Vendas do Dia das Mães devem encolher quase 60% devido à pandemia

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a crise provocada pelo novo coronavírus vai acarretar uma queda histórica do volume de vendas no varejo, no Dia das Mães de 2020. Em comparação com o ano passado, a entidade projeta um encolhimento de 59,2% no faturamento real do setor na data, considerada a segunda mais importante no calendário varejista brasileiro.

Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a projeção de queda para o Dia das Mães por causa da pandemia ficou acima das perdas estimadas para a Páscoa (-31,6%). “O Dia das Mães deste ano ocorrerá em meio ao fechamento de segmentos importantes para a venda de produtos voltados para a data, como vestuário, lojas de eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos. Já a Páscoa tem como característica a venda de produtos típicos em segmentos considerados essenciais, como supermercados, que permaneceram abertos desde o início do surto de covid-19”, disse, em nota.

De acordo com a CNC, o ramo de vestuário e calçados é o que apresenta a maior expectativa de encolhimento durante o Dia das Mães, com queda de 74,6%, seguido pelas lojas especializadas na venda de móveis e eletrodomésticos, com perda de 66,8%, e pelo segmento de artigos de informática e comunicação, com retração de 62,5%.

Segundo o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, o comércio deverá registrar retração em todos os estados durante a data. “São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, unidades da Federação que respondem por mais da metade das vendas voltadas para o Dia das Mães, tendem a registrar perdas de 58,7%, 47,4% e 46,6%, respectivamente”, afirmou. Em termos relativos, três estados do Nordeste deverão registrar as maiores perdas: Ceará (-74,2%), Pernambuco (-73,5%) e Bahia (-66,2%).

Museu festeja hoje Dia da Língua Portuguesa com programação virtual

O governador do estado de São Paulo, João Dória, apresenta a conclusão das obras de restauração do Museu da Língua Portuguesa

O Museu da Língua Portuguesa vai comemorar hoje (5), em São Paulo, o Dia Internacional da Língua Portuguesa 2020 com uma programação virtual especial.

Entre as atrações, haverá música, slam (poesia falada), literatura, contação de histórias, oficina, bate-papos e performances. A programação será transmitida no YouTube e Facebook do museu, a partir das 15h.

Esta é a quarta edição da comemoração do Dia Internacional da Língua Portuguesa, que nos anos anteriores foi realizada no saguão da Estação da Luz.

Com as medidas de isolamento social requeridas pela pandemia da covid-19, a programação cultural aproveita a conexão via web para internacionalizar as comemorações, focadas na pluralidade do idioma na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que instituiu a data.

Entre as atrações figuram o encontro “Poesia na língua do slam”, apresentado por Roberta Estrela D´Alva com participação de poetas do Brasil, Cabo Verde e Portugal, a lives Conexão Musical, e discotecagem do escritor e músico Kalaf Epalanga (Angola), da cantora Lenna Bahule (Moçambique) e do músico Hélio Ramalho (Cabo Verde), com a interlocução do pesquisador brasileiro Rafael Galante.

O público também vai ser transportado para dentro do Museu da Língua Portuguesa: na performance “Silêncio”, o dançarino Eduardo Fukushima apresenta uma coreografia gravada dentro das instalações do museu, completamente vazio e em silêncio. Todo a programação pode ser acessada no link.

A celebração da data é uma realização do governo do Estado de São Paulo, da Fundação Roberto Marinho e do Museu da Língua Portuguesa.

Rodas de conversa

A partir do conceito de que a língua se transforma o tempo todo, a programação vai refletir sobre o idioma que se modifica dentro das casas, diante do isolamento social.

Baseado na exposição principal do museu, o roteiro de atrações investiga o contato da língua portuguesa com outros idiomas, suas variações nos continentes e a diversidade nos grupos sociais.

Eventos virtuais com autores dos países de língua portuguesa vão unir Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.

São encontros como “Ortografia também é gente”, conduzido pela poeta mineira Ana Elisa Ribeiro, que debaterá o uso da palavra como instrumento para dar conta do que é vivenciado hoje.

Com ela, a escritora e artista visual de Guiné-Bissau, Gisela Casimiro, o escritor português Marco Neves, o professor moçambicano Nataniel Ngomane e a poeta pernambucana Micheliny Verunschk refletirão sobre a atualidade a partir da língua portuguesa e suas expressões locais.

No projeto “Cartas de um outro tempo”, ambos em parceria com a Revista Pessoa, escritores vão ler cartas sobre esse período de confinamento.

Nomes como Itamar Vieira Jr, Isabel Nery, Filipa Leal, Tatiana Salem Levy e Evandro Affonso Ferreira compartilharão suas perspectivas – e suas poéticas – em vídeos exclusivos.

Já na série Peripécias Poéticas, sob curadoria do Festival Internacional das Artes da Língua Portuguesa, atores de diversos países brincam com seus falares ao interpretar pílulas de poesia em vídeos.

Também com curadoria do festival, a atração “Língua portuguesa, prazer em te conhecer” coloca em contato jovens de Angola, Brasil, Portugal e Cabo Verde para vencer as fronteiras geográficas com um animado bate-papo online.

O Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado em 2020, após ser destruído por um incêndio em 2015.

Um dos primeiros museus do mundo totalmente dedicado a um idioma, ele celebra a língua como elemento fundador e fundamental da nossa cultura.

Por meio de experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos, o visitante é conduzido a um mergulho na história e na diversidade do idioma.

AGU assegura no STF competência da Anvisa para regulamentar rótulos de alimentos

A Advocacia-Geral da União conseguiu suspender em definitivo, no Supremo Tribunal Federal (STF), decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), que havia determinado que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editasse ato normativo exigindo uma nova redação para a menção da presença do corante amarelo tartrazina e seus supostos malefícios à saúde nos rótulos dos alimentos.

A decisão do TRF3 estabelecia que a Anvisa editasse, em 30 dias, a norma para que constasse na rotulagem de produtos alimentícios os alegados riscos da substância. A ação civil pública foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF).

Mas a AGU, por meio do Departamento de Contencioso da Procuradoria-Geral Federal (PGF) e da Procuradoria Federal junto à Anvisa, argumentou que a manutenção dos efeitos da decisão do TRF3 teria o potencial risco de causar lesão à saúde, à ordem econômica e à ordem administrativa.

Risco à saúde

Para a AGU, a determinação para que a advertência fosse inserida no rótulo dos alimentos poderia, ao contrário de trazer benefícios, provocar o erro do consumidor, por fazê-lo crer, por exemplo, que o corante seria a causa de asma brônquica. No entanto, o agente causador da condição poderia ser outro, o que privaria o consumidor de buscar tratamento médico adequado.

“Não existe comprovação científica de que o consumo da tartrazina possua reações de ordem alérgica, especialmente as que causariam asma brônquica. A inserção de advertência com relação aos possíveis riscos que o seu consumo pode causar às pessoas suscetíveis, nos moldes definidos pela sentença do TRF3, vai além do próprio princípio da precaução, que deve nortear as ações de vigilância sanitária”, explica o coordenador de Assuntos Judiciais da Procuradoria Federal junto à Anvisa, Renato Rodrigues Vieira.

A AGU ressaltou, ainda, que o consumidor que possui reações adversas ao corante tartrazina já tem acesso a informações claras e legíveis nos rótulos dos alimentos acerca de sua presença, o que permite a realização de escolhas alimentares conscientes e adequadas às suas necessidades.

Nesses casos em que há comprovação científica irrefutável de que dada substância é alérgica a um determinado grupo de pessoas, como o glúten, por exemplo, a legislação já ordena a menção do nome da substância por extenso no rótulo da embalagem e essa é uma medida eficaz para alertar as pessoas alérgicas sobre o consumo do produto.

Lesão à ordem econômica

Sob o ponto de vista da ordem econômica, a Advocacia-Geral sustentou que a edição da normativa conforme imposto pelo TRF3 traria prejuízos aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, tanto no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) como no Mercosul.

“Vale lembrar que boa parte da legislação sanitária de rotulagem de alimentos encontra-se harmonizada no bloco e que a adoção de medidas sem o devido amparo científico sob a alegação de riscos à saúde pode ser vista como uma tentativa de impor restrições desnecessárias ao comércio de alimentos”, pontuam os procuradores na defesa da AGU.

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, acolheu o pedido feito pela AGU. Afirmou que não foi questionado, na origem, o atestado sanitário emitido pela Anvisa sobre a segurança do aditivo para consumo, quando respeitado um limite de segurança de ingestão diária. Também confirmou que não existem critérios científicos precisos que justifiquem a inscrição proposta pelo MPF e acolhida pelo TRF3.

Desse modo, Dias Toffoli reafirmou o entendimento anterior, acordado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, e concedeu, em definitivo, o pedido de suspensão requerido pela Anvisa.

Povos indígenas pedem fundo de emergência para combater coronavírus

 Joênia Wapichana

Líderes indígenas do Brasil pediram à Organização Mundial da Saúde (OMS), nessa segunda-feira (4), a criação de um fundo de emergência para ajudar a proteger suas comunidades da ameaça da pandemia de coronavírus.

Muitos dos 850 mil indígenas do país moram em áreas remotas da Amazônia, com acesso limitado ao atendimento de saúde, e grupos indígenas dizem que o governo não incluiu suas comunidades nos planos nacionais de combate ao vírus.

Em carta ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, eles pediram ajuda para obter equipamentos de proteção pessoal, indisponíveis para os profissionais de saúde que trabalham em reservas e aldeias.

“É uma verdadeira emergência”, disse à Reuters a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), líder do apelo à OMS e a primeira mulher indígena eleita para o Congresso brasileiro.

“Os indígenas estão vulneráveis e não têm proteção”, afirmou.

O número de indígenas brasileiros mortos pelo vírus subiu para 18, informou a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, mas o governo registrou oficialmente seis.

Isso porque a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) só relata mortes em aldeias, e não as de integrantes de tribos que se mudaram para áreas urbanas.

Até domingo (3), havia sido confirmado que 107 indígenas da Amazônia estão infectados, 59 deles no extremo norte do Rio Amazonas, perto das fronteiras com a Colômbia e o Peru, disse a Apib.

A Coordenação de Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) se queixou da falta de exames e da ausência de assistência do Sesai para pessoas que vivem fora das aldeias tradicionais em cidades como Manaus, onde os casos de covid-19 estão sobrecarregando os hospitais.

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que proteger os povos indígenas é uma prioridade. A Fundação Nacional do Índio (Funai) proibiu missionários cristãos de evangelizarem tribos isoladas durante a epidemia para evitar o contágio.

O apelo dos grupos indígenas veio um dia depois de uma carta aberta, enviada por dezenas de artistas, músicos e atores internacionais a Bolsonaro, apelando para que ele proteja os indígenas do Brasil.

Entre os artistas que assinam a carta estão Ai Weiwei e David Hockney, os músicos Sting e Paul McCartney, os atores Glenn Close e Sylvester Stallone e a apresentadora e atriz Oprah Winfrey.

Produção industrial cai 9,1% em março, diz IBGE

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A produção industrial brasileira teve uma queda de 9,1% na passagem de fevereiro para março deste ano. Esse foi o maior recuo desde maio de 2018 (-11%) e o pior mês de março desde 2002. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado é reflexo das medidas de isolamento social provocadas pela pandemia de covid-19.

Na comparação com março de 2019, a queda chegou a 3,8%. A indústria acumula perdas de 2,4% na média móvel trimestral, 1,7% no ano e 1% em 12 meses.

“Esse impacto da pandemia fica evidenciado quando se compara com o mês de fevereiro, já que a taxa é fortemente negativa e representa a queda mais intensa desde maio de 2018, quando houve a greve dos caminhoneiros. E não apenas pela magnitude da taxa, mas também pelo alargamento por diversas atividades, incluindo todas as quatro categorias econômicas e 23 das 26 atividades pesquisadas”, afirma o pesquisador do IBGE André Macedo.

Na passagem de fevereiro para março, houve quedas na produção em 23 dos 26 ramos industriais pesquisados, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (-28%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-37,8%), bebidas (-19,4%), couro, artigos para viagem e calçados (-31,5%) e produtos de borracha e de material plástico (-12,5%).

Por outro lado, três atividades tiveram alta na produção: impressão e reprodução de gravações (8,4%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (0,7%) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (0,3%).

Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a principal queda ficou com bens de consumo duráveis (-23,5%). As demais categorias tiveram as seguintes taxas de queda: Os setores de bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-15,2%), bens de consumo semi e não-duráveis (-12%) e bens intermediários, isto é, insumos industrializados usados no setor produtivo (-3,8%).

Governo formaliza cessão de escolas e Centro de Convenções

Ontem, o Governo de Pernambuco formalizou a disponibilização de 26 escolas da rede estadual de ensino e o Centro de Convenções para a Caixa Econômica Federal – CEF. O objetivo é que nesses locais sejam instalados Centros de Informação para que os servidores do banco estatal façam o atendimento dos beneficiários do auxílio emergencial.

A iniciativa possibilitará que grande parte das pessoas, que hoje estão se aglomerando em filas em frente às agências, possam ser atendidas pelas equipes da Caixa Econômica Federal em um ambiente mais estruturado. O atendimento deverá seguir as orientações das autoridades sanitárias.

“Nós enviamos um ofício para a Caixa e a Federação Brasileira de Bancos, com a sugestão de que os saques do auxílio emergencial possam ser realizados em outras agências bancárias de outros bancos públicos ou privados. Assim, vamos contribuir para diminuir as filas que hoje se concentram nas agências da Caixa Econômica”, destacou o governador Paulo Câmara.

SOLIDARIEDADE – Uma parceria entre o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, Sistema S e o coletivo Unificados pela População em Situação de Rua vai oferecer duas mil refeições por dia para a população em vulnerabilidade social. A distribuição dos alimentos começou hoje (04.05) e vai atender os moradores em diferentes pontos da cidade.

Serão ofertadas duas mil refeições diariamente, sendo 1 mil no almoço e a outra parte no jantar. A oferta de duas refeições quentes por dia se soma a outras medidas já em curso e também voltadas às populações vulneráveis. Desde o fim de março, o Ponto de Cuidado do Recife, no Armazém 14, disponibiliza lavatórios, chuveiros e kits de higiene e de alimentação. Há Pontos de Cuidado no Recife e em Paulista. Nos próximos dias começam a funcionar as unidades de Olinda e Jaboatão dos Guararapes.

O Governo de Pernambuco vem acompanhando a situação dos pescadores artesanais do Estado. A Secretaria de Desenvolvimento Agrário vem incentivando o cadastramento junto à Caixa Econômica Federal para que esses trabalhadores possam receber o auxílio emergencial anunciado pelo Governo Federal. Também estão sendo distribuídas 10 mil cestas básicas entre as famílias prejudicadas pela diminuição da demanda por pescados provocada pela suspensão das atividades econômicas.

Cerca de 65 mil máscaras de tecido, doadas pelo Instituto Ação Pela Paz para o sistema prisional de Pernambuco, começaram a ser distribuídas hoje (04.05) pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Essa medida vai contribuir, significativamente, para evitar a disseminação do novo Coronavírus nas unidades prisionais do Estado. Mais de 32 mil detentos receberam, cada um, duas unidades do equipamento de proteção individual (EPI). No momento da entrega, as equipes de saúde orientam sobre o uso correto do equipamento.

Também hoje, o Governo do Estado encaminhou 20 mil kits de higiene para a Central Única das Favelas de Pernambuco (CUFA). Sabonete, creme dental, escova, shampoo, desodorante e sabão em pó formavam as cestas entregues a instituição. Os itens foram enviados à Central de Doações Remota da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Dipper) pela Unilever, empresa que produz alimentos, bebidas, produtos de limpeza e de higiene pessoal.

Link com o pronunciamento do governador: > https://we.tl/t-uIsnwEcBpU

Sondagem da CNI aponta queda na atividade da construção civil

Construção civil

A atividade industrial na construção civil caiu de forma inédita de fevereiro para março, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), hoje (5), na Sondagem Indústria da Construção. Segundo a confederação, o mês de março de 2020 foi fortemente afetado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). A sondagem colheu informações com 411 empresas, sendo 143 de pequeno porte, 181 de médio porte e 87 de grande porte.

De acordo com a CNI, o índice de evolução do nível de atividade ficou em 28,8 pontos, “o que demonstra uma queda muito intensa e disseminada”. Esse indicador varia de 0 a 100, com linha divisória de 50 pontos, que separa crescimento e queda do nível de atividade. Os valores abaixo de 50 pontos são considerados retração.

“É o valor mais baixo da série histórica. Indica recuo de intensidade e disseminação jamais registrados na série mensal”, disse o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Apesar desse recuo, a queda no emprego não foi tão intensa quanto a retração do nível de atividade, aponta a sondagem da CNI. O indicador de evolução do número de empregados registrou 39 pontos, 11 pontos abaixo da linha divisória de 50 pontos. Entre os motivos, diz a CNI, estão a rapidez e a surpresa da queda da atividade e a possibilidade de os empresários adotarem medidas temporárias para preservação de empregos, como a redução proporcional de jornada de trabalho e salário. Essas foram alternativas à dispensa permanente dos empregados, diz a CNI.

“Mas não sabemos como vai ficar nos próximos meses, devido a forte contração da atividade e das expectativas”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Próximos meses

De acordo com a CNI, diante da atual conjuntura, as expectativas para os próximos seis meses registraram as maiores quedas observadas na série histórica. “Esse fato demonstra a preocupação do empresário da indústria da construção com o futuro imediato”, avalia o estudo

Os índices de expectativas do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços recuaram 27,4 e 26,6 pontos, respectivamente, em abril na comparação com março. Os indicadores de expectativas de compras de insumos e matérias-primas e do número de empregados recuaram, 24,9 e 22,8 pontos, respectivamente, no mesmo período.

Os números de abril de 2020 representam o patamar mais baixo atingido por todos os indicadores de expectativa desde o início de suas respectivas séries históricas mensais.

Indústria da construção

O índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) registrou 34,8 pontos em abril, após cair 24,5 pontos, o maior recuo mensal da série. Com a queda, o Icei-Construção recuou para o menor valor da série desde outubro de 2015, quando registrou 34,4 pontos.

Faturamento

A situação financeira das empresas da construção piorou devido à forte queda do faturamento e do nível de atividade decorrentes da pandemia. A piora nas condições financeiras ocorreu depois de três altas consecutivas dos indicadores ao longo de 2019. A insatisfação com a situação financeira e a margem de lucro operacional de seus negócios retornou aos níveis registrados no início do ano passado.

O índice de satisfação com a situação financeira registrou 38,6 pontos, redução de 6,2 pontos frente ao quarto trimestre de 2019. A queda reverte a maior parte de toda melhora acumulada em 2019. A lucratividade também foi afetada negativamente. O indicador de satisfação com a margem de lucro operacional registrou 34,1 pontos após queda de 5,8 pontos em relação ao quarto trimestre de 2019.

Segundo a CNI, o acesso ao crédito também se tornou mais difícil no primeiro trimestre de 2020. O índice de facilidade de acesso ao crédito também recuou 5,4 pontos, de 37,6 pontos para 32,2 pontos.

Grupo BIG anuncia campanha para arrecadar doações

O Grupo BIG (@hipermercadobig) inicia uma campanha para apoiar as comunidades vulneráveis próximas de suas lojas neste período de quarentena. A iniciativa é parte do projeto #ATITUDESBIG, que tem como objetivo incentivar e recolher as doações feitas por clientes e pelos mais de 50 mil colaboradores da empresa. Para isso, o Grupo BIG contribuirá com o envio de mais de 200 toneladas de alimentos e produtos de primeira necessidade para entidades como o Mesa Brasil, Amigos do Bem e a Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul. A empresa também vai contribuir com o montante arrecadado pelos seus colaboradores, adicionando parte do valor que será doado para as comunidades impactadas pelo novo coronavírus.

Como forma de aliviar a tensão causada pelo isolamento social e estimular as doações, o projeto #ATITUDESBIG também apoiará o Risadaria – maior festival de humor do mundo – na realização da primeira live em formato de stand-up comedy do país que vai arrecadar doações para as vítimas da pandemia. O show ‘Risadaria em Casa’ será realizado na próxima terça-feira (05), a partir das 21h, e contará com a participação de nomes ilustres do humor como Fábio Porchat, Leandro Hassum, Marco Luque, Maurício Meirelles, Marlei Cevada, Igor Guimarães e Victor Sarro, além do idealizador do projeto e mestre de cerimonias, Paulo Bonfá. Por se tratar de uma ação social, todos os artistas renunciaram ao seu cachê.

“Além de levar entretenimento e conforto para a população, as lives têm ganhado cada vez mais espaço ao promover a arrecadação de alimentos e produtos de higiene para as pessoas afetadas pela covid-19”, afirma Christianne Rego, diretora executiva de marketing do Grupo BIG. “É um momento muito delicado para todo nós e por isso tivemos a ideia de propor a realização da live junto ao Risadaria como forma de levar um pouco de alegria para as pessoas e ajudar as comunidades locais nas praças onde atuamos”, completa a executiva.

Para contribuir com o projeto e assistir ao ‘Risadaria em Casa’, acesse o Canal do Risadaria no YouTube na data e horário da transmissão.

Serviço – Risadaria em Casa
Nomes confirmados: Paulo Bonfá, Fábio Porchat, Leandro Hassum, Marco Luque, Maurício Meirelles, Marlei Cevada, Igor Guimarães e Victor Sarro.
Data do evento: 05 de maio, terça-feira
Horário da transmissão: a partir das 21h
Onde assistir: https://www.youtube.com/Risadaria

Sobre o Grupo BIG
Presente no país desde 1995, o Grupo Big, ex-Walmart Brasil, opera hoje com 411 unidades e mais de 50 mil funcionários em 18 estados brasileiros, além do Distrito Federal. São 7 bandeiras entre hipermercados (Big e Big Bompreço), supermercados (Super Bompreço e Nacional), atacado (Maxxi Atacado), clube de compras (Sam’s Club) e lojas de vizinhança (TodoDia), além de postos de combustíveis e farmácias. O Grupo é o terceiro maior conglomerado de varejo alimentar do Brasil. Em julho de 2018, a Advent International anunciou a aquisição de 80% da operação Walmart Brasil. O Walmart Inc. mantém uma participação de 20% na empresa.

Israel anuncia descoberta de anticorpo para o coronavírus

Profissional de saúde realiza teste para o novo coronavírus em Brasília

O Instituto de Israel para a Investigação Biotecnológica, do Ministério da Defesa, anunciou que desenvolveu um anticorpo para o coronavírus e que prepara a patente para depois entrar em contato com empresas farmacêuticas, com o objetivo de produzir em escala comercial.

Em comunicado, o instituto assegura que o anticorpo desenvolvido ataca e neutraliza o vírus nas pessoas doentes.

“De acordo com os pesquisadores, liderados pelo professor Shmuel Shapiro, a fase de desenvolvimento do anticorpo foi concluída”, acrescenta a nota.

O ministro da Defesa de Israel, Naftali Benet, visitou o laboratório do instituto em Nezz Ziona, ao sul de Tel Aviv, onde tomou conhecimento da pesquisa. Ele afirmou que o “anticorpo ataca o vírus de forma monoclonal” qualificando o trabalho desenvolvido como “grande conquista”.

“Estou orgulhoso do pessoal do Instituto de Biotecnologia por esse avanço. A criatividade e o pensamento judaico atingiram grande resultado”, disse o ministro na nota. O texto não especifica se foram realizados testes em seres humanos.

Altos cargos do setor da defesa e da segurança israelita disseram que a descoberta é a “primeia desse tipo em nível mundial”.

De acordo com a publicação digital Times of Israel, no mundo há cerca de uma centena de equipes de investigação à procura de uma vacina para o novo coronavírus, que provocou a pandemia, sendo que cerca de uma dezena estão, neste momento, em fase de teste em seres humanos.

Especialistas avisaram, em março, que o processo após o desenvolvimento de uma vacina em laboratório pode demorar pelo menos 18 meses.

O Instituto para a Investigação e Biotecnologia de Israel dedica-se, entre outras atividades, a investigar armas químicas, procurando antídotos contra novas substâncias.

Em março, o jornal Haaretz publicou que o centro tinha conseguido avançar nas investigações sobre a vacina, tendo o Ministério da Defesa desmentido a informação.

Em nível global, segundo balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 250 mil mortes e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Filas: Federação de bancários da Caixa critica omissão do governo

As dificuldades que milhares de brasileiros estão tendo para receber o auxílio emergencial de R$ 600 e a importância dos bancos públicos na crise causada pela pandemia do novo coronavírus foram destacadas, nesta segunda-feira (4), pelo presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, e o diretor de Formação e ex-presidente da entidade, Jair Pedro Ferreira. Para os dirigentes da Fenae, falta vontade política do governo em buscar soluções aos problemas. Eles também avaliam que a intenção é desgastar a imagem da Caixa para retomar posteriormente o processo de privatização, com a venda de partes rentáveis do banco.

“A direção da Caixa precisa se organizar e informar corretamente a população que busca o auxílio emergencial. Caso contrário, vamos ter o caos se o pagamento do benefício for mantido como está atualmente”, alertou Sergio Takemoto, durante entrevista ao Fórum Onze e Meia da Revista Fórum, nesta segunda-feira (4).

Uma das possibilidades apontadas pelos dirigentes da Fenae como solução às filas e aglomerações nas agências é a atuação conjunta do governo federal com representações locais. Conforme destacaram Takemoto e Ferreira, o papel do Executivo federal é mobilizar governos estaduais, prefeituras e conselhos de Assistência Social, por exemplo, com o objetivo de organizar o pagamento da renda básica emergencial.

Neste sentido, o presidente da Fenae citou como exemplo o governo do Maranhão que, por meio de decreto, convocou bombeiros civis para a organização das filas nas unidades da Caixa. “Vamos pedir ao consórcio do Nordeste que medidas semelhantes sejam estendidas aos demais estados da região”, anunciou Takemoto.

“É um direito das pessoas receberem o auxílio e o governo não está preocupado. O governo quer jogar no caos e quem está pagando o pato são as pessoas que mais precisam”, acrescentou Jair Ferreira.

Cobranças — O presidente da Fenae também lembrou que, desde o início da pandemia da Covid-19 — há cerca de dois meses — as entidades representativas dos empregados da Caixa vêm cobrando da direção do banco medidas protetivas para a saúde dos trabalhadores e da população que precisa recorrer às agências.

Desde o anúncio do pagamento centralizado do auxílio emergencial, as condições de trabalho dos bancários da Caixa Econômica ficaram ainda mais precarizadas devido à maior exposição deles ao contágio pelo coronavírus.

“Nossa preocupação principal sempre foi com a saúde dos empregados e das pessoas que vão às agências”, ressaltou Takemoto. “O governo subestimou o número de pessoas que deveriam ser atendidas e continua jogando para os trabalhadores do banco a responsabilidade de organizar o pagamento. Esse não é o papel dos empregados, que estão realizando um trabalho heroico, cumprindo a missão da Caixa de atender as pessoas mais carentes. Mas é preciso dar condições adequadas para que eles façam esse trabalho”, frisou.

Jair Ferreira relembrou que foram encaminhados diversos ofícios à direção do banco e também a autoridades de saúde do governo federal cobrando ações para conter o fluxo de pessoas nas agências da Caixa. “Enviamos, por exemplo, ofício ao ministro da Saúde (Nelson Teich), cobrando medidas mais eficazes para proteger os bancários que estão na linha de frente do atendimento à população; mas, nenhuma providência foi tomada”, afirmou.

Bancos públicos — Os dirigentes da Fenae também destacaram a importância dos bancos públicos nesse momento. Conforme ressaltaram, no cenário de aprofundamento da crise econômica com a pandemia do coronavírus, são os bancos públicos que dão a contrapartida que a sociedade precisa. Eles observaram que o volume de dinheiro para a população é menor do que o direcionado ao setor privado, contemplado com um socorro de R$ 1,2 trilhão em recursos públicos.

Sergio Takemoto afirmou, ainda, que os bancos privados não têm interesse em atender as demandas sociais — como é o caso do pagamento do auxílio emergencial — e que o governo “não vai fazer absolutamente nada” para cobrar a atuação dessas instituições (privadas). “O sistema financeiro vem lucrando há muito tempo e precisa contribuir nesse momento”, disse o presidente da Fenae.