Caixa paga auxílio emergencial a 3,6 milhões de beneficiários nesta quinta-feira

A Caixa Econômica Federal paga nesta quinta-feira (16) a primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600 a 2.282.321 de pessoas com as informações em dia no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico). Hoje também começa a ser feito o pagamento a beneficiários do programa Bolsa Família. Serão 1.360.024 beneficiários do programa de transferência de renda.

No caso dos trabalhadores informais, o pagamento será para as pessoas nascidas em maio, junho, julho e agosto, por meio de crédito em poupança digital. Amanhã (17) será feito o crédito para 1.958.268 de pessoas nascidas em setembro, outubro, novembro e dezembro. A Caixa informou que até as 17h de ontem, 36,3 milhões de cadastros foram finalizados. Foram creditados R$ 3,2 bilhões a 4,9 milhões de pessoas.

Saque em dinheiro
O auxílio emergencial começará a ser sacado em dinheiro no próximo dia 27. Os saques ocorrerão conforme o mês de nascimento do beneficiário. As retiradas ocorrerão no dia 27 para os nascidos em janeiro e fevereiro, no dia 28 para os nascidos em março e abril, 29 para os nascidos em maio e junho, 30 para os nascidos em julho e agosto. Em maio, será a vez de os nascidos em setembro e outubro sacarem o benefício no dia 4; e os nascidos em novembro e dezembro, no dia 5.

O dinheiro poderá ser retirado sem a necessidade de cartão em casas lotéricas, caso elas estejam abertas, e em caixas eletrônicos. A Caixa ressalta que não é necessário retirar o dinheiro porque o valor depositado na poupança digital pode ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, para pagamento de boletos e contas domésticas e para transferências ilimitadas para contas da Caixa, permitindo até transferências mensais gratuitas para outros bancos nos próximos 90 dias.

Bolsa família
Os beneficiários do Bolsa Família começam a receber o auxílio emergencial hoje, nos casos em que o valor é mais vantajoso que o recebido pelo programa de transferência de renda. O pagamento será feito para os beneficiários com Número de Identificação Social – NIS 1. Amanhã, será a vez de 1.359.786 famílias com NIS 2. Os valores serão creditados de acordo com o NIS até o dia 30 deste mês, quando será pago para aqueles com NIS 0.

Agência Brasil

Claro lança plataforma para auxiliar pequenos comerciantes

Para auxiliar os pequenos negócios durante o isolamento social, a Claro enviará, a partir da próxima semana, notificações por push, baseadas em geolocalização, para seus clientes com sugestões de comércios e serviços disponíveis nos bairros. Os comerciantes que desejarem participar do “Push do Bem”, devem se cadastrar por meio do site http://claro.pushdobem.com.br/.

Com o serviço, pequenos comércios e negócios terão a facilidade de enviar notificações com até cinco imagens de seus produtos e serviços para o público de sua região. O cliente que receber o push terá ainda a possibilidade de realizar seu pedido por ligação telefônica ou mesmo por WhatsApp.

“O isolamento social traz um grande desafio para os empreendedores. Muitos estão se adaptando ao mundo de vendas e atendimento remoto, enfrentando diversos desafios na migração. Queremos ser um facilitador nesse processo e, com o “Push do Bem”, ajudar a conectar quem precisa comprar algo ou de algum serviço com os comerciantes próximos que podem atendê-lo”, comenta Roberta Godoi, diretora do segmento de Pequenas e Médias Empresas da Claro.

O serviço é válido para todo o Brasil e, em um primeiro momento, receberão as notificações usuários que contam com o app #NET-CLARO-WI-FI instalado no smartphone. Posteriormente, todos os clientes com os app Minha Claro Móvel serão impactados pela novidade.

A ação faz parte do “HUB Claro Empresas” que está sendo lançado para centralizar iniciativas, não só da operadora, mas também de outras companhias para estimular a economia e fortalecer os pequenos comércios. “Existem diversas fontes de informações para auxiliar os pequenos empreendedores, mas estão dispersas e difíceis de encontrar. Por isso, vamos centralizá-las, num só local, facilitando o processo de busca de informações”, ressalta Roberta.

O site terá informações atualizadas diariamente e com notícias de diversos segmentos. É possível acessar ao HUB por meio do site http://claro.com.br/coronavirus/pme. Organizações que queiram divulgar as suas ações em prol dos pequenos empresários cadastradas no “HUB Claro Empresas” devem enviar e-mail para responsabilidadesocial@claro.com.br.

Boa Vista faz parceria com Mercado Livre

A Boa Vista está empenhada em encontrar alternativas para combater os efeitos da pandemia do coronavírus na economia brasileira, com ações que ajudem pequenos, médios e grandes empresários a continuar vendendo, mesmo com as portas fechadas. Com esse objetivo, a empresa fechou uma importante parceria com o Mercado Livre, maior marketplace do Brasil e da América Latina, para disponibilizar aos seus clientes um canal de venda digital.

Segundo Lola de Oliveira, diretora de Produtos 2.0 e Relacionamento da Boa Vista, desde que o fechamento das lojas foi imposto como uma das principais medidas restritivas, muitos clientes demonstraram preocupação em como manter as vendas e a saúde dos seus negócios. Foi para ajudar estes empresários e sem qualquer tipo de contrapartida financeira, que a Boa Vista procurou o Mercado Livre, para colocar à disposição dos mesmos um canal de vendas e de pagamento viável.

“A nossa primeira parceria neste sentido é com o Mercado Livre, mas estamos trabalhando para que novas parcerias aconteçam em breve com outros importantes marketplaces”, revela Lola. O mercadolivre.com conta com mais de 300 milhões de usuários e 11 milhões de vendedores, incluindo grandes marcas. A cada segundo, 12 vendas são realizadas na plataforma.

“Anunciar no Mercado Livre – marketplace – e montar uma loja com Mercado Shops – plataforma de lojas virtuais – é muito fácil e, neste mês, há desconto para incentivar a entrada de novos vendedores. Além disso, o consumidor está cada vez mais familiarizado com a dinâmica das compras online, especialmente via smartphone, tornando o e-commerce uma alternativa ainda mais viável e eficaz”, destaca Bruno Guarnieri, diretor de Marketplace do Mercado Livre no Brasil.

Amanhã, 16 de abril, André Santos, Supervisor Comercial do Mercado Livre no Brasil, com 13 anos de experiência no e-commerce e autor do livro “Supervendedores do Mercado Livre e outros Marketplaces” realizará um webinar – apresentação online – trazendo informações, dicas e mostrando os benefícios de se ter uma loja virtual. Para mais informações acesse: https://www.eventials.com/mercadolivre/como-comecar-a-vender-no-mercado-livre-9

Sobre o Mercado Livre

Fundado em 1999, o Mercado Livre é a companhia líder em tecnologia para e-commerce e serviços financeiros na América Latina e oferece soluções para que pessoas e empresas possam comprar, vender, pagar, anunciar e enviar produtos e serviços por meio da internet.

Para oferecer a melhor experiência a compradores e vendedores, a empresa conta com as seguintes áreas de negócios: o Marketplace mercadolivre.com, a fintech Mercado Pago, Mercado Envios, Mercado Livre Classificados, Mercado Livre Publicidade e Mercado Shops. O mercadolivre.com é o maior e mais completo marketplace da América Latina, com 320 milhões de usuários e mais de 11 milhões de vendedores, incluindo grandes marcas.

A cada segundo, 12 vendas são realizadas na plataforma. Ao todo, são mais de 274 milhões de ofertas em tempo real, distribuídas em 1.460 categorias e subcategorias de produtos. Vencedor em 2019, pelo terceiro ano consecutivo, do “Prêmio Top of Mind DataFolha”, categoria Site de Compras, o Mercado Livre no Brasil é líder em tráfego entre os sites de varejo com 54 milhões de visitantes únicos/mês, segundo a Similar Web (dados jan/20), ferramenta referência para o mercado de tecnologia e inovação.

Sobre a Boa Vista

A Boa Vista é uma empresa brasileira que alia inteligência analítica à alta tecnologia para transformar os dados dos seus clientes em soluções para os desafios de empresas e consumidores.

Criada há mais de 60 anos como SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), tem contribuído significativamente para o desenvolvimento da atividade de crédito no Brasil, ajudando o País a estabelecer uma relação de consumo mais equilibrada entre empresas e consumidores.

A Boa Vista é precursora do Cadastro Positivo, banco de dados com informações sobre o histórico de pagamentos, que deixa a análise de crédito mais justa e acessível. Por isso, Cadastro Positivo é na Boa Vista.

Pioneira também em serviços ao consumidor, a Boa Vista responde por iniciativas que cooperam com a sustentabilidade econômica dos brasileiros, como a consulta do CPF com score, dicas de educação financeira e parcerias para negociação de dívidas. Tudo disponível de forma simples, rápida e segura no site www.consumidorpositivo.com.br

Atualmente a Boa Vista é referência no apoio à tomada de decisão em todas as fases do ciclo de negócios: prospecção, aquisição, gestão de carteiras e recuperação.

Quando a criatividade e a solidariedade vencem

O Uruguai permitiu a geração do “respirador de charrúa” que auxilia pacientes que contraem COVID-19. O Dr. Roberto Canessa, junto com outros médicos, engenheiros e mecânicos, criou um respirador artificial, que tem como base um motor de limpador de para-brisas; e novos protótipos são desenvolvidos com controlador de fluxo de ar. O objetivo comum é: “Desenvolver modelos diferentes de respiradores manuais para uso emergencial com elementos básicos em desuso ou no mercado local”. Para conseguir isso, eles promovem a ajuda de todos, você também pode participar aqui: http://www.respiradorcharrua.com.uy/

No mesmo sentido, a Faculdade de Engenharia e o Hospital Vilardebó estão trabalhando no design de outro dispositivo, pela mesma causa.

Da mesma forma, a Agência Nacional de Pesquisa e Inovação realiza uma chamada para promover o design e a fabricação de respiradores até 1º de maio, para um financiamento de 6 milhões de pesos.

Enquanto o Instituto Pasteur de Montevidéu, juntamente com a Universidade da República, desenvolveu um teste local para detectar se uma pessoa contraiu o coronavírus. Os novos kits de diagnóstico, que contribuirão para a segurança sanitária do país, estarão prontos até o final de abril e permitirão alcançar 20.000 diagnósticos adicionais em primeira instância.

Em 3 dimensões

A Universidade Tecnológica colabora no projeto de protótipos de suprimentos de saúde com suas impressoras 3D a serviço da comunidade, em conjunto com a Administração Estadual de Serviços de Saúde. Para isso, trabalham na criação de várias máscaras, telas de proteção para áreas intensivas, válvulas, entre outros suprimentos. Esses protótipos serão adotados como um modelo a ser industrializado para tê-los quando necessário.

Gastronomia: vale-presente e muito mais

Lado a lado, cada uruguaio pode comprar um prato ou mais no restaurante de sua escolha para enviá-lo à equipe escolhida de saúde como forma de agradecer seu trabalho diário contra o COVID-19. Ou outra modalidade é comprar um vale-presente como um “mini empréstimo” para o seu restaurante favorito para descontá-lo quando ele abrir novamente e visitá-lo novamente.

Enquanto isso, o Ministério do Desenvolvimento Social reforçou cartões e cestas de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade social, e a sociedade civil produz panelas populares para alimentar qualquer pessoa necessitada, enquanto as escolas continuam fornecendo bandejas de alimentos.

Música grátis para crianças

A Rádio Butiá foi aberta para que todos os que desejarem possam ter acesso livre ao seu conteúdo até que as medidas de isolamento sejam concluídas. Consiste em uma rádio na web que reúne centenas de músicas infantis, criadas e tocadas por músicos latino-americanos e que fazem parte do patrimônio cultural do continente, com um nome indígena, que se refere ao som e à fruta uruguaia.

Conselhos para empresas

A assistência de consultores voluntários em áreas como marketing digital, estratégias de negócios, design, entre outras áreas, a pequenas e médias empresas por meio do programa “Salimos Codo a Codo Uy” é outra das iniciativas de apoio entre Cidadãos uruguaios.

Teto

Hotéis, clubes esportivos, a Associação Rural ofereceu ao governo parte de suas instalações para abrigar pacientes que contrataram o COVID-19 ou para pessoas na rua e até para áreas de piquenique para funcionar nesses tempos de quarentena.

Prefeitura de Caruaru realiza reunião do Juntos Pela Segurança

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Ordem Pública, ao lado de representantes do poder público federal, estadual e demais entidades, realizou, na tarde dessa quarta-feira (15), a terceira reunião ordinária do ano de 2020 do Comitê Permanente Municipal Juntos Pela Segurança. Por meio de videoconferência, a reunião foi marcada pelo reconhecimento da prefeita Raquel Lyra ao brilhante trabalho conjunto de todas as entidades. “O momento é de união. As medidas que estamos tomando já estavam previstas na legislação e, diariamente, orientamos a população sobre os cuidados quanto ao Covid-19. Vários indicadores mostram que a população está entendendo a necessidade de ficar em casa, porém, caso a prefeitura precise tomar outras medidas, vamos tomar para preservar a integridade física das pessoas”, destacou a prefeita de Caruaru.

O encontro começou com o secretário de Saúde, Francisco Santos, apresentando um panorama nacional sobre os números do Coronavírus. “Estamos em um luta permanente. A doença é uma patologia nova, com pouco mais de 100 dias no mundo, e uma das evidências comprovadas é que as pessoas que precisem sair de casa, que usem máscara, mesmo que seja de tecido. Estaremos reforçando essa segurança a todo momento. Se for necessário sair de casa, que a população se proteja”, lembrou o secretário.

Durante a reunião, a secretária de Ordem Pública, Karla Vieira, destacou as ações realizadas pelas barreiras sanitárias fixas e itinerantes. Em três semanas de operação, com 10 pontos itinerantes de atuação, mais de 150 mil pessoas foram alcançadas. No total, mais de 30 mil veículos foram abordados, como caminhões e caminhonetes; transportes intermunicipais, como ônibus, vans e toyotas, assim como veículos de passeio e motos com placas de outras cidades.“A grande novidade das ações realizadas foi o início das barreiras itinerantes. Com elas, conseguimos potencializar as ações, estamos cobrindo mais bairros, e o mapa de calor nos mostra os locais com maior movimentação das pessoas. Esse novo modo operante permite maior alcance no território. Por meio dos dados da tecnologia de monitoramento dos smartphones, podemos atuar nos locais de maior vulnerabilidade do ponto de vista do isolamento necessário do enfrentamento à Covid-19”, detalhou Karla Vieira.

“Já no Grupo de Fiscalização Integrada, foram registradas mais de 3 mil denúncias, com uma média diária de 112 demandas. Durante o percurso, a equipe de fiscalização realiza outras abordagens, o direcionamento aos bairros é realizado pela análise do mapeamento do nível de isolamento social”, completou Karla.

Sobre o Comitê – Consiste numa forte visão de governança, de ações integradas e de monitoramento da Prefeitura de Caruaru, em esforço articulado com entes como o Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, Secretaria Executiva de Ressocialização, Ordem dos Advogados do Brasil, Polícias Militar, Civil, Científica, Federal, Rodoviária Federal, Tiro de Guerra, Bombeiro Militar, Câmara Municipal, Judiciário, Disque-Denúncia, BIESP, Conselho Tutelar, Guarda Municipal, Inspetoria de Trânsito, Acic e outras entidades convidadas.

Brasil descobre remédio com 94% de eficácia no combate à Covid-19, diz MCTIC

Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes (Foto: Marcello Casal Jr/Agência brasil)
Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes (Foto: Marcello Casal Jr/Agência brasil)
Cientistas brasileiros vão testar, em 500 pacientes, um medicamento, quase sem efeitos colaterais, com eficácia de 94% em células infectadas pelo novo coronavírus, com resultado, no máximo, em um mês. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira (15), pelo ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.
Segundo ele, país também desenvolve equipamento de inteligência artificial para testar pessoas com suspeita de Covid-19. A resposta é em um minuto e o teste utiliza reagentes nacionais. “Vacinas demoram mais do que o reposicionamento de drogas, mas estamos trabalhando com vacina dupla, tanto para Influenza quanto para a Covid”, disse. “Só a ciência pode combater o vírus”, ressaltou Pontes.
O ministro não divulgou o nome do remédio para “não haver corrida” às compras. Isso porque é um fármaco conhecido, amplamente disponível no mercado, de acordo Marcelo Morales, secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). “Teremos nas nossas mãos, desenvolvido no Brasil, no máximo, na metade de maio, a solução de um tratamento, com remédio disponível inclusive em formulação pediátrica”, afirmou Pontes.
O remédio será testado em 500 pacientes em sete hospitais, cinco no Rio de Janeiro, um em São Paulo e outro em Brasília. A administração do medicamento será diária, durante cinco dias, com mais nove dias de observação. “Em 14 dias, poderemos ver se os efeitos em pacientes serão os mesmos já comprovados em células infectadas”, destacou o ministro. O ensaio clínico será feito com pacientes que estão internados para o acompanhamento dos sintomas e da carga viral
Segundo o MCTIC, o protocolo será uma administração randomizada, ou seja, nem médicos nem pacientes saberão quem está tomando a medicação e quem está recebendo placebos. “Quero agradecer a comissão de ética do Ministério da Saúde, que fez a aprovação do protocolo dos testes clínicos. Nas próximas semanas, teremos os resultados”, disse Pontes.
 
Detalhes
Segundo o MCTIC, foram realizados testes utilizando medicamentos que já são comercializados em farmácias para verificar se existe algum capaz de combater a doença. A estratégia chamada de reposicionamento de fármacos é adotada por uma força tarefa formada por 40 cientistas do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social do ministério.
Foram testados dois mil medicamentos com o objetivo de identificar fármacos compostos por moléculas capazes de inibir proteínas fundamentais para a replicação viral. Com uso de alta tecnologia como biologia molecular e estrutural, computação científica, quimioinformática e inteligência artificial, os pesquisadores identificaram seis moléculas promissoras que seguiram para teste in vitro com células infectadas com o SARS-CoV-2. Desses seis remédios pesquisados, os cientistas do CNPEM/MCTIC descobriram que dois reduziram significativamente a replicação viral em células. O remédio mais promissor apresentou 94% de eficácia em ensaios com as células infectadas.
Na terça-feira (14), o ensaio clínico financiado pelo MCTIC obteve a autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para realizar a última etapa dos testes: os ensaios clínicos em pacientes infectados com o novo coronavírus (SARS-CoV-2), que devem começar já nas próximas semanas.
Fonte Diário de Pernambuco

Instituto Butantan pretende desenvolver anticorpos contra covid-19

Diagnóstico laboratorial de casos suspeitos do novo coronavírus (2019-nCoV), realizado pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em Vírus

Pesquisadores do Instituto Butantan trabalham na identificação de anticorpos que poderão ser utilizados em composto para combater o novo coronavírus. Os chamados anticorpos monoclonais neutralizantes serão produzidos por células de defesa selecionadas pelos pesquisadores, que estão no sangue de pessoas que se curaram da doença.

“Temos que identificar os linfócitos B [células de defesa] que produzem anticorpos contra o coronavírus. E, entre esses, identificar aqueles que produzem anticorpos que são de fato capazes de neutralizar a ação do vírus e são capazes de bloquear a entrada do vírus na célula, que são os que a gente chama de anticorpos neutralizantes, aqueles que de fato neutralizam o vírus”, explicou a pesquisadora Ana Maria Moro, do Instituto Butantan, que coordena o estudo.

O trabalho segue o princípio da transferência passiva de imunidade, que é o mesmo da transfusão de plasma sanguíneo de pessoas curadas de covid-19, que contém anticorpos contra a doença, para tratar pacientes infectados. A utilização do plasma é uma opção de tratamento imediata, que já está sendo testada em pacientes no Brasil e depende de constantes doações para manter os estoques.

Já a identificação dos anticorpos neutralizantes deve levar pelo menos um ano, mas vai possibilitar uma maior precisão do tratamento. Segundo Ana Maria, o anticorpo já foi selecionado e é apenas o do tipo neutralizante.

A pesquisadora explicou que o uso de anticorpos monoclonais não é uma abordagem para uso imediato, mas é uma abordagem promissora. “Os anticorpos monoclonais são produzidos de forma precisa, de forma homogênea, todas as pessoas vão receber aquele mesmo produto, que é 100% puro [para combater especificamente o coronavírus]”, disse.

Dessa forma, os anticorpos seriam produzidos em laboratório. “Nós buscamos, no sangue das pessoas [curadas de covid-19], os linfócitos que produzem os anticorpos específicos e, a partir disso, por engenharia genética, nós criamos as células no laboratório produzindo especificamente esses anticorpos. Então são produtos padronizados, isso a gente precisa fazer no laboratório, é demorado”, explicou a pesquisadora.

Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), este estudo utiliza uma plataforma já existente criada para o desenvolvimento de anticorpos monoclonais humanos para diferentes doenças. A plataforma está em fase avançada para obtenção de anticorpos monoclonais para o tratamento de zika e tétano.

Política Senado aprova, em 1º turno, texto-base da PEC do Orçamento de Guerra

Senado Federal testa aplicativo que permitirá votação remota de projetos para evitar a presença física dos parlamentares, sistema desenvolvido pela Prodasen

O Senado aprovou na noite de ontem (15), em primeiro turno, um texto substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra. A opção do relator da PEC no Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG), foi alterar o texto aprovado na Câmara, criando assim um texto que substitui o anterior. O segundo turno da proposta será votado na sexta-feira (17), em sessão marcada para as 10h.

O texto-base do substitutivo foi aprovado por 58 votos favoráveis e 21 contrários e, no segundo turno, precisará ser aprovado por, no mínimo, 49 votos, por se tratar de uma emenda constitucional. Em virtude das alterações realizadas no texto, uma aprovação em segundo turno mandará a proposta de volta à Câmara, que precisará apreciar o substitutivo.

Anastasia leu seu relatório na sessão da segunda-feira (13), reservada à discussão da matéria. Após os debates, o relator fez novas mudanças em seu texto, acolhendo sugestões de colegas. Ainda assim, senadores se mostraram contrários à PEC. Para eles, o Banco Central assume riscos demais, o que poderia trazer prejuízos às contas públicas. Senadores como Weverton (PDT-MA), Telmário Mota (PROS-RR), Major Olimpio (PSL-SP) e Zenaide Maia (Pros-RN), dentre outros, entenderam que a PEC atende aos bancos e às grandes empresas e não aos trabalhadores.

Crise econômica
A PEC tem a intenção de suavizar a crise econômica pela qual as empresas passam durante o período de pandemia do novo coronavírus. Com diversos setores do comércio fechados em muitas cidades, as empresas perdem em arrecadação e têm tido dificuldades para pagar despesas como aluguel e salários dos funcionários. Para auxiliar as empresas, a proposta traz medidas de socorro aos empresários.

Uma das medidas previstas autoriza o Banco Central a comprar e vender direitos creditórios e títulos privados de crédito (promessas de pagamento de dívidas, que viram papéis negociados no mercado) em mercados secundários. O objetivo da proposta é dar condições ao BC de equilibrar o mercado.

Além disso, a PEC tira do governo a obrigação de cumprir a chamada “regra de ouro”, que impede o governo de se endividar para financiar gastos correntes (como a manutenção da máquina pública), apenas para despesas de capital (como investimento e amortização da dívida pública) ou para refinanciar a dívida pública. A proposta também permite que empresas com débitos na Previdência Social possam receber incentivos fiscais.

Alterações do relator
O substitutivo de Anastasia trouxe elementos adicionais ao texto aprovado na Câmara. Ele incluiu um dispositivo que obriga o Banco Central (BC) a informar ao Congresso Nacional sobre os títulos que comprou e dar detalhamentos que permitam uma análise dos riscos envolvidos. Além disso, uma série de ativos que o BC for comprar (cédulas de crédito imobiliário e cédulas de crédito bancário) precisarão de avaliação de qualidade de crédito realizada por uma grande agência de classificação de risco. Essa classificação não poderá ser inferior a BB-.

O relator ainda excluiu da PEC original o trecho que criava um Comitê de Gestão de Crise, encabeçado pelo presidente da República e composto por ministros de Estado e secretários estaduais e municipais. Segundo ele, o comitê poderia trazer problemas constitucionais, como a invasão de competências de um Poder sobre o outro.

Novas alterações foram feitas horas antes da sessão de hoje. Anastasia incluiu um dispositivo determinando que o BC priorize a compra de títulos de micro, pequenas e médias empresas. Outra alteração proíbe as instituições financeiras que venderem ativos para o Banco Central de utilizarem os recursos para distribuição de lucros e dividendos.

Durante a sessão, o relator ainda fez um acordo com os partidos Rede e Cidadania. Duas emendas foram retiradas e, em troca, o texto passou a prever que as empresas devem se comprometer a manter os empregos para usufruir dos benefícios pela União nos programas de combate à crise econômica gerada pela pandemia.

Dólar sobe para R$ 5,24 e fecha no maior valor em nove dias

Dólares

Em meio às incertezas sobre a evolução da pandemia de covid-19, o dólar comercial subiu pelo terceiro dia seguido e fechou no maior valor em nove dias. A moeda encerrou esta quarta-feira (15) vendida a R$ 5,242, com alta de R$ 0,052 (+1%). Esse foi o maior valor registrado desde 6 de abril, quando a cotação tinha fechado em R$ 5,292.

A cotação operou em alta durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 12h, a moeda encostou em R$ 5,26. A divisa acumula alta de 30,64% em 2020.

O Banco Central (BC) interveio no mercado. Como nos últimos dias, a autoridade monetária rolou US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.

Bolsa de valores

As tensões no mercado de câmbio refletiram-se na bolsa de valores. Depois de dois dias de alta, o índice Ibovespa, da B3 (bolsa de valores brasileira), fechou o dia em 78.831 pontos, com queda de 1,36%. O indicador seguiu as bolsas internacionais. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou esta quarta com recuo de 1,86%.

Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. As interrupções na atividade econômica associadas à restrição de atividades sociais travam a produção e o consumo, provocando instabilidades.

Ontem (14), o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou que a economia global terá queda de 3% em 2020. Para o Brasil, os prognósticos são piores, com o organismo internacional projetando retração de 5,3% no Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país).

Petróleo

As dúvidas sobre o acordo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continuam a pressionar os mercados. No domingo (12), os países do grupo fecharam um acordo para reduzir a produção global em 10 milhões de barris por dia em maio e junho. No entanto, a preocupação com a queda mundial da demanda provocada pela pandemia e a resistência de empresas e de governos a aderir ao acordo influenciam as cotações internacionais do barril.

Por volta das 19h30, o Brent era vendido a US$ 27,69, com queda de 6,45%, no menor valor desde o último dia 2. As ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa, recuaram. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) desvalorizaram-se 3,26% nesta quarta. Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) tiveram queda de 2,09%.

A guerra de preços de petróleo começou há um mês, quando Arábia Saudita e Rússia aumentaram a produção, mesmo com os preços em queda. Há duas semanas, a cotação do barril do tipo Brent chegou a operar próxima de US$ 20, no menor nível em 18 anos. Segundo a Petrobras, a extração do petróleo na camada pré-sal só é viável para cotações a partir de US$ 45.

País tem 3.058 casos de covid-19 em um dia e total sobe para 28.320

O Brasil bateu recorde de casos confirmados do novo coronavírus (covid-19) em um dia. De acordo com a atualização dos números divulgada pelo Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (15), foram registrados 3.058 casos de infecção pelo novo coronavírus, totalizando 28.320. O número de mortes em 24 horas foi de 204, totalizando 1.736 óbitos em todo o país.

O aumento no número de casos foi de 12% em relação ao dia de ontem (14), quando foram contabilizados  25.262, e de 27% em relação a segunda-feira (13), quando o balanço do Ministério da Saúde indicava 22.169 pessoas infectadas.

Já o número de óbitos subiu 13% em relação a ontem, quando o país contabilizava 1.532 mortes. Na comparação com segunda-feira, quando eram 1.223 óbitos, representou uma elevação de 42%.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participou de entrevista coletiva ao lado de outros representantes da pasta para falar sobre as ações de enfrentamento à covid-19 e detalhar os dados sobre a doença no país.

Veja a transmissão na íntegra:

Números nos estados

 

São Paulo concentra o maior número de óbitos (778), com três vezes o número do segundo colocado, o Rio de Janeiro (265). Os estados são seguidos por Pernambuco (143), Ceará (116) e Amazonas (106).

Além disso, foram registradas mortes no Paraná (38), Maranhão (34), Minas Gerais (30), Santa Catarina (28), Bahia (27), Pará (21), Paraíba (21), Rio Grande do Norte (19), Rio Grande do Sul (19), Espírito Santo (18), Distrito Federal (17), Goiás (15), Piauí (oito), Amapá (sete), Alagoas (cinco), Sergipe (quatro), Mato Grosso do Sul (quatro), Mato Grosso (quatro), Acre (três), Roraima (três), Rondônia (duas) e Tocantins (uma).

A taxa de letalidade do país ficou em 6,1%, mesmo índice registrado ontem.

 Ministério da Saúde/Divulgação
Perfil das vítimas

Em relação ao perfil das vítimas dos óbitos em decorrência da covid-19, 60% são homens e 40%, mulheres. Pessoas acima de 60 anos representam 73%. A participação dessa faixa etária, considerada de risco, diminui. Há duas semanas era de cerca de 90%.

Entre as pessoas que morreram, 73% possuíam alguma doença, condição denominada pelos médicos de “fator de risco”. Do total de mortos, 502 tinham algum problema no coração, 508 estavam com diabetes, 152 apresentavam alguma complicação respiratória (pneumopatia) e 119 possuíam alguma condição neurológica.

As hospitalizações em razão da covid-19 chegaram a 6.634. Segundo o Ministério da Saúde, 21.746 pessoas hospitalizadas com Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG) ainda estão tendo a causa investigada. Outras 13.232 possuem essa condição, em uma categoria definida pelo Ministério como “SRAG não especificado”.

Equipamentos

O ministro Mandetta comentou ainda as dificuldades no abastecimento de equipamentos de proteção individual e de aparelhos como ventiladores e respiradores. Ele voltou a reclamar do fato de que o maior fornecedor de insumos, a China, fechou as exportações durante fevereiro e boa parte do mês de março.

Mandetta acrescentou que já foram realizados diversos repasses a estados e municípios e que linhas de pesquisa sobre formas de tratamento estão sendo financiadas e em andamento.

Sobre a previsão para os próximos meses, o ministro ponderou que as autoridades ainda estão “conhecendo o vírus” e que a resposta não vai extinguir a pandemia “da noite para o dia”.

O secretário executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, informou que hoje chegaram 159 respiradores e 300 mil máscaras para profissionais de saúde, adquiridos pela fábrica Suzano. Além disso, as lojas Americanas vão custear o transporte de 15 milhões de unidades de máscaras da China.