‘Periferia vai padecer pela dificuldade de isolamento’, diz gestor de 15 hospitais do SUS

A chegada da pandemia do novo coronavírus à periferia de São Paulo, onde há maior densidade populacional e mais dificuldade de isolamento social, tem levado pacientes mais jovens infectados aos hospitais.

A percepção é do cirurgião Nacime Salomão Mansur, 63, superintendente da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), que administra 16 hospitais públicos no estado, além de outros serviços de saúde.

“A periferia vai padecer pela dificuldade de isolamento social. O doente chega ao hospital como ponto final no seu curso pelo sistema. Chega bem grave, direto para a intubação”, diz ele.

Até quarta-feira (13), os hospital da SPDM tinham 951 pacientes com Covid internados, 346 em UTIs. A taxa de ocupação dos leitos estava em 84%.

Leia também:
Isolamento social em Pernambuco cai no primeiro dia útil da quarentena
Com lockdown em 35 municípios, Tocantins confisca 70% das UTIs privadas

Em ao menos três dos hospitais sob gestão da organização social ligada à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a ocupação das UTIs está acima 90%. São eles: Hospital Municipal de Parelheiros, Hospital Geral de Pedreira (ambos na zona sul) e Hospital Municipal de Barueri.

“Em colapso a gente ainda não entrou. Mas todo o sistema está bem mais pressionado”, diz o cirurgião. Do grupo, Parelheiros é o único com perceptiva de aumento de leitos de UTI, de 150 para 250. Mas há dificuldade para a compra de respiradores.

Segundo Nacime, uma possibilidade será a uso de ventilação não invasiva, que dispensa a intubação, em casos selecionados. Polêmica e não recomendada pela AMIB (Associação Medicina Intensiva Brasileira), essa opção traz mais riscos de disseminação do vírus no ambiente. Para o médico, porém, é possível adotá-la com segurança.

PERGUNTA – Como está hoje a ocupação dos hospitais sob gestão da SPDM?
NACIME MANSUR – Algum já entrou em colapso? Em colapso a gente ainda não entrou. Mas todo o sistema está bem mais pressionado. Estamos com uma taxa de ocupação média de 84%. Alguns hospitais, como os de Parelheiros, Pedreira e Barueri, estão mais pressionados, com ocupação acima de 90%.

Em Parelheiros, temos 150 leitos e estamos na expectativa de receber mais respiradores para ampliar para mais cem, totalizando 250. Está surgindo a possibilidade com ventiladores feitos no Brasil. Nos outros dois hospitais, não há perspectiva de expandir as UTIs. Estamos tentando trabalhar com a opção de evitar a intubação do doente, em casos selecionados.

P. – De que forma?
NM – Existem alguns trabalhos mostrando que a ventilação não-invasiva, o respirador sob pressão positiva, pode ter bons resultados, evitando a intubação. Se for isso possível, evita-se também um tempo de permanência muito maior.

P. – Mas na China essa ventilação ajudou a disseminar o vírus no ambiente, contaminou profissionais, e ela foi vetada. O que mudou?
NM – Tem que ter uma máscara especial para que não crie muitos aerossóis e haja disseminação do vírus. No início da pandemia, relatos de contaminação das equipes de saúde impediram a utilização [da técnica]. Mas agora alguns trabalhos mostram que é possível ter mais segurança. Com isso, teria o benefício da ventilação sem o malefício do riscos de disseminação do vírus.

P. – A SPDM estava com dificuldade de contratação de pessoal. Isso avançou?
NM – No Anhembi (hospital de campanha) e em Parelheiros, estamos mais equilibrados, conseguimos contratar, mas isso é muito dinâmico.

Você vai perdendo profissionais por afastamento ou porque resolvem sair mesmo e aí tem uma grande dificuldade de reposição. Temos 220 vagas abertas entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas.

A grande questão é treinar essas pessoas. Médicos e outros profissionais bem-preparados é uma dificuldade de se encontrar hoje no sistema [porque já estão contratados]. No caso dos técnicos de enfermagem, só 20% dos inscritos têm sido aprovados. E ainda assim é preciso treinar, capacitar em um curto espaço de tempo.

Você não tem tempo de maturar esse profissional para enfrentar essa doença. Não só a doença, mas a paramentação, a desparamentação, a gravidade desse doente que está em respirador. O técnico, o auxiliar tem que estar preparado para enfrentar essa situação.

A pandemia trouxe à tona a necessidade de um profissional de saúde mais bem formado, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas. Não é qualquer fisioterapeuta, tem que ter afinidade com a questão respiratória, ventilatória. Tem muita escola, mas pouco profissional adequadamente preparado.

P. – A pandemia chegou às periferias. Qual o impacto disso aos hospitais?
NM – Estamos observando uma busca por pacientes de faixa etária menor. As consequências disso, por exemplo, são mais pessoas precisando de respirador e um aumento da taxa de mortalidade.

Tem muito jovem com comorbidades das mais variadas, como obesidade, hipertensão, diabetes. A periferia vai padecer pela dificuldade do isolamento social. Predominantemente, essa população mais jovem é a que não aderiu ao isolamento.

Estamos consolidando dados sobre o perfil desse doente, são informações difíceis de serem captadas. Em Parelheiros, por exemplo, o doente chega ao hospital como ponto final no seu curso pelo sistema. Ele foi atendido numa UPA, chega ao hospital bem grave, direto para a intubação.

O perfil desse paciente também tem impacto na mortalidade. O sistema privado pode ter pacientes mais velhos, mas as comorbidades são bem tratadas, eles são acompanhados. Os de um outro status financeiro estão relegados.

P. – O que mais o sr. teme neste momento?
NM – Essa expectativa se vamos superar ou não essa fase difícil, essa incerteza é muito ruim. Estamos trabalhando aqui em São Paulo com a ideia de que estamos muito próximos ao pico, se já não nele.

Se mantivermos esse atual nível de pressão, sem grandes explosões de demanda, acho que o sistema aguenta. Tem a questão econômica também. O setor privado já teve quebra de fluxo de caixa. Para o público, vamos sofrer no segundo semestre com o fato de que a queda na arrecadação do estado vai complicar os orçamentos, os contratos de gestão.

P. – Já existe um cálculo do custo dessa pandemia nas contas hospitalares?
NM – Estamos ainda numa situação muito instável para calcular isso. A gente está gastando muito com insumos e equipamentos, mas em algumas unidades já se percebe uma queda na pressão no pronto-socorro não-Covid.

Maio seria um momento em que, pela sazonalidade [tempo mais frio], já haveria muitas crianças nos pronto-socorros para atendimento pediátrico, inalação. Até agora, não houve isso. O isolamento social está ajudando muito nisso também.

P. – O que é possível aprender com essa crise?
NM – É uma tragédia social, humana. Essa pandemia alerta para a absurda concentração de renda neste país e para a necessidade de caminharmos para uma sociedade mais igualitária. As pessoas precisam ter minimamente uma casa. Como fazer isolamento social num barraco com dez pessoas?

O momento é muito rico de aprendizado também. As colaborações da sociedade civil com os governos, por meio de parcerias entre público e privado sem fins lucrativos, as doações, a mobilização social, isso tudo é muito rico. O estado só conseguiu expandir o sistema como expandia por conta dessas colaborações. A administração direta sozinha não conseguiria ter essa forças

Essa unidade entre os profissionais da saúde, as equipes multiprofissionais, isso tudo tem sido marcante. Temos também o aprendizado da cadeia logística. Ninguém mais vai ficar dependendo de só país para insumos [China, no caso]. Terei que ter mais estoque, não dá mais para ter estoque só por 15 dias, tem que ter estoque e segurança não só para EPIs [equipamentos de proteção individual]. Também temos que estar atentos à incorporação tecnológica, como a telemedicina e outros meios de comunicação.

Folhape

Regina Duarte deixa Secretaria Especial de Cultura

Após pouco mais de dois meses no cargo, a atriz Regina Duarte deixou a Secretaria Especial de Cultura nesta quarta-feira (20). O anúncio foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro em seus perfis nas redes sociais. Regina, que rompeu um contrato de 50 anos com a TV Globo, assumiu a pasta em 4 de março e seu trabalho foi alvo de críticas por membros do setor. Para o lugar dela, o ator Mario Frias foi convidado pelo presidente, segundo o portal R7.

“Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP”, diz a publicação. Ainda segundo Bolsonaro, nos próximos dias, durante a transição do cargo, será feito um balanço da gestão de Regina na pasta.

Folhape

MPPE e MPF expedem recomendação ao Ibama e CPRH

Como medida protetiva do bioma Mata Atlântica, os Ministérios Públicos Estadual de Pernambuco (MPPE) e o Federal (MPF) em Pernambuco expediram recomendação conjunta ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Estado de Pernambuco (Ibama/PE) e à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), para que continuem atuando nas fiscalizações de possíveis desmatamentos do bioma, aplicando a lei específica da Mata Atlântica, Lei Federal nº11.428/2006, em detrimento da aplicação do Despacho 4.410/2020 emitido pelo Ministro do Meio Ambiente, em abril passado.

Por provocação do setor econômico vinculado ao agronegócio e do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Ministro do Meio Ambiente publicou, em 6 de abril, no Diário Oficial da União, o Despacho 4.410/2020, que aprovou nova nota e parecer emitidos pela Advocacia-Geral da União, alterando o entendimento consolidado sobre a especialidade da Lei Federal 11.428/2006 (Lei da Mata Atlântica) em face da Lei Federal 12.651/2012 (Código Florestal. O Despacho 4.410/2020 impõe, a partir de agora, a prevalência de norma geral mais prejudicial, ― que prevê a consolidação de ocupação de Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal proveniente de desmatamento ou intervenção não autorizada a partir de 26 de setembro de 1990 até 22 de julho de 2008 ―, sobre norma especial do bioma Mata Atlântica mais protetiva, que não permite a consolidação de supressão clandestina e não autorizada de vegetação nativa ou o perdão por essa prática ilícita.

Esse marco temporal adotado pelo Código Florestal (22 de julho de 2008) coincide com a publicação do Decreto 6.514/2008, que define penas para crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998).

Para o Ministério Público brasileiro, a Lei da Mata Atlântica é mais protetiva, e por meio de uma ação articulada nacionalmente, abrangendo todos os 17 Estados Federativos pelos quais se estende a reserva da bioesfera, o entendimento é que se aplique a lei específica em vigência, e não a anistia que está sendo conferida pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales.

A repercussão criminal às agressões à vegetação do bioma Mata Atlântica, diferentemente das vegetações dos demais biomas, baseia-se em tipo penal específico inserido no artigo 38-A, da Lei Federal 9.605/98. Além de que uma lei geral, ainda que posteriormente editada, não prevalece sobre a lei especial se esta não foi expressamente revogada conforme o artigo 2º, parágrafos 1º e 2º, da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, portanto a Lei da Mata Atlântica (especial) tem prevalência sobre o Código Florestal (Lei Federal nº 12.651/2012), que é uma lei geral.

O Bioma foi elevado ao status de patrimônio nacional, pelo artigo 225, § 4º, da Constituição Federal de 1988, que dispôs que a sua utilização apenas pode ocorrer, na forma da Lei Federal nº11.428/2006 (Lei da Mata Atlântica), dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. A Mata Atlântica é o único bioma brasileiro com lei específica.

Recomendação conjunta nº 12/2020 – Diante do exposto, o MPPE e o MPF recomendam ao superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Estado de Pernambuco (Ibama/PE) e ao diretor-presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) que se abstenham de aplicar o entendimento fixado no Despacho 4.410/2020 emitido pelo Ministro do Meio Ambiente.

Mais, que as referidas autoridades se abstenham de promover qualquer ato tendente ao cancelamento de autos de infração ambiental, termos de embargos e interdição e termos de apreensão lavrados com base na constatação de ocupação de Áreas de Preservação Permanente com atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural, ou de ocupação de áreas de Reserva Legal com uso alternativo do solo, proveniente de desmatamento ou intervenção não autorizada a partir de 26 de setembro de 1990 até 22 de julho de 2008, conforme o Despacho nº4.410/2020.

Ao diretor-presidente da CPRH recomendaram-se especificamente mais dois pontos: (1) que se abstenha, no âmbito da análise dos Cadastros Ambientais Rurais que indicarem pretensão, com base nos artigos 61-A, 61-B e 67 da Lei Federal 12.651/2012 (Código Florestal), de consolidação de ocupação de Áreas de Preservação Permanente com atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural, ou de ocupação de áreas de Reserva Legal com uso alternativo do solo, promovam, sem prejuízo de outras diligências, a verificação por meio de imagens aéreas ou de satélite se a referida consolidação foi proveniente de desmatamento ou intervenção não autorizada a partir de 26 de setembro de 1990.

No caso de constatação de que a pretensa consolidação em Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal foi proveniente de desmatamento ou intervenção não autorizada a partir de 26 de setembro de 1990, (2) abstenha-se de homologar os Cadastros Ambientais Rurais sem que haja a celebração de Termo de Compromisso para a recuperação integral das áreas, assim como abstenha-se de emitir Certidão de Regularidade Ambiental.

A Recomendação Administrativa Conjunta MPF-MPPE nº12/2020, expedida nos autos do Procedimento MPF/PRPE n. 1.26.000.001287/2020-85, foi assinada pelos procuradores da República (MPF) Mabel Seixas Menge e Edson Virgínio Cavalcante Júnior; do MPPE, pelos 12º e 13º promotores de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital com atuação na defesa do meio ambiente, Ricardo Van der Linden de Vasconcellos Coelho e Ivo Pereira de Lima, com a assistência do coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa ao Meio Ambiente (Caop Meio Ambiente), promotor de Justiça André Felipe.

“O Despacho do Ministério do Meio Ambiente deve ser interpretado como uma ordem administrativa ilegal, inconstitucional, e passível de levar à responsabilização civil, criminal e por ato de improbidade administrativa ambiental, qualquer agente público que vier a cumpri-la. Portanto, na hipótese da Recomendação conjunta nº12/2020, que tem força cogente, não ser acatada pelo Ibama/PE e CPRH, poderá implicar na adoção de todas as providências judiciais cabíveis, em sua máxima extensão, para a defesa da ordem jurídica”, pontuou o 12º promotor de Justiça, Ricardo Coelho. Esclareceu ainda que a recomendação “deve ser estendida para todo o Estado de Pernambuco, de modo que o bioma da Mata Atlântica, e a sua biodiversidade, deverão continuar a ser preservados com o rigor da legislação específica”.

Para o coordenador do Caop Meio Ambiente, promotor de Justiça André Felipe Menezes, “essa recomendação visa a assegurar a efetiva proteção do bioma Mata Atlântica, inclusive na perspectiva da concretização do princípio da proibição do retrocesso, que é um dos princípios que norteiam o Direito Ambiental. Não se pretende engessar a competência legislativa em matéria ambiental ou a competência executiva dos órgãos ambientais, mas se busca harmonizar o legítimo exercício dessas competências com a preservação da ordem jurídica e dos preceitos consagrados na Lei da Mata Atlântica, notadamente por possuírem caráter especial e mais protetivo ao bioma face às normas gerais do Código Florestal. É até uma questão de segurança jurídica, cujo desrespeito põe em xeque não só a estabilidade das relações sociais como também o equilíbrio ecológico para as presentes e futuras gerações”.

Dia 27 de maio – O Brasil comemora o Dia Nacional da Mata Atlântica como referência a 27 de maio de 1560, quando o Padre Anchieta assinou a Carta de São Vicente, na qual descreveu, pela primeira vez, a biodiversidade das florestas tropicais nas Américas. Fonte: ICMbio.

Profissionais do SUS já podem contar com suporte psicológico

frente do combate à COVID-19 em todo o país. O projeto TelePSI, desenvolvido pelo Ministério da Saúde e Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), prestará serviços de teleconsulta psicológica por meio de uma central de atendimento que funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, pelo 0800 644 6543. A iniciativa é um reconhecimento da necessidade de apoio a esses profissionais que, pelo trabalho intenso, com riscos de contaminação elevados e condições adversas, podem desenvolver quadros de ansiedade, depressão, irritabilidade, transtornos de estresse agudo, entre outros problemas. O projeto deve funcionar até setembro e conta com um investimento federal de R$ 2,3 milhões.

Clique para ver a apresentação completa do TelePSI

“Com esta iniciativa, vamos prestar assistência a todos os profissionais de saúde que estão precisando de apoio neste momento tão difícil, que é estar à frente do combate de uma pandemia. É fato que houve aumento significativo de profissionais com sintomas de estresse, ansiedade e depressão. Com o TelePSI, conseguiremos evitar que esse sofrimento psíquico se agrave e se transforme em algo mais grave”, explica a diretora substituta do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, Maria Dilma Teodoro.

A central de atendimento para apoio psicológico é formada por 36 profissionais de Psicologia e Psiquiatria, que foram selecionados por edital e capacitados para o projeto. O canal é destinado a todos os profissionais das 14 categorias da saúde que atuam nos atendimentos relacionados à COVID-19 e que sintam a necessidade de suporte neste momento, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, biomédicos e farmacêuticos.

O projeto-piloto de âmbito nacional prevê atendimento a pelo menos 10 mil profissionais de saúde, podendo ser expandido de acordo com a procura. É a primeira vez que a psicoterapia será utilizada no teleatendimento em um contexto de pandemia, por isso, a ação subsidiará pesquisas sobre a eficácia de diferentes modalidades de psicoterapia. O projeto também irá disponibilizar materiais como manuais, vídeos e sessões simuladas para que a experiência possa ser replicada em outros locais. a proposta é também oferecer material como manuais e vídeos produzidos para que a experiência possa ser replicada em outros locais.

A iniciativa também conta com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), Universidade Federal de Ciência da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (APRS), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP).

COMO SERÁ FEITO O ATENDIMENTO
No primeiro contato, após uma avaliação, o profissional do projeto selecionará a melhor abordagem e tratamento para o paciente naquele momento. A teleconsulta será feita por videochamada, utilizando estratégias de intervenção em situação de crise, por meio de psicoeducação, psicoterapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal.

Os pacientes que forem identificados com potencial de risco ou sintomatologia muito intensa serão encaminhados para avaliação psiquiátrica. Se houver necessidade de medicação, o profissional será encaminhado para a rede de saúde local.

Aqueles que tiverem indicação para intervenção psicoeducativa contarão com materiais e vídeos produzidos pela equipe técnica responsável pelo projeto, coordenada pelo médico e doutor em psiquiatria Giovanni Abrahão Salum, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

“Esperamos que os profissionais obtenham alívio para o seu sofrimento utilizando o que já se sabe de intervenções que funcionam e que têm base científica. O projeto testará também que tipo de técnica pode ser mais adequada para essas situações de crise”, reforçou o coordenador.

SUPORTE TÉCNICO
Para os especialistas que atuam no projeto serão disponibilizados manuais com o modelo de atendimento terapêutico desenhado no projeto. Até o momento, dois manuais sobre Telepsicoeducação foram lançados, além dos manuais de Telepsicoterapia Cognitivo-Comportamental Breve e Telepsicoterapia Interpessoal Breve. O projeto disponibiliza ainda vídeo-aulas sobre como aplicar os manuais na prática e exemplos de sessões simuladas, com personagens fictícios, para facilitar a disseminação das técnicas utilizadas no projeto.

Além deles, a versão preliminar de 28 vídeos sobre psicoeducação foram elaborados e já estão disponíveis para ajudar nas psicoterapias. Todos os materiais podem ser encontrados na plataforma do TelePSI.

Para acessar a plataforma do TelePSI, clique aqui!

O Ministério da Saúde já havia disponibilizado atendimento psiquiátrico para profissionais de saúde da estratégia “O Brasil Conta Comigo”. Por meio do programa, o Ministério da Saúde contratou 388 profissionais de saúde para reforçar à assistência prestada à saúde da população do estado do Amazonas.

TeleSUS
O TelePSI faz parte da estratégia TeleSUS, que oferta teleatendimento clínico para que a população não precise sair de casa para receber diagnósticos e orientações sobre sinais e sintomas de infecção por coronavírus. Com os serviços do TeleSUS – Disque Saúde 136, Chatbot disponível na página do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br), ou pelo aplicativo Coronavírus SUS – qualquer pessoa pode tirar dúvidas e até se consultar com um profissional de saúde. Além disso, o Ministério da Saúde, por meio de busca ativa, entra em contato, por telefone, para monitorar a saúde da população.

Até o momento, 28,1 milhões de pessoas já buscaram os serviços do TeleSUS. Deste total, 3,4 milhões de pessoas permanecem em acompanhamento.

Mais de 100 mil estudantes se cadastraram para auxiliar no combate ao coronavírus

Um apoio no combate ao coronavírus no país. Foi isso que 106.667 alunos da área de saúde se propuseram ao realizar um cadastro do Ministério da Saúde para auxiliar gestores federais, estaduais, distritais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo do cadastro é realizar o “encontro” da demanda por serviços de saúde em estados e municípios com a oferta de estudantes no sistema.

Até o fim da tarde desta segunda-feira, 18 de maio, 1.428 estudantes haviam sido recrutados por gestores de saúde em estados e municípios. O número representa 1,33% do total disposto a trabalhar durante a pandemia de Covid-19.

Os alunos convocados trabalham em unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento, rede hospitalar e comunidades. Eles passam a integrar de forma auxiliar no enfrentamento da pandemia e atuam exclusivamente nas áreas de clínica médica, pediatria, saúde coletiva e apoio às famílias, de acordo com as especificidades de cada curso.

Podem realizar o cadastro os alunos de Medicina que cursam os últimos dois anos da graduação e os alunos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia que estão no último ano do curso. A permissão é temporária, isto é, vai durar enquanto houver a emergência em saúde pública.

Os selecionados passam por uma capacitação e têm direito à bolsa de acordo com a carga horária a ser cumprida: R$ 1.045,00, para 40 horas semanais, e R$ 522,50, para 20 horas semanais. As instituições de ensino deverão utilizar a carga horária dedicada pelos alunos nas ações de enfrentamento como horas de estágio curricular obrigatório. Além disso, a atuação dos estudantes será considerada de caráter relevante para o país e será considerada na pontuação para ingresso nos cursos de residência.

Supervisão – A adesão de estados e municípios à iniciativa do governo federal envolve a habilitação de profissionais da Saúde nas áreas de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia. Eles são responsáveis pela supervisão do trabalho dos alunos.

Brasil Conta Comigo – A iniciativa faz parte da ação estratégica “O Brasil Conta Comigo – Acadêmico”, coordenada pelos ministérios da Educação e Saúde. A possibilidade de os estudantes atuarem de forma auxiliar no combate à pandemia de coronavírus foi autorizada pelo Ministério da Educação (MEC) no final de março. O Ministério da Saúde é responsável pela seleção, a capacitação e a alocação dos alunos conforme articulação e demanda com os órgãos de saúde estaduais, distrital e municipais.

Passarelas de acesso são entregues em Caruaru

A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Obras, concluiu no bairro São Francisco duas novas passarelas de acesso.

A estrutura em forma metálica foi pensada e montada visando facilitar o acesso de quem precisa passar pelos locais. “A nova estrutura foi produzida e trazida de uma vez só para as duas áreas, o que facilitou no tempo de entrega da obra. Será mais dois locais de acesso da nossa cidade”, pontuou o Secretário de Obras, Rodrigo Miranda.

As passarelas ligam os bairros São Francisco aos bairros Alto da Banana e Petrópolis.

Celso de Mello fica surpreso e repreende conteúdo do vídeo de reunião

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria ficado bastante ‘surpreso’ ao assistir o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Ainda de acordo com relato de auxiliares da Suprema Corte, o ministro também repreendeu alguns trechos do material, entretanto, a avaliação ainda é de que a decisão é difícil.

O ministro começou a assistir ao vídeo na noite da segunda-feira (18) e vai decidir sobre o sigilo do conteúdo ainda nesta semana. Peritos da Polícia Federal concluíram a transcrição na terça-feira(20) e o laudo já foi entregue à equipe que conduz a investigação junto à Corte. O trabalho durou uma semana.

Em manifestação enviada ao STF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, foi contra a degravação do vídeo, que considerou “inconveniente” pela “marcha acelerada” que o ministro Celso de Mello imprimiu à investigação.

Câmara aprova cancelamento do recesso parlamentar ao Covid-19

Na sessão desta terça-feira, 19, da Câmara de Vereadores de Caruaru, houve a votação do requerimento apresentado pelo vereador Marcelo Gomes pedindo o cancelamento do recesso parlamentar, no período de 20 de junho a 31 de julho. O requerimento foi aprovado por unanimidade.

Marcelo Gomes defende que, com o prolongamento da pandemia do Coronavírus e do período de isolamento social, o Legislativo possa atuar, fiscalizar e continuar com suas ações.

“É uma forma de não haver descontinuidade do trabalho. Estamos em um período excepcional e o Executivo poderá encaminhar, por exemplo, projetos de lei relativos à pandemia a qualquer tempo. Acredito que o momento é de vigilância permanente”, afirmou Marcelo Gomes.

Agora, o jurídico da Câmara irá formalizar a norma interna.

Programa Moto Amiga salva vidas com educação no trânsito

Sem fins lucrativos, o Programa Moto Amiga atua nos estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas com objetivo de conscientizar, através da educação, os usuários a respeitar as leis de trânsito, fazer uso correto dos equipamentos de proteção, e a pilotar de forma defensiva. Uma das ações do programa, desenvolvido pelas concessionárias Honda, é a realização, em parceria com o Detran, de cursos de Pilotagem Defensiva. O público-alvo são profissionais autônomos e empresas.

Entre os temas que são abordados nesses cursos estão: definição e elementos da pilotagem defensiva; condução em condições adversas; condução em situações de risco; ultrapassagens; derrapagem; ondulações e buracos; cruzamentos e curvas; técnicas de frenagem; uso de equipamentos de proteção; e manutenção correta das motocicletas.

“O propósito é conscientizar nossos usuários, com trabalhos de educação no trânsito e dicas de segurança e pilotagem defensiva”, diz Leonardo Maranhão, presidente a NOA Nordeste II – Núcleo Operacional Assohonda II, que compreende os estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba.

O Moto Amiga também destaca as ações que a Honda e suas concessionárias já realizam para alertar todos os consumidores sobre como dirigir defensivamente. De acordo com Leonardo Maranhão, essa iniciativa é muito importante para os usuários de veículos de duas rodas. “Fazemos esse trabalho para que tenhamos um trânsito melhor para todos, pedestres, motoristas e motociclistas”, complementa.

Ele acrescenta que no site da Honda Motos (https://www.honda.com.br/motos/concessionarias) os interessados podem localizar as concessionários da sua cidade ou região, conferir todas as informações e fazer compras on line de motos e equipamentos.

Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira (20) um prêmio estimado em R$ 2 milhões

Apostadores fazem fila em casa lotérica. A Caixa Econômica Federal sorteia hoje (08) as seis dezenas do concurso 2.149 da Mega-Sena acumulada, que deve pagar um prêmio de R$ 170 milhões.

As seis dezenas do concurso 2.263 serão sorteadas, a partir das 20h, (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

Quina de São João
As apostas para a Quina de São João, concurso especial que chega à sua 10ª edição este ano, já podem ser feitas nas lojas lotéricas de todo o país. O sorteio do concurso 5.299 da Quina será realizado no dia 27 de junho, às 20h, e a estimativa inicial do prêmio é de R$ 140 milhões.

O prêmio não acumula e, caso não haja ganhadores na faixa principal, o prêmio será dividido entre os acertadores da segunda faixa (4 números) e assim por diante.

Para apostar, basta marcar de cinco a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante. O preço da aposta simples, com cinco números marcados, custa R$ 2.