Atividade do comércio cai 32% em abril, a maior queda em 20 anos

As restrições de mobilidade e o isolamento social impuseram ao varejo o pior resultado em duas décadas. Dados do Indicador de Atividade do Comércio apurado pela Serasa Experian mostram que as vendas no varejo apresentaram um recuo expressivo de -31,8% em abril deste ano na comparação com igual período de 2019. Trata-se da queda mais intensa desde janeiro de 2001, início da série histórica. A última vez que o comércio havia sentido um tombo tão expressivo havia sido em janeiro de 2002, quando houve uma queda de -16,5%.

A comparação mensal do indicador, isto é, entre março e abril deste ano, também mostra uma piora no volume de vendas, com queda de -19,4%. A retração se sucede a uma outra queda que fora observada na comparação de março com fevereiro (-16,2%), o que demonstra uma intensificação do cenário desfavorável para o comércio. Em 2020, o indicador já acumula resultado negativo de -10,1% frente os quatro primeiros meses do ano passado.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os resultados refletem as medidas de distanciamento social adotadas para combater a crise sanitária. “Com estabelecimentos comerciais de portas fechadas, lojistas viram seus estoques aumentarem e a demanda por produtos diminuir. Esse é um momento em que comerciantes precisam inovar para manter uma operação mais enxuta e ao mesmo tempo funcional. A internet e os serviços de entrega são uma solução criativa, mas ainda insuficientes para reverter prejuízos, pois não funcionam para qualquer tipo de negócio”, explica Rabi.

Rabi ainda completa que há uma crise de confiança que mantém as pessoas distantes do consumo. “Neste momento de instabilidade em que muitos ficam inseguros em seus empregos, o brasileiro se retrai para o consumo não essencial. Até mesmo quem tem um poder de compra mais elevado acaba direcionando seus recursos para uma reserva de emergência”, afirma o economista.

Móveis e eletrodomésticos registram queda de quase 40%

De acordo com o indicador, segmentos mais dependentes do consumo via crédito sofreram os resultados mais negativos em abril. O destaque ficou com o setor de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática, que puxaram a queda do indicador com um recuo expressivo de -39,9% na comparação com o ano passado. Estabelecimentos que comercializam tecidos, vestuário, calçados e acessórios aparecem em seguida com uma queda de -39,6%. O ramo de veículos, motos e peças (-33,1%) e o de material de construção (-32,1%), completam o ranking.

Os setores que apresentaram quedas menos intensas são ligados a produtos de primeira necessidade, como supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-24,3%) e combustíveis e lubrificantes (-19,3%).

Lives e capacitações gratuitas da Serasa ajudam empreendedor em apuros

Para ajudar os micro, pequenos e médios empresários a atravessarem a turbulência deste momento, a Serasa Experian tem promovido uma série de ações on-line neste mês de maio. Os empreendedores que estão com dificuldades financeiras podem acompanhar todas as quintas às 18h, uma série de lives no Instagram da Serasa. Sob o comando de especialistas da Serasa e convidados especiais, toda semana o conteúdo é diferente e ajuda as empresas a manterem o fluxo de caixa, potencializarem suas vendas e praticarem uma boa gestão de pessoas à distância. Neste mês, haverá uma programação especial sobre fraudes e abordagem criativa junto a clientes.

Além das lives, a Serasa também vem ajudando os empresários de pequeno porte com uma série de materiais gratuitos voltados para o cuidado da saúde financeira dos negócios e um curso on-line gratuito para micro e pequenos empreendedores individuais (MEIs).

Outra iniciativa é o ‘Estímulo 2020’, um movimento nacional e sem fins lucrativos da qual a Serasa faz parte e que reúne empresas de diversos setores para oferecer capacitação e crédito online barato aos pequenos negócios que estão sofrendo os impactos econômicos do isolamento social. Pequenas empresas que faturam entre R$ 360 mil e R$ 2 milhões por ano e existem há pelo menos três anos podem participar. A inscrição é feita no site www.estimulo2020.org.

Dicas da Serasa para empreendedores superarem a crise

Como as micro, pequenas e médias empresas dependem mais do capital de giro do que as companhias de porte maior, é importante que os novos empreendedores façam um planejamento financeiro desde o início da operação do negócio. Estar pronto para encarar momentos de incerteza e ter algumas estratégias planejadas podem fazer a diferença na manutenção da receita.
Para isso, os especialistas da Serasa Experian dão algumas dicas:

– Expanda sua carteira de clientes e busque mercados que não haviam sido mapeados ainda;

– Utilize a tecnologia a seu favor, criando canais nas redes sociais e se cadastrando em aplicativos de entrega e outros sites de markeplace, que reúnem pequenos e médios lojistas de setores variados para novas vendas;

– Peça crédito com cautela, buscando sempre as menores taxas e prazos para o seu negócio;

– Busque desde já implementar outras ações que impactarão as vendas e a fidelização de clientes, como oferta de brindes e benefícios para aqueles que compram com periodicidade.

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por cerca de 6.000 estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. As consultas são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas, com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores das taxas mensais de crescimento, relativas a cada estabelecimento comercial dentro de cada um dos seis segmentos varejistas pesquisados. Para a formação da série agregada do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, as taxas de crescimento resultantes de cada segmento varejista são ponderadas pelo peso relativo de cada um deles na Pesquisa Mensal de Comércio – Varejo Ampliado, do IBGE, respeitando-se as suas revisões metodológicas.

Brasil ainda não chegou ao pior da pandemia, diz OMS

World Health Organization (WHO) Health Emergencies Programme Director Michael Ryan talks during a daily press briefing on COVID-19, the disease caused by the novel coronavirus, at the WHO heardquaters in Geneva on March 11, 2020. – WHO Director-General Tedros Adhanom Ghebreyesus announced on March 11, 2020, that the new coronavirus outbreak can now be characterised as a pandemic. (Photo by Fabrice COFFRINI / AFP) (Photo by FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images)

O pior da pandemia ainda não chegou para o Brasil, afirmou nesta segunda (1ª) o diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan.

Segundo ele, o Brasil -entre outros países da América Central e do Sul- está entre os que têm registrado os maiores aumentos diários de casos da doença, com transmissão ainda fora de controle.

“Claramente a situação em alguns países sul-americanos está longe da estabilidade. Houve um crescimento rápido dos casos e os sistemas de saúde estão sob pressão”, disse Ryan. Segundo ele, o pico do contágio ainda não chegou, “e no momento não é possível prever quando chegará”.

Até domingo (31), o Brasil tinha 514.849 casos confirmados de coronavírus e 29.314 mortes, com 480 novos mortos nas 24 horas anteriores. É o segundo país com maior número de casos no mundo, depois dos EUA, e o quarto em número de mortes, atrás de EUA, Reino Unido e Itália.

Em relação à população, o Brasil era no domingo o 13º no mundo, com 13,8 mortes por 100 mil habitantes. Nos cálculos semanais feitos pelo Imperial College de Londres, a taxa de contágio brasileira está há pelo menos cinco semanas acima de 1 -o que significa que a transmissão está se acelerando.

O diretor-executivo da OMS afirmou que a densidade urbana e o grande número de pessoas mais pobres na cidade são fatores que dificultam o risco da doença, mas que políticas públicas implantadas no sul da Ásia e na África conseguiram estabilizar a gravidade da doença, enquanto no Brasil e em outros países latino-americanos ela ainda cresce com velocidade progressiva e ameaça os sistemas de saúde.

Segundo ele, nas Américas, “houve respostas diferentes entre os países, e há bons exemplos de governos que adotaram abordagens científicas, enquanto em outros países vemos uma ausência ou uma fraqueza nisso”. “O que precisamos agora é mostrar nossa solidariedade e trabalhar com esses países para que eles consigam controlar a epidemia”, disse Ryan.

Os especialistas da OMS voltaram a dizer que decisões de desconfinamento devem ser acompanhadas de um sistema para testar casos suspeitos, rastrear contatos, tratar doentes e isolar os que possam ter o coronavírus para impedir que contagiem outras pessoas.

Folhapress

Confira os protocolos de higiene e segurança nos estabelecimentos comerciais

A retomada gradual das atividades econômicas em Pernambuco será realizada dentro de uma nova realidade. Protocolos de higiene e de distanciamento social foram anunciados ontem pelo Governo de Pernambuco para que se evite aumentar os casos de coronavírus no Estado nesse processo de reabertura. Esses protocolos gerais terão que ser seguidos por todos os clientes e profissionais das atividades. Além disso, o governo informou que anunciará, gradativamente, outros protocolos específicos para 15 setores da economia.

Os protocolos gerais foram divididos em três eixos: distanciamento social, higiene e monitoramento e comunicação. As medidas vão desde do cuidado no uso coletivo de utensílios até a demarcação de filas presenciais.

Dentro do eixo do distanciamento social, algumas medidas listadas são: manter de distância de 1,5 metro entre colaboradores, clientes e demais indivíduos; evitar o compartilhamento de utensílios e ferramentas de trabalho; dividir os funcionários em grupos para reduzir possibilidades de contágio; demarcar no chão o espaço das filas; escalonar o horário de refeição dos funcionários; atenção especial aos trabalhadores do grupo de risco.

As medidas de higiene, algumas são: permissão de pessoas somente com uso de máscara; disponibilizar boas condições de limpeza para os trabalhadores, como álcool; higienizar grandes superfícies com sanitizante; higienizar, antes do uso, os equipamentos que precisem ser compartilhados entre os funcionários; privilegiar a ventilação natural dos ambientes.

No eixo de monitoramento e comunicação, algumas determinações são: identificar as funções que podem ser exercidas remotamente, priorizando essa modalidade sempre que possível; informar aos colaboradores qualquer sintoma da Covid-19; afastar da frequência presencial por até 14 dias os casos suspeitos; emitir comunicados de orientação sobre a Covid-19 aos trabalhadores.

Segundo a secretária-executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Maíra Fischer, as medidas específicas estão sendo elaboradas. “Separamos em 32 grupos as atividades econômicas. Dos 32, 15 vão ter protocolos específicos. Eles estão sendo elaborados e validados junto a cada setor. Devem ser publicados nos próximos dias de acordo com o cronograma de reabertura”, explicou Maíra.

Confira os protocolos:

Distanciamento Social
– Manter pelo menos 1,5 metro de distância entre colaboradores, clientes e indivíduos em geral;
– Escalonar intervalo de horário de refeição, de modo a evitar aglomeração;
– Evitar o compartilhamento de utensílios de uso pessoal, equipamentos e ferramentas de trabalho como canetas, telefone celular, trenas, espátulas, entre outros;
– Organizar a equipe em grupos ou equipes de trabalho para facilitar a interação reduzida entre os grupos.;
– Os trabalhadores pertencentes ao grupo de risco (com mais de 60 anos ou com comorbidades de risco, de acordo com o Ministério da Saúde) devem ser objeto de atenção especial, priorizando sua permanência na própria residência em teletrabalho ou trabalho remoto;
– Evitar contatos muito próximos, como apertos de mãos, beijos e abraços;
– Demarcar no chão o espaço nas filas, de modo a garantir a distância mínima de um metro e meio entre os clientes;
– Instituir uma barreira física de proteção entre cliente e atendente. Quando não for possível, demarcar no chão o espaçamento entre o cliente e o balcão, de modo a manter uma distância mínima entre cliente e atendente;

Higiene
– Apenas permitir a entrada no estabelecimento de pessoas utilizando máscaras, sejam trabalhadores, clientes ou colaboradores;
– Garantir que os funcionários façam lavagem frequente das mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool 70%, e sempre a realizem ao entrar e sair das instalações da empresa;
– O uso de álcool 70% para limpeza das mãos é obrigatório aos clientes ao entrar e sair do estabelecimento;
– Disponibilizar, para uso dos trabalhadores, colaboradores e clientes, local para lavagem frequente das mãos, provido de sabonete líquido e toalhas de papel descartável ou disponibilizar álcool 70%, em pontos estratégicos de fácil acesso;
– Promover uma boa higiene respiratória (encorajar as pessoas cobrirem espirros, tosse usando o cotovelo) e o cuidado de evitar tocar a boca, o nariz e o rosto com as mãos;
– Fornecer máscaras faciais, mesmo que artesanais, para todos os trabalhadores e colaboradores, conforme decreto do Governo do Estado
– Reforçar a limpeza e a desinfecção das superfícies mais tocadas (mesas, teclados, maçanetas, botões, etc.), pelo menos 3x ao dia;
– Reforçar a limpeza dos banheiros, instalações, áreas e superfícies comuns, antes, durante e após o expediente;
– Higienizar grandes superfícies com sanitizante, contendo cloro ativo, solução de hipoclorito a 1%, sal de amônio quaternário ou produtos similares de mesmo efeito higienizador, observando as medidas de proteção, em particular o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) quando do seu manuseio;
– Caso haja a necessidade de compartilhamento de materiais de trabalho, deve ser realizada a higienização antes da sua utilização por outro trabalhador;
– Não permitir que se beba diretamente de fontes de água. Usar recipientes individuais ou copos descartáveis;
– Não permitir o compartilhamento de copos, garrafas ou talheres;
– Privilegiar a ventilação natural nos locais de trabalho. No caso de aparelho de ar condicionado, verificar a higienização periódica e a adequação de suas manutenções preventivas e corretivas.

Monitoramento e Comunicação
– Identificar as funções que podem efetuar suas atividades por meio de teletrabalho ou trabalho remoto, priorizando, sempre que possível, essa modalidade de trabalho;
– Sempre que possível, manter em trabalho remoto os profissionais enquadrados nos grupos de risco, como idosos, diabéticos, hipertensos, gestantes e lactantes, imunocomprometidos, e os que têm insuficiência cardíaca, renal ou respiratória crônica comprovadas;
– Informar aos colaboradores os sintomas da Covid-19 e que em caso de qualquer sintoma, a recomendação é que o trabalhador permaneça em casa e não compareça ao local de trabalho;
– Instituir mecanismo e procedimentos para que os trabalhadores possam reportar se estiverem com sintomas de gripe ou similares ao da Covid-19 ou se teve contato com pessoa diagnosticada com Covid-19;
– Afastar da frequência presencial no local de trabalho por até 14 dias, os casos acima; — Esclarecer para todos os trabalhadores e colaboradores os protocolos a serem seguidos em caso de suspeita ou confirmação de COVID-19;
– Caso haja confirmação de trabalhador diagnosticado com COVID-19, deve ser realizada a busca ativa dos trabalhadores que tiveram contato com o trabalhador inicialmente contaminado e comunicá-los;
– Manter nos locais de maior circulação, materiais explicativos de boas práticas de prevenção e higiene a os funcionários, clientes e demais frequentadores em todas as empresas e estabelecimentos;
– Emitir comunicações aos trabalhadores com a orientação sobre a covid-19 assim como boas práticas de prevenção e higiene

Fonte: Governo de Pernambuco

‘Generais do governo não representam Forças Armadas, que não apoiam ruptura’, diz Maia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que generais que estão no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não representam as Forças Armadas. A declaração de Maia foi feita ao jornalista Tales Faria, no UOL Entrevista da tarde da segunda-feira (1º).

“Um ministro que é general da reserva, ou ainda está na ativa e vira ministro de um governo, ele não representa as Forças Armadas. Elas representam o Estado brasileiro”, disse Maia.

O presidente da Câmara seguiu ressaltando a diferenciação: “Esses ministros representam a política do governo Bolsonaro, legítima. Eles não podem misturar o histórico, a carreira deles, uma posição política, com o que representam as Forças Armadas. Não podemos criticar as Forças Armadas pelo movimento de um ministro político que foi das Forças Armadas”, completou.

Questionado se vê, neste momento, ameaça de ruptura da democracia, Maia disse que não. “Não vejo nas Forças Armadas nenhum movimento de politização ou apoio político ao governo. Elas têm papel de garantir o Estado, a nossa soberania, e assim deve ser de forma permanente”, afirmou.

Militares integrantes do governo sobem tom diante do acirramento da crise entre as instituições, após o outro ministro palaciano, general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) criticar abertamente o STF (Supremo Tribunal Federal) e falar em “consequências imprevisíveis” para o país, cresceu a discussão sobre o apoio a uma espécie de intervenção militar ou golpe.

Em carta enviada aos colegas de turma e a jornalistas, na semana passada, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos,diz que “a imprensa ideológica parcial é nociva e buscará a todo custo denegrir a imagem das Forças Armadas, como tem feito ao longo de nossa história”.

“Não acreditem nas falácias diárias que tentam nos abater o moral. Não existe corrupção nesse governo!”, diz o ministro. No mesmo dia, em coletiva no Palácio do Planalto, Ramos já havia rechaçado a tese de que os militares que estão no governo representariam uma influência das Forças Armadas.

Ataque ao Congresso e STF é inaceitável, diz Maia Em meio à pandemia do novo coronavírus e do consequente impacto econômico causado pela Covid-19, o Brasil ainda sofre com uma crise política. Para o presidente da Câmara dos Deputados os ataques ao Congresso Nacional e ao STF em manifestações recentes são inaceitáveis.

“Eu acho que, em um momento como esse, em uma pandemia que atinge a todo mundo, que atinge ao Brasil, nós estamos acompanhando movimentos como esse do último domingo que são inaceitáveis. É inaceitável que faça uma mobilização com respaldo do governo. Ele precisa respeitar as instituições democráticas”, afirmou. Maia lembrou que muitas das manifestações políticas são estimuladas por notícias falsas.

“Eu fui vítima desde o ano passado desses ataques; hoje é o Supremo, em um movimento gravíssimo. Então nós precisamos organizar as relações dos Poderes com a sociedade. A maioria absoluta da sociedade, certamente perplexa, não aceita que a gente possa ver movimentos em 2020 contra o Supremo, contra o Congresso, muitas vezes apenas porque diverge ou faz uma crítica numa entrevista como essa”, afirmou, pedindo dureza no combate a tais incidentes.

“Eu acho que a Justiça tem que, respeitados os limites da lei, tomar decisões duras em relação às ameaças que se fazem aos ministros do STF. Quando é uma crítica, isso é da democracia e da liberdade de expressão”, afirma.

“Mas notícias falsas, ameaças… Por que se fazem ameaças? Porque se quer impedir que o outro cumpra suas funções constitucionais. Não quer que o ministro continue investigando as questões das fake news. Ir até a casa dele, agredi-lo, isso tudo passa do limite. O que não pode é milhares de robôs criando uma narrativa com pessoas estimulando ódio às instituições do Brasil”, conclui o presidente da Câmara.

O Brasil na pandemia Para o deputado, é natural que o isolamento social como imposição crie tensões e acirre a polarização no Brasil. No entanto, no momento, ainda é necessário ficar em casa.

“Acho que a sociedade começou a se manifestar contra o que está acontecendo, e nós precisamos ter equilíbrio, responsabilidade com o Brasil e com os brasileiros nesse momento. Não é o isolamento que faz a economia cair, é o vírus, aqui, na Europa, em qualquer país. Há uma crise sanitária que afeta a economia. O isolamento vai apenas na linha de salvar vidas”, disse Maia.

“Acho que vivemos um momento muito difícil da nossa geração, com certeza, nos últimos 100 anos –ou pelo menos desde a 2ª Guerra não vivemos um momento tão difícil, uma pandemia”, afirma o presidente da Câmara.

“Os economistas já projetando uma queda de 7%, a necessidade de corte de gastos, e junto com isso uma escalada e que não vem dessa pandemia, ela se mistura com a pandemia, porque vem do ano passado, com esses movimentos próximos ao presidente muito autoritários a quem diverge do presidente. Não é a quem faz algo de errado, mas a quem discorda do presidente”, disse.

Contra armamento da população Em meio ao acirramento, Bolsonaro defendeu o armamento da população, conforme registrado em reunião interministerial do dia 22 de abril. Segundo Maia, o país já libera o armamento civil, mas impõe restrições.

“Nós temos uma lei que de forma restrita autoriza a posse, o porte. Essa lei é uma lei que precisa ser restritiva, principalmente o porte de armas”, relembrou.

“Eu tendo a divergir do presidente. Uma coisa é a pessoa dentro de uma lei restrita querer ter uma arma respeitando todas as restrições para ter a posse. Agora, o estímulo a armar é contraditório. Se as Forças Armadas garantem a soberania, você quer armar as pessoas contra quem? Contra a Polícia?”.

“Impeachment é tratado com cuidado” Maia afirmou que o impeachment de Bolsonaro é assunto que deve ser tratado com “cuidado” e que não deve se colocar mais lenha na fogueira.

“Eu acho que o tempo não é o tempo da política. A gente não pode colocar mais lenha na fogueira. Da mesma forma que eu acho que essas manifestações que atacam as instituições democráticas são gravíssimas, uma decisão de impeachment precisa ser muito bem avaliada para que a gente não gere mais conflitos e mais crise política no Brasil”, afirmou ele.

“Eu trato isso com o mesmo cuidado que eu tratei no governo do presidente Michel Temer. E eu faço da mesma forma agora, eu acho que no momento adequado vou decidir e não vou ficar tratando desse processo, que eu sou o juiz, eu defiro ou indefiro e não devo ficar dando muita opinião sobre esse assunto sabendo que a nossa prioridade deve ser tentar unificar esse país para ter mais força e melhores condições para enfrentar esse vírus em todos os seus aspectos”, completou.

Reforma tributária O presidente da Câmara afirmou também que o calendário do Congresso Nacional deve começar a abrir mais espaço a outras pautas no mês de julho. Principalmente, segundo ele, para a Reforma Tributária.

“Pós-pandemia, nós vamos trabalhar, combinar com o presidente do Senado. Nós precisamos voltar ao debate da reforma tributária”, disse o deputado. “As reuniões por videoconferência ganharam muito espaço com a pandemia e vão continuar tendo esse espaço, não só na política, mas na sociedade. E nós precisamos retomar esse debate da reforma tributária, da simplificação do sistema de impostos de bens e serviços -se for o caso, entrar no debate sobre a renda, outros tributos”, acrescentou.

“Mas é importante que a gente possa, daqui a três, quatro semanas, retomar esse debate. Esperar o governo encaminhar a reforma administrativa, trabalhar matérias que a gente já vinha debatendo, autonomia do Banco Central, que é muito importante, a lei cambial.”

Folhapress

Petrolina inicia fiscalizações educativas após reabertura da economia

A cidade de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, começou na segunda-feira (1º) a reabertura dos segmentos econômicas após mais de dois meses de suspensão por causa da pandemia de Covid-19. Segundo a prefeitura, foram iniciadas fiscalizações educativas para orientar empresários sobre o protocolo de prevenção ao novo coronavírus.

A partir da próxima semana, a fiscalização será rigorosa e os estabelecimentos que desobedecerem o decreto podem ter o alvará de funcionamento cassado ou suspenso. Os responsáveis poderão sofrer outros tipos de penalidades como multa e condução à delegacia de Polícia Civil para adoção das medidas legais cabíveis.

Equipes da Guarda Civil Municipal, de Disciplinamento Urbano e fiscais de posturas começaram o trabalho nas principais ruas e avenidas do centro comercial da cidade. Mais de 30 estabelecimentos foram visitados.

A fiscalização usou um “check list” para identificar se todas as exigências estavam sendo cumpridas pelos comerciantes. Os que ainda não haviam se adequado foram informados sobre a necessidade de ajuste. Os lojistas ainda aproveitaram para tirar dúvidas com a fiscalização.

Retomada
Esta primeira fase da retomada na cidade libera 100% da capacidade de atendimento ou funcionamento para agropecuária, indústria e transporte público (táxi, mototáxi e carros por aplicativo). A capacidade de 75% está liberada para transporte público coletivo. Administração pública, comércio e serviços, construção civil, parques e orla fluvial, templos religiosos e velórios podem operar com 50%. Todas as demais atividades e serviços não listados seguem proibidos em Petrolina, inclusive eventos.

Recomendações
Entre as principais recomendações para os estabelecimentos comerciais estão: uso obrigatório de máscara dentro do estabelecimento; distância mínima de 2 m entre as pessoas; marcações que sinalizem onde os consumidores devem se posicionar; disponibilização de álcool em gel 70% ou soluções de higienização em locais de fácil acesso; higienização do ambiente; proteção de grupos de risco no trabalho; afastamento de casos positivos ou suspeitos; atendimento diferenciado para grupos de risco; monitoramento da temperatura dos colaboradores; testagem dos colaboradores; e uso do aplicativo móvel Dycovid.

O descumprimento pode ser denunciado à Central de Atendimentos da Secretaria Executiva de Segurança Pública, no telefone 153, ou pelo WhatsApp (87) 9.8106-7310.

Coronavírus em Petrolina
A Secretaria de Saúde de Petrolina confirmou nessa segunda mais 15 casos positivos de Covid-19, elevando o total a 268. A atualização ainda registrou mais um óbito, com nove mortes ao todo. 97 pessoas infectadas apresentaram cura clínica e estão recuperadas.

Folhape

Desemprego com coronavírus aumenta e desperta o empreendedorismo por necessidade

O governo divulgou nesta quarta-feira (27) os dados preliminares sobre o emprego com carteira assinada. Entre os meses de janeiro a abril de 2020, o país perdeu 763.232 vagas de trabalho. O setor mais atingido pela crise foi o comércio, com encerramento de 342.748 postos. Reflexo da crise do coronavírus, que afetou diretamente não só a saúde, como a economia do país.

Diante desse cenário de incertezas, visto que não dá para afirmar quanto tempo ainda levará para o término da pandemia, milhares de brasileiros devem sentir uma série de mudanças. Com o número de demissões, redução de jornada de trabalho e salários, a taxa de desemprego no próximo trimestre pode passar de 12,2% para 15%.

Mas, se por um lado a pandemia do Covid-19 vai afetar milhares de empregos, por outro também trará novas oportunidades. Uma delas é o aumento do empreendedorismo por necessidade, no qual os recém-desempregados poderão investir em um negócio próprio, com menos riscos e baixo custo.

Para isso, há microfranquias que oferecem um formato mais promissor, não sazonal e seguro para quem vai se adaptar ao mundo pós-pandemia. Além do modelo home based que pode ser instalado e gerenciado de dentro de casa, o store in store – literalmente uma loja dentro da outra – são empreendimentos ideais para quem vai começar.

Entre as franqueadoras que disponibilizam esses dois formatos está o Mr. Fit, principal rede de alimentação saudável do país, que disponibiliza um modelo de negócio para a venda de marmitas congeladas. Com investimento de R$ 6.250,00 já está inclusa a taxa de franquia, um estoque inicial de 100 refeições e material de divulgação, além de um freezer adesivado que pode ficar dentro de supermercados, salões de beleza, academias e escolas.

A Jan-Pro, maior rede de franquias home based do mundo e presente há quase dez anos no Brasil, atua dentro de um setor que segue e vai continuar em alta: o da limpeza comercial. Com investimento inicial de R$ 20 mil, o franqueador centraliza a gestão do cliente e apenas passa a demanda para que o franqueado realize a limpeza. O foco dos atendimentos está em restaurantes, escritórios em geral, academias de ginástica, bancos, consultórios médicos, entre outros.

Para quem gosta de inglês, a rede The Kids Club, especializada no ensino do idioma para crianças dos 18 meses aos 12 anos, oferece um modelo home based pelo valor de R$ 23.500. Já, a Mr. Kids especializada no ramo das vending machines, oferece o modelo store in store por um investimento inicial de R$ 18.700,00, valor que engloba o equipamento e a taxa de franquia. O franqueado conta com a assistência da rede para instalação em pontos estratégicos e já pré-negociado.

Obesidade e alimentação: 30% das crianças estão acima do peso

Nesta quarta-feira (03), se vivencia o Dia da Conscientização Contra Obesidade Mórbida Infantil. A obesidade é um dos problemas mais graves de saúde pública a serem enfrentados. Dados epidemiológicos oriundos do Ministério da Saúde, afirmam que três a cada dez crianças de cinco a nove anos de idade encontram-se acima do peso, o que evidencia um grande crescimento de sobrepeso e obesidade no Brasil.

A nutricionista e professora do curso de Nutrição da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Lilian de Lucena, explica que a obesidade se caracteriza pelo acúmulo de tecido gorduroso, em parte ou em todo corpo. “Trata-se de uma doença crônica, complexa e que tem cunho multifatorial. Se tratando de obesidade infantil, pode-se afirmar que consiste numa enfermidade nutricional onde o peso e IMC da criança encontram-se elevados para idade”, ressalta.

Segundo a nutricionista, as consequências da obesidade infantil podem ser notadas a curto e a longo prazo. “Em curto prazo podemos destacar desordens ortopédicas, os distúrbios respiratórios, a diabetes, a hipertensão arterial e as dislipidemias, além dos distúrbios psicossociais. A longo prazo, tem sido relatada uma mortalidade aumentada por todas as causas e por doenças coronarianas naqueles indivíduos que foram obesos na infância e adolescência. Diante do exposto, podemos destacar a importância de alimentação equilibrada como fator protetor de maior eficiência no combate à obesidade infantil”, explica a docente.

A nutricionista elenca algumas das estratégias nutricionais na prevenção à obesidade infantil. Confira:

– Realizar as refeições à mesa: a criança precisa entender que a refeição é algo importante e que, por isso, tem um local reservado para sua execução;

– Desenvolver uma rotina para alimentação: comer fora de hora é um dos principais aliados da obesidade. Criar uma rotina para as refeições é de extrema importância na formação de hábitos alimentares saudáveis;

– Evitar distração durante as refeições: utilização de celulares, tablets ou quaisquer dispositivos eletrônicos e portáteis, bem como o hábito da televisão ligada dificulta a participação no ato de comer. É preciso que a criança, ou adolescente, tenha concentração na hora da refeição. Esse momento de calma gerará auto percepção e o ajudará a desenvolver bons hábitos;

– Redução no consumo de alimentos industrializados ou ultraprocessados tais como: doces, balas, biscoitos com recheio, frituras, chocolates. Eles são ricos e calorias e pobres em nutrientes, favorecendo assim o ganho de peso excessivo;

– Estimular um prato colorido e variado! Esta combinação é sinônimo de muitos nutrientes! Frutas, verduras, legumes, oleaginosas, cereais, raízes e tubérculos, carnes brancas e ovos devem fazer parte de um plano alimentar diário;

– Incentivar o consumo de novos alimentos: mesmo com a recusa inicial por parte da criança, deve-se oferecer uma nova opção de frutas, legumes e outros alimentos saudáveis. Se caso a criança recusar, evite discussões ou ameaças. É recomendada a exposição a esse novo alimento entre 8 a 15 vezes, uma estratégia é mudar sua forma de preparo ou de apresentação do alimento que se deseja introduzir;

– Estimular atividades físicas (de acordo com a recomendação de um médico ou educador físico): torna-se imprescindível no que diz respeito ao gasto energético praticar algum esporte, dançar, correr, andar de bicicleta, pular corda que são atividades físicas clássicas de criança Em contra partida, torna-se necessário diminuir o tempo do computador e videogames.

Cerca de 11 milhões de brasileiros aguardam para receber o auxílio emergencial

Cerca de 11 milhões de brasileiros ainda estão com o pedido do auxílio emergencial em análise ou reanálise. Segundo a Caixa Econômica Federal, mais metade da população se cadastrou para receber o benefício.

De acordo com o banco estatal, foram registrados quase 107 milhões de cadastros para o recebimento do auxílio, dos quais 42 milhões foram considerados inelegíveis. Cinco milhões estão em reanálise e outros cinco milhões estão no primeiro processo de avaliação.

O benefício do governo federal foi disponibilizado para trabalhadores informais, desempregados, microempreendedores individuais, intermitentes e toda a população de baixa renda.

Governo de PE arrecada 950 mil itens pela Central de Doações em dois meses

A Central de Doações Remota do Governo de Pernambuco já contabiliza, em dois meses de operação, 950 mil itens arrecadados, número expressivo alcançado graças ao engajamento de instituições e de empresas privadas de pequeno, médio e grande porte do estado. A ação é coordenada, remotamente, por colaboradores da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), estatal ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC). As doações estão ajudando no combate à pandemia da Covid-19 e chegam até o grande público por meio do trabalho de logística realizado pelas Secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude.

Do total arrecadado, 250 mil itens são de produtos hospitalares; 96 mil mercadorias de gêneros alimentícios; 426 mil itens de higiene e limpeza, além de outros 178 mil itens diversos. “Sem a ajuda dessas empresas, o cotidiano dos trabalhadores das categorias que prestam serviços fundamentais no Governo e dos profissionais que estão no combate direto a Covid-19, seria ainda mais difícil. Quero deixar registrado nosso agradecimento à todas as empresas que doaram parte do seu estoque para uma ação tão importante”, ressalta, Roberto Abreu e Lima, presidente da AD Diper.

A Unilever, uma das maiores empresas doadoras da central, já repassou mais de 387 mil itens entre produtos de higiene pessoal e limpeza e 62 mil itens alimentícios, que tiveram como destinos ações sob comando da Secretaria de Saúde, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, ONG Novo Jeito e o Hospital do Câncer de Pernambuco. Em 20 de maio, a Central recebeu 39 ventiladores mecânicos BIPAP, utilizados na ventilação não invasiva de pacientes. Os itens foram distribuídos para hospitais estaduais.

O Aché Laboratórios Farmacêuticos também contribuiu para a causa. A empresa entregou 112 mil unidades de medicamentos. Já a Solar Coca-Cola destinou 126 mil unidades de garrafas pet para envasar álcool 70% em gel e líquido e 24 mil garrafas com água mineral. A Alpargatas doou 80 mil máscaras (entre cirúrgicas e N95). A Ambev repassou 10 toneladas de mandioca.

Um total de 10,8 mil unidades de máscaras (entre cirúrgicas e N95) e 16,4 mil unidades de luvas de procedimento foram disponibilizadas pela Associação dos Procuradores do Estado de Pernambuco e pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene). O Cetene também contribuiu com cinco mil toucas descartáveis e cinco mil sapatilhas Propé.

O Grupo Moura doou 20 mil máscaras de proteção facial (Face Shield). A Esposende Calçados repassou 48 mil pares de meia. Da Ondunorte, vieram 19,2 mil unidades de papel higiênico. Da Asa Indústria e Comércio chegaram 20 mil unidades de sabão em barra bactericida.

Além dos produtos de limpeza, a Central contabilizou o repasse de 63,2 mil litros de produtos sanitizantes. Entre as contribuições estão 21,4 mil litros de álcool 70% (gel e líquido) repassados por empresas como Ambev, Benzoquímica, Aquaflex, Guararapes, Infa Cosméticos, Total Clean, Hebron, Cervejaria Capunga, Cervejaria Ekaut, Conselho Regional de Química, Quimilab e Audace. Já o grupo Raymundo da Fonte doou 36 mil litros de água sanitária. Outros 5,8 mil litros de itens sanitizantes foram doados pela Unilever.

Para participar da corrente de doações, as empresas interessadas em enviar contribuições podem contatar a AD Diper pelo e-mail doacoescovid19@addiper.pe.gov.br ou pelos telefones 81 99488 2149 ou 81 99488 3777. As doações são diversas e os entre os produtos de mais necessidades estão os insumos e EPIs (máscaras, álcool 70% gel e líquido), além de produtos de limpeza.

Poços instalados pela Codevasf garantem água para famílias de 19 municípios

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) está investindo mais de R$ 30 milhões na perfuração e instalação de poços cristalinos e sedimentares em sua área de atuação no estado de Pernambuco. Os recursos são oriundos do Orçamento Geral da União destinados à empresa por meio de emendas parlamentares. A ação garantirá a dessedentação animal e, a depender da vazão do poço, a manutenção de pequenas hortas.

Segundo o superintendente regional da Codevasf em Pernambuco, Aurivalter Cordeiro, a perspectiva é que, até o final do primeiro semestre de 2021, ocorra a perfuração de 850 poços cristalinos e 25 sedimentares, além de montagem e instalação de mais de 1 mil unidades. “Todos esses poços que estamos instalando serão movidos a energia solar. Já fizemos a experiência em 2019 e comprovamos que ele tem um custo semelhante ao do cata-vento, mas, além de ser uma energia limpa, tem menor custo de manutenção”, explica.

A Companhia iniciou as obras no início de fevereiro deste ano. Até o momento, já foram perfurados cerca de 50 poços ao longo de 19 municípios pernambucanos. Quase 200 poços já possuem os estudos para que a obra se inicie. “Antes de perfurarmos os poços, nós fazemos levantamentos para saber a viabilidade. O estudo dos 200 primeiros nos mostrou que eles beneficiarão cerca de 25 mil pessoas. Se levarmos em conta que a ideia é perfurar no mínimo quatro vezes mais poços que isso, podemos alcançar a impressionante marca de quase 100 mil pessoas beneficiadas até meados de 2021”, projeta Aurivalter.

Francisco Arduino, morador do sítio Garrote, no município de Ouricuri, é um dos beneficiários dessa ação executada pela Codevasf. Ele conta que a dificuldade era muito grande por conta da seca. “A gente sofria aqui. Faltava água até pra aguar uma planta. Hoje, a gente vê esse poço jorrando água e sabe que vai poder cuidar das nossas plantas e também de todo o povo da vizinhança. Agradecemos demais”, afirma.

Os moradores do sítio Felipe, também beneficiados com a perfuração de poço realizada pela Codevasf, relatam que algumas vezes se viam completamente sem água, e a alternativa era gastar o pouco dinheiro que tinham pagando um carro-pipa. “Isso aqui é uma bênção, ver essa água assim. Vai melhorar muito pra todo mundo”, comemora o morador José Francisco dos Santos.

Poços movidos a energia solar

Em 2019, a Codevasf instalou dois poços que usam painéis fotovoltaicos para converter o calor armazenado em energia para o bombeamento da água. A primeira unidade foi na localidade Cacimba Velha, zona rural do município de Petrolina.

De acordo com Aurivalter Cordeiro, a resposta foi muito positiva. “Foi um trabalho pensado em conjunto com o presidente da Companhia, Marcelo Moreira. Observamos que cata-ventos têm problemas mecânicos com certa frequência, e a energia elétrica gera despesas periodicamente. Com essa nova maneira, em um dia de sol intenso, o equipamento registra capacidade de bombear até 1,7 mil litros de água por hora, o suficiente para encher um reservatório que vai dar um mínimo de segurança hídrica para a região”, conclui o superintendente.