo, a logística e o transporte de cabotagem. E elogiou a atuação do Congresso Nacional.

“O Congresso brasileiro está em isolamento social, mas em plena operação. Aprovando primeiro as medidas de emergência. Tínhamos reformas estruturantes para fazer e estamos fazendo, atingidos pela pandemia. Imediatamente disparamos as medidas emergenciais, e agora, embora em distanciamento social, vamos aprofundar as reformas. Vamos destravar os investimentos. Teremos o retorno seguro ao trabalho lá para frente, nos próximos meses, e a retomada dos investimentos e dos empregos”, disse destacando que o governo vai fazer medidas especificamente desenhadas para a geração de empregos.

Diario de Pernambuco