Alunos e professores pernambucanos comemoram adiamento do Enem

Aplicativo de Celular ENEM 2019

Por meio de nota oficial, divulgada na tarde de ontem (20), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) confirmou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, que seria realizado em novembro deste ano, foi adiado. A decisão foi comemorada por alunos e professores pernambucanos, que temiam o impacto da pandemia do novo coronavírus nos resultados obtidos na principal prova do país, responsável pelo ingresso dos estudantes de ensino médio em universidades.

Ouvindo os pedidos de diversas instituições educacionais, uma nova data será escolhida entre 30 e 60 dias após a que estava prevista nos editais. As inscrições também foram ampliadas e poderão ser feitas até o dia 22 de maio. “Sempre fomos unânimes pelo adiamento. Quem é educador deve ter sensibilidade social e empatia pelos estudantes. Mudar a data é o mínimo, seria um absurdo manter o calendário quando os alunos não estão tendo as mesmas condições de ensino. Escolas particulares conseguiram, depois de muito esforço, entrar no universo online, mas muitas escolas públicas não conseguem passar seus conteúdos remotamente”, diz o diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco e diretor pedagógico do Colégio DOM, Arnaldo Mendonça.

“Eu achei ótimo. Disponibilizamos aulas e materiais online, mas sabemos que muitos dos nossos alunos não tem boa qualidade de conexão. Chegávamos a arriscar nossas vidas saindo das nossas casas para deixar conteúdo para eles na escola e eles, por sua vez, também se colocavam em risco para ir buscar. Vencemos uma batalha”, comenta a professora Mariza Hermes, que leciona matemática na Escola de Referência Mariano Teixeira. Karin Vitória, de 16 anos, é uma das alunas de Mariza e também é favorável a mudança de calendário. “Graças a Deus consigo assistir aulas online, meus professores ficam disponíveis e faço cursinho, mas sei de muitos colegas de escolas públicas que não têm a mesma oportunidade. Estou segura quanto ao conteúdo, mas o sentimento é de angústia pelo o que está por vir”, diz a aluna que tentará medicina.

Assim como Karin, Giovanna Arcoverde também concorrerá pelo curso em Saúde. Aluna do Santa Maria, a aluna diz que a nova data ajudou a acalmar um pouco a ansiedade. “Achei bastante respeitosa a decisão de adiar a prova. O processo do vestibular não é fácil para ninguém e esse distanciamento social complica ainda mais. Temos que levar em consideração que somos seres humanos e, desta maneira, somos sociáveis. A falta de contato com outras pessoas mexe muito com o nosso psicológico e com o nosso emocional, que deve estar em equilíbrio para a prova”, diz a aluna de 17 anos.

Professores e alunos do Colégio Dom acreditam na qualidade do ensino que está sendo oferecido online, mas também veem o Enem deste ano como um desafio. “No nosso colégio já tínhamos algumas aulas remotas, mas agora toda a grade deve ser passada deste modo, ainda não sabemos o que esperar como resultados”, diz o coordenador pedagógico Genildo Júnior. “A decisão não é somente benéfica como necessária. A preparação online é diferente, são aulas menos interativas e mais rápidas. Um processo que exige muito mais concentração dos alunos, que não possuem mais intervalos ou contatos com os outros estudantes”, aponta José Vitor de Carvalho, de 16 anos, que tentará Enem para Ciência da Computação.

Do piloto ao celular

Se esse é um momento novo para os alunos, para os docentes exigiu ainda mais a reinvenção. “As aulas online são complicadas, foi uma mudança que teve de ser feita de forma muito rápida. No momento estou concedendo entrevista com meu filho de um ano no braço, após terminar uma aula, e continuo atendendo alunos pela internet. O momento exige estas medidas, mas nada é melhor para um aluno do que o olho no olho e a interação em sala. Onde recebem mais atenção de professores e colegas”, comenta o professor de inglês do Colégio Fazer Crescer, Kerley Muniz. “A mudança de data gerou alívio. As aulas remotas não são a mesma coisa, confesso que estava na torcida para que essa decisão saísse. Queremos mais tempo de aula presencial para preparar nossos alunos”, diz Amenaide Pessoa, coordenadora do Ensino Médio da mesma instituição.

Em 26 anos lecionando no colégio Santa Maria, o professor de química e coordenador das turmas ITA-IME Robson Villar nunca enfrentou dificuldade parecida, mas ainda acredita que o momento é de esperança, mesmo em meio às dificuldades. “Essa é uma situação ímpar. As mudanças são usualmente acompanhadas de expectativas e incertezas, mas devemos procurar tirar o melhor possível delas. Com o adiamento ganharemos um pouco mais de tempo para atendermos os alunos e assim qualificá-los ainda mais para enfrentar o ENEM”, comenta. “É preciso não desanimar. A vitória é um precioso bem que pertence àqueles que nela acreditam por mais tempo. Esse momento difícil que estamos vivendo irá passar.”

Dicas para uma boa prova

O diretor geral do Motivo, Sérgio Ribeiro, acredita que a sala de aula já não é o único ambiente de aprendizagem e separou algumas dicas para que os alunos que farão Enem neste ano fiquem mais tranquilos durante o exame.

Dicas para uma boa rotina de estudos:

•Planeje-se e tenha uma rotina de estudos
•Defina um local de estudos
•Crie uma agenda e um roteiro para o estudo dos conteúdos
•Faça anotações e tire dúvidas
•Treine a redação
•Mantenha-se sempre atualizado
•Cuide da saúde: faça pausas, alimente-se bem, pratique atividades físicas e busque relaxar e dormir bem.

Durante os estudos, é importante:

•Refazer provas. Após um exercício de auto percepção, refazer vestibulares de anos anteriores pode ser uma forma de se aproximar ainda mais desse universo. É importante se testar simulando as questões dessas avaliações.
•Identificar os erros. Ter consciência quanto as questões em que não houve êxito é um dos primeiros passos para que o aluno possa definir uma “trajetória para se fortalecer naquilo que ele identificou sendo o seu gap”.
•Fazer um planejamento em consonância com a matriz de avaliação. Ao definir quais processos seletivos irá se submeter, o jovem deve entrar em contato com a matriz que constitui cada vestibular. “Normalmente a matriz de conteúdo daquela avaliação dá pistas de como aquela prova se organiza. Se é uma prova mais analítica, por exemplo”.

Diario de Pernambuco

Fake news sobre Covid-19 no YouTube são vistas quase 3 vezes mais que dados reais

“Uma aula para toda a vida. Como conseguir a sonhada imunidade.” Usando essa frase, o presidente Jair Bolsonaro compartilhou no sábado (16), em suas redes sociais, um vídeo do médico Belmiro D’Arce, de Presidente Prudente (SP).

“Pior do que a contaminação pelo coronavírus é a fragilidade do corpo, é a falta de imunidade, e é isso que precisa ser combatido”, diz o médico no vídeo disponível no YouTube. “Tome banho de sol, onde entra o sol, sai a doença. Fuja do envenenamento mental de notícias que criam tensão e evite o açúcar, leite de vaca, industrializados. Eles criam no corpo ambiente propício para multiplicação dos vírus.”

O “Belmiro D’Arce” foi um dos canais de desinformação e fake news no YouTube analisados no estudo “Ciência Contaminada – Analisando o contágio de desinformação sobre coronavírus via YouTube”, de pesquisadores do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (Cepedisa) da USP, do Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (LAUT) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), sediado na Universidade Federal da Bahia.

O estudo ao qual a reportagem teve acesso identificou as principais redes que se disseminam informações falsas sobre o coronavírus no YouTube a partir da análise de 11.546 vídeos na primeira fase do levantamento, entre 1 de fevereiro e 17 de março, e 12.775 na segunda, entre 18 de março e 1 de maio.

Na primeira fase do estudo, as redes com grande circulação de desinformação sobre a doença tiveram quase três vezes mais visualizações do que as redes com informações verdadeiras sobre a Covid-19 –73.429.098 visualizações contra 27.712.722 visualizações.

O maior canal em que foram identificadas informações falsas é o Desperte – Thiago Lima, com 1,02 milhão de inscritos.

O canal é 4,3 vezes maior que o do Ministério da Saúde (233 mil inscritos) e tem “temáticas conspiratórias religiosas, misticistas e de cunho geopolítico”. Há desde acusações de que a Rede Globo agiria para implantar chips de controle na população até ataques à China.

“Associam o pangolim, suspeito transmissor do novo coronavírus, ao filme ‘Sonic’, um filme que veio ao ar em 2019 tendo como protagonista um porco-espinho. Evoca-se essa similaridade estética entre o animal e o protagonista do filme como prova cabal de uma trama política que ocorreria nos bastidores da geopolítica mundial”, diz o estudo.

Com audiência brasileira de cerca de 120 milhões usuários, o YouTube detém 15% de participação dos vídeos assistidos no Brasil, atrás apenas da TV Globo (18%), segundo o levantamento Video Viewers/Provokers de 2018. O consumo de vídeos online no Brasil cresceu de 8,1 para 19 horas semanais entre 2014 e 2018, enquanto o consumo de vídeos na TV apresentou um crescimento dez vezes inferior, de 21,9 para 24,8 horas semanais. Esses vídeos também alimentam boa parte das trocas de mensagens pelo WhatsApp.

Os pesquisadores identificaram quatro redes principais com conteúdo relativo à epidemia de coronavírus.

Uma delas é a rede de canais de teorias da conspiração, como o Desperte. Ataques ao “socialismo” e ao “comunismo” e termos como “Partido Comunista Chinês” e “arma biológica” são recorrentes. Outro canal da rede de teorias da conspiração, o “Questione-se”, que tem 658 mil seguidores, aposta na narrativa política, dizendo que os governadores estão ao lado da China, “dando um golpe no Brasil” e que têm um “esquema de caos desenhado”.

Há também canais que formam a rede de discurso religioso. Em alguns, rejeita-se a ciência e a pandemia é tratada através de ótica religiosa. Mas outros, como o do pastor Silas Malafaia, usam dados científicos de forma seletiva ou enviesada para corroborar suas teses.

Também pródiga em desinformação é a rede de pretensas informações médicas. Segundo a pesquisadora Nina Santos, do INCT.DD, cerca de 30% dos vídeos com mais de 100 mil visualizações nessa rede são de médicos que associam seus conteúdos digitais à venda de produtos.

Os vídeos listam dicas de como aumentar a imunidade com o consumo de determinados alimentos e vitaminas e raramente mencionam fontes oficiais ou recomendações das autoridades sanitárias.
“A estética e apresentação do conteúdo dão a entender que o consumo de produtos ‘saudáveis’, indicados por eles mesmos, são suficientes para combater a epidemia do coronavírus, o que induz o receptor à confusão. As ações de lavar as mãos, manter a distância social ou evitar de tocar na boca, nariz e olhos, oficialmente indicadas pela Organização Mundial de Saúde, raramente aparecem nos vídeos”, diz o estudo.

O médico Jea Myung Yoo, por exemplo, declara com todas as letras: “Coronavírus, esse novo que apareceu, não é problema nenhum. Sua imunidade é que realmente determina se você vai ser infectado ou não”. Segundo ele, “se as suas células do sistema de defesa estão funcionando bem, você pode ficar deambulando nos shoppings, em qualquer lugar, você pode abraçar aquele que está com esse vírus, não importa, gente, não tem problema nenhum”. Seu vídeo já foi visto mais de 765 mil.

Autoridades frequentemente colaboram para amplificar a desinformação, segundo o estudo. O canal do médico Belmiro D’Arce tem cerca 2,4 mil inscritos e a média dos últimos 20 vídeos é de cerca de 374 views. Já o vídeo de Belmiro divulgado por Bolsonaro já soma 113 mil visualizações.
A quarta rede reúne os canais jornalísticos e de informação e agrega a maior parte das notícias legítimas. Entre os vídeos com mais de 100 mil visualizações, apenas 4,8% continham algum tipo de desinformação.

Segundo Caio Vieira Machado, pesquisador do LAUT e Cepedisa, esse é o primeiro de uma série de estudos sobre desinformação como forma de “debilitar o sistema de peritos, atacando universidades, mídia, entidades públicas, ciência”. Aí se encaixam campanhas antivacinação, revisionismo histórico e questionamentos às mudanças climáticas.

“No caso da Covid, sem hipérbole, a desinformação pode afetar o futuro econômico do país e pôr em risco milhares de vidas”, diz Machado.

“Não existe vacina nem tratamento específico para a Covid-19. Todo enfrentamento da epidemia agora depende de medidas comportamentais, que estão ligadas diretamente a informação”, diz Daniel Dourado, do Cepedisa. “A única coisa que comprovadamente pode conter a epidemia é informação correta chegando às pessoas.”

Folhapress

Isolamento social em Pernambuco segue abaixo de 50%

Pernambuco registrou 48,9% de adesão ao isolamento social nessa quarta-feira (20), terceiro dia útil da quarentena mais rígida em cinco cidades. O índice, levantado pelo Instituto Inloco, é ligeiramente maior que o da terça-feira (19), quando houve 48,8% de adesão. Segundo autoridades sanitárias, 70% é o valor ideal para combater com mais eficácia a propagação da Covid-19.

O resultado dessa quarta foi o melhor para este dia da semana desde 15 de abril, quando houve 49,0% de adesão entre a população pernambucana. Nas demais quartas, foram registrados 47,5% em 13 de maio; 46,1% em 6 de maio; 45,7% em 29 de abril; e 47,7% em 22 de abril.

Entre as 184 cidades pernambucanas e o Arquipélago de Fernando de Noronha, pela primeira vez desde o começo da quarentena o Recife não liderou o ranking estadual. A capital pernambucana, com 54,0% de adesão, ficou atrás das cidades de Carnaubeira da Penha (54,4%) e Salgadinho (54,1%).

Olinda ocupou o quarto lugar, com 53,5%. São Lourenço da Mata ficou em nono lugar, com 51,0%; Camaragibe em décimo, também com 51,0%; e Jaboatão dos Guararapes em 11º, com 50,9%. O pior índice do Estado foi registrado na cidade de Solidão: 28,8%.

O levantamento compila dados da geolocalização dos celulares da população. Os índices das cidades pernambucanas são divulgados pelo Painel Isolamento Social, do Ministério Público de Pernambuco.

Folhape

Governo do Maranhão anuncia retomada gradual da economia

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou ontem (20) o início de um processo gradual de abertura de atividades econômicas no estado nos próximos 45 dias.

A reabertura será feita por etapas e começará na próxima segunda-feira (25), seguindo protocolos sanitários e de segurança. Os comerciantes deverão usar máscaras e manter o distanciamento social.

O primeiro segmento a ter a abertura autorizada são as empresas exclusivamente familiares, na qual trabalham apenas o proprietário e pessoas de sua família. A exceção são as lojas que ficam em shopping centers.

A expectativa é que outros setores da economia tenham a sua abertura autorizada a partir de 1º de junho.

O Maranhão tem 15.144 casos do novo coronavírus e 634 mortes pela Covid-19. Ao todo, 85% dos 350 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Covid-19 estão ocupados nesta quarta.

Folhapress

Paulo Marinho depõe à PF por 5 horas sobre suposto vazamento à família Bolsonaro

O empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no Senado, deixou a Polícia Federal do Rio de Janeiro no começo da noite da quarta-feira (20), após mais de cinco horas de depoimento. Ele não comentou à imprensa sobre o que relatou à corporação.

O MPF (Ministério Público Federal) do Rio de Janeiro e a PF abriram investigações para apurar relato de Marinho à Folha de S.Paulo. O empresário disse que um delegado da PF antecipou a Flávio que seu ex-assessor na Alerj, Fabrício Queiroz, seria alvo da Operação Furna da Onça, então sigilosa.

Nesta quarta, Marinho disse a jornalistas que não poderia falar sobre o conteúdo do depoimento porque o inquérito corre sob sigilo. “Qualquer declaração pode prejudicar as investigações”, afirmou.

Segundo Marinho afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo, a Operação Furna da Onça teria sido “segurada” para que não atrapalhasse Jair Bolsonaro na disputa eleitoral. De acordo com o relato, Flávio foi avisado entre o primeiro e o segundo turnos por um delegado simpatizante da candidatura de Bolsonaro à Presidência.

Os desdobramentos da operação, deflagrada em novembro de 2018, revelaram um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio e atingiram Queiroz, policial militar aposentado amigo de Jair Bolsonaro e ex-assessor de Flavio na Assembleia Legislativa do Rio.

O delegado-informante teria aconselhado ainda Flávio a demitir Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro. Segundo o relato, ambos foram exonerados em 15 de outubro de 2018 por ordem do então candidato Bolsonaro.

De acordo com relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. As movimentações seriam incompatíveis com o patrimônio e a atividade do ex-assessor.

O relatório foi distribuído ao MPF, à PF e ao Ministério Público do Rio em 3 de janeiro de 2018. O documento foi incluído no inquérito da PF sobre a Furna da Onça em maio de 2018, data de sua instauração.

Nesta tarde, Marinho foi ouvido pelo procurador Eduardo Benones, coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF-RJ. A Procuradoria instaurou procedimento investigatório criminal e pediu desarquivamento de inquérito policial para apurar supostos vazamentos na Furna da Onça.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu que Marinho também fosse ouvido pela PF no contexto do inquérito já aberto para investigar, com base em acusações do ex-ministro Sergio Moro (Justiça), se o presidente Bolsonaro tentou interferir indevidamente na corporação.

Folhapress

Instituições produzem face shield com impressora 3D

Diversas Instituições de Ensino Superior (IES) do país, mantidas pelo Ser Educacional, têm utilizados seus laboratórios para a produção de face shields para doação a hospitais e unidades de saúde. A Faculdade UNINASSAU Belém e a Faculdade UNINASSAU João Pessoa, a UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Campina Grande e a Faculdade UNINASSAU Natal já estão com o projeto em andamento.

A utilização da tecnologia de impressora 3D para produção desse material tem sido de fundamental importância, pois barateia o custo e diminui o tempo de fabricação. Uma máscara, que pode custar até R$36, teve custo de apenas R$3,50 na Faculdade UNINASSAU Belém, por exemplo, que doou 200 itens no primeiro lote. E o processo, que duraria mais de 6h, pode ser feito em apenas 1h30.

De acordo com o presidente do Ser Educacional, Jânyo Diniz, esse é mais um reforço de um dos pilares do Grupo, a Responsabilidade Social. “Nossa comunidade acadêmica está engajada para ajudar sociedade e profissionais de saúde nesse momento. A produção de face shields com impressora 3D corrobora nosso papel solidário e socialmente responsável”, destacou.

A máscara face shield é um dos itens essenciais dentro dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e funcionam como primeiro isolamento físico nos profissionais de saúde. Elas barram qualquer possível contato com gotículas de pacientes contaminados, lançadas durante a fala ou tosse, por exemplo. Com a proteção, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos da saúde ficam mais protegidos de contaminações, principalmente, por meio dos olhos, boca e nariz.

Mais máscaras

A Faculdade UNINASSAU Caruaru, também mantida pelo Ser Educacional, firmou parceria com Penitenciária Juiz Plácido de Souza para produção e distribuição de máscaras face shields. A Instituição de Ensino doou insumos e organizou a distribuição dos itens, enquanto detentos da penitenciária fabricaram as peças.

Outra instituição do Grupo que está produzindo máscaras face shields é a Faculdade UNINASSAU Petrolina. Apesar de não utilizar impressora 3D, a produção também é de baixo custo e mais rápida que o normal.

MEI: Sebrae lança mobilização de apoio à categoria durante a crise

A mobilização “MEI. Reivente. Repense. Recrie” já está disponível para os microempreendedores individuais (MEI) de todo país e para quem busca informações para se reinventar e empreender para superar este momento de crise. Com a proposta de oferecer à categoria conteúdos e soluções para manter a renda na crise desencadeada pelo coronavírus, o Sebrae disponibiliza gratuitamente cursos, vídeos com especialistas em diversos segmentos, consultoria e atendimento online, além de conteúdos sobre finanças, marketing, vendas, inovação, legislação, empréstimos e planejamento estratégico. Os serviços podem se acessados em página criada especialmente para esse público, em www.sebrae.com.br/MEI.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, acredita que a campanha é mais um passo do Sebrae no caminho de dar suporte ao empreendedorismo no Brasil. “A figura do MEI é peça fundamental na economia brasileira. Oferecer suporte à categoria é primordial para que o país supere a crise e retome o crescimento. Por meio desta campanha, estamos disponibilizando todo o corpo técnico especializado do Sebrae para auxiliar o MEI na reinvenção de respostas para os problemas que estão sendo enfrentados”, disse.

Entre os serviços que estão à disposição dos MEIs, destacam-se a emissão de notas fiscais eletrônicas, para que o empreendedor possa emitir o documento sem sair de casa, e a possibilidade de fazer anúncios gratuitos direcionados ao público específico, com uso da ferramenta criada pelo Sebrae, chamada Mercado Azul. Além de oferecer orientações e esclarecer dúvidas, por meio do Sebrae Respostas – comunidade virtual – a mobilização do MEI oferece conteúdos específicos sobre linhas de crédito, medidas legislativas que favorecem o empreendedorismo durante a crise e parcerias para ajudar o microempreendedor individual a ampliar mercado por meio do acesso a marketplaces.

O Brasil possui hoje mais de 10 milhões de trabalhadores registrados como MEI, muitos dos quais tiveram que paralisar temporariamente suas atividades em razão das regras de isolamento social. De acordo com pesquisa do Sebrae, 58% tiveram que suspender suas vendas durante a pandemia e 31% mudou a forma de funcionamento. Dentro do ambiente criado pelo Sebrae, essas pessoas podem encontrar formas de reinventar seu negócio, seja aderindo às vendas online, seja reprogramando o foco das vendas, reajustando a produção, entre outras opções.

A analista da unidade de relacionamento com o cliente, Michelle Carsten, comemorou o lançamento do site: “É muito gratificante saber que nesse momento de crise, estamos cada vez mais próximos do microempreendedor individual para ajudar a superar e reinventar seu negócio diante da crise.”

Costureiras e artesãs de Caruaru recebem capacitação gratuita

Autonomia no negócio, empoderamento feminino e melhora na qualidade de vida. Esses serão alguns dos aprendizados que 80 costureiras e artesãs de Caruaru terão com a chegada do programa “Tecendo Sonhos” à cidade. De 25 de maio a 5 de junho elas participarão de um curso online e gratuito sobre empreendedorismo, com o apoio do Instituto C&A, da Secretaria de Políticas para Mulheres de Caruaru e da Prefeitura de Caruaru, e realização do programa Tecendo Sonhos, da Aliança Empreendedora.

As aulas abordarão assuntos relacionados à gestão e auxiliarão as empreendedoras a enfrentar os desafios do dia a dia e buscar soluções para o negócio. Gestão financeira, vendas online e relação com fornecedores serão alguns dos temas abordados, levando em conta o contexto da crise atual. “O Tecendo Sonhos trabalha em rede para gerar transformações reais na cadeia produtiva têxtil. Por isso, realizamos um diagnóstico para entender quais são as demandas das empreendedoras da região e montamos uma grade de conteúdos para auxiliá-las da maneira mais eficaz”, afirma Cristina Filizzola, diretora do programa, que desde 2014 promove relações de trabalho dignas na cadeia têxtil da cidade de São Paulo.

Segundo diagnóstico realizado pela Aliança Empreendedora em parceria com o Instituto C&A, a maioria dessas mulheres possuem pequenas facções de costura, muitas delas informais, e realizam uma parte da cadeia produtiva. De acordo com a coordenadora do programa, o processo de produção atual pode melhorar se o empreendedorismo e o empoderamento feminino forem incentivados. “Algumas já desenvolvem seus próprios produtos e os vendem na feira de maneira informal. Trazê-las para a formalidade e investir na formação é uma estratégia essencial para que aumentem a renda familiar”, completa.

“O Tecendo Sonhos dá ferramentas para que essas mulheres alcancem a autonomia no trabalho e melhorem a qualidade de vida, na medida que fortaleçam a fé em si mesmas. A parceria com o programa é muito importante para a nossa região, pois nos ajuda a pensar e colocar em prática estratégias que transformam a vida dessas mulheres”, destaca Juliana Gouveia, Secretária de Políticas para Mulheres de Caruaru.

Cadeia têxtil no Agreste de Pernambuco

O Agreste Pernambucano é o segundo maior polo de confecção têxtil no Brasil. Levantamento realizado pelo Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco (NTCPE), estima a existência de pelo menos 14.000 empreendimentos na região, entre formais e informais, e mais de 100.000 pessoas envolvidas diretamente na produção. Segundo levantamento realizado pelo Sebrae, estima-se que, para cada quatro empresas informais, há apenas uma formalizada.

Aulas online e inscrição

As aulas terão um total de 15 horas de capacitação, com certificado, e serão totalmente online. “Para tornar mais acessível optamos por trabalhar com as plataformas WhatsApp e Google Meet. Nelas, conseguimos passar todo o conhecimento e dar o suporte necessário às alunas”, comenta Cristina.

Empreendedoras e pessoas da região que trabalham por conta própria, e buscam desenvolver seus negócios, podem acessar informações sobre gestão disponíveis gratuitamente na plataforma Tamo Junto, https://aliancaempreendedora.org.br/tamojunto/, que oferece conteúdos gratuitos – cursos, videoaulas, artigos e ferramentas – para os microempreendedores desenvolverem e profissionalizarem seu negócio.

Sobre o Tecendo Sonhos

Desde 2014, o programa Tecendo Sonhos promove relações de trabalho dignas na cadeia têxtil da cidade de São Paulo e consumo consciente. Para isso, integra micro e pequenos empreendedores, organizações sociais, governo, pesquisadores e tecnologias. Há quatro anos, o Tecendo Sonhos tem o suporte da Aliança Empreendedora, organização social que apoia negócios inclusivos e projetos para microempreendedores de baixa renda, com o apoio do Instituto C&A. Para mais informações: https://aliancaempreendedora.org.br/tecendosonhos/

Sobre a Aliança Empreendedora

Nosso trabalho consiste em apoiar empresas, organizações sociais e governos a desenvolver modelos de negócios inclusivos e projetos de apoio a microempreendedores de baixa renda, ampliando o acesso a conhecimento, redes, mercados e crédito para que desenvolvam ou iniciem seus empreendimentos. Geramos novas oportunidades de negócios, trabalho e renda através do empreendedorismo, promovendo inclusão e desenvolvimento econômico e social. Para mais informações: http://aliancaempreendedora.org.br/

Empresas oferecem soluções gratuitas para empreendedores serem mais assertivos em tempos de coronavírus

A pandemia de novo coronavírus trouxe, junto às medidas de isolamento social, um grande desafio econômico às empresas. Segundo previsão da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a economia brasileira poderá ter contração de 4,4% em 2020, com riscos de a atividade ainda sentir efeitos negativos “significativos” até 2023.

Para o empresariado, a previsão é crítica, principalmente devido aos novos comportamentos dos consumidores. A compra no ponto de venda caiu, enquanto a venda online teve um crescimento de 180%, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Os consumidores passaram a estar quase 100% do tempo no lar, portanto hábitos de consumo que ocorriam na rua, passam agora a ser adaptados para dentro de casa, como é o caso da alimentação e os exercícios físicos.

Uma pesquisa do Google mostrou que aumentou o consumo de mídia na pandemia, o que pode ser uma oportunidade para empresas reforçarem sua estratégia de marketing neste momento desafiador.

“Entender como as pessoas se comportam em relação ao consumo dos seus produtos e serviços e, identificar qual consumidor do ponto de venda pode se tornar um promissor cliente para vendas online são exemplos de situações que podem ser importantes neste momento de pandemia”, explica Lola de Oliveira, diretora de Produtos 2.0 e Relacionamento da Boa Vista.

Uma das ferramentas exclusivas da Boa Vista é o Boa Vista Bluebox, que, por meio de inteligência analítica, permite acesso a informações relevantes de mercado e perfil de público, para melhor definição das estratégias de marketing e decisões dos negócios. Vale ressaltar que a solução está com o módulo de estudos, disponível para os clientes da Boa Vista, gratuitamente até o fim de junho, de modo a auxiliar os empresários neste momento de crise.

O Boa Vista Bluebox dispõe de informações de consumidores e empresas, gera estudos de geolocalização e comportamental de maneira anonimizada, com exibição gráfica, estatística e mapas em compliance, com os requisitos previstos pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e demais legislações vigentes. A solução permite que o próprio empresário faça os relatórios de forma rápida e intuitiva, aumentando a assertividade nas ações comerciais, atingindo, assim, quem de fato pode ser um potencial consumidor.

Senado aprova auxílio a escolas e faculdades privadas

A cúpula menor, voltada para baixo, abriga o Plenário do Senado Federal.

O Senado aprovou nesta quarta-feira, (20), um projeto de lei que cria o Certificado de Recebíveis Educacionais (CRE). O CRE serviria para auxiliar as instituições educacionais particulares na crise trazida pelo novo coronavírus. Com a suspensão das aulas por tempo indeterminado, algumas escolas particulares passam por dificuldades, sendo que há instituições que reduziram o valor de suas mensalidades. O projeto vai à Câmara.

“Apesar da diminuição nos custos com energia elétrica, água e telefone, as instituições mantiveram seus professores e ainda investiram na educação à distância”, disse o relator da matéria, Dario Berger (MDB-SC), em seu parecer. “Acreditamos que, com a nova realidade de crise econômica, as instituições privadas de educação se verão obrigadas a renegociar seus contratos, analisando caso a caso as necessidades dos estudantes e seus responsáveis”.

O Certificado de Recebíveis são títulos de crédito nominativos, escriturais e transferíveis, lastreado em créditos educacionais. Esse tipo de certificado já é utilizado nos setores imobiliário e do agronegócio. Uma companhia securitizadora compra um título e o emissor desse título, no caso, as instituições de educação, recebem um dinheiro por isso.

Segundo o projeto, a companhia emitirá e venderá esses créditos no mercado, podendo instituir regime fiduciário sobre direitos creditórios oriundos da prestação de serviços de ensino superior. Assim, esses créditos não fariam parte do patrimônio comum da securitizadora e não seriam atingidos em um eventual caso de falência.