Covid-19 pode garantir vaga na universidade

O impacto da pandemia na vida dos estudantes não ficará restrito à suspensão de aulas presenciais e alterações no cronograma do Enem e de muitos concursos vestibulares Brasil afora. A Covid-19 e seus desdobramentos serão tratados em diversas questões de provas e concursos por muito tempo e professores das mais diferentes disciplinas já estão trabalhando on-line os conteúdos correlacionados com o atual momento.

Especialmente para quem vai prestar vestibular, os professores do Curso Positivo Luiz Fernando Giacchero (Química), Filipe Ferrari (Filosofia e Sociologia), Alexandre Detzel (Geografia) e Diego Venantte (Biologia) sugerem uma forma de se preparar para os diferentes tipos de questões: traçando uma linha do tempo da História e, de forma interdisciplinar, estudar diferentes desafios enfrentados pela humanidade. Da redação às disciplinas das Ciências da Natureza e Ciências Humanas, os professores apontam alguns caminhos para os vestibulandos.

Alterações no modo de vida, valorização da Ciência e preconceito permeando os temas das redações

Na visão dos quatro professores, o modo de vida da humanidade foi revisto em cada crise – e essa não será diferente, o que pode render bons temas de redação. “O modo de vida que tivemos até agora foi o que potencializou a disseminação do novo coronavírus, tal qual o modo de vida de 1970/80 potencializou o HIV”, defende Venantte. “Hoje achamos normal chegar ao mercado ou farmácia e encontrar a comercialização de camisinhas, mas nem sempre foi assim”, exemplifica Detzel. Essa mudança de comportamento, bem como a capacidade do homem em superar crises e também o legado tecnológico podem render diversas abordagens para a elaboração das redações. “Hoje, estamos desenvolvendo novas técnicas e novos métodos forçados por conta de uma pandemia”, destaca Giacchero. “Sempre chamou a minha atenção como professor de Química o poder do ser humano de mudar o mundo pelo processo de fissão nuclear”, exemplifica.

Segundo os especialistas, a valorização da Ciência também pode inspirar diversas argumentações. “Enquanto as informações das Ciências Biológicas atreladas às Ciências Humanas não forem utilizadas, muitas estratégias serão em vão ou pouco servirão para conter uma pandemia ou epidemia. Exemplo disso foi a medida de fechar rodoviárias e aeroportos depois do Carnaval, quando o vírus já estava circulando por aqui”, lembrou Venantte.

Outro tema que pode ser cobrado é a correlação entre doenças e a onda de preconceitos que deriva da desinformação. Os educadores lembraram que, da mesma forma que o HIV foi classificado como a “praga gay” em um primeiro momento de completa falta de conhecimento sobre a transmissão, a Covid-19 também trouxe uma onda de preconceitos contra chineses, motivada pela necessidade de rotular e buscar culpados.

Ciências Humanas: de olho na intervenção do Estado, planos de recuperação e transformações econômicas

A intervenção do Estado, mesmo em países liberais como os Estados Unidos, pode gerar diversas questões de História, Geografia, Filosofia e Sociologia nas provas. Para o professor Ferrari, os alunos devem estabelecer comparações entre as crises de 1929, 2008 e a atual porque podem surgir questões nesse sentido. “As fraudes nos investimentos da Bolsa de Nova Iorque culminaram na Grande Depressão ou Crise de 1929. De 1921 até 1929, a bolsa norte-americana cresceu 500%. Em oito anos, a bolsa teve um crescimento maior do que a economia e as empresas dos Estados Unidos, isso indica uma bolha financeira”, explicou.

Tal situação desembocou na 2ª Guerra Mundial. “A intervenção do Estado na economia foi importante, tanto com o New Deal (programas de recuperação da economia norte-americana de 1933 a 1937) quanto na Crise de 2008 e nos dias atuais”, contextualizou o professor de Sociologia e Filosofia. “Após a chamada coronacrise, se fará necessário um novo pacto social, pois o Estado tem que cuidar das pessoas quando elas estão em situação de fragilidade. Só que para o Estado ajudar precisa ter dinheiro”, alerta.

Alguns exemplos de novos pactos sociais oriundos dessas crises foi o processo de industrialização no Brasil com a Crise de 1929, quando os EUA deixaram de comprar o café brasileiro, e a precarização/uberização do trabalho com a crise de 2008. Segundo o professor de Geografia, o processo de industrialização, aliado a urbanização rápida e sem planejamento promoveu a favelização no Brasil e a crise da Covid tende a agravar isso e os riscos sanitários e ambientais. “Muitas doenças são transmitidas pela água e há de se levar em consideração que a maior parte das favelas são desorganizadas (classificadas pelo IBGE como “aglomerados subnormais”), aponta Detzel.

Outro ponto a ser observado na reformulação dos pactos sociais das grandes crises é o aumento da regulação das bolsas. “Os EUA passaram a ter maior regulação e controle das bolsas. Se em 2008 também colocou em xeque o controle, imagine em 1929”, ressalta. Ainda sobre a intervenção do Estado, Ferrari esclareceu que, para ocorrer um Plano Marshall no Brasil, outro país precisaria investir aqui. “Aí seria um novo Plano Marshall no Brasil, por isso que essa ideia já sumiu. Mas um novo New Deal virá”, aposta. O referido Plano Marshall foi o programa dos EUA para a recuperação da Europa após a 2ª Guerra Mundial.

Ciências da Natureza: pandemia x epidemia global e as razões da diferenciação do status entre Covid-19 e HIV

Tanto as provas de Biologia, quanto Geografia e até a redação devem testar a compreensão dos vestibulandos sobre as razões da diferenciação entre pandemia e epidemia global para o novo coronavírus e o HIV. Isso porque o número de mortos pela Aids no mundo é muito mais elevado. Entre 1981 e 2018, cerca de 32 milhões pessoas morreram, sendo que 750 mil mortes foram em 2018, mesmo assim a OMS classifica a doença como epidemia global e a Covid-19 como pandemia.

Venantte esclarece que o status depende do grau de transmissibilidade do vírus e das variações do número de casos em diferentes regiões, em determinado intervalo de tempo. Segundo ele, o HIV foi tratado como pandemia anteriormente porque a disseminação se dava entre continentes, de forma global. “Hoje, o fluxo não é global, não há uma ampla disseminação do HIV do Brasil para outro país, porque surgiram vários subtipos e, em relação a outros vírus, a transmissibilidade baixou. A alteração da OMS no status é para que os diferentes continentes adotem diferentes medidas, ao contrário do que ocorre em caso de pandemia”, ensina.

O professor alerta que a OMS já sinalizou para o risco da Covid-19 permanecer por anos e virar uma epidemia global. A razão disso está relacionada com outro conteúdo da Biologia, a reprodução celular. “A Covid é um RNA vírus e, ao se multiplicar na célula, não há um reparo das moléculas erradas – e então surgem moléculas alteradas, que dão origem a novas linhagens, daí o risco da Covid-19 virar uma epidemia global, assim como a Aids. O importante é juntar as Ciências para que possam trazer soluções e evitar que as novas linhagens tragam a situação em que vivemos hoje”, defende.

Química

Do ponto de vista da Química, simples medidas como água e sabão e o hábito de lavar as mãos poderiam ter salvado milhões de vida ao longo das diferentes crises sanitárias enfrentadas pela humanidade. Segundo o professor Giacchero, tanto a Gripe Espanhola, que tem conexão com toda a sujeira do ambiente da 1ª Guerra Mundial, quanto a Covid-19 encontram no uso do sabão um dos principais instrumentos de prevenção. Para as questões de prova, o professor sugere dedicar atenção a dois produtos de higiene por conta de estarem inseridos no contexto de grandes crises: “a água oxigenada, a molécula simples do H2O2, foi fundamental para evitar infecções na 1ª Guerra. Já o sabão atua sobre o revestimento, o envelope viral, que destrói o vírus por meio de um hábito simples”, afirma Giacchero.

As crises e o meio ambiente

Em relação à Crise de 1929, não se pode deixar de lado a associação à Biologia. A quebra dos EUA levou a uma séria questão de saúde, com o aumento nos casos de depressão e suicídio. Além disso, as condições de vida se tornaram miseráveis para algumas famílias de diferentes estados norte-americanos. Nessa nova configuração socioeconômica, ficou estabelecido um quadro favorável à disseminação de doenças, de bactérias e vírus, por conta de problemas sanitários relacionados à falta de água tratada e saneamento básico.

Paralelamente, o Brasil também foi afetado com a queda nas exportações de café, causando um prejuízo enorme para a economia brasileira e o consequente aumento da industrialização, como solução para a crise. “Isso acarretou, no longo prazo, em um prejuízo direto a determinados biomas, além do avanço para regiões onde não existiam indústrias, o que contribuiu para um grande prejuízo ambiental”, afirma Venantte, que provoca os estudantes a pensar nas consequências da Covid-19 para o meio ambiente.

Lives

Um exemplo dessa metodologia de aprendizagem envolvendo diferentes conteúdos em torno de um mesmo tema pode ser conferido na live “Como a humanidade superou as principais crises da história”, disponível no Canal do YouTube do Curso Positivo. A live reuniu os quatro professores que correlacionaram 1ª e 2ª Guerras Mundiais, Crise de 1929, HIV e Crise de 2008 com todos os aspectos econômicos, sociais, sanitários e ambientais envolvendo a pandemia da Covid-19. O canal traz ainda outros temas que os professores do Curso Positivo apostam que devem aparecer nas provas do Enem e dos vestibulares: inteligência artificial, cultura do cancelamento, democracia, entre outros.

Seminário online com grandes nomes do empreendedorismo mundial ensinará como vender mais

Alguns dos maiores nomes do empreendedorismo mundial estarão juntos em um seminário online para ensinar como vender mais. O Sales Explosion 2020 – https://salesexplosion.com.br/ – evento internacional que acontecerá nos dias 6 e 7 de junho, apresentará estratégias, táticas e técnicas testadas e validadas por especialistas de sucesso.

Entre os palestrantes internacionais estarão nome como Chris Gardner, CEO da Gardner Rich & Co que inspirou o personagem de Will Smith no filme “À Procura da Felicidade”; e Jordan Belfort, autor, palestrante e ex-corretor da bolsa norte-americana, que serviu de inspiração para o personagem de Leonardo Di Caprio, no filme “O Lobo de Wall Street”.

Já entre os brasileiros, executivos como Pyero Tavolazzi, presidente do DTS Group Full Live Marketing e fundador do Nitro 10X, considerado um dos maiores empresários de eventos de desenvolvimento humano do Brasil; e Ana Diamante, MFA Executive da Prudential do Brasil, palestrante e criadora do método “Crie Diamantes”, estão entre as principais atrações.

Entre os assuntos abordados estarão temas como como vender e superar seus melhores resultados diante das adversidades; como se adaptar às vendas no ambiente virtual; quais são as atitudes e mentalidade dos verdadeiros campeões; como encontrar diamantes, pessoas excepcionais para seu negócio; como entender o motivo pelo qual o lucro está na contratação; como criar networking para aumentar em até 10x mais seus resultados.

“Esse será o evento mais disruptivo do ano e quero convidar todos a participar. Será uma oportunidade única aprender com grandes nomes do empreendedorismo, sem deixar o conforto e a segurança da sua casa. Se você deseja antecipar, no mínimo, em 10 anos os seus resultados, não fique de fora do Sales Explosion”, avisa Ana Diamante.

Os interessados em participar do seminário podem fazer sua inscrição através do link https://sun.eduzz.com/360414?a=27667845. O valor pode ser parcelado em até 12 vezes.

Projeto EDU 5.0 promove gratuitamente lives semanais

A educação básica foi uma das áreas mais afetadas pela pandemia do novo Coronavírus. Escolas do país inteiro tiveram que se adaptar ao modelo de educação à distância e dar suporte adequado aos alunos e às famílias nesse momento inédito na história que trará importantes transformações. Com o objetivo de dialogar sobre as novas propostas para a educação no mundo pós-pandemia, o Sistema GGE de Ensino, com o apoio da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), promoverá nos dias 04, 10, 18 e 25 de junho, o EDU 5.0 Live Meeting.

O projeto, em formato de lives semanais, sempre às 18h, trará especialistas para abordagem de temas relevantes nesse novo contexto. São profissionais renomados que trarão orientações, soluções e conteúdos que aliam teoria à prática, traduzindo a real necessidade de instituições de ensino em todo o Brasil após a pandemia da Covid-19. Diretores, gestores, coordenadores pedagógicos e demais profissionais da educação compõem o público-alvo da iniciativa. As inscrições devem ser feitas através do link: https://sistemaggedeensino.com.br/edu5.0.

Para iniciar a programação, nesta quinta-feira (4), os professores Rodrigo Lamas, Kheitt Vale e Jean Pierri debatem o tema “Pós-crise: como superar a inadimplência na rede privada de ensino”.

No dia 10 de junho, o médico psiquiatra, pesquisador e o autor brasileiro mais lido da última década, Augusto Cury, realiza palestra sobre “Como formar mentes livres e emocionalmente saudáveis”, amparada pela Escola da Inteligência.

Já no dia 18 será a vez do professor e conselheiro da Câmara de Educação Básica do CNE, Eduardo Deschamps, falar sobre “Os desafios educacionais de 2020: dias letivos, reposição de aulas e cumprimento do programa”, com a participação especial do administrador especialista em Economia Aplicada à Gestão Fiscal, Frederico Amancio.

Encerrando a programação, o professor Eduardo Maróstica, especialista em Gestão Estratégica de Organizações, irá debater sobre “O papel do Marketing de Relacionamento no novo normal”.

Sistema GGE de Ensino – O Sistema GGE de Ensino é uma solução de aprendizagem que oferece recursos e suporte para apoiar e promover o crescimento de alunos, professores e colégios, alavancando resultados de suas escolas parceiras. Respaldados pelo Colégio GGE, com seus 24 anos de atuação na capital pernambucana, o sistema garante uma formação de alta qualidade a milhares de alunos ao longo dos anos.

Além de todos os recursos multimídia contidos no próprio material didático, em todas as disciplinas do Ensino Fundamental ao Médio, o aluno encontra na plataforma digital recursos de pré e pós-aula, reforçando o aprendizado com vídeos, galerias de imagens, exercícios e links direcionados para sites que abordam o conteúdo de maneira mais profunda ou resumida, a depender da orientação do autor do conteúdo. O Sistema GGE de Ensino trabalha durante todo o ano letivo e em todas as disciplinas a contextualização, a interdisciplinaridade, a interatividade e a interpretação textual.

*Serviço*
*EDU 5.0

Dia 04/06 | 18h
Pós-crise: como superar a inadimplência na rede privada de ensino
Participantes: Rodrigo Lamas, Kheitt Vale e Jean Pierri

Dia 10/06 | 18h
Como formar mentes livres e emocionalmente saudáveis
Participante: Augusto Cury

Dia 18/06 | 18h
Os desafios educacionais de 2020: dias letivos, reposição de aulas e cumprimento do programa
Participante: Eduardo Deschamps
Participação especial: Frederico Amancio

Dia 25/06 | 18h
O papel do marketing de relacionamento no novo normal
Participante: Eduardo Maróstica

Semana do Meio Ambiente une sustentabilidade e ressocialização em Caruaru

Na Semana do Meio Ambiente, de 1° a 5 de junho, o trabalho dos reeducandos do regime aberto ganha destaque em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Doze apenados trabalham para arborizar a Via Parque, no Bairro Maurício de Nassau. O trabalho é executado graças a uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e a gestão municipal. O intuito é diminuir as ondas de calor e aumentar as áreas de verdes na cidade.

Para evitar aglomeração e uma possível contaminação pela Covid-19, o serviço é realizado em três etapas, dividindo as equipes. Ao todo são 58 mudas plantadas, no cultivo composto por árvores nativas da Mata Atlântica: ipê-rosa, pau-Formiga e flamboyanzinho.

O Patronato Penitenciário, órgão da SJDH acompanha os trabalho em conjunto com a supervisão de uma equipe técnica especializada da Secretaria Executiva de Sustentabilidade de Caruaru. O uso de EPIs é obrigatório. “Estamos ampliado as atividades essenciais que promovam a ressocialização no interior e na Região Metropolita através de parcerias que possam viabilizar vagas de trabalho aos reeducandos. Neste caso, não é só a sociedade que ganha, mas o meio ambiente também”, afirma o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

As mudas são procedentes da sementeira localizada na Serra dos Cavalos. O expediente dos egressos é de segunda a sexta-feira, com remuneração de um salário mínimo (R$ 1.045). Só este ano, mais de 100 novas árvores foram plantadas na capital do Forró.

Maioria das empresas enxerga redução no faturamento acima de 50% nos próximos três meses

As micro e pequenas empresas estão sofrendo sérios impactos desde o início da pandemia: 76% dos empresários ouvidos por pesquisa realizada pela Boa Vista falam em retração para os próximos 90 dias e, destes, 52% consideram que haverá redução no faturamento acima de 50% nos próximos três meses. A pesquisa ouviu cerca de 400 micro e pequenos empresários, dos setores Comércio e Serviços.

A pesquisa também constatou que 75% dos micro e pequenos empresários se dizem muito preocupados com os impactos da pandemia da Covid-19 em seus negócios, sendo que a principal preocupação é em relação às despesas com aluguel, energia e manutenção, ou seja, os gastos necessários para manter a empresa funcionando.

Atenção redobrada

Controlar as finanças com maior afinco passou a ser um hábito diário para as MPEs, independentemente do setor. Cerca de sete a cada dez empresários (68% dos consultados) estão fazendo o balanço financeiro diariamente.

A busca por orientação sobre como lidar com o fluxo de caixa e renegociar dívidas e prazos já é parte do dia a dia das empresas desde o início da pandemia. Para 61% dos entrevistados, a atitude mais importante nesse momento é evitar despesas que não sejam extremamente necessárias. Além disso, 22% já estão renegociando suas dívidas com instituições financeiras.

“No atual momento econômico, as empresas precisam garantir que os pagamentos continuem acontecendo, para manter seu fluxo de caixa e evitar ter de recorrer a bancos para obter capital de giro. Ter um processo de cobrança estruturado e eficiente é fundamental”, analisa Lola de Oliveira, diretora de Marketing da Boa Vista.

A executiva reiterou que há soluções como SCPC Comunica, a Cobrança Digital e o Negocie SCPC, todos da Boa Vista, que são capazes de avaliar as réguas de cobrança das micro e pequenas empresas, traçando estratégias eficientes de forma automatizada para a cobrança. Para a recuperação de dívidas vencidas, há a opção de envio da comunicação via e-mail e SMS, o que torna o processo de cobrança muito mais eficiente, e com resultados mais efetivos.

Vendas pela internet

A representatividade do faturamento on-line ainda é baixa. Para amenizar os impactos da crise, as empresas têm aumentado sua atuação por meio de e-commerce, embora 47% das MPEs afirmem que já realizavam vendas pela internet.

Entre os entraves apontados para que haja um incremento nas vendas on-line está a dificuldade com a prospecção qualificada de clientes (31%). “Há soluções no mercado, como por exemplo, O Boa Vista Bluebox, que, por meio de inteligência analítica, permite acesso a informações relevantes de mercado e perfil de público, para melhor definição das estratégias de marketing e decisões comerciais”, destaca Lola de Oliveira.

“Entender como as pessoas se comportam em relação ao consumo dos seus produtos e serviços e, identificar qual consumidor do ponto de venda pode se tornar um promissor cliente para vendas online são exemplos de situações que podem ser importantes neste momento de pandemia”, lembra.

Metodologia

A pesquisa sobre quais são as preocupações dos micro e pequenos empresários frente ao atual momento econômico e as medidas que estão sendo tomadas para a manutenção dos negócios foi feita pela Boa Vista de forma quantitativa em abril, com cerca de 400 micros e pequenos empresários, representantes dos setores do Comércio e de Serviços. Para a leitura dos resultados considerar cerca de 4 p.p. (pontos percentuais) de margem de erro e 90% de grau de confiança.

Vereador sugere que valor devolvido pela Câmara beneficie camelôs

O vereador Ítalo Henrique (PSDB) apresentou um requerimento solicitando que os R$ 150 mil devolvidos pela Casa Jornalista José Carlos Florêncio à Prefeitura de Caruaru, para ser usado pela no enfrentamento ao novo coronavírus, possam ajudar os camelôs da cidade.

A ideia é que o valor seja transformado em auxílio financeiro. “Automaticamente, quase 500 camelôs do município poderiam ter acesso a uma ajuda para comprar alimentos, por exemplo”, observa o parlamentar.

O requerimento vai ser votado na próxima quinta-feira (4). Caso aprovado pelos parlamentares, o documento seguirá para análise do Executivo.

“Certamente, muitas pessoas foram beneficiadas com o auxílio de R$ 600 fornecido pelo Governo Federal. Mas muitas outras não. Essa ajuda seria importantíssima para elas, principalmente em um momento tão difícil”, complementa.

‘Escória maldita’, diz presidente da Fundação Palmares sobre movimento negro

Em meio às manifestações antirracistas que tomaram as ruas dos Estados Unidos e se espalharam por diversos países, incluindo o Brasil, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, voltou a fazer declarações contra o movimento negro.

Camargo classificou o movimento como “escória maldita”, que abriga “vagabundos”. As declarações foram dadas em reunião a portas fechadas no último dia 30. O presidente ainda classificou Zumbi, figura histórica brasileira, símbolo da luta contra a escravidão e que dá nome à Fundação Palmares, como “filho da puta que escravizava pretos”.

As falas de Camargo foram gravadas em áudio a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso na terça-feira (2). Na gravação, o presidente da entidade também manifestou desprezo pela agenda da “Consciência Negra”, se referiu a uma mãe de santo como “macumbeira” e prometeu botar na rua diretores da autarquia que não tiverem como “meta” a demissão de um “esquerdista”.

O áudio dessa reunião foi encaminhado para a Procuradoria da República no Distrito Federal, juntamente com um pedido para que Camargo responda na Justiça por improbidade administrativa.

A reunião teria sido convocada para para tratar do desaparecimento do celular corporativo de Camargo. Ao ser questionado sobre o assunto, o presidente da fundação fica nervoso e afirma que o aparelho sumiu por decisão judicial. No diálogo, ele chega a dizer que havia deixado o celular numa gaveta da fundação e insinua que o furto poderia ter sido proposital, com o intuito de prejudicá-lo.

Ao falar sobre “liberdade de expressão” Camargo faz críticas a Zumbi. “Não tenho que admirar Zumbi dos Palmares, que, para mim, era um filho da puta que escravizava pretos. Não tenho que apoiar agenda consciência negra. Aqui não vai ter, vai ter zero da consciência negra. Quando cheguei aqui, tinha eventos até no Amapá, tinha show de pagode no Dia da Consciência Negra”, diz.

O presidente da instituição ainda afirmou ter sido afastado do comando, o que ocorreu por três meses, por uma liminar que “censurou suas opiniões em redes sociais”. Na época, a Justiça considerou suas declarações, minimizando o crime de racismo, incompatíveis com o cargo.

Durante a gravação, o presidente da Fundação Palmares assegurou que o processo para tirá-lo do comando da autarquia “não vai dar em nada” porque teria havido “usurpação” do poder do presidente Jair Bolsonaro. “Esses filhos da puta da esquerda não admitem negros de direita. Vou colocar meta aqui para todos os diretores, cada um entregar um esquerdista. Quem não entregar esquerdista vai sair. É o mínimo que vocês têm que fazer”, afirmou.

Durante as falas, Camargo ainda se referiu a uma mãe de santo como “macumbeira”. Ele diz firmemente que não daria verba para terreiros, locais usados para cerimônias de matriz africana. “Tem gente vazando informação aqui para a mídia, vazando para uma mãe de santo, uma filha da puta de uma macumbeira, uma tal de Mãe Baiana, que ficava aqui infernizando a vida de todo mundo”, diz.

Entenda
O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou representação à Procuradoria da República no Distrito Federal, com um pedido para que Sérgio Camargo responda na Justiça por improbidade administrativa.

O documento foi escrito após Camargo ter determinado, no dia 13 de maio, data em que a abolição da escravatura completou 132 anos, a publicação de uma série de artigos depreciativos sobre Zumbi dos Palmares.

A Fundação Palmares é uma entidade viculada à Secretaria Especial da Cultura, criada em 1989 como resultado da luta do movimento negro. O obetivo da fundação é promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.

Diario de Pernambuco

Quem ficar desempregado até 3 de julho pode pedir o auxílio emergencial

Os profissionais que ficarem desempregados até o dia 3 de julho têm direito de receber o auxílio emergencial de R$ 600, segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Para isso, o profissional terá que fazer o pedido do benefício pelo aplicativo Caixa | Auxílio Emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br até a data-limite. Se pedir em 4 de julho, por exemplo, não conseguirá ter a a ajuda federal.

Além, disso, será preciso atender às regras do programa, como ser maior de 18 anos, ter renda familiar de até três salários mínimos ou de meio salário mínimo por pessoa da família e não ter recebido, em 2018, rendimentos tributáveis de mais de R$ 28.559,70.

“Lembrando que, até o dia 3 de julho, a população pode realizar o cadastramento. Algumas pessoas estavam empregadas e não teriam o direito e podem, ao longo do tempo, passar a ter o direito”, afirmou Guimarães, em entrevista coletiva nesta terça-feira (2).

Outra condição que o beneficiário deverá cumprir é de não estar recebendo o seguro-desemprego. Neste caso, o trabalhador deve ter sido dispensado sem justa causa e, por já ter feito jus ao benefício em outros momentos e não se encaixar nas regras, não terá direito de recebê-lo agora. Com isso, poderá solicitar o auxílio emergencial.

O auxílio é um benefício criado pelo Congresso para garantir renda a informais e famílias de baixa renda na pandemia do novo coronavírus. Ao todo, são pagas três parcelas de R$ 600 a quem atinge todas as regras para ter a grana. Mães chefes de família recebem cota dupla, de R$ 1.200.

CERCA DE 11 MILHÕES AINDA ESPERAM RESPOSTA
O valor é liberado após o profissional se inscrever pelo aplicativo ou pelo site da Caixa e ter seus dados analisados pela Dataprev (empresa de tecnologia do governo federal). Hoje, segundo o presidente da Caixa, a Dataprev tem 11 milhões de cidadãos com o cadastro em análise, aguardando uma resposta.

“Nós temos ao redor de 11 milhões de contas que estão em análise. Ao redor de 5,7 milhões em primeira análise e ao redor de 5,3 milhões em segunda, ou seja, 5,7 milhões pediram pela primeira vez e ainda não tiveram uma resposta”, disse Guimarães.

O pagamento dos valores é feito após a Caixa receber o aval da Dataprev e do Ministério da Cidadania, e ter os dados do beneficiário. O valor é pago conforme um calendário de liberação do banco estatal. Antes da data exata, não é possível sacar o dinheiro.

Ao receber a resposta, se ela for negativa, o trabalhador tem dois caminhos: fazer nova solicitação ou contestar a justificativa para o governo negar o dinheiro.

Folhapress

Ações de Bolsonaro põem em risco bens históricos e culturais do país

Imagens da polêmica reunião ministerial que vem causando turbulência há dez dias em Brasília jogam luz sobre uma briga envolvendo a preservação do patrimônio cultural do país e a visão que Jair Bolsonaro tem do assunto. Na disputa entre órgãos de proteção e o mercado da construção civil e do turismo, o presidente atua para tornar a atuação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, mais maleável frente a interesses econômicos.

O principal órgão de preservação do país tem na sua lista de bens tombados a paisagem cultural do Rio de Janeiro, a região da Luz e o Teatro Oficina, ambos em São Paulo, o conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, o centro histórico de Salvador, além de diversos sítios arqueológicos. São áreas que, valorizadas pela localização e também pela própria condição e a paisagem histórica, ficaram na mira das construtoras e das redes de hotéis.

Na reunião do fim de abril, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que, com as atenções voltadas para o coronavírus, era hora de fazer a “boiada passar”, e incluiu nesse rebanho obras paralisadas pelo Iphan.

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Na ocasião, Bolsonaro também fez críticas ao órgão e disse que ele vem atrapalhando a conclusão de obras. Lembrou as lojas Havan, do empresário Luciano Hang. Segundo o presidente, o Iphan interrompe projetos por causa de “cocô petrificado de índio”.

Desde maio, o Iphan é dirigido por Larissa Peixoto, mulher de um amigo da família Bolsonaro, formada em hotelaria e com carreira na pasta do Turismo. Ela ocupa o lugar de Kátia Bogéa, historiadora exonerada em dezembro.

Isso acendeu o alarme do Ministério Público e das entidades que defendem a preservação do patrimônio. A nomeação de Peixoto, aliás, está sendo questionada na Justiça. Existe uma ação pública pedindo o cancelamento da decisão do governo, medida amparada por protestos de ex-dirigentes do órgão e de entidades como o Instituto de Arquitetos do Brasil. Enquanto isso, o governo faz avançar um modelo de contratações que desconsidera a capacidade técnica de quem ocupa altos cargos no Iphan.

Vale lembrar que do ano passado para este, o Iphan perdeu metade dos repasses do governo, que em 2019 foram de cerca de R$ 500 milhões.

A região nos arredores do Mercado Modelo, no centro histórico de Salvador, é uma das que têm gerado preocupação entre servidores do instituto. Está num perímetro de tombamento visado por construtoras, bem ao lado do Pelourinho, considerado patrimônio da humanidade pela Unesco. Próximo dali, está embargada a obra de um condomínio chamado La Vue, da Porto Ladeira da Barra Empreendimentos.

Essa construção foi a razão de Marcelo Calero, hoje deputado federal, ter pedido demissão do comando do Ministério da Cultura no governo Temer, há quatro anos. Com o seu pedido de afastamento, ele acusou Geddel Vieira Lima, que comandava a Secretaria de Governo à época, de fazer pressão para que a obra do La Vue fosse liberada pelo Iphan.

Dono de parte do empreendimento, Geddel foi afastado, e a obra, interrompida. Uma nomeação do governo Bolsonaro há uma semana, no entanto, reavivou o assunto. Marcelo Álvaro Antônio, atual ministro do Turismo, alçou Marco Antônio Ferreira Delgado a chefe de gabinete do Iphan. Delgado foi assessor de Geddel e fez carreira no Turismo desde governos petistas.

Segundo o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, Luciano Guimarães, uma das maiores ameaças à atividade de preservação do patrimônio histórico e cultural está hoje entre os parlamentares.

O deputado Fábio Schiochet apresentou um projeto de lei que trata da “necessidade de adequação do Decreto-Lei n? 25, de 1937 [de proteção ao patrimônio histórico e artístico nacional], à realidade constitucional do Brasil no que se refere ao procedimento de tombamento”.

Schiochet é presidente do PSL em Santa Catarina, estado de origem de Luciano Hang. As lojas Havan tiveram uma construção paralisada em Rio Grande, depois que uma equipe do Iphan identificou fragmentos antigos de cerâmica no local.

No texto do projeto de lei, o deputado diz que a adequação “impõe-se na medida em que o tombamento vem ha muitos anos se mostrando uma ferramenta perniciosa e nefasta para a preservação do patrimônio cultural brasileiro, pois negligencia a realidade socioeconômica da regiãao na qual o bem objeto de tombamento esta inserido”.

Na visão dele, isso é “agravado em casos que envolvam o tombamento de regiões, bairros ou cidades, contribuindo muito mais para o perecimento do patrimônio cultural brasileiro do que para a sua efetiva preservação”.

Luciano Guimarães, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, diz que são vários os conflitos causados pelo tombamento da paisagem cultural do Rio, que ignoram o fato de que “o patrimônio histórico é fundamental para a preservação e a construção de uma identidade cultural de um povo”.

Portanto, ele acrescenta, a atividade da preservação do patrimônio também é “fonte de desenvolvimento social e econômico”. Guimarães lembra os exemplos de preservação de Espanha, Itália e Grécia.

Segundo Claudia Pires, membro do Conselho Superior do IAB e Coordenadora da Comissão de Politica Urbana da instituição, os nomeados pelo governo para as superintendências do Iphan não têm competência técnica ou experiência.

Ela menciona a nomeação da turismóloga Monique Aguiar, uma blogueira do Rio de Janeiro, cidade justamente onde, como diz Guimarães, a valorização imobiliária fez com que as construtoras passassem a pressionar o poder público pela liberação de empreendimentos que podem causar danos ao patrimônio cultural.

Outros conflitos nessa área envolvem ainda paralisações de obras de hotéis das redes Go Inn e Bristol no limite de tombamento do conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, além de pressões para construções em galpões na cidade de Paranaguá, no Paraná.

Folhapress